Atividade e acolhimento |
Espaço de continência Comunicação não verbal Expressão de necessidades Espaço de inclusão |
... ela vem pra cá, totalmente atordoada, massacrada, chega aqui e existe um espaço enorme pra ela, a gente só abriu espaço pra ela fazer coisas que talvez ela tivesse um..., que ninguém soube, entendeu? Nós abrimos o espaço, abrimos os braços pra ela, e ela hoje está feliz da vida, chegou aqui sem falar, hoje fala, tudo o que ela quer... (P2) ... a princípio você vai observar qual é a necessidade dele, o que ele gosta, vai ver qual é a característica dele, qual a necessidade, mas isso ai não é uma coisa assim fixa não, a gente tem observado que é dinâmico, a própria atividade assim de oficina ou coletivo, isso aí é dinâmico, em algumas ocasiões surgiram, é, vamos dizer, oficinas novas diante do desejo... (P4) Aqui a gente não trabalha, né, colocando o autista diferente ou separado de todos os outros pacientes, ele tá inserido nas brincadeiras, nos jogos, nas atividades, né, ele tá no espaço coletivo, ele tá junto com os outros, na medida do possível, na medida das possibilidades dele. (P1) |
Atividade e relação terapêutica |
Atividade mediadora da relação Campo de ação do profissional, do estar com, acompanhar Horizontalidade x verticalidade na relação |
Quando a gente fala de oficina, né, que isso tudo é a pessoa, é o mediador, é a atividade, existe uma relação, está havendo um contrato, tá havendo uma vinculação, inclusive entrando uma atividade e existe uma aposta de ambas as partes de uma melhora. Eu acho que envolve uma clínica onde o trabalho no ofício é interagir ... a relação é que é terapêutica ou não é terapêutica. (P7) Se esse usuário, não se envolve com o profissional e o profissional não se envolve como usuário não vai acontecer a oficina, não vai existir esse meio, esse tratamento não vai estar completo. Eu penso no profissional como um... acompanhamento. (P3) A atividade no tratamento é supervisionada por profissional que tá ali com um objetivo ... a intervenção terapêutica visa a melhora do indivíduo, ... ter ganhos que você vai monitorar, vai acompanhar os ganhos ou não, e vai modificando aquele tratamento. (P1) |
Atividade: produto ou processo? |
Cobrança institucional por produções materiais/ concretas. Profissionais ativos e usuários espectadores do processo. Importância do processo em detrimento da materialidade da produção. |
"E ele trabalha não é construindo alguma coisa concreta, mas ele é nele né? Tipo: Ah, ele fez oficina, fez o que então? Qual é o... Fez caixinha? Entendeu? Você até pode fazer, mas isso não é a finalidade!"(P11). "Alguns profissionais deixam os desenhos prontos, só para os pacientes pintarem para ter um trabalho bonito" (P8). "Os produtos que eu construo com os pacientes, ... não têm esse enfoque: pra mostrar ... Não têm esse objetivo. Às vezes ele amassa tudo e joga na lata do lixo"(P9). "O Processo é positivo não só quando o paciente aprende a fazer a atividade ou tem um produto final. Positivo é essa trajetória toda e o reflexo na vida do paciente"(P5). |
Atividade e contexto psicossocial |
Tratamento/cura como centralidade das ações. Treinamento de habilidades sociais Inserção no território? |
"... de certa maneira, quando a gente vê a pessoa que não faz atividades, que são de certa forma corriqueiras, a gente diz que é disfuncional..." (P6). ... passa por algo também de inclusão ou vir de inserção no contato com outras pessoas, né, então, quando você coloca grupos e oficinas nos CAPS, me chama a atenção que são dispositivos que nós temos, usamos para tratar. (P7) ... quando os pacientes retornarem eles vão simular frustações, com esse aprendizado que a gente deu, de chegar lá e não ter, então, como é que eu me coloquei diante dessa frustação? Foi um aprendizado né.? (P8) A gente trabalha com o paciente e sua família buscando uma inserção no seu território. O tratamento nem é feito aqui, mas a gente acompanha o caso, procura parceiros como a UBS, a família, recursos na comunidade, o próprio paciente, tentando um vínculo, tentando uma abertura e adesão ... como dispositivo. (P1)Eu acho super interessante isso: "lugar de doido". Eu tô aprendendo a ter esse olhar que ele [paciente] não venha pra cá e se coloque como: "futuramente eu vou estar assim"... . Não, ele tem que não se ver nesse lugar de doido e nem nesse lugar CAPS como um fim. (P5) |