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Inteligência emocional: validade discriminante entre MSCEIT e 16 PF

Emotional intelligence: validity discriminant between MSCEIT and 16 PF

Resumos

O objetivo do presente estudo foi investigar evidências de validade discriminante do Mayer Salovey Caruso Emotional Intelligence Test (MSCEIT), comparando-o com os 16 Fatores de Personalidade. O construto de inteligência emocional tem sido definido como a capacidade de perceber, entender e usar precisamente as emoções em si e em relação aos outros, bem como gerenciá-las para facilitar os processos cognitivos e promover o crescimento pessoal e intelectual. Participaram 270 universitários de diferentes cursos -Psicologia, Educação Física, Matemática e Biologia, sendo utilizados o MSCEIT e o 16 PF em aplicação coletiva. Os resultados indicaram correlações significativas baixas positivas e negativas entre IE e personalidade, tais como; Extroversão (r = 0,125*), Brandura (r = 0,253**), Rigidez de Pensamento (r = -0,193**). A análise dos resultados indica que não houve equivalência entre construtos de inteligência emocional e personalidade, embora algumas dimensões deste último possam contribuir para um adequado desempenho em IE.

inteligência emocional; validade; personalidade


The present study aim was to investigate discriminative validity evidences between Mayer Salovey Caruso Emotional Intelligence Test (MSCEIT), and The 16 Personality Factors. The construct definition has been described as the person's ability to accurately perceive, express, understand and use his or her own emotions and the emotions of others as well manager them in order to facilitate the cognitive process and to promote intellectual and personal growth. Participated 270 undergraduate students from Psychology, Physical Education, Mathematics and Biology courses. The material was MSCEIT and the 16 PF. The instruments were applied collection was. The results indicated several low positive and negative significant correlations between EI and personality such as Extroversion (r = 0,125*), Softness (r = 0,253**), Tough mindedness (r= -0,193**). The results have showed that there was no equivalence of constructs although it may indicate that some personality traits can contribute to an appropriated achievement in EI.

emotional intelligence; validity; personality


PESQUISAS EMPÍRICAS

Inteligência emocional: validade discriminante entre MSCEIT e 16 PF

Emotional intelligence: validity discriminant between MSCEIT and 16 PF

Marilda Aparecida DantasI; Ana Paula Porto NoronhaII

IUniversidade de Alfenas

IIUniversidade São Francisco

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Marilda Aparecida Dantas Rua Sebastião Moreira Neto, 188 Pedreira - SP, CEP: 13920- 000 E-mail: marildapsi@uol.com.br

RESUMO

O objetivo do presente estudo foi investigar evidências de validade discriminante do Mayer Salovey Caruso Emotional Intelligence Test (MSCEIT), comparando-o com os 16 Fatores de Personalidade. O construto de inteligência emocional tem sido definido como a capacidade de perceber, entender e usar precisamente as emoções em si e em relação aos outros, bem como gerenciá-las para facilitar os processos cognitivos e promover o crescimento pessoal e intelectual. Participaram 270 universitários de diferentes cursos -Psicologia, Educação Física, Matemática e Biologia, sendo utilizados o MSCEIT e o 16 PF em aplicação coletiva. Os resultados indicaram correlações significativas baixas positivas e negativas entre IE e personalidade, tais como; Extroversão (r = 0,125*), Brandura (r = 0,253**), Rigidez de Pensamento (r = -0,193**). A análise dos resultados indica que não houve equivalência entre construtos de inteligência emocional e personalidade, embora algumas dimensões deste último possam contribuir para um adequado desempenho em IE.

Palavras-Chave: inteligência emocional; validade; personalidade.

ABSTRACT

The present study aim was to investigate discriminative validity evidences between Mayer Salovey Caruso Emotional Intelligence Test (MSCEIT), and The 16 Personality Factors. The construct definition has been described as the person's ability to accurately perceive, express, understand and use his or her own emotions and the emotions of others as well manager them in order to facilitate the cognitive process and to promote intellectual and personal growth. Participated 270 undergraduate students from Psychology, Physical Education, Mathematics and Biology courses. The material was MSCEIT and the 16 PF. The instruments were applied collection was. The results indicated several low positive and negative significant correlations between EI and personality such as Extroversion (r = 0,125*), Softness (r = 0,253**), Tough mindedness (r= -0,193**). The results have showed that there was no equivalence of constructs although it may indicate that some personality traits can contribute to an appropriated achievement in EI.

Key words: emotional intelligence; validity; personality.

