RESUMO
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS:
A prática clínica no tratamento da dor crônica é frequentemente deficiente ou ineficaz, seja pela subjetividade ou pela presença de fatores potencializadores. As dores crônicas mais comuns são a musculoesquelética, a neuropática e a oncológica. Este estudo teve como objetivo conhecer os aspectos que entremeiam o processo de dor e como tal condição interfere na qualidade de vida.
MÉTODOS:
Estudo descritivo, transversal e exploratório que incluiu 44 pacientes, sendo 15 com dor musculoesquelética, 15 com dor oncológica e 14 com dor neuropática. Os dados foram coletados por meio de entrevista específica semiestruturada, autoavaliação e aplicação dos instrumentos: Escala Analógica Visual, Health-related Quality of Life Questionnaire, Morisky and Green Drug Treatment Adherence Test, Questionnaire for Diagnosis of Neuropathic Pain, Epworth Sleepiness Scale, Tampa Kinesiophobia Scale, Beck Anxiety Inventory e Beck Depression Inventory.
RESULTADOS:
A análise dos dados revelou baixa qualidade de vida para 61,36% dos pacientes, sendo mais grave para os portadores de dor neuropática. A associação da qualidade de vida com os fatores analisados foi estatisticamente significante quanto à adesão ao tratamento, nível de dor, sonolência, ansiedade e depressão. Os indivíduos com dor neuropática foram os mais afetados, exceto pela cinesiofobia, que teve maior ocorrência nos indivíduos com dor musculoesquelética.
CONCLUSÃO:
Os três tipos de dor diminuem consideravelmente a qualidade de vida dos pacientes, sendo a redução mais evidente nos portadores de dor neuropática.
Descritores:
Dor; Dor crônica; Dor do câncer; Dor musculoesquelética; Qualidade de vida