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Aspectos da gravidez na adolescência em maternidade escola de Fortaleza

Adolescents pregnancy's aspects in a maternity school of Fortaleza

RESUMO DE TESE

Aspectos da gravidez na adolescência em maternidade escola de Fortaleza

Adolescents pregnancy's aspects in a maternity school of Fortaleza

Autora: Maria de Lourdes Caltabiano Magalhães

Orientadora: Profa. Dra. Rosiane Mattar

Co-orientador: Prof. Dr. Luiz Camano

Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina - para a obtenção do Título de Mestre em Ciências, em 6 de dezembro de 2004.

OBJETIVOS: analisar características epidemiológicas e aspectos clínicos relevantes da gestação, parto e do recém-nascido de adolescentes e comparar as variáveis analisadas entre as gestantes precoces e tardias.

PACIENTES E MÉTODOS: Em estudo transversal, analítico, avaliou-se 2.058 prontuários, sendo 322 (15,7%) do grupo das precoces e 1.736 (84,3%) das tardias, que parturiram na Maternidade Escola Assis Chateaubriand/UFC de 1 de janeiro de 2000 a 31 de dezembro de 2000.

RESULTADOS: do total de partos, 25,9% eram de adolescentes sendo a média de idade 17,2 anos. Dentre as gestantes adolescentes avaliadas, 35,5% se declararam sem parceiro, sendo que 41,8% eram precoces e 31,4% tardias; 15,8% eram analfabetas ou possuíam o ensino fundamental incompleto e 29,7% referiam 8 ou mais anos de estudo, sendo que destas, 15,4% eram adolescentes precoces. O consumo de fumo, álcool e drogas ilícitas foi baixo e sem diferença estatística entre os dois grupos etários. Constatou-se que 73,% eram primigestas e que houve diferença estatística quanto à reincidência de gestações, com índice de 6,8% entre as precoces e 30,7% entre as tardias. Quanto ao aborto, 4% ocorreu entre as de menor idade e 8,4% nas de maior idade (p = 0,033). Avaliou-se também que 88% das gestantes compareceram ao pré-natal, sendo que 60% com número insuficiente de consultas. As intercorrências clínicas mais freqüentes foram a pré-eclâmpsias (14,7%), anemia (13%) e infecção do trato urinário (6,4%), sem diferença estatística entre os grupos. Ocorreram 31,34% de cesáreas, sendo a pré-eclâmpsia a principal indicação nas duas faixas etárias (25% e 23%, respectivamente). Avaliou-se também o recém-nascido das gestantes adolescentes e observou-se que o índice de prematuridade foi de 16,7% (20,2 x 16%, p = 0,069) e o escore de Apgar < 7 no 1º minuto de 15,1% (19,9 x 14,2%, p = 0,008). As outras variáveis avaliadas, como o escore de Apgar no 5º minuto, adequação do peso à idade gestacional, malformações e morte neonatal, apresentaram índices baixos e sem diferença entre os grupos.

CONCLUSÕES: as gestantes adolescentes precoces e tardias podem ser comparadas em relação à evolução da gestação, tendo ambas, características biológicas aceitáveis para desempenho obstétrico satisfatório.

Palavras-chaves: Gravidez; Adolescência

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    11 Nov 2005
  • Data do Fascículo
    Jun 2005
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