Acessibilidade / Reportar erro

Idéias fora do lugar: o neoliberalismo como categoria de análise das políticas sociais no Brasil

Resumos

Este artigo desenvole uma crítica metodológica e teórica a uma recente produção acadêmica que busca entender, a partir de uma perspectiva neo-marxista, o impacto das agendas e idéias neoliberais sobre as políticas sociais no Brasil. Argumentamos que o assim chamado "pensamento crítico" que se desenvolveu no campo dos estudos de política social, apesar de bastante influente tanto entre alunos quanto professores de pós-graduação, sofre de sérias deficiências analíticas. Primeiro, essa literatura com freqüência se apóia em uma definição excessivamente ampla e imprecisa de neoliberalismo, de pouco ou nenhum poder explicativo. Segundo, nós argumentamos que essas abordagens são incapazes de explicar e interpretar adequadamente o papel de processos cognitivos, valores e idéias na formulação de políticas públicas e, portanto, elas falham em retratar de forma convincente o impacto do neoliberalismo no setor de política social. Terceiro, os critérios empregados para classificar políticas públicas específicas como "neoliberais" são imprecisos e indefinidos, sem qualquer referência a dados empíricos, o que solapa os repetidos argumentos sobre a "hegemonia" do pensamento neoliberal em áreas como educação, saúde e seguridade social. Nós concluímos apresentando, como uma alternativa teórica promissora para a análise de reformas e agendas neoliberais, a literatura recente que trata do papel das idéias e do conhecimento no processo decisório de políticas públicas.


This article develops a theoretical and methodological critique of recent scholarly work that seeks to understand, from a Neo-Marxist perspective, the impact of neoliberal agendas and ideas in the field of social policy-making in Brazil. We argue that the so-called "critical thinking" that has developed in social policy studies, despite being extremely influential among both graduate students and professors, suffers from serious analytical shortcomings. first, this literature often relies on an excessively broad and imprecise definition of neoliberalism that has little if any explanatory power. Second, we argue that these approaches are unable to adequately explain and interpret the role of cognitive processes, values and ideas in the policy process and, hence, they fail to present a convincing depiction of the impact of neoliberalism on the social policy sector. Third, the criteria employed to classify specific public policies as "neoliberal" are unspecified and lacking in empirical support, which undermines oft-made arguments on the "hegemony" of neoliberal thinking in fields such as education, health and social security. We conclude by presenting, as a promising theoretical alternative to the study of neoliberal agendas and reforms, the recent literature on the role of ideas and knowledge in the policy process.


ARTIGOS

Idéias fora do lugar: o neoliberalismo como categoria de análise das políticas sociais no Brasil1 1 Uma versão deste artigo foi apresentada no VI Encontro da Associação Brasileira de Ciência Política, realizado em Campinas/SP entre 29/07/2008 e 01/08/2008. Agradecemos os comentários feitos ao artigo pelos dois avaliadores da O&S que muito contribuíram para uma melhor qualidade do texto final e uma maior reflexão sobre o tema que transcende aos objetivos do presente trabalho. Evidentemente que os erros e imprecisões contidas ao longo do texto são de responsabilidade exclusivamente nossa.

Antonio Sérgio Araújo FernandesI; André BorgesII

IProf. do Programa de Pós-Graduação em Administração/UFRN

IIProf. Colaborador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais /UFBA

RESUMO

Este artigo desenvole uma crítica metodológica e teórica a uma recente produção acadêmica que busca entender, a partir de uma perspectiva neo-marxista, o impacto das agendas e idéias neoliberais sobre as políticas sociais no Brasil. Argumentamos que o assim chamado "pensamento crítico" que se desenvolveu no campo dos estudos de política social, apesar de bastante influente tanto entre alunos quanto professores de pós-graduação, sofre de sérias deficiências analíticas. Primeiro, essa literatura com freqüência se apóia em uma definição excessivamente ampla e imprecisa de neoliberalismo, de pouco ou nenhum poder explicativo. Segundo, nós argumentamos que essas abordagens são incapazes de explicar e interpretar adequadamente o papel de processos cognitivos, valores e idéias na formulação de políticas públicas e, portanto, elas falham em retratar de forma convincente o impacto do neoliberalismo no setor de política social. Terceiro, os critérios empregados para classificar políticas públicas específicas como "neoliberais" são imprecisos e indefinidos, sem qualquer referência a dados empíricos, o que solapa os repetidos argumentos sobre a "hegemonia" do pensamento neoliberal em áreas como educação, saúde e seguridade social. Nós concluímos apresentando, como uma alternativa teórica promissora para a análise de reformas e agendas neoliberais, a literatura recente que trata do papel das idéias e do conhecimento no processo decisório de políticas públicas.