Introdução: A definição da Inteligência Emocional (IE) no percurso histórico parece ter passado por adaptações e refinamentos, tendo em vista as pesquisas e críticas que contribuíram para o aumento do interesse pelo tema. Parte dessas surgiu com a popularização do termo Inteligência Emocional, por meio do livro de Daniel Goleman (1995), de forma que o mundo dos negócios e as áreas correlatas acabaram incorporando-a como uma panacéia.

A ênfase da popularização se deu principalmente nas organizações, em que diversas palestras foram ministradas sobre o tema e as pessoas consideradas emocionalmente inteligentes eram vistas como portadoras de características psicológicas relacionadas ora a traços de personalidade ora a habilidades sociais. Também se atribuiu elevada importância à IE, procurando as empresas pessoas que tivessem capacidade de IE maior do que a da inteligência tradicional. No entanto, qual era a compreensão que se tinha sobre a IE?

O conceito da IE inicialmente apoiou-se na capacidade de monitorar sentimentos e emoções, discriminá-los, de tal sorte que as informações fossem usadas para guiar pensamentos e ações. Posteriormente, Salovey, Mayer, Caruso e Lopes (2001) especificaram a abrangência de quatro aspectos relacionados à capacidade de perceber, usar as emoções para facilitar o pensamento e entendê-las, bem como gerenciá-las para facilitar os processos cognitivos e promover o crescimento pessoal e intelectual.

Em se tratando de um construto relativamente novo, há a necessidade de se apresentarem dados empíricos, no que tange à operacionalização e diferenciação de outros construtos já definidos na literatura, tais como personalidade e inteligência. Nesse sentido, a problemática da presente pesquisa consistiu em abordar a relação entre inteligência emocional e personalidade.

McCrae (2002) apresentou dois modelos de Inteligência Emocional. O primeiro intitulado modelo misto tratou da tentativa de relacionar inteligência emocional a aspectos da personalidade, porém as pesquisas apresentadas até então não mostram consistência. O segundo modelo, de aptidão, enfatiza que, assim como os indivíduos podem demonstrar inteligência em seu entendimento com palavras, números ou formas geométricas, podem fazê-lo também ao lidarem com as emoções. O autor concluiu que a IE merece atenção principalmente no sentido de desenvolver instrumentos de mensuração para facilitar as pesquisas que relacionam as aptidões emocionais e as características de personalidade.

Ciarrochi, Chan, Caputi e Roberts (2001) discutiram, entre outros assuntos, a relação entre medidas que avaliam desempenho e as de auto-relato sob a perspectiva da IE, e apontam algumas diferenças. As medidas de desempenho avaliam o construto como uma habilidade que o indivíduo apresenta de forma eficaz, e as de auto-relato a percepção das pessoas em relação ao que elas consideram a própria IE, embora ambas possam ser relevantes. Possivelmente, a maior dificuldade com medidas de auto-relato é que as pessoas podem distorcer as respostas para melhor ou pior do que são realmente. Os autores concluíram que medidas de auto-relato não refletem o desempenho verdadeiro e também não se correlacionam com a inteligência.

Roberts, Flores-Mendonza e Nascimento (2002) discutiram propriedades psicométricas e medidas de IE. As últimas, em geral, são agrupadas em dois conjuntos: medidas de desempenho e de auto-relato, como apontado anteriormente. O construto deverá apresentar um coeficiente de correlação com a inteligência que não seja nem muito baixo (0,20) e nem muito alto (0,70), para não se tornar independente e nem similar ao de inteligência, sendo, ao mesmo tempo, psicometricamente distinto da personalidade.

A fim de se verificar a relação entre IE, traços de personalidade e a qualidade na interação social em diferentes culturas, Lopes, Brackett, Nezlek, Schütz, Sellin e Salovey (2004) realizaram dois estudos. O 1 teve a participação de 188 estudantes norte-americanos. Foram avaliadas a competência emocional e a qualidade dos relacionamentos com amigos. Os instrumentos utilizados foram o MSCEIT, Big Five, Emotion Regulation Scale (ERS). No que diz respeito aos resultados vale destacar que a subscala do MSCEIT, gerenciando emoções, não se correlacionou com o Big Five, sugerindo que essa habilidade é distinta de traços de personalidade. Além disso, as hipóteses iniciais foram confirmadas, e a IE se associou com os relatos dos amigos/participantes na qualidade da amizade. O estudo 2 foi semelhante quanto ao método, participaram 106 estudantes alemães. MSCEIT e Big Five tiveram baixa correlação, sugerindo não ser o MSCEIT uma medida de personalidade.

