Yabunaka et al., 2011(3)
|
Avaliar o movimento do osso hioide e as mudanças decorrentes da idade, durante a
deglutição de pacientes saudáveis, por meio da ultrassonografia. |
- 30 adultos, sem queixas ou história de dificuldades de deglutição, divididos
em três grupos: 20-39 anos (5 homens e 5 mulheres); 40-59 anos (5 homens e 5
mulheres); 60-79 anos (5 homens e 5 mulheres). - variável: trajetória do osso
hioide (fase lentamente ascendente, fase de rápida ascensão, fase de pausa
temporária e fase de posição de repouso), durante a deglutição de 5 ml de
água. |
- a duração média das deglutições aumentou conforme o avanço da idade, à medida
que o ponto máximo de elevação do osso hioide diminuiu. - a USG pode ser um método
quantitativo para avaliação clínica do movimento do osso hioide durante a
deglutição. |
Scarborough et al.,2010(2)
|
Explorar os parâmetros de deslocamento máximo do osso hioide, durante
deglutições espontâneas de crianças pré-escolares saudáveis, por meio da USG.
Observar se o gênero pode ser um fator que determina maior deslocamento do osso
hioide. |
- 29 indivíduos (16 meninos e 13 meninas), com média de idade de 4 anos e 2
meses, variando entre 3 e 4 anos e 10 meses. - variável: quantidade de elevação do
osso hioide, durante a oferta de duas consistências alimentares (purê e líquido),
em três volumes diferentes (0,5, 1,5 e 2,5 ml). |
- observou-se efeito significativo de gênero entre os indivíduos, em todas as
consistências e volumes: a média de movimento do osso hioide foi
significativamente maior no gênero feminino. - conclui-se que o gênero pode
influenciar a quantidade de elevação do osso hioide na criança. |
Galén & Jost-Brinkmann, 2010(14)
|
Investigar a possibilidade de utilizar a USG em modo-B e modo-M, para
diferenciar os padrões de deglutição visceral e somática. |
- 11 pacientes com indicação de terapia miofuncional orofacial (por apresentar
mordida aberta anterior, ou sobressaliência excessiva e padrão de deglutição
visceral) - USG em modo-B e modo-M, antes e após a terapia miofuncional. -
variável: amplitude e velocidade do movimento vertical da língua e duração total
da deglutição de saliva (pelo menos seis episódios de deglutição de cada
participante). - 13 indivíduos apresentando padrão de deglutição visceral e
oclusão normal compuseram o grupo controle. |
- observou-se ampla variabilidade intraindividual nas variáveis estudadas, o que
dificultou a comparação interindivíduos. - as imagens em modo-M determinaram a
amplitude e a velocidade do movimento vertical da língua, bem como a duração total
da deglutição. - nas imagens em modo-B, não foram identificadas características
que poderiam ser designadas como movimentos de deglutição apenas viscerais ou
fisiológicas. |
Tamburrini et al., 2010(5)
|
Determinar o papel da USG na avaliação diagnóstica da disfagia, em pacientes com
esclerose lateral amiotrófica (ELA). |
- 9 pacientes foram submetidos ao exame estático e dinâmico da deglutição,
simultaneamente, por meio da USG e da videofluoroscopia (VDF), respectivamente: 5
apresentavam ELA clássica e 4 ELA bulbar; 8 sujeitos eram clinicamente disfágicos.
- variável: mobilidade/função dos órgãos miofuncionais orofaciais, durante a
deglutição, principalmente na fase orofaríngea. Foram ofertados três volumes de
água (5, 10 e 15 ml). |
- Fase estática: 5 pacientes apresentaram atrofia lingual. A posição anormal do
bolo foi observada em 6 pacientes com USG e em 3 na VDF. Ambas as técnicas
identificaram incapacidade para manter o bolo na cavidade oral em 4 pacientes. -
Fase dinâmica: a redução do movimento lingual foi observada em 5 pacientes na USG
e 2 na VDF. A movimentação desorganizada da língua foi observada em 3 pacientes
com USG e em 2 na VDF. - Deglutições múltiplas só foram visualizadas na USG.
