RESUMO
Introdução
A prática clínica fonoaudiológica no ambiente hospitalar mostra que existe alta prevalência de disfagia em pacientes pós-acidente vascular cerebral.
Objetivo
Verificar se o tempo de ocorrência e o tipo do acidente vascular cerebral, o hemicorpo acometido por hemiplegia, a gravidade do deficit neurológico, a presença e o grau de disfagia interferem na pressão de língua de pacientes internados pós-acidente vascular cerebral.
Métodos
Estudo realizado com 31 pacientes. Foi aplicado protocolo da avaliação da disfagia, prova de mobilidade lingual e mediu-se a pressão de língua com o Iowa Oral Performance Instrument (IOPI). Foram realizadas três medidas da pressão anterior e três da pressão posterior. Os dados foram analisados por meio de estatística apropriada, com nível de significância de 5%.
Resultados
Apenas a presença de disfagia se mostrou associada estatisticamente à pressão de língua, sendo que os pacientes pós-acidente vascular cerebral disfágicos apresentaram pressão anterior e posterior média e máxima da língua menor que aqueles sem a presença de disfagia. O tempo de ocorrência do acidente vascular cerebral, o tipo e o hemicorpo acometido e a gravidade do deficit neurológico não apresentaram associação com a pressão lingual. Dentre os 15 participantes que apresentaram a dificuldade de deglutição, 14 (93,3%) foram classificados com disfagia leve e um (6,7%) com disfagia moderada.
Conclusão
Verificou-se que a disfagia, ainda que de grau leve, foi o fator preponderante para diminuição da pressão de língua em pacientes que sofreram acidente vascular cerebral.
Palavras-chave:
Língua; Força muscular; Transtornos de deglutição; Acidente vascular cerebral