Davies, Stankov e Roberts (1998) publicaram uma pesquisa intitulada Emotional Intelligence: In search of an elusive construct, que envolveu 3 estudos separadamente e procurou investigar a relação entre medidas de IE, habilidades cognitivas e personalidade.

Do estudo 1 participaram 100 estudantes de psicologia de uma universidade de Sidney, e foram utilizadas como medidas de IE 13 instrumentos de auto-relato e cinco intitulados objetivos, medidas de inteligência fluida e cristalizada, personalidade e inteligência social. Entre os resultados, na correlação entre IE e personalidade, algumas variáveis foram correlacionadas, como neuroticismo (0,47) e extroversão (0,49), com apenas duas das variáveis da IE; a correlação não foi alta e, além disso, as medidas eram de auto-relato e não de desempenho. Os autores sugeriram que a IE pode não ser inteiramente distinta de personalidade, porém os instrumentos que avaliaram a IE não envolviam os quatro aspectos do construto proposto pelos proponentes. Do estudo 2, participaram 300 recrutas da força aérea norte-americana. Os instrumentos utilizados foram dez medidas de IE, habilidades cognitivas e personalidade. Os resultados sugeriram que medidas de auto-relato da IE são relacionadas a traços de personalidade, tais como neuroticismo (r=0.63), extroversão (r=0.71) e agradabilidade (r=0.65). Do estudo 3 participaram 131 estudantes de psicologia de uma universidade de Sidney. Os instrumentos utilizados foram 4 medidas de percepção da emoção (faces, voz, cores, música), habilidades cognitivas, personalidade e inteligência social. Entre os três estudos realizados, o que os diferenciou foram os instrumentos e a amostra. As medidas de auto-relato apresentaram baixa precisão quando não imprecisão.

O trabalho de Lopes, Salovey e Straus (2003) objetivou explorar a validade de construto do instrumento Mayer Salovey Caruso Emotional Intelligence Test (MSCEIT). De uma amostra de 103 estudantes americanos, compararam os resultados que avaliavam inteligência emocional, verbal e personalidade. Para a personalidade, foi utilizado o instrumento NEO Five Factor Inventory e o Big Five. Entre outros resultados, no que se refere a IE e personalidade, os dados confirmaram uma das hipóteses da pesquisa: o MSCEIT mostrou-se limitado ao se comparar com traços de personalidade. O maior coeficiente de correlação entre IE e traços de personalidade foi de 0,33. A subscala do MSCEIT Gerenciando Emoções apresentou correlação positiva baixa com traços de agradabilidade e conscenciosidade, e correlação negativa com abertura para experiências.

Cobêro (2004) investigou evidências de validade do MSCEIT no contexto organizacional. Para a realização da pesquisa utilizou como instrumento o MSCEIT, o 16 PF, o BPR-5 e um questionário de Avaliação de Desempenho respondido por um supervisor e um colega. Participaram da pesquisa 119 sujeitos provenientes de empresas de diversos segmentos. Os resultados indicaram que a IE está moderadamente correlacionada com medidas de inteligência e apresentou baixa correlação com traços de personalidade. Vale ressaltar que IE e traços de personalidade mostraram correlações significativas baixas com os fatores: Administração da imagem (r=0,19*), Inteligência (r=0,26**), Consciência (r=0,21*), Imaginação (r=-0,32**) e Autocontrole (r=0,26**). Quanto à variável inteligência avaliada por meio do BPR-5, os resultados apontaram correlações baixas, porém significativas (r= 0,36**). A autora concluiu que a inteligência emocional constitui um tipo diferenciado de inteligência e que contribui para o contexto organizacional.

As pesquisas relatam experimentos relacionando construtos, buscando divergência ou convergência. Considerando esse aspecto, descrever o construto da personalidade como sendo uma variável parcial deste estudo parece ser de extrema importância para a compreensão dos construtos. Conforme Catell (1975), o conceito de personalidade se aplica "como aquilo que nos diz o que fará um homem quando colocado em dada situação" (p. 26), esclarecendo a definição de traço como tendência de reação freqüente e ampla, e não como um determinado comportamento num determinado momento. Destacam-se aspectos relacionados às mudanças de personalidade, que o autor atribuiu a vários fatores, destacando-se a aprendizagem por recompensa e a influência da hereditariedade e do ambiente. Ainda de acordo com o autor, o estudo científico da personalidade permeou a área da ciência no início do século passado, e as teorias basearam-se em medidas reais do comportamento, de maneira que pudessem ser repetidas em diferentes laboratórios, e às quais o tratamento estatístico pudesse ser aplicado por quem o desejasse. O Questionário Dezesseis Fatores de Personalidade - 16PF -, desenvolvido por Catell, foi produto do trabalho de tratamento estatístico, como forma de identificar os componentes primários da Personalidade, por meio da análise fatorial (Russell & Karol, 1999).

