RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
O envelhecimento agrega em aumento da prevalência de doenças crônicas e prejuízo funcional. Os sintomas depressivos e a dor crônica lombar afetam um número crescente de idosos e se tornam temas importantes de investigação. Este estudo teve como objetivo identificar a relação entre a intensidade de dor lombar crônica, sua incapacidade gerada e a presença de sintomas depressivos em idosos independentes para as atividades básicas de vida diária.
MÉTODOS:
O estudo é de caráter descritivo, quantitativo e de corte transversal. Foi analisada uma amostra de idosos independentes com quadro de dor lombar crônica (n=46) cadastrados nas Unidades Saúde da Família do município de São Carlos, SP. Para a coleta foram utilizados: Ficha de Caracterização, Escala Multidimensional de Avaliação da Dor, Questionário de Incapacidade de Roland-Morris e a Escala de Depressão Geriátrica. Os dados obtidos foram digitados no programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS) for Windows para realização de análises descritivas e análise correlacional de Spearman. Os preceitos éticos do Conselho Nacional de Saúde sobre pesquisas com seres humanos foram respeitados.
RESULTADOS:
A intensidade mais frequente de dor percebida pelos idosos foi a intensa (43,5%, n=20), precedida pela moderada (41,3%, n=19). A maioria dos idosos descreve a dor lombar como dolorosa, persistente e desconfortável. O escore total médio de depressão foi de 4,37 pontos (Md=4,00; DP =2,67, xmín =0,00, xmáx =11,00).
CONCLUSÃO:
As análises correlacionais evidenciaram que existe relação significativa e diretamente proporcional entre a intensidade da dor lombar e o número de sintomas depressivos de magnitude fraca, e uma relação significativa e diretamente proporcional entre o número de incapacidades/limitações provocadas pela dor lombar e o número de sintomas depressivos de magnitude moderada.
Descritores:
Depressão; Dor crônica; Dor lombar; Gerontologia; Incapacidade; Saúde do idoso