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Compressão de frequências e reconhecimento de fala em idosos

Objetivo

Avaliar e comparar o desempenho de idosos em testes de reconhecimento de fala, no silêncio e no ruído, usando próteses auditivas sem e com a ativação do algoritmo de compressão não linear de frequências (CNLF).

Métodos

Foram avaliados 48 sujeitos, 33 do gênero masculino e 15 do feminino, com idades entre 61 e 84 anos, com perda auditiva de grau leve a moderado e configuração descendente. Aplicou-se o teste Listas de Sentenças em Português (LSP), tendo sido pesquisados os Limiares de Reconhecimento de Sentenças no Silêncio (LRSS) e no Ruído (LRSR), estes últimos expressos pelas Relações Sinal/Ruído (S/R) e Índices Percentuais de Reconhecimento de Sentenças no Silêncio (IPRSS) e no Ruído (IPRSR). Todas as medidas foram obtidas duas vezes, com o uso de próteses auditivas, sem a ativação da CNLF (SC) e com a ativação da CNLF (CC).

Resultados

Observou-se diferença entre os LRSS e IPRSS, obtidos quando usadas próteses auditivas SC e CC, sendo as próteses CC as que proporcionaram melhores resultados. Na relação S/R e IPRSR, não foi observada diferença significativa entre o uso de próteses auditivas SC e CC.

Conclusão

Nas medidas obtidas no silêncio, as próteses auditivas CC apresentaram resultados melhores do que as SC. Nas medidas com ruído competitivo, não foi verificada diferença entre os resultados obtidos com o uso de próteses auditivas SC e CC. Sugere-se que idosos com perda auditiva de configuração descendente podem beneficiar-se do uso de próteses auditivas com CNLF, especialmente no silêncio.

Auxiliares de audição; Perda auditiva de alta frequência; Idoso; Testes de discriminação da fala; Percepção da fala


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