Resumo
Introdução
O rápido avanço do processo de envelhecimento contribui para o aumento das doenças crônico-degenerativas, como o Transtorno Neurocognitivo Leve (TNL). Idosos com TNL podem apresentar dificuldades no desempenho de atividades instrumentais de vida diária e de participação social, além de índice de conversão maior para demências, comparados a idosos saudáveis.
Objetivo
Descrever e analisar intervenção grupal em terapia ocupacional a idosos com provável TNL.
Método
Estudo prospectivo, quantitativo, quasi-experimental de concepção “antes e depois”. Analisaram-se em conjunto duas intervenções realizadas no Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, em 2014 e 2015. Cada intervenção abrangeu 8 encontros, com participação de 11 idosos ao todo. Foram utilizadas dinâmicas para sensibilização acerca de tarefas e habilidades cognitivas reconhecidamente mais afetadas em idosos com TNL e compartilhamento de estratégias mnemônicas compensatórias. Para análise das intervenções, aplicaram-se antes e depois os instrumentos: Teste Comportamental de Memória de Rivermead; Questionário de Pfeffer e Questionário de Queixas Subjetivas de Memória. Para análise estatística intragrupo, foram utilizados o teste de Shapiro-Wilk e o teste não-paramétrico de Wilcoxon.
Resultados
Houve mudança estatisticamente significativa no escore total de todos os instrumentos aplicados. Assim, houve melhora do desempenho cognitivo, melhora da capacidade no desempenho de atividades instrumentais que envolvem mais diretamente habilidades cognitivas e redução das queixas subjetivas de memória dos participantes.
Conclusão
Acredita-se que a intervenção é um potente recurso para atuação do terapeuta ocupacional junto a idosos com TNL por favorecer independência nas ocupações cotidianas, diminuição de queixas de memória e melhora no desempenho cognitivo.
Palavras-chave:
Terapia Ocupacional; Disfunção Cognitiva; Atividades Cotidianas; Cognição; Reabilitação