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A abordagem contrastiva na terapia fonológica em diferentes gravidades do desvio fonológico

RESUMO

A abordagem contrastiva na terapia fonológica em diferentes gravidades do desvio fonológico

Karina Carlesso Pagliarin

Mestre, Professora do Curso de Graduação em Fonoaudiologia da Universidade Federal de Santa Maria – UFSM – Santa Maria (RS), Brasil

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Karina Carlesso Pagliarin R. Coronel Scherer, 09 São Pedro do Sul (RS), Brasil, CEP: 97400-000 E-mail: karinap_fono@hotmail.com

Pagliarin KC. A abordagem contrastiva na terapia fonológica em diferentes gravidades do desvio fonológico [dissertação]. Santa Maria (RS): Universidade Federal de Santa Maria; 2009.

Este estudo teve como objetivos comparar três modelos com abordagem contrastiva no tratamento de diferentes gravidades do desvio fonológico e analisar a generalização estrutural obtida. A amostra constituiu-se de nove sujeitos com desvio fonológico, com idades entre quatro anos e dois meses e seis anos e meio. Todos foram avaliados, antes e após a terapia fonológica. Foram estabelecidos três grupos para o tratamento, sendo todos constituídos por três sujeitos: um representante com desvio severo, um moderado-severo e outro médio-moderado. Cada grupo foi submetido a um modelo - oposições mínimas, oposições máximas/empty set e oposições múltiplas. Foram comparadas as avaliações fonológica inicial e final, considerando-se o número de sons estabelecidos nos sistemas fonológicos, o número de sons presentes nos inventários fonéticos, os traços distintivos alterados, o percentual de consoantes corretas e as generalizações (itens não-utilizados no tratamento, para outras posições na palavra, dentro de uma classe de sons e para outras classes de sons). Posteriormente, realizou-se a análise estatística dos dados, utilizando o Teste de Friedman, considerando-se p<0,05 e a análise descritiva entre os modelos. Não houve diferença estatisticamente significante entre os modelos considerando-se a gravidade do desvio fonológico. Os modelos de oposições mínimas e oposições máximas/empty set favoreceram maior número de aquisição de sons no inventário fonético nos sujeitos com graus severos e moderado-severo, enquanto que o modelo de oposições múltiplas favoreceu melhor desempenho na aquisição de sons no sistema fonológico e diminuição dos traços distintivos alterados nos desvios severos e moderado-severos. Verificou-se aumento do percentual de consoantes corretas e a ocorrência dos diferentes tipos de generalização em todos os grupos estudados; entretanto, não houve diferença estatisticamente significante entre eles. Os modelos de terapia foram eficazes no tratamento das diferentes gravidades do desvio fonológico e favoreceram a ocorrência de generalização, observando-se melhor desempenho das crianças com desvio severo e moderado-severo.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Distúrbios da Comunicação Humana da Universidade de Santa Maria – UFSM – Santa Maria (RS), Brasil, para obtenção do título de Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana, sob orientação da Profa. Dra. Márcia Keske-Soares e co-orientação da Profa. Dra. Helena Bolli Mota.

  • Endereço para correspondência:

    Karina Carlesso Pagliarin
    R. Coronel Scherer, 09
    São Pedro do Sul (RS), Brasil, CEP: 97400-000
    E-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      11 Jan 2010
    • Data do Fascículo
      2009
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