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Teleaudiologia: comunicação profissional-paciente na programação e adaptação de aparelhos de amplificação sonora individuais via teleconsulta

Objetivo

Avaliar se a teleconsulta afeta a comunicação profissional-paciente e a satisfação com o atendimento para programação e adaptação do aparelho de amplificação sonora individual (AASI), em comparação à consulta presencial.

Métodos

Quarenta candidatos ao uso do AASI, com idade superior a 18 anos e perda neurossensorial simétrica, de grau leve a severo, foram distribuídos aleatoriamente, em grupos controle (presencial) e experimental (teleconsulta síncrona assistida por um facilitador). As consultas foram filmadas, cronometradas e seu conteúdo analisado, de acordo com o “Código de Observação de Davis” (DOC). Os participantes também responderam ao “Questionário de Experiência do Paciente” (PEQ), para avaliar a satisfação com a consulta.

Resultados

Nas teleconsultas, as explicações do profissional sobre a estrutura da consulta e realização de procedimentos foram mais frequentes e expressões espontâneas do participante sobre a sua condição foram menos observadas do que nas consultas presenciais. Não houve diferença entre os grupos, quanto às seguintes dimensões do PEQ: “Resultados da Consulta”, “Barreiras de Comunicação”, “Experiência de Comunicação”. Pontuações significativamente maiores foram obtidas para a teleconsulta na dimensão “Emoções após a Consulta”. O grupo experimental teve experiência positiva com a presença do facilitador.

Conclusão

Houve impacto da condução da programação e adaptação do AASI, via teleconsulta, em alguns aspectos da comunicação profissional-paciente sem, contudo, afetar a satisfação do paciente quanto ao serviço recebido.

Teleconsulta; Perda auditiva; Aconselhamento; Auxiliares de audição; Audiologia


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