RESUMO
Introdução:
A deficiência auditiva pode exacerbar mudanças cognitivas decorrentes do envelhecimento.
Objetivo:
Estudar a restrição de participação em atividades diárias e processos cognitivos em idosos, novos usuários de próteses auditivas.
Métodos:
Foram avaliados 50 idosos com perda auditiva neurossensorial de grau leve a moderadamente severo, novos usuários de amplificação sonora, distribuídos em três grupos, segundo o grau da perda auditiva. Foram aplicados o Hearing Handicap Inventory For Elderly e o Mini Exame do Estado Mental, antes e após 12 a 16 semanas de uso das próteses auditivas. O tratamento estatístico foi realizado por meio da análise de variância e comparações múltiplas de Bonferroni, com nível de significância de 0,05.
Resultados:
Após a estimulação acústica por meio do uso de próteses auditivas por 12 a 16 semanas, houve redução da restrição de participação em atividades diárias, tanto na subescala emocional, quanto na social/situacional do Hearing Handicap Inventory For Elderly. Idosos com perda de grau moderadamente severo apresentaram maiores restrições de participação na subescala social e no escore total do Hearing Handicap Inventory For Elderly. O Mini Exame do Estado Mental revelou maiores escores total e dos domínios orientação, memória imediata, atenção e cálculo, evocação e linguagem, após o uso das próteses auditivas. Quanto ao gênero, idosos do gênero feminino apresentaram média dos escores menores em atenção e cálculo.
Conclusão:
Os idosos com deficiência auditiva apresentaram redução da autopercepção das restrições de participação e melhora dos processos cognitivos de orientação, memória imediata, atenção e cálculo, evocação e linguagem, com a estimulação acústica.
Palavras-chave:
Auxiliares de audição; Perda auditiva; Cognição; Idoso; Inquéritos e questionários