ABSTRACT

This article develops a theoretical and methodological critique of recent scholarly work that seeks to understand, from a Neo-Marxist perspective, the impact of neoliberal agendas and ideas in the field of social policy-making in Brazil. We argue that the so-called "critical thinking" that has developed in social policy studies, despite being extremely influential among both graduate students and professors, suffers from serious analytical shortcomings. first, this literature often relies on an excessively broad and imprecise definition of neoliberalism that has little if any explanatory power. Second, we argue that these approaches are unable to adequately explain and interpret the role of cognitive processes, values and ideas in the policy process and, hence, they fail to present a convincing depiction of the impact of neoliberalism on the social policy sector. Third, the criteria employed to classify specific public policies as "neoliberal" are unspecified and lacking in empirical support, which undermines oft-made arguments on the "hegemony" of neoliberal thinking in fields such as education, health and social security. We conclude by presenting, as a promising theoretical alternative to the study of neoliberal agendas and reforms, the recent literature on the role of ideas and knowledge in the policy process.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

Referências Bibliográficas

ARBILLA, José María. (2000), Arranjos institucionais e mudança conceitual nas políticas externas argentina e brasileira (1989-1994). Contexto Internacional, 22 (2): 337-386.

BARRY, Norman P. (1987), The new right. London ; New York, Croom Helm in association with Methuen.

BEHRING, Elaine Rosseti e BOSCHETTI, Ivanete. (2007), Política social: fundamentos e história. São Paulo: Cortez.

BLOCK, Fred L. (1987), Revising state theory : essays in politics and postindustrialism. Philadelphia, Temple University Press.

BORGES, A. (2003), Governança e política educacional: a agenda recente do Banco Mundial. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 52, 2003.

BRASIL - Ministério da Fazenda/Secretaria de Política Econômica (2005). Orçamento Social do Governo Federal (2001-2004). Brasília, abril de 2005. (http:// www.fazenda.gov.br/portugues/releases/2005/OS200429abr.pdf).

BRASIL - Ministério da Fazenda/Secretaria de Política Econômica (2003). Gasto Social do Governo Central: 2001-2002. Brasília, novembro de 2003. (http://www.fazenda.gov.br/portugues/documentos/2003/Gasto%20Social%20do%20Governo%20Central%202001-2002.pdf)

BRATSIS, Peter. (2002), Unthinking the state: reification, ideology and the state as a social fact, in S. Aaronowitz e P. Bratis (orgs.), Paradigm lost: state theory reconsidered. Minneapolis, MN, University of Minseota Press.

BRESSER PEREIRA, Luís Carlos. (1996), Crise econômica e reforma do estado no Brasil. São Paulo: Editora 34, 1996, p. 239-268.

______. "Economia política do gasto social no Brasil desde 1980-85". Econômica, Rio de Janeiro, v.5, n.1, p.101-108, junho de 2003.

BUCHANAN, James; TULLOCK, Gordon. (1962), The calculus of consent. University of Michigan Press.

BUCHANAN, James M. (1975), Limits of liberty. Chicago : Chicago University Press, 1975.

CANMACK, Paul. (2000), The resurgence of populism in Latin America. Bulletin of Latin America Research, 19, pp. 149-161.

CARCANHOLO, Reinaldo et al. (orgs). (2002), Neo-liberalismo: a trajédia do nosso tempo. São Paulo: Cortez, 2002.

