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Checklist de Ephemeroptera do Estado de São Paulo, Brasil

Checklist of Ephemeroptera from São Paulo State, Brazil

Resumos

Os Ephemeroptera constituem um dos mais importantes grupos da entomofauna aquática, ao lado de Plecoptera e Trichoptera (EPT) e muitos Diptera. Ocorrem em ambientes aquáticos continentais lênticos e lóticos, sendo sua maior diversidade encontrada em rios de pequena ordem, com fundo rochoso e acúmulo de folhas, e água oligotrófica a mesotrófica. A última lista de Ephemeroptera para o Estado de São Paulo feita por Hubbard & Pescador (1999) registrou apenas 8 espécies e nenhum pesquisador trabalhando com taxonomia do grupo. Atualmente 53 espécies são registradas para o Estado de São Paulo, distribuídas em 9 famílias: Baetidae (15 spp.), Caenidae (1 sp.), Ephemeridae (1 sp.), Euthyplociidae (2 spp.), Leptohyphidae (12 spp.), Leptophlebiidae (16 spp.), Melanemerellidae (1 sp.), Oligoneuriidae (1 sp.) and Polymitarcyidae (3 spp.), e pelo menos 4 pesquisadores Doutores brasileiros trabalhando diretamente com taxonomia e distribuição de Ephemeroptera.

Ephemeroptera; biota paulista; BIOTA/FAPESP Program


Ephemeroptera is one of most important groups of aquatic insects besides of Plecoptera and Trichoptera, and various Diptera. They inhabit lotic and lentic environments with high diversity in streams and rivers, with stones and leaves and oligo-mesotrophic water. Last Ephemeroptera checklist for the State of São Paulo (Hubbard & Pescador, 1999) shows 8 species and no researchers working on Ephemeroptera taxonomy. Nowadays there are 53 species recorded for the State of São Paulo, distributed in 9 families: Baetidae (15 spp.), Caenidae (1 sp.), Ephemeridae (1 sp.), Euthyplociidae (2 spp.), Leptohyphidae (12 spp.), Leptophlebiidae (16 spp.), Melanemerellidae (1 sp.), Oligoneuriidae (1sp.) and Polymitarcyidae (3 spp.), and at least four PhD's Brazilian researchers working directly on taxonomy and distribution of Ephemeroptera.

Ephemeroptera; biodiversity of the State of São Paulo; BIOTA/FAPESP Program


INVENTÁRIOS

Checklist de Ephemeroptera do Estado de São Paulo, Brasil

Checklist of Ephemeroptera from São Paulo State, Brazil

Rodolfo MarianoI, * * Autor para correspondência: Rodolfo Mariano, e-mail: rodolfomls@gmail.com ; Cleber PolegattoII

IDepartamento de Ciências Agrárias e Ambientais, Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC, Rodovia Ilhéus-Itabuna, Km 16, Ilhéus, BA, Brasil

IIDepartamento de Biologia, Laboratório de Entomologia Aquática, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo - USP, Av. dos Bandeirantes, n. 3900, Monte Alegre, CEP-14040-901, Ribeirão Preto, SP, Brasil

RESUMO

Os Ephemeroptera constituem um dos mais importantes grupos da entomofauna aquática, ao lado de Plecoptera e Trichoptera (EPT) e muitos Diptera. Ocorrem em ambientes aquáticos continentais lênticos e lóticos, sendo sua maior diversidade encontrada em rios de pequena ordem, com fundo rochoso e acúmulo de folhas, e água oligotrófica a mesotrófica. A última lista de Ephemeroptera para o Estado de São Paulo feita por Hubbard & Pescador (1999) registrou apenas 8 espécies e nenhum pesquisador trabalhando com taxonomia do grupo. Atualmente 53 espécies são registradas para o Estado de São Paulo, distribuídas em 9 famílias: Baetidae (15 spp.), Caenidae (1 sp.), Ephemeridae (1 sp.), Euthyplociidae (2 spp.), Leptohyphidae (12 spp.), Leptophlebiidae (16 spp.), Melanemerellidae (1 sp.), Oligoneuriidae (1 sp.) and Polymitarcyidae (3 spp.), e pelo menos 4 pesquisadores Doutores brasileiros trabalhando diretamente com taxonomia e distribuição de Ephemeroptera.