Segundo o CFP (2003) os testes psicológicos são ²procedimentos sistemáticos de observação e registro de amostras de comportamentos e respostas de indivíduos com o objetivo de descrever e ou mensurar características e processos psicológicos? (p. 2). Os testes psicológicos são instrumentos utilizados no processo de avaliação psicológica cujo objetivo é coletar dados e para uma possível intervenção, encaminhamento ou decisão em relação ao examinando. No entanto, destacam-se as propriedades psicométricas que os testes devem apresentar para cumprir os requisitos mínimos. Diante desse contexto, o objetivo do presente estudo foi investigar evidências de validade discriminante do Mayer Salovey Caruso Emotional Intelligence Test (MSCEIT), comparando-o com os 16 Fatores de Personalidade (16 PF).

Método

Participantes

Participaram deste estudo 270 universitários de diferentes cursos de duas universidades particulares do interior paulista. Dessa amostra, 31,9% (n=86) eram do curso de Psicologia, 20,7% (n=56) do de Biologia, 15,2% (n=41) do de Matemática e 32,2% (n=87) do de Educação Física, sendo 71,1% do sexo feminino e 28,4% do masculino1 1 Dois sujeitos (%=0,7) não responderam esse item. , A idade variou de 18 a 62 anos, sendo a média 24 anos e o desvio padrão 7,0.

Material

Foi utilizado o Mayer Salovey Caruso Emotional Intelligence Test (MSCEIT), que é um instrumento que avalia a inteligência emocional, por meio de um inventário composto de 8 seções, totalizando 141 itens. O material inclui um caderno de questões e uma folha de respostas. O MSCEIT apresenta uma escala global de Inteligência Emocional que se subdivide em duas escalas, denominadas Experencial e Estratégica. A Experencial se subdivide em mais duas subscalas, uma chamada Percebendo Emoções e a outra Facilitando Emoções. A IE Estratégica também se subdivide em duas subscalas, uma chamada Entendendo Emoções e a outra Gerenciando Emoções. Essas informações podem ser melhor visualizadas na Tabela 1, (Mayer, Salovey & Caruso, 2002).

Os dados dessa pesquisa foram corrigidos pelo critério de consenso, que está baseado na resposta mais adequada, aquela que o maior número de pessoas a escolhe. O processo é identificar o item mais escolhido pela mostra e em seguida sua freqüência. A pontuação do item passa a ser então igual à freqüência; por exemplo, se uma determinada resposta obter uma freqüência percentual de 65, os sujeitos que a escolheram passam a ter uma pontuação igual a 65. Esse critério é válido para todas as respostas.

Inventário dos 16 fatores de personalidade (16pf)

Esse teste investiga traços de personalidade por meio de um inventário composto de 185 itens, compreendendo as escalas dos 16 fatores Primários de Personalidade e também um índice da Administração da Imagem, que avalia a conveniência social, respostas de não-freqüência e Aquiescência (tendência de responder "verdadeiro" a itens incongruentes), conforme tabela 2. Cada escala contém de 10 a 15 itens. Na combinação entre os 16 fatores se obtêm os 5 fatores globais, sendo de extroversão, ansiedade, rigidez de pensamento, independência e auto-controle. O instrumento é composto de um caderno de perguntas e uma folha de respostas, em que o sujeito deverá fazer a opção que melhor o descreva, sendo verdadeiro, falso ou ponto de interrogação, quando as outras opções não forem adequadas, e transcrever na folha de respostas. A exceção deve ser considerada no fator Inteligência, em que se esperam respostas corretas. Os resultados brutos são convertidos, de forma manual ou informatizada. A correção dos itens aponta resultados altos (de 8 a 10), baixos (de 1 a 3) ou equilibrados (de 4 a 7), na escala bipolar. (Russel & Carol, 1999).

Procedimento

O projeto de pesquisa foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética. A coleta de dados foi realizada coletiva e separadamente por turmas de acordo com os cursos. Os instrumentos foram aplicados em duas sessões e em dias diferentes. Na primeira aplicou-se o MSCEIT e na segunda, o 16 PF. Os sujeitos foram convidados a participar do estudo, sendo esclarecidos os objetivos e garantido o anonimato. Todos assinaram um termo de consentimento e ficaram com uma via.