Presença de estase não foi visualizada na USG, enquanto foi verificada em 2
pacientes na VFS. - a USG da língua é complementar à VDF, uma vez que fornece
descrição precisa da fase oral da deglutição. |
Geddes et al., 2009(6)
|
Desenvolver uma visualização aproximada do ultrassom em lactentes, durante a
amamentação, e determinar a precisão da imagem ultrassonográfica da deglutição,
comparada com a pletismografia respiratória, em uma amostra de bebês. |
- 16 mulheres em lactação e seus bebês saudáveis participaram deste estudo. Os
bebês tinham entre 24 e 156 dias de idade (média 57 dias) e estavam dentro dos
parâmetros normais de crescimento, para a sua idade (média de 4871 g). - USG da
deglutição e pletismografia para verificação da respiração. - variáveis: duração
da deglutição e da apneia da deglutição. Para medir a respiração durante a
deglutição, a amamentação foi gravada. |
- a USG é um método não invasivo, acurado para visualização do movimento do bolo
de leite na fase faríngea da deglutição. - a apneia da deglutição foi identificada
pela ultrassonografia, se correlacionando bem com os resultados da pletismografia
respiratória por indutância. - o uso combinado dessas técnicas tem o potencial
para proporcionar informações úteis para casos de dificuldades na
amamentação. |
Jadcherla et al., 2009(11)
|
Investigar a relação faringo-glótica durante a deglutição basal e
adaptativa. |
- 12 neonatos saudáveis, alimentados por VO, sem alteração estrutural,
cromossômica, ou neurológica. - manometria faringoesofágica, pletismografia, EMGs
(submental) e USG da glote, simultaneamente. - variáveis: mudanças temporais na
cinética de fechamento da glote (frequência, latência de resposta, e duração),
durante a deglutição faríngea espontânea e adaptativa. |
- a adução glótica durante deglutições basais ou adaptativas ocorre em qualquer
fase respiratória, garantindo, assim, a proteção das vias aéreas, antes ou durante
a deglutição. - a duração de adução do reflexo de fechamento faringo-glotal sugere
um estado de hipervigilância da glote na prevenção da aspiração, durante a
deglutição, ou durante eventos de refluxo gastroesofágico alto. - a investigação
da relação faringo-glótica com o uso de métodos não invasivos pode ser mais
aceitável e é aplicável em todas as idades. |
Huang et al., 2009(15)
|
Avaliar a confiabilidade do exame ultrassonográfico em pacientes com AVC, com ou
sem disfagia. |
- 55 adultos, divididos em 3 grupos: 15 normais (grupo controle); 20 com AVC e
sem disfagia (G1); 20 com AVC e disfagia (G2). - variável: distância do osso
hioide e a laringe durante a deglutição. - Os participantes tiveram que engolir
três vezes com intervalo de 1-2 minutos, entre cada deglutição. |
- a aproximação hioide-laringe foi significativamente maior em indivíduos
normais, em relação aos pacientes com AVC e ainda maior em relação aos pacientes
com AVC e disfagia. - a distância entre o osso hioide e a cartilagem tireoide,
durante a deglutição, foi significativamente menor em indivíduos normais do que no
grupo com AVC. - a aproximação hioide-laringe foi menor em pacientes com AVC
disfágicos do que em pacientes com AVC sem disfagia. - a aproximação
hioide-laringe pode ser avaliada quantitativamente e de forma confiável, por meio
da USG, utilizando uma configuração clínica simples. |
Welge-Lüssen et al., 2009(8)
|
Examinar se o olfato retronasal, em combinação com estímulos gustativos
simultâneos, influencia na deglutição de modo diferente do que o olfato
ortonasal. |
- 47 indivíduos adultos saudáveis e não fumantes. - USG (transdutor posicionado
no assoalho da boca) da deglutição. - variável: movimentos da língua (velocidade e
frequência), durante a deglutição, após a apresentação de um estímulo olfatório e
latência da deglutição. Um sabor doce foi apresentado simultaneamente com uma
essência de alimentos comestível, orto ou retronasal, aleatoriamente, usando um
olfactômetro controlado por computador. |
- após a estimulação retronasal, a deglutição ocorreu significativamente de
forma mais rápida e mais frequente, em comparação com a deglutição após
estimulação ortonasal. - Estes resultados mostram que uma essência de alimentos
comestível apresentada como estímulo retronasal, em combinação com um estímulo
gustativo congruente, pode influenciar a deglutição. |
Komori et al., 2008(12)
|
Avaliar um novo método de avaliação da deglutição na beira do leito, combinando
a USG e videoendoscopia da deglutição (VED), em comparação à videofluoroscopia
(VDF) isolada. |
- 8 voluntários saudáveis do sexo masculino, com idades entre 25-31 anos e
ausência de distúrbios de deglutição. - técnica combinada de videoendoscopia
(VED), USG da deglutição e videofloroscopia da deglutição (VDF), simultaneamente.
