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Núcleos de acessibilidade em instituições federais brasileiras e as contribuições de terapeutas ocupacionais para a inclusão de pessoas com deficiência no ensino superior1 1 O texto é parte do estudo de doutorado intitulado “Trajetória de vida de jovens e adultos com deficiência: Contribuições da Terapia Ocupacional no Ensino Universitário” realizado por Lilian de Fatima Zanoni Nogueira, sob orientação de Fátima Corrêa Oliver, no Programa de Pós-graduação em Terapia Ocupacional da UFSCar. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Universidade de Sorocaba sob o parecer de número 2.073.616.

Resumo

Introdução:

Programas de inclusão de estudantes com deficiência (EcD) em Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) buscam favorecer acesso e permanência considerando-se o respeito à diversidade no ambiente universitário. A terapia ocupacional pode contribuir para desenvolver esses programas.

Objetivo:

Analisar o acesso da população com deficiência ao Ensino Superior, considerando as premissas do Programa INCLUIR do Ministério da Educação, além de refletir sobre a contribuição de terapeutas ocupacionais nesse programa. Método: Investigação descritiva-analítica baseada em análise documental identificou 55 núcleos do Programa INCLUIR em IFES, reconhecendo ações desenvolvidas. Nas IFES que ministravam graduação em terapia ocupacional, foram estudados os currículos e grupos de pesquisa relacionados ao tema. Foram entrevistadas três terapeutas ocupacionais coordenadoras desses programas.

Resultados:

Observou-se progresso na inclusão de pessoas com deficiência no ensino superior, incentivado pelos programas governamentais. Os currículos de terapia ocupacional das 14 IFES que oferecem graduação e seus grupos de pesquisa não indicam atividades na área da Educação, o que dificultaria o exercício de ações técnicas profissionais nesse campo. Oito dos 55 núcleos contam com terapeutas ocupacionais e neles há um diferencial da ação pela capacidade profissional de perceber e favorecer o contato com a diversidade de realidades entre estudantes, o que potencializaria as ações de equiparação no cotidiano acadêmico, favorecendo especialmente a permanência.

Conclusão:

Há necessidade de aumentar os programas de inclusão e a participação da terapia ocupacional, de forma a ampliar a organização e o gerenciamento de ações para maior diálogo entre as instâncias das IFES, e favorecer o ingresso e permanência de estudantes.

Palavras-chave:
Terapia Ocupacional; Pessoas com Deficiência; Educação Superior; Inclusão (Educação); Equidade

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