Resultados e Discussão

Considerando os objetivos desta pesquisa, de investigar da validade de um instrumento de avaliação da inteligência emocional em um grupo de universitários, as hipóteses do estudo foram testadas a fim de conferí-las. Verificou-se a validade discriminante do construto Inteligência Emocional, avaliado pelo MSCEIT, comparado-o com traços de personalidade medidos pelo 16 PF. Foram analisadas as correlações entre Inteligência Emocional e traços de personalidade.

O coeficiente de correlação (r) indica o grau de correspondência ou relacionamento entre duas variáveis. As correlações entre os fatores de personalidade do 16PF e as tarefas do MSCEIT de inteligência emocional podem ser visualizadas nas Tabelas 3,4 e 5. As análises das correlações de pearson estão organizadas segundo: estilos de respostas, fatores globais e fatores primários à IE, respectivamente. As correlações encontradas foram baixas.

No que se refere aos estilos de respostas do 16 PF, houve uma correlação positiva baixa entre o item Administração da Imagem (AI+) e algumas das tarefas do MSCEIT, entre elas Paisagem (r=0,139*), Facilitação (r=0,127*), Transição (r=0,131*), Mistura (r=0,143*), Gerenciamento (r=0,198*) e Relacionamento (r=0,215*). Coeficientes considerados altos de administração de imagem refere-se a comportamento desejável e esperado pelo outro. Pode-se inferir que a alta administração de imagem possibilita também alta IE, pois perceber e entender o outro pode dar indícios de direcionamento de comportamentos, no sentido da conveniência social, sendo que à medida que há esse direcionamento, há autogerenciamento de maneira desejável pelo meio. Os dados referentes a essa correlação estão em consonância com o estudo de Cobêro (2004), no qual os resultados também indicaram correlação entre essas variáveis.

Ainda em relação aos estilos de respostas, observou-se uma correlação baixa negativa entre o item Não-freqüência (NF+) e as tarefas Faces (r= -0,142*), Facilitação (r= -0,132*), Sensação (r=-0,176**), Transição (r= -0,217**), Mistura (r= -0,185**) e Gerenciamento (r= -0,140*). A Não-freqüência alta pode indicar pouca compreensão do item, respostas dadas ao acaso ou, ainda, uma tentativa de camuflar algo sobre si. Dessa forma, infere-se que os dados apontam uma influência negativa no desempenho quanto às emoções e conseqüentemente, baixa IE. Os resultados podem ser visualizados na Tabela 3.

O estilo de resposta Aquiescência (AQ+) se correlacionou negativamente com a tarefa de Paisagem (r= -0,158**). Alta Aquiescência indica incompreensão do conteúdo dos itens, respostas dadas aleatoriamente, dificuldade em prestar atenção a perguntas auto-avaliativas ou dificuldade de escolher alternativas auto-avaliativas. A tarefa Paisagem solicita que o examinando identifique sentimentos em figuras e paisagens. Os dados referentes a esse resultado indicam que participantes com alta Aquiescência tendem a diminuir a habilidade de identificar sentimentos.

Além dos estilos de resposta, o 16 PF avalia cinco fatores globais, resultantes dos fatores primários (Extroversão, Ansiedade, Rigidez de Pensamento, Independência e Auto Controle), cujos dados apresentaram correlações baixas com algumas das tarefas do MSCEIT. Os dados podem ser visualizados na Tabela 2.

O fator global Extroversão (FI+) apresentou uma correlação positiva com a tarefa Gerenciamento (r=0,125*) do MSCEIT. O traço de Extroversão indica pessoas cujas características estão direcionadas a outras e são mais sociáveis. Da correlação encontrada nesse resultado pode-se inferir que o traço, de alguma maneira, contribui para o gerenciamento mais adequado das emoções. Esse dado corroborou o de outras pesquisas que também encontraram em seus resultados correlação baixa positiva entre o traço de personalidade Extroversão e Inteligência Emocional (Lopes, Brackett, Nezlek, Schütz, Sellin & Salovey, 2004; Davies, Stankov & Roberts 1998; Lopes, Salovey & Straus 2003).

Outro fator global avaliado foi o de Ansiedade (FII +), cujo resultado apontou uma correlação negativa com a tarefa de relacionamento (r= -0,121*) do MSCEIT. Pessoas ansiosas tendem a absorver freqüentemente efeitos negativos, além de apresentar dificuldades em controlar suas emoções ou reações e agir de maneira inadequada, portanto, quanto maior o traço de ansiedade, menor será a habilidade de relacionamento.