- variável: elevação laríngea (início, ponto máximo e duração). |
- o início da elevação da laringe foi identificado pela VDF e pela USG. - após o
início, a faringe tornou-se invisível por meio da VED. - a elevação máxima da
laringe foi identificada pela VDF e pela USG e este momento foi quase equivalente
nos dois exames. - a distância e duração da elevação máxima da laringe, medidas
pela USG e pela VDF, foram quase iguais e correlacionaram-se positivamente. - este
estudo sugere que a técnica combinada (USG + VED) pode demonstrar a função de
deglutição de forma tão eficiente como a VDF. |
Peng et al., 2007(13)
|
Avaliar os movimentos da língua durante a deglutição, com um sistema assistido
por meio da USG modo-M, |
- 55 indivíduos (30 do gênero feminino e 25 do gênero masculino), com média de
idade de 22,7 anos (8 e 50 anos). - variável: padrão de movimento e duração da
atividade do dorso da língua. Três deglutições de saliva de cada sujeito foram
avaliadas através da USG modo-M. As imagens obtidas pela USG foram gravadas com um
gravador de vídeo e avaliadas posteriormente. |
- a duração, amplitude e padrão dos movimentos da língua, durante a deglutição,
variaram consideravelmente entre os indivíduos. - a USG modo-M fornece informações
válidas sobre os movimentos da língua, sem quaisquer efeitos colaterais e é,
portanto, uma ferramenta útil no diagnóstico e pesquisa das funções da língua em
ortodontia e odontologia. |
Sonies et al., 2005(20)
|
Avaliar a função de deglutição de pacientes com cistinose, com especial atenção
para os efeitos do tratamento com cisteamina. |
- 101 pacientes com diagnóstico de cistinose nefropática. - USG da orofaringe -
variáveis: movimento da língua e do osso hioide durante a deglutição - duração da
fase orofaríngea da deglutição e movimentos da língua e do osso hioide,
necessários para iniciar e concluir a deglutição. |
- a disfunção motora oral da deglutição, em doentes com cistinose, aumenta
progressivamente com a idade e se correlaciona com a disfunção muscular
generalizada, mas não com a gravidade da doença em geral. - a terapia de longo
prazo de cisteamina oral parece diminuir a gravidade de disfunção motora oral e
deglutição. - a disfunção da deglutição em pacientes com cistinose, apresenta um
risco de aspiração fatal e correlaciona-se com a presença de atrofia
muscular. |
Kuhl et al., 2003(16)
|
Analisar o movimento vertical da laringe, durante a deglutição, de maneira não
invasiva, usando técnicas de ultrassonografia em pacientes com disfagia e em
sujeitos saudáveis. |
- 18 pacientes (média de idade: 63 ± 8 anos), com disfagia devido a doenças
neurológicas. - grupo controle composto por 42 sujeitos saudáveis (média de idade
de 57 ± 19 anos). - USG da deglutição. - variáveis: distância entre o osso hioide
e a extremidade superior da cartilagem tireoide, durante a elevação laríngea na
deglutição. |
- indivíduos saudáveis: distância média de 220 mm (± 30) no repouso; a distância
mais curta durante a deglutição de 5 ou 10 ml de água foi de 85 mm (± 11),
representando uma redução de 61% (± 3) em condições fisiológicas. - pacientes com
disfagia neurogênica: a elevação média da laringe relativa foi reduzida para
apenas 42% (± 10). - a USG é um método viável e não invasivo na investigação da
elevação da laringe, durante a deglutição. - permite a visualização direta da
laringe de pacientes com disfagia neurogênica. |
Söder & Miller, 2002(17)
|
Determinar a extensão da variabilidade intrapessoal em aspectos de duração dos
movimentos da língua, durante a deglutição. |
- 10 indivíduos com diagnóstico de disfagia neurogênica. - 10 sujeitos sem
alterações e sem diagnóstico de disfagia (grupo controle). - USG da deglutição. -
variável: duração total do movimento da língua e duração da fase de transporte da
via oral, durante a deglutição. Os sujeitos foram instruídos a engolir água
mineral e, depois de um intervalo de cerca de 10 segundos, a engolir saliva. A
investigação continuou desta forma até, pelo menos, 15 deglutições secas, que
foram gravadas. |
- os resultados indicam variabilidade intrapessoal considerável, em ambos os
grupos. - não houve diferenças significativas para as comparações entre os grupos.
