Resumo
Introdução:
O Agente Comunitário de Saúde (ACS) configura-se num elo entre a equipe de saúde e a comunidade. Seu trabalho pode gerar adoecimento e sofrimento, prejudicando sua Qualidade de Vida, compreendida como a percepção de sua posição na vida, no contexto da cultura e do sistema de valores que vive. O terapeuta ocupacional atua de forma a contribuir para a qualidade de vida do trabalhador.
Objetivo:
Caracterizar o perfil, as especificidades do trabalho e a qualidade de vida do ACS, contextualizando possíveis contribuições da terapia ocupacional. Método: Estudo descritivo com dados coletados usando um questionário sociodemográfico sobre hábitos de saúde/vida e especificidade do trabalho, e aplicação do WHOQOL-Bref para avaliar qualidade de vida.
Resultados:
Participaram 71 ACS, a maioria mulher, jovem, não fumantes e praticantes de atividades físicas. Trabalham em área de acesso regular (71,84%), em equipes completas (47,89%) e acompanhando acima de 750 pessoas (46,48%). A Qualidade de Vida tem, no domínio social, maior satisfação, com melhor pontuação nas facetas Relações Pessoais, Suporte e Apoio Social. O domínio Meio ambiente tem maior insatisfação e menor escore nas facetas Segurança Física e Proteção, Recursos Financeiros, Transporte e Ambiente Físico. O terapeuta ocupacional pode utilizar atividades grupais, expressivas e de matriciamento, abordando técnicas para segurança, trabalho em equipe, autocuidado e relaxamento, visando à saúde do ACS.
Conclusão:
A qualidade de vida geral apresenta indefinição, com ACS de muito satisfeitos a insatisfeitos. O terapeuta ocupacional atua com o objetivo de minimizar as fontes de adoecimento e sofrimento no trabalho dos ACS.
Palavras-chave:
Terapia Ocupacional; Agentes Comunitários de Saúde; Qualidade de Vida; Saúde do Trabalhador