Ainda no que se refere a fatores globais, Rigidez de Pensamento (FIII +) apresentou correlações negativas com as tarefas de Sensação (r= -0,193**), Transição (r= -0,131*), Mistura (r= -0,195**), Gerenciamento (r= -0,169**) e Relacionamento (r= -0,169**). O traço de personalidade rigidez de pensamento pode ser caracterizado por inflexibilidade e falta de abertura, além de dificuldades em aceitar novos pontos de vista, incluindo os que envolvam emoções. Diante dessas informações, parece claro que a habilidade para lidar com o entendimento das emoções e o uso das informações para o pensamento e o gerenciamento das emoções ficam comprometidos em pessoas de pensamento rígido. O traço Rigidez de pensamento parece ser, entre os fatores globais, o que menos contribui para a IE, seguido do de Independência e Ansiedade, respectivamente. Os autores do MSCEIT, Mayer, Salovey e Caruso, (2002), apresentaram pesquisas no que concerne IE e personalidade, uma delas correlacionou dados de MEIS e 16 PF, cujo resultado apontou correlação negativa com Rigidez de pensamento (r=-0,19**).

A Independência (FIV +), como um fator global, se correlacionou negativamente com as tarefas de Paisagem (r= -0,162**) e Transição (r= -0,121*). O traço de Independência caracteriza pessoas persuasivas, forçosas e de imposição social, indicando que sua percepção e a relação com o outro tornam-se inclinadas ao que é conveniente para si, comprometendo a habilidade referente à IE.

O último fator global avaliado, o Autocontrole (FV +), apresentou uma correlação positiva com as tarefas de Transição (r=0,180**), Gerenciamento (r=0,131*) e Relacionamento (r=0,124*). O Autocontrole (FV +) diz respeito a pessoas que inibem seus impulsos e curvam-se diante dos próprios desejos, o que pode indicar facilitação no gerenciamento das emoções e no entendimento delas.

Quanto aos traços de personalidade compostos de fatores primários, conforme esperado, houve algumas correlações positivas e outras negativas embora baixas, com o construto da inteligência emocional. Os resultados podem ser visualizados na Tabela5.

O traço Expansividade (A+), avaliado pelo 16 PF, apresentou correlação positiva com as tarefas de Gerenciamento (r=0,213**) e Relacionamento (r=0,148*) do MSCEIT. As pessoas expansivas são caracterizadas por atuação participativa, gostam de mostrar abertamente seus sentimentos e são consideradas afáveis. Além disso, são mais envolvidas e se sentem confortáveis em situações de proximidade, refletindo atenção aos outros e assim podem gerenciar adequadamente suas emoções e os relacionamentos.

Como esperado, houve correlação positiva baixa entre fator Inteligência (B+) do 16 PF e as tarefas do MSCEIT, com exceção de Faces: Paisagem (r=0,165**), Facilitação (r=0,129*), Sensação (r=0,212**), Transição (r= 0,249**), Mistura (r= 0,197**), Gerenciamento (r= 0,286**) e Relacionamento (r= 0,270**). No que se refere ao dado, pode-se inferir que há algo em comum entre os construtos inteligência e inteligência emocional, devido à significância positiva, embora as correlações baixas indiquem que os construtos são distintos. Vale destacar que o maior coeficiente de correlação foi entre Inteligência e Gerenciamento (r= 0,286**). Os estudos de Cobêro (2004) e Davies, Stankov e Roberts (1998) corroboraram os achados do presente estudo especialmente no que se refere à diferença entre Inteligência.

Embora, os achados indiquem alguma semelhança entre os construtos, vale uma ressalva no que se refere ao fator inteligência do 16 PF, porque ele pode ser considerado limitado no medir a que se propõe quando comparado com outros instrumentos disponíveis. Desse modo, para uma afirmação com mais propriedade, valeria investigar a correlação entre a IE e a inteligência com os resultados de um instrumento com itens mais completos.

O fator Estabilidade Emocional (C+) apresentou correlação positiva com a tarefa de Relacionamento (r= 0,141*). As pessoas estáveis emocionalmente tendem a ter controle de sua vida e administrar os eventos e emoções de forma equilibrada no dia-a-dia e, raramente encontram problemas, com os quais não possam lidar. Sendo assim, deduz-se que esse tipo de pessoa pode ter facilidade com o gerenciamento das relações interpessoais, porque essa habilidade exige competência quanto a manter ou suspender determinado sentimento.