- a USG foi uma técnica altamente adequada para a finalidade do presente
estudo. |
Chi-Fishman & Sonies, 2002(9)
|
Verificar o movimento do osso hioide durante deglutições com diferentes
consistências. |
- 31 indivíduos saudáveis (16 do gênero masculino, 15 do gênero feminino),
divididos em três grupos etários: 20-39 anos; 40-59 anos; 60-79 anos. - USG da
deglutição. - variáveis: movimento do osso hioide - duração do movimento, ações,
amplitudes máximas, distâncias totais, e velocidades de pico – analisadas em
relação à variância de viscosidade, volume, idade e gênero. - 612
deglutições. |
- os resultados mostraram que os indivíduos com mais idade demoraram mais para
iniciar a deglutição e também apresentaram maior amplitude máxima vertical, maior
distância vertical total e maior velocidade de pico, do que os indivíduos mais
jovens. - os homens apresentaram maiores valores para a maioria dos parâmetros de
movimento. - os resultados ilustram a importância de examinar as inter-relações
entre as variáveis do movimento, para entender melhor as tarefas e estratégias do
controle motor. - as evidências também mostram o conceito de adaptação funcional
da musculatura infra-hioidea e sua compensação em idosos saudáveis. |
Chi-Fishman & Sonies, 2002(10)
|
Examinar detalhes da relação entre as variáveis da cinemática para discernir
estratégias do movimento do osso hioide na deglutição discreta e na deglutição
rápida sequencial. |
- 30 indivíduos saudáveis, divididos em três grupos etários: 20-39 anos; 40-59
anos; 60-79 anos. - variáveis: movimento, duração do movimento e amplitude máxima
do osso hioide. - foram gravadas mudanças na posição do osso hioide, totalizando
236 deglutições discretas e 318 deglutições rápidas sequenciais. |
- as deglutições sequenciais rápidas se diferem significativamente das
deglutições discretas, no que se refere ao movimento do osso hioide. - quando a
instrução dada foi a de engolir o mais rápido possível, os sujeitos atingiram o
movimento mais curto, sem aumento do pico de velocidade. Este achado sugere maior
flexibilidade na gama funcional do movimento do osso hioide. |
Kim & Kim, 2012(18)
|
Analisar o movimento da parede lateral da faringe, por meio da USG. |
- Os sujeitos foram: 26 indivíduos com AVC e disfagia e 15 indivíduos saudáveis.
- Os indivíduos com AVC e disfagia foram subdivididos em dois grupos (A e B), com
base na avaliação videofluoroscópica da deglutição (VFSS). No grupo A (n = 12), os
sujeitos tinham penetração ou aspiração nos resultados VFSS, enquanto no grupo B
(n = 14), não apresentaram evidências de penetração ou aspiração, ao exame. -
variáveis: movimento da parede lateral da faringe. O movimento foi avaliado
através da USG modos B/M. - Foi realizada a análise comparativa entre cada grupo e
as relações entre parâmetros de movimento na fase faríngea. |
- As médias de deslocamento faríngeo dos grupos A e B foram significativamente
reduzidas em comparação as dos indivíduos saudáveis. - A duração média do
movimento faríngeo dos grupos A e B foi maior do que a dos indivíduos saudáveis. -
A média de deslocamento do grupo A foi significativamente correlacionada com o
resíduo em valécula, o tempo de atraso do movimento da faringe e elevação da
laringe. |
Hsiao et al., 2012(15)
|
Medir mudanças na espessura da língua e no deslocamento do osso hioide, em
pacientes com AVC, através do exame de ultrassom na região submentoniana. |
- 60 pacientes com AVC (30 com via alternativa de alimentação exclusiva e 30 com
ingestão oral regular). - 30 sujeitos saudáveis. Um adicional de 10 pessoas
saudáveis foi incluído para avaliar a confiabilidade do exame. - Os sujeitos foram
instruídos a engolir 5 ml de água. Durante a deglutição, foram realizados o exame
de videofluoroscopia e ultrassom da região mentoniana. O exame de
videofluoroscopia foi complementar à USG, na avaliação do deslocamento do osso
hioide. |
- mudanças na espessura da língua e no deslocamento do osso hioide foram
significativamente menores nos pacientes com AVC com via alternativa de
alimentação, quando comparados com os pacientes com AVC e ingestão oral. - Não
foram observadas mudanças com valores significativos entre o grupo controle e os
pacientes com AVC e ingestão oral, tanto na espessura da língua, quanto no
deslocamento do osso hioide, - A USG da região submentoniana apresentou boa
confiabilidade e se correlacionou bem com a videofluoroscopia. |