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Novas masculinidades nas organizações

INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

MASCULINITIES.Robert W. Connell. 2. ed. University of California Press, 2005. 324 p. O livro, que teve sua primeira publicação em 1995, busca iniciar a construção de um campo de estudo com bases na psicanálise e na sociologia e destaca as dinâmicas entre as masculinidades, em relações de hegemonia, subordinação, cumplicidade e marginalidade, entrelaçando conceitos com uma pesquisa composta por entrevistas e histórias de vida de quatro grupos de homens. Analisa, ainda, as masculinidades modernas como efeito da ordem econômica global.

MANHOOD IN AMERICA: A cultural history.Michael S. Kimmel. 3. ed. New York: Oxford United Press, 2011. 392 p. Por meio de uma análise dos aspectos históricos da construção das masculinidades nos Estados Unidos nos últimos séculos, com atenção à ascensão do self-made man como modelo hegemônico que perdura naquele contexto, o autor apresenta conceitos centrais, como a pluralidade, visibilidade e as relações de dominação. Especial atenção é dada à ideia de que as masculinidades se alteram ao longo do tempo e às disputas entre ideais hegemônicos.

A CONSTRUÇÃO SOCIAL DA MASCULINIDADE.Pedro Paulo de Oliveira. Belo Horizonte: UFMG; Rio de Janeiro: Iuperj, 2004. 347 p. Com base em sua tese de doutorado em sociologia, o autor traz discussões a respeito do tema das masculinidades com olhar sobre as instituições que construíram os ideais masculinos tradicionais e os efeitos das mudanças nestas sobre as masculinidades contemporâneas, tendo em vista os aspectos atuais. Destaca-se a revisão teórica sobre diferentes visões conceituais do tema.

MASCULINIDADES.Mônica Schpun (Org.) São Paulo: Boitempo; Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2004. 233 p. O livro organizado por Schpun contém artigos que relatam estudos oriundos da antropologia, sociologia e história a respeito da construção da masculinidade como gênero dominante, enfatizando aspectos como sexualidade, violência, homossexualidade. Os recortes temáticos são múltiplos, rompem as fronteiras entre as disciplinas e criam inúmeras intersecções e inesperados diálogos. Destaca-se o capítulo "Pioneiros", em que Adriana Piscitelli retrata fundadores de grandes empresas brasileiras a partir de um olhar de gênero.

HANDBOOK OF STUDIES ON MEN & MASCULINITIES.Michael S. Kimmel, Robert W. Connell e Jeff Hearn (Orgs.) Sage Publications, Thousand Oaks, 2004. 505 p. O livro editado por três autores de importância no tema reúne artigos de diferentes perspectivas teóricas e metodológicas, e, além de capítulos conceituais, traz olhares sobre as masculinidades considerando aspectos globais e regionais, políticos, institucionais e questões de corpo e discurso. Merece relevância o capítulo de James W. Messerschmid sobre relações entre masculinidade e crime, em que apresenta a violência como recurso de afirmação.

  • Novas masculinidades nas organizações

    Recentemente, no Brasil, os estudos de gênero começaram a voltar-se para o masculino, com base em debates internacionais que indicaram uma pluralidade de masculinidades, questionando a noção arraigada desde a Revolução Industrial de que os homens se igualam aos sujeitos padrões do trabalho, aos quais as mulheres são comparadas. Gênero, na perspectiva pós-estruturalista, é entendido como relacional e construído com base em significados, relações de poder, e opera não apenas entre o masculino e o feminino, mas entre os homens, indicando inúmeras possibilidades que se constroem de acordo com contextos sociais, históricos, econômicos, culturais e também organizacionais. O debate é iniciado por autores como Connell, Kimmel e Hearn, que apresentam dinâmicas e políticas da construção das masculinidades. As indicações bibliográficas são da professora Claudia Sirangelo Eccel, do Instituto de Psicologia da UFRGS.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      10 Fev 2012
    • Data do Fascículo
      Fev 2012
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