RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
A fibromialgia é uma síndrome complexa, caracterizada por dor musculoesquelética crônica generalizada, tendo como principal comorbidade a redução do desempenho físico/funcional. O tratamento farmacológico da fibromialgia tem eficácia limitada, tornando importante o estudo de terapias não farmacológicas, enfatizando a atividade física, terapia cognitivo-comportamental e técnicas de distração. O enriquecimento ambiental e a atividade física têm sido utilizados no tratamento de doenças associadas ao aumento da atividade nociceptiva periférica e central. O objetivo deste estudo foi investigar o enriquecimento ambiental, uma técnica baseada na estimulação física, sensorial e cognitiva e atividade física voluntária para prevenção de hiperalgesia em um modelo experimental de fibromialgia.
MÉTODOS:
Vinte e quatro ratos Wistar machos foram divididos em quatro grupos: 1. enriquecimento ambiental, 2. atividade física, 3. enriquecimento ambiental somado a atividade física e 4. controle, e mantidos nesses protocolos por 4 semanas. A dor muscular crônica difusa foi induzida por uma injeção dupla de salina ácida no músculo gastrocnêmio esquerdo. Foram avaliados o limiar mecânico de retirada da pata, latência térmica, atividade neuromuscular e deambulação em seis momentos diferentes: basal, após a 1ª, 2ª, 3ª e 4ª semanas e 24h após a indução crônica da dor muscular.
RESULTADOS:
Os animais mantidos no protocolo de enriquecimento ambiental somado a atividade física apresentaram aumento do limiar mecânico, latência térmica, atividade neuromuscular e deambulação mesmo após injeções de salinas ácidas.
CONCLUSÃO:
Esses resultados sugerem a associação entre enriquecimento ambiental e atividade física como estratégia para prevenção da dor musculoesquelética e déficit motor em modelo de fibromialgia.
Descritores:
Dor; Exercício; Fibromialgia; Hiperalgesia