DOWDING, Keith M. (1991), Rational choice and political power. Aldershot, Elgar.

DUNLEAVY, Patrick e O’LEARY, Brendan. (1987), Theories of the state: the politics of liberal democracy. London: Macmillan Press.

DRUCK, Graça; fiLGUEIRAS, Luiz. (2007), Política social focalizada e ajuste fiscal: as duas faces do governo Lula. Revista Katálysis, 10, pp. 24-34.

DUMOND, Jean-Pierre. (1998), Lês systèmes de protection social em Europa. Paris: Econômica, 4ª Edição, 1998.

DUPAS, Gilberto, (1999). Economia global e exclusão social. pobreza, emprego, estado e o futuro do capitalismo. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

FREITAS, Luiz Carlos de. (2004), A avaliação e as reformas dos anos de 1990: novas formas de exclusão, velhas formas de subordinação. Educação e Sociedade, vol.25, n.86, pp.131-170.

FREITAS, Rosana de C. Martinelli. (2007), O governo Lula e a proteção social no Brasil: desafios e perspectivas. Revista Katálysis, 20, pp. 65-74.

FRIEDMAN, Milton. (1985), Capitalismo e liberdade. São Paulo: Nova Fronteira, 1985.

FRIGOTTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria. (2003), Educação básica no Brasil na década de 1990: subordinação ativa e consentida à lógica do mercado. Educação e Sociedade, 24.

FRIGOTTO, Gaudêncio. (1995), Os delírios da razão: crise do capital e metamorfose conceitual no campo educacional, in P. Gentilli (org.), Pedagogia da exclusão: crítica ao neoliberalismo em educação. Petropólis, Vozes.

GENTILI, Pablo et al. (2004), "Reforma educativa y luchas docentes en América Latina". Educação e Sociedade., vol.25, n.89, p.1251-1274

GENTILLI, Pablo. (1998), A falsificação do consenso: simulacro e imposição na reforma educacional do neoliberalismo. Petrópolis, Vozes.

GENTILLI, Pablo. (ed.). (1995), Pedagogia da exclusão: crítica ao neoliberalismo em educação. Petropólis, Vozes.

GIAMBIAGI, Fabio; ESTERMÍNIO, Isabela. (2006), Revista de Economia, v. 32, n. 1 (ano 30), p. 135-156, jan./jun. 2006. Editora UFPR

HAAS, Peter M. (1992), Introduction: epistemic communities and international policy coordination. International Organization, 46, pp. 1-35.

HALL, Petar A. (1993), Policy paradigms, social learning, and the state: the case of economic policy making in Britain. Comparative Politics, 25, pp. 275-296.

HAYEK, Friederich A. (1977), O caminho da servidão. Porto Alegre: Globo, 1977.

HINDESS, Barry. (1977), Philosophy and methodology in the social sciences. Hassocks, Harvester.

IVO, Anete Brito Leal. (2004), A reconversão do social: dilemas da redistribuição no tratamento focalizado. São Paulo em Perspectiva, 18, pp. 57-67.

JESSOP, Bob. (1990), State theory : putting the capitalist state in its place. Cambridge, Polity.

JOBERT, Bruno. (1994), Le tournant néo-libéral en Europe : idées et recettes dans les pratiques gouvernementales. Paris, L’Harmattan.

LACLAU, Ernesto; MOUFFE, Chantal. (2001), Hegemony and socialist strategy: towards a radical democratic politics (2nd ed.). London, Verso.

LAURELL, Asa (org.). (1995), Estado e políticas sociais no neo-liberalismo. São Paulo: Cortez, 1995.

LEHER, Roberto. (2004), Para silenciar os campi. Educação e Sociedade, 25, pp. 867-891.

LINDERT, Kathy et al. (2006), Redistributing income to the poor and the rich: public transfer in Latin America and the Caribbean, Social Protection Discussion Paper, World Bank.

MARQUES, Rosa Maria; MENDES, Aquila. (2004), O social no governo Lula e a contra-reforma previdenciária. São Paulo em Perspectiva, 18, pp. 3-15.