Outro traço de personalidade analisado foi o de Afirmação (E+) e, nesse sentido, houve correlação negativa baixa com as tarefas de Paisagem (r= -0,128*) e Transição (r= -0,137*). As pessoas com alta Afirmação (E+) possuem dominância, agressividade e assertividade, indicando que pouco se leva em consideração os sentimentos e desejos do outro. Infere-se que quanto maior a Afirmação como traço de personalidade, menor a IE, em desempenhos que requerem o reconhecimento de sentimentos em figuras (Paisagem) e a transição de um sentimento a outro em determinada situação (Transição).

O fator Preocupação (F+) apresentou correlação negativa com as tarefas de Sensação (r= -0,158*) e Transição (r= -0,146*). Pessoas despreocupadas, alegres e animadas caracterizam o traço de Preocupação (F+); a correspondência entre as variáveis pode indicar que quanto maior o traço menor será o desempenho em IE, no que refere às tarefas de Sensação e Transição, no grupo de participantes desta pesquisa.

O traço de personalidade Consciência (G+) se correlacionou positivamente com a tarefa de Transição (r= 0,209**), Gerenciamento (r= 0,159**) e Relacionamento (r= 0,171**). Pessoas com o traço consciência são as que seguem valores culturais e convencionais no ambiente social. Os dados deste estudo sugeriram que quanto maior for G+, a tendência é apresentar melhor desempenho da IE, pois seguir valores culturais e convencionais pode facilitar a observação quanto aos seus sentimentos e os dos outros. No estudo de Lopes, Salovey e Straus (2003), cujo objetivo foi explorar a validade de construto do Mayer Salovey Caruso Emotional Intelligence Test (MSCEIT), os resultados apontaram que a escala do MSCEIT Gerenciando Emoções apresentou correlação positiva baixa com conscenciosidade (r=0.24*), assim como nesse estudo.

Brandura (I+) se correlacionou positivamente com 5 tarefas do MSCEIT: Paisagem (r= 0,193**), Sensação (r=0,226**), Transição (r= 0,253**), Mistura (r= 0,239**) e Relacionamento (r= 0,134*). O traço de Brandura (I+) refere-se a pessoas sensíveis, harmoniosas e sentimentais. Vale ressaltar que quanto mais Brandura (I+) melhor será o desempenho em IE, uma vez que as características de sensibilidade e harmonia tendem a facilitar a capacidade de perceber e compreender emoções.

A Confiança (L+) se correlacionou negativamente com 4 tarefas do MSCEIT: Paisagem (r=-0,166**), Facilitação (r=-0,132*), Sensação (r=-0,124*) e Relacionamento (r=-0,169** ). O traço Confiança (L+) se refere a pessoas desconfiadas e cautelosas em relação ao outro. A correlação pode indicar que baixo esteno implica em menor habilidade em reconhecer emoções, usar essas informações para facilitar o pensamento, gerenciá-las, pois as características do traço Confiança tendem a dificultar as habilidades de IE.

O fator Imaginação (M+) apresentou correlação baixa negativa com a tarefa Gerenciamento (r=-0,140*). O indivíduo com esse traço de personalidade é imaginoso e regulado por situações interiores, não voltado para as questões práticas. O coeficiente de correlação indicou que quando há Imaginação diminui o Gerenciamento. Diante dos resultados, o traço Imaginação parece ter contribuído menos para a IE.

O fator de Apreensão (O+) correlacionou-se positivamente com Sensação (r= 0,177**), Transição (r=0,176**) e Gerenciamento (r=0,145*). As características desse traço implicam em pessoas apreensivas, indecisas ou perturbadas que tendem a vivenciar mais fortemente suas emoções, pois são sensíveis e autocríticas. Ressalta-se que o coeficiente de correlação foi baixo, porém a sensibilidade tende facilitar o entendimento e gerenciamento no que se refere a emoções.

Abertura a Novas Experiências (Q1+) correlacionou-se com 3 das tarefas do MSCEIT (Mistura r=0,124*, Gerenciamento r=0,176** e Relacionamento r=0,160**) e, de acordo com a hipótese do presente estudo, esperava-se uma correlação mais alta, considerando que pessoas com características de renovação, experimentam mais e são liberais, supostamente entenderiam e gerenciariam adequadamente as emoções. Esses dados estão em conformidade com os do estudo de Mayer, Salovey e Caruso (2002), no qual há correlação positiva baixa entre Abertura a Novas Experiências do 16 PF e IE, embora o estudo tenha utilizado o MEIS para avaliar IE. Contrariamente, os resultados divergem dos de Lopes, Salovey e Straus (2003), em que houve correlação negativa.