Número de espécies: no mundo: 3.000, no Brasil: 166, estimadas no Estado de São Paulo: 53.

Palavras-chave: Ephemeroptera, biota paulista, Programa BIOTA/FAPESP.

ABSTRACT

Ephemeroptera is one of most important groups of aquatic insects besides of Plecoptera and Trichoptera, and various Diptera. They inhabit lotic and lentic environments with high diversity in streams and rivers, with stones and leaves and oligo-mesotrophic water. Last Ephemeroptera checklist for the State of São Paulo (Hubbard & Pescador, 1999) shows 8 species and no researchers working on Ephemeroptera taxonomy. Nowadays there are 53 species recorded for the State of São Paulo, distributed in 9 families: Baetidae (15 spp.), Caenidae (1 sp.), Ephemeridae (1 sp.), Euthyplociidae (2 spp.), Leptohyphidae (12 spp.), Leptophlebiidae (16 spp.), Melanemerellidae (1 sp.), Oligoneuriidae (1sp.) and Polymitarcyidae (3 spp.), and at least four PhD's Brazilian researchers working directly on taxonomy and distribution of Ephemeroptera.

Number of species: in the world: 3,000, in Brazil: 166, estimated in São Paulo State: 53.

Keywords: Ephemeroptera, biodiversity of the State of São Paulo, BIOTA/FAPESP Program.

Introdução

A ordem Ephemeroptera está composta atualmente por cerca de 375 gêneros e 3000 espécies distribuídas em 37 famílias. Na América do Sul são conhecidas 14 famílias e aproximadamente 450 espécies de Ephemeroptera (Domínguez et al. 2006). Para o Brasil há um total de 63 gêneros e 166 espécies representando 10 famílias: Leptophlebiidae, Baetidae, Leptohyphidae, Polymitarcyidae, Euthyplociidae, Ephemeridae, Caenidae, Oligoneuriidae, Coryphoridae e Melanemerellidae. Baetidae e Leptophlebiidae se destacam, comportando ao todo mais de 60% dos gêneros e 50% das espécies brasileiras. Das cerca de 70 espécies de Ephemeroptera registradas para o Brasil a partir da década de 80, 45 pertencem a estas duas famílias (Salles et al. 2004, Domínguez et al. 2006).

No Brasil, estudos com Ephemeroptera em rios de ordem pequena e média foram desenvolvidos em várias regiões (Oliveira et al. 1997, Moulton 1999, Diniz et al. 1998, Bispo & Oliveira 2007). No sudeste brasileiro, incluindo regiões serranas, trabalhos foram iniciados, principalmente em Minas Gerais e São Paulo (Ferreira 1990, Oliveira 1988, Silva et al. 2001, Silva & Froehlich 2004, Bispo et al. 2006, Crisci-Bispo et al. 2007a, 2007b). Descrições e biologia de algumas espécies foram feitas nos últimos anos (Ferreira & Domínguez 1992, Da-Silva & Pereira 1993, Lugo-Ortiz & McCafferty 1995, 1996a, 1996b, 1996c, 1997, 1998, Salles & Lugo-Ortiz 2002, 2003, Salles et al. 2003a; Lopes et al. 2003a, 2003b, Polegatto & Batista 2007, Mariano 2009, Molineri 1999, Siegloch et al. 2006, entre outros).

Metodologia

A lista de espécies foi feita com base no material amostrado durante os projetos do Programa BIOTA/FAPESP: "Levantamento e Biologia de Crustacea, Insecta e Mollusca de Água Doce do Estado de São Paulo" (1999-2003) e "Levantamento e Biologia de Insecta e Oligochaeta Aquáticos de Sistemas Lóticos do Estado de São Paulo" (2005-2009), ambos sob supervisão do Prof. Dr. Claudio Gilberto Froehlich. Também foram consultados os artigos "Novos Registros de Ephemerelloidea (Insecta: Ephemeroptera) para o Estado de São Paulo" (Dias et al. 2007), já como resultado do programa BIOTA, e "As espécies de Ephemeroptera (Insecta) registradas para o Brasil" (Salles et al. 2004); outras fontes também usadas foram Dominguez et al. 2006, Salles & Polegatto 2008, Polegatto & Froehlich 2009 e Mariano 2009.

Resultados e Discussão

1. Lista das espécies de Ephemeroptera do Estado de São Paulo

Família Baetidae

Americabaetis alphus Lugo-Ortiz & McCafferty, 1996c

Apobaetis fiuzai Salles & Lugo-Ortiz, 2002

Aturbina georgei Lugo-Ortiz & McCafferty, 1996a

Baetodes santatereza Salles & Polegatto, 2008

Callibaetis gregarius Navás, 1930b

Callibaetis jocosus Navás, 1912

Callibaetis zonalis Navás, 1915b

Camelobaetidius anubis (Traver & Edmunds, 1968)

Camelobaetidius lassance Salles & Serrão, 2005

Cloeodes irvingi Waltz & McCafferty, 1987

Cryptonympha dasilvai Salles & Francischetti, 2004

Moribaetis comes (Navás, 1912a)

Paracloeodes eurybranchus Lugo-Ortiz & McCafferty, 1996b

Waltzoyphius fasciatus McCafferty & Lugo-Ortiz, 1995

Zelusia principalis Lugo-Ortiz & McCafferty, 1998

Família Caenidae

Caenidae Caenis cuniana Froehlich, 1969

Família Ephemeridae

Hexagenia (Pseudeatonica) albivitta (Walker, 1853)

Família Euthyplociidae

Campylocia anceps (Eaton, 1883)

Campylocia bocainensis Pereira & Da-Silva, 1990b

Campylocia dochmia Berner & Thew 1961

Família Leptohyphidae

Leptohyphes cornutus Allen, 1967

Leptohyphes plaumanni Allen, 1967

Leptohyphodes inanis (Pictet, 1843)

Traverhyphes (Mocohyphes) edmundsi (Allen, 1973)

Traverhyphes (Traverhyphes) indicator Molineri, 2001b

Traverhyphes (Mocoihyphes) yuati Molineri, 2001b

Tricorythodes cristatus Allen, 1967

Tricorythodes bullus Allen, 1967

Tricorythopsis araponga Dias & Salles, 2005

Tricorythopsis gibbus (Allen, 1967)

Tricorythopsis pseudogibbus Dias & Salles, 2005

Tricorythopsis sigillatus Molineri, 2001

Família Leptophlebiidae (Antes 8 sp)

Askola froehlichi Peters 1969

Farrodes carioca Domínguez, Molineri & Peters, 1996

Hermanella froehlichi Ferreira & Domínguez, 1992

Hydrosmilodon gilliesae Thomas & Péru, 2004

Hylister plaumanni Domínguez & Flowers, 1989

Massartella brieni (Lestage, 1924)

Miroculis (Ommaethus) mourei Savage & Peters, 1983

Miroculis (Ommaethus) froehlichi Savage & Peters, 1983

Needhamella ehrhardti (Ulmer, 1920)

Perissophlebiodes flinti (Savage, 1982)

Simothraulopsis demerara (Traver, 1947)

Thraulodes jones Gonçalves et al., 2010

Thraulodes schlingeri Traver & Edmunds, 1967

Thraulodes sp1 (Mariano 2009)

Ulmeritoides uruguayensis (Traver, 1959)

Ulmeritus saopaulensis (Traver 1946)

Família Melanemerellidae

Melanemerella brasiliana Ulmer, 1920

Família Polymitarcyidae

Asthenopus curtus (Hagen, 1861)

Campsurus dorsalis (Burmeister, 1839)

Campsurus longicauda Navás, 1931

Família Oligoneuriidae

Lachlania sp. 1 Hagen 1868

Comentários Sobre a Lista e Riqueza do Estado Comparado com Outras Regiões

A última lista de Ephemeroptera para o Estado de São Paulo feita por Hubbard & Pescardor (1999) registrou apenas 8 espécies. Hoje, depois de oito anos de início do Projeto do BIOTA/FAPESP "Levantamento e biologia de Insecta e Oligochaeta aquáticos de sistemas lóticos do Estado de São Paulo (2003/10517-9)" 53 espécies de Ephemeroptera foram registrados.

As mudanças na atualização da lista de Ephemeroptera envolvem táxons novos (com base em descrições e revisões), registros novos de táxons conhecidos e, assim, novidades na distribuição dos táxons. As famílias Baetidae e Leptohyphidae foram relevantemente alteradas com táxons e registros novos, uma vez que importantes estudos dentro e fora do Brasil permitiram compreender a morfologia, a taxonomia e a distribuição nestes grupos. Leptophlebiidae também foram bastante reavaliados e melhor conhecidos, especialmente quanto à sua distribuição. Talvez as novidades mais notáveis em Baetidae e Leptohyphidae se devam a certas dificuldades com o trabalho de identificação sobre estes insetos, enquanto famílias como Leptophlebiidae possuem insetos de identificação consideravelmente mais simples; ainda assim, há táxons nesta família que podem causar confusão. É comum a identificação errada em coleções, estudos ecológicos, avaliações ambientais e outros, e a aplicação de estudos foi necessária para que tais novidades agora sirvam de base para correta identificação. É importante notar que além da descoberta de táxons novos, as revisões que incluam divisões ou agrupamentos de certos táxons modificam completamente as chaves de identificação e as diagnoses das descrições, promovendo uma diferença grande entre as listas de amostras antigas e novas em estudos de vários tipos.

As famílias menores, por outro lado, não sofreram muitas alterações, como Polymitarcyidae, Euthyplociidae, Ephemeridae e Caenidae. Melanemerellidae chama atenção por se tratar de um grupo raro, que continua monotípica.

Nos demais estados brasileiros há normalmente fontes avulsas e isoladas de registros, com um início de estudos mais abrangentes em alguns deles; basicamente deve ser considerado dois aspectos fundamentais: a) a falta de estudos mais intensos e contínuos evidentemente impede de serem registradas mais espécies de Ephemeroptera, mas por outro lado, b) a presença de maior diversidade em muitos locais também é o motivo de certas regiões serem mais ricamente apresentadas nas listas.

A ordem tem diversidade grande em áreas montanhosas e mais frias. Considerando como exemplo Salles et al. (2004) para comparações (embora haja mais registros atuais para todos os estados), na Região Norte um número de espécies proporcionalmente semelhante ao registrado nas regiões Sudeste e Sul, pode representar os inúmeros tributários de pequena ordem e algumas áreas montanhosas, bem como espécies de áreas mais baixas. Na Região Centro-Oeste há um número intermediário de espécies entre Norte e Sudeste-Sul; neste caso muitas espécies são consideradas de áreas baixas. Os poucos registros da Região Nordeste se deveriam à falta de amostra ou à ausência de certos ambientes.

Principais Avanços Relacionados ao Programa BIOTA/FAPESP

Na fase preliminar do Programa BIOTA/FAPESP uma lista das espécies de Ephemeroptera do Estado de São Paulo foi apresentada por Hubbard & Pescador (1999), onde havia apenas 8 espécies de Ephemeroptera, sendo que destas, 4 eram da família Leptophlebiidae e 1 da família Baetidae. Após a conclusão do projeto alguns resultados importantes já podem ser observados, como com relação à família Baetidae, onde 14 espécies são reportadas, contra apenas 3 registradas anteriormente (Salles et al. 2003). Em outro artigo publicado na Revista Biota Neotropica, "Novos registros de Ephemerelloidea (Insecta: Ephemeroptera) para o estado de São Paulo" (Dias et al. 2007) uma lista das espécies de Leptohyphidae e Melanemerellidae foi apresentada, com 10 espécies registradas para estes grupos.

Revisão e descrição de novas espécies, incluindo informação com mais clareza sobre a morfologia, são encontradas, por exemplo, para certos gêneros e espécies como em Thraulodes (Mariano 2009, Gonçalves et al. 2010). O mesmo é encontrado para gêneros de Leptohyphidae (Dias et al. 2005, Dias et al. 2006). Baetidae receberam grande atenção nos estudos de Salles et al. (2004), e muitas modificações feitas na taxonomia da família foram consideradas; a família permanecia há muito tempo sem aprofundamento no Brasil, enquanto muitos gêneros, por exemplo, eram revistos no exterior, mesmo mundialmente. Chaves de identificação foram elaboradas para a Região Sudeste, para os vários grupos no nível de gênero (ninfas), por Salles et al. (2004b), bem como listas e registros de espécies para o Brasil, por Salles et al. (2004a).

A redescoberta de Perissophlebiodes flinti (Polegatto & Froehlich 2009) teve importância na atenção dada a uma espécie sensível, rara e restrita geograficamente (cf. Ministério do Meio Ambiente 2008); há agora registro para mais pontos de distribuição em outros estados (Salles et al. 2008). Pode ser atualmente possível o conhecimento melhor desta espécie pelo destaque dado a ela, que geralmente era identificada erradamente, sendo pouco conhecido o artigo de Savage (1983) e seu encontro ajudou a esclarecer dados morfológicos para a chave de identificação em Dominguez et al. (2006).

Outro fator taxonômico importante é a descrição de semaforontes antes desconhecidos. Duas espécies de Leptophlebiidae, Hydrosmilodon gilliesae e Leentvaaria palpalis foram amostradas na região de Ribeirão Preto, i.e. na Estação Ecológica de Jataí, município de Luis Antonio, em fazendas como a Fazenda Águas Claras em Santa Rosa do Viterbo e no "Rancho do Cesár" as margens do Rio Pardo, estrada velha para Jardinópolis. Outra descoberta foi à descrição de uma nova espécie de Baetodes também para a região de Ribeirão Preto, i.e. B. santatereza (Salles & Polegatto 2008), publicada ao lado de uma nova do Paraná. Ela chamou atenção para uma Unidade de Conservação da cidade, a Estação Ecológica de Ribeirão Preto, ou Mata Santa Tereza. Outros exemplares de Baetodes e de outros gêneros de Baetidae foram coletados e devem futuramente ajudar no conhecimento sobre a família no interior paulista.

Os avanços nos estudos da ordem aumentaram muito e ainda vêem aumentando no Brasil nos últimos anos. No Estado de São Paulo este avanço se deu principalmente com a criação do BIOTA/FAPESP desde 1999 com os projetos: "Levantamento e Biologia de Crustacea, Insecta e Mollusca de Água Doce do Estado de São Paulo" (1999-2003) e "Levantamento e Biologia de Insecta e Oligochaeta Aquáticos de Sistemas Lóticos do Estado de São Paulo" (2005-2009), ambos sob supervisão do Prof. Dr. Claudio Gilberto Froehlich. O Estado de São Paulo foi rigorosamente amostrado em estudos de levantamento com finalidade taxonômica e de ecologia, permitindo promover novos registros, descoberta de espécies novas, e noções de distribuição geográfica das espécies da ordem. Dissertações, teses e artigos científicos foram os principais resultados no meio científico, bem como estudos aplicados em relatórios ambientais e planos de manejo, entre outros.

A lista de Ephemeroptera colabora na noção mais aprofundada sobre a diversidade da entomofauna aquática, já que esta ordem é uma das principais que compõe a fauna dos ambientes de água doce, e assim da diversidade animal geral, e ajuda direta e indiretamente nas ações de conservação e preservação de áreas institucionais, públicas e mesmo privadas, e é importante seu uso ao lado de conceitos teóricos abrangentes particularmente na conservação de rios e outros corpos d'água continentais associados à legislação de proteção de mananciais.

A descrição precisa, completa e atualizada de táxons serve de base para a identificação adequada e isso forma uma boa ferramenta taxonômica. As descrições, chaves de identificação, bem como o estabelecimento de sinonímias e associações entre fases ninfais e adultos, revisões que separam ou agrupam táxons (sinonímias ou criação de novos táxons, sejam gêneros, subgêneros, famílias, subfamílias), e ainda a distribuição geográfica, resultantes daqueles estudos ou relacionados a eles, incorporam informações necessárias para o treinamento de estudantes e pesquisadores e outros, profissionais, educadores ou amadores.

Principais Grupos de Pesquisa

• Dr. Cleber M. Polegatto - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Departamento de Biologia, Universidade de São Paulo - USP, Laboratório de Entomologia Aquática. Av. dos Bandeirantes, 3900, Monte Alegre. CEP-14040-901. Ribeirão Preto, SP, Brasil. E-mail: cleber.ras@gmail.com.

• Dr. Rodolfo Mariano L.S.- Departamento. de Ciências Agrárias e Ambientais, UESC - Universidade Estadual de Santa Cruz, Rodovia Ilhéus-Itabuna, km 16, Ilhéus, BA, Brasil. E-mail: rodolfomls@gmail.com.

• Dr. Frederico Falcão Salles - Departamento de Ciências da Saúde, Biológicas e Agrárias, Centro Universitário Norte do Espírito Santo, Universidade Federal do Espírito Santo, CEP 29.933-415, São Mateus, ES, Brasil. E-mail: ffsalles@gmail.com.

• Dr. Elidiomar Ribeiro Da-Silva - Departamento de ­Zoologia, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Av. Pasteur, 458 - 4o. andar, Urca, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. E-mail: elidiomar@yahoo.com.br.

• Dra. Lucimar Gomes Dias - Departamento de Ciências Biológicas Facultad de Ciencias Exactas y Naturales Universidad de Caldas, Colombia. E-mail: lucimar.dias@gmail.com.

• Dr. Eduardo Dominguez, Dr. Carlos Molineri, Dra. Carolina Nieto - CONICET - Facultad de Ciencias Naturales e IML - Fundación Miguel Lillo, Universidad Nacional de Tucumán, Argentina.

• Dra. Janice Peters, Dr. Manuel Pescador, Dr. Will Flowers, Dr. Michael Hubbard e Dr. Barton Richard - Entomology, CESTA, Florida Agricultural & Mechanical University, Tallahassee, FL, USA.

Principais Acervos

• Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZSP), São Paulo, SP, Brasil.

• Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA), Manaus, AM, Brasil.

• Fundación Miguel Lillo (IML) em Tucuman, Argentina.

• Florida Agricultural & Mechanical University (FAMU) em Tallahassee, FL, USA.

• Universidade Estadual Santa Cruz, Ilhéus, BA, Brasil.

• Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, Brasil.

• Centro Universitário Norte do Espírito Santo, Universidade Federal do Espírito Santo, São Mateus, ES, Brasil.

Principais Lacunas do Conhecimento

Apesar de ter havido mais estudos para a ordem Ephemeroptera mundialmente, faltam ainda a determinação de muitas espécies e associações de fases ninfal e adulta, o mesmo valendo para o Brasil. Seria importante ainda mais embasamento taxonômico para o uso por estudantes e pesquisadores que possam aprimorar os estudos conexos, como os de ecologia e distribuição, e levantamentos.

É importante lembrar que ainda não é bastante divulgada a importância, a história natural e o papel das espécies da fauna de insetos aquáticos, sendo que elas podem ser usadas em informações para conservação ambiental, bem como já se utilizam táxons terrestres e marinhos, e táxons de água doce melhor conhecidos, tais como vertebrados. Neste sentido, todas as informações modernas e atuais sobre Ephemeroptera e as demais ordens aquáticas do Programa BIOTA/FAPESP, são muito importantes.

Perspectivas de Pesquisa em Ephemeroptera para os Próximos 10 Anos

Os próximos passos podem ser reforçados pela fusão de conhecimento taxonômico, de distribuição geográfica e ecológica. Os resultados obtidos a partir de levantamentos faunísticos, biodiversidade, assim como trabalhos de cunho taxonômico e ecológico são ferramentas importantes para programas de educação ambiental em Parques Nacionais, Parques Estaduais e RPPN's distribuídas não só pelo Estado de São Paulo como para o Brasil.

É de extrema necessidade que haja mais divulgação, da importância do papel da entomofauna aquática nos ecossistemas, na sociedade científica, acadêmica e de base educacional. Assim atuando também em programas de conservação, buscando-se sempre estudos de diversidade como o Programa BIOTA/FAPESP.

Recebido em 02/09/2010

Versão reformulada recebida em 11/10/2010

Publicado em 15/12/2010

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    Autor para correspondência: Rodolfo Mariano, e-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      03 Out 2012
    • Data do Fascículo
      Dez 2011

    Histórico

    • Aceito
      15 Dez 2010
    • Recebido
      02 Set 2010
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