MARQUES, Rosa Maria; MENDES, Aquilas. (2006), O social no governo Lula: a construção de um novo populismo em tempos de aplicação de uma agenda neoliberal. Revista de Economia Política, 26, pp. 58-74.

MARTINS, Angela Maria. (2001), A descentralização como eixo das reformas do ensino: uma discussão da literatura. Educação e Sociedade, 22.

MELO, Adriana Almeida Sales. (2004), A mundialização da educação: consolidação do projeto neoliberal na América Latina, Brasil e Venezuela. Maceió, UFAL/PPGE.

MENDES, Ernesto. (1994), As políticas de saúde no Brasil dos anos 80: a conformação da reforma sanitária e a construção da hegemonia do projeto neoliberal. In: Mendes, E. (org). Distrito Sanitário: o processo social de mudança das práticas sanitárias do Sistema Único de Saúde. Rio de Janeiro / São Paulo: Hucitec/ Abrasco, 1994.

MONTAÑO, Carlos. (2005), Terceiro setor e questão social: crítica ao padrão emergente de proteção social. São Paulo: Cortez.

MORAES, Reginaldo C. (2002), Reformas neoliberais e políticas públicas: hegemonia ideológica e redefinição das relações Estado-sociedade. Educação e. Sociedade., vol.23, no.80, pp.13-24.

MOTA, Ana Elizabete. (1995), Cultura da crise e seguridade social: um estudo sobre as tendências da previdência e assistência social brasileira nos anos 80 e 90. São Paulo: Cortez.

MUELLER, Pierre. (1990), Les politiques publiques. Paris, PUF.

NORONHA, José Carvalho; SOARES, Laura Tavares. (2003), A política de saúde no Brasil nos anos 90. Ciência e Saúde Coletiva, 6.

NOZICK, Robert. (1991), Anarquia, Estado e Utopia. Rio de Janeiro: Zahar.

OLIVEIRA, Francisco de. (2006), O momento Lênin. Novos Estudos CEBRAP, 75, pp. 23-47.

OLSON, Mancur. (1982), The rise and decline of nations : economic growth, stagflation, and social rigidities. New Haven : Yale University Press, 1982.

PIERSON, Paul. (1996), The new politics of the welfare state.

_____. (2002), Retrenchment and restructuring in an age of austerity: what (if anything) can be learned from the affluent democracies? Cadernos de Saúde Pública, 18, pp. 7-11.

PRZEWORSKI, Adam. (1990), The state and the economy under capitalism. Chur; London, Harwood Academic.

RADAELLI, Claudio M. (1995), The role of knowledge in the policy process. Journal of European Public policy, 2, pp. 159-183.

RAWLS, John. (1997), Uma teoria de justiça. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

ROSANVALLON, Pierre; HARSHAV, Barbara. (2000), The new social question: rethinking the welfare state. Princeton, N.J., Princeton University Press.

SABATIER, Paul A.; JENKINS-SMITH, Hank. (1999), The advocacy coalition framework, in P. A. Sabatier (org.), Theories of the policy process. Boulder, Colo., Westview Press.

SADER, Emir (org.). (1995), Pós-neoliberalismo: as políticas sociais e o estado democrático. São Paulo: Paz e Terra, 1995.

SILVA, Alexandra de Mello. (1995), O Brasil no continente e no mundo: atores e imagens na política externa brasileira contemporânea. Estudos Históricos, 8 (15): 95-118.

TOLEDO, Enrique De La Garza. (1995), Neoliberalismo e estado, in A. C. Laurell (org.), Estado e políticas sociais no neoliberalismo. São Paulo, Cortez.

TULLOCK, Gordon. (1993), Rent seeking. Aldershot : Edward Elgar, 1993.

VIEIRA, Marco Antonio M. C. (2001), Idéias e instituições: a política externa brasileira no pós-Segunda Guerra Mundial e no pós-Guerra Fria. Dissertação de mestrado, Rio de Janeiro, IRI - PUC-Rio.