O fator Auto-Suficiência (Q2+) correlacionou-se negativamente apenas com uma tarefa do MSCEIT, a de Relacionamento (r= -0,138*). Esse traço de personalidade reflete características de individualismo, refere-se à manutenção de contato ou proximidade com outras pessoas, que apreciam o tempo que passam sozinhas e tomam decisões por si mesmas, sem a interferência dos outros. Os resultados sugerem que quanto maior a auto-suficiência, maior será a dificuldade de relacionamento.

Vale salientar que o fator Inteligência foi o que apresentou maior número de correlações significativas positivas com as tarefas (N=7), e não se correlacionou apenas com Faces, considerando a ressalva quanto ao 16 PF ao avaliar a inteligência. Nesse sentido, os dados corroboraram as idéias de Roberts, Mendonza e Nascimento (2002), que além de discutirem sobre propriedades psicométricas e medidas de IE, apontaram que o construto deverá apresentar coeficiente de correlação com a inteligência, de modo que não seja totalmente independente e nem similar ao de inteligência. Ao lado disso, deverá ser psicometricamente distinta da personalidade, por serem construtos distintos.

Cobêro (2004) também investigou evidências de validade do MSCEIT, porém no contexto organizacional, utilizando os mesmos instrumentos desta pesquisa, quanto a IE e a traços de personalidade. A autora concluiu que a inteligência emocional constitui um tipo diferenciado, apresentando resultados indicativos que a IE está moderadamente correlacionada com medidas de inteligência e com correlações baixas com traços de personalidade. Os dados da autora estão em conformidade com os encontrados nas correlações da presente pesquisa. Dessa forma, firmando o MSCEIT como forma de avaliação da IE sem o viés da sobreposição de construtos.

Considerações Finais

O objetivo da presente pesquisa, de verificar as propriedades psicométricas de um instrumento psicológico de desempenho, que mede a inteligência emocional (MSCEIT), comparando-o com o resultado do que avalia traços de personalidade (16PF), foi cumprido, uma vez que puderam apresentar dados empíricos sobre as evidências de validade do MSCEIT. Os resultados corraboraram com os parâmetros psicométricos minimamente exigidos, bem como para a Avaliação Psicológica. Lembre-se que o construto da IE é relativamente novo e necessita de dados empíricos que possam apresentar operacionalização específica.

Algumas questões referentes ao construto da inteligência emocional podem ser respondidas de acordo com os dados desta pesquisa, quanto à sobreposição dos construtos de inteligência emocional e traços de personalidade, ou seja, se há diferença entre ambos. As correlações indicaram semelhanças entre alguns traços e IE, em função dos coeficientes positivos baixos significativos. Embora valha ressaltar que não houve igualdade dos construtos, indicando assim, o que se esperava, ou seja, não haver convergência total.

De modo geral, os resultados apontaram algumas correlações baixas estatisticamente significativas, negativas e positivas. Esses dados indicam que os traços de personalidade avaliados pelo 16 PF divergem dos elementos avaliados pelo MSCEIT, ou seja, o instrumento associou-se com pouca intensidade a dimensões de personalidade conforme avaliada pelo 16 PF. Pode-se inferir que pessoas com determinados traços de personalidade terriam maior ou menor habilidade ao lidar com emoções. Alguns traços de personalidade podem facilitar ou inibir o desempenho do indivíduo em relação à inteligência emocional, embora os construtos não apresentem sobreposição.

Ainda sobre a correlação entre MSCEIT e 16 PF, vale salientar a questão sobre o fator inteligência do 16 PF, que apresentou maior número de correlações entre as tarefas do MSCEIT. Entretanto, conforme já discutido esse fator do 16 PF parece limitado na avaliação da inteligência quando comparado a outros instrumentos, uma vez que ele se propõe a avaliar traços de personalidade. Outros estudos pertinentes que utilizem instrumentos mais "competentes" no captar e medir a inteligência, seriam importantes. Os dados encontrados nesta pesquisa indicam que a IE não pode ser considerada traço de personalidade, em função das correlações baixas. Embora os achados deste trabalho venham na direção das propostas de pesquisas na área de avaliação psicológica, não houve resposta completa a todas as questões, e nem essa era sua pretensão. Sugere-se a realização de outras pesquisas, correlacionando outros instrumentos em amostras diferentes.

Artigo recebido em 04/01/2005 e aceito para publicação em 20/06/2006.

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  • Endereço para correspondência:

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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      09 Fev 2009
    • Data do Fascículo
      Abr 2006

    Histórico

    • Aceito
      20 Jun 2006
    • Recebido
      04 Jan 2005
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