VIEIRA, Marco Antonio M. C. (2007), The securitization of HIV/AIDS epidemic as a norm: a contribution to constructivist scholparship on the emergence and diffusion of international norms. Brazilian Political Science Review vol. 1, n. 2, pp. 137-182.

YAZBEK, Maria C. (1993), Classes subalternas e assistência social. São Paulo: Cortez.

ERRATA

No volume 15 n° 46, julho/setembro – 2008, no artigo intitulado "Ideias fora do lugar: Neoliberalismo como categoria de análise das políticas sócias no Brasil" o nome correto de um dos autores do artigo, é Antônio Sérgio Araújo Fernandes.

  • ARBILLA, José María. (2000), Arranjos institucionais e mudança conceitual nas políticas externas argentina e brasileira (1989-1994). Contexto Internacional, 22 (2): 337-386.
  • BARRY, Norman P. (1987), The new right London ; New York, Croom Helm in association with Methuen.
  • BEHRING, Elaine Rosseti e BOSCHETTI, Ivanete. (2007), Política social: fundamentos e história. São Paulo: Cortez.
  • BLOCK, Fred L. (1987), Revising state theory : essays in politics and postindustrialism Philadelphia, Temple University Press.
  • BORGES, A. (2003), Governança e política educacional: a agenda recente do Banco Mundial. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 52, 2003.
  • BRASIL - Ministério da Fazenda/Secretaria de Política Econômica (2005). Orçamento Social do Governo Federal (2001-2004). Brasília, abril de 2005. (http:// www.fazenda.gov.br/portugues/releases/2005/OS200429abr.pdf).
  • BRASIL - Ministério da Fazenda/Secretaria de Política Econômica (2003). Gasto Social do Governo Central: 2001-2002. Brasília, novembro de 2003. (http://www.fazenda.gov.br/portugues/documentos/2003/Gasto%20Social%20do%20Governo%20Central%202001-2002.pdf)
  • BRATSIS, Peter. (2002), Unthinking the state: reification, ideology and the state as a social fact, in S. Aaronowitz e P. Bratis (orgs.), Paradigm lost: state theory reconsidered Minneapolis, MN, University of Minseota Press.
  • BRESSER PEREIRA, Luís Carlos. (1996), Crise econômica e reforma do estado no Brasil São Paulo: Editora 34, 1996, p. 239-268.
  • ______. "Economia política do gasto social no Brasil desde 1980-85". Econômica, Rio de Janeiro, v.5, n.1, p.101-108, junho de 2003.
  • BUCHANAN, James; TULLOCK, Gordon. (1962), The calculus of consent. University of Michigan Press.
  • BUCHANAN, James M. (1975), Limits of liberty. Chicago : Chicago University Press, 1975.
  • CANMACK, Paul. (2000), The resurgence of populism in Latin America. Bulletin of Latin America Research, 19, pp. 149-161.
  • CARCANHOLO, Reinaldo et al. (orgs). (2002), Neo-liberalismo: a trajédia do nosso tempo. São Paulo: Cortez, 2002.
  • DOWDING, Keith M. (1991), Rational choice and political power Aldershot, Elgar.
  • DRUCK, Graça; fiLGUEIRAS, Luiz. (2007), Política social focalizada e ajuste fiscal: as duas faces do governo Lula. Revista Katálysis, 10, pp. 24-34.
  • DUMOND, Jean-Pierre. (1998), Lês systèmes de protection social em Europa. Paris: Econômica, 4ª Edição, 1998.
  • DUPAS, Gilberto, (1999). Economia global e exclusão social. pobreza, emprego, estado e o futuro do capitalismo São Paulo: Paz e Terra, 1999.
  • FREITAS, Luiz Carlos de. (2004), A avaliação e as reformas dos anos de 1990: novas formas de exclusão, velhas formas de subordinação. Educação e Sociedade, vol.25, n.86, pp.131-170.
  • FREITAS, Rosana de C. Martinelli. (2007), O governo Lula e a proteção social no Brasil: desafios e perspectivas. Revista Katálysis, 20, pp. 65-74.
  • FRIEDMAN, Milton. (1985), Capitalismo e liberdade. São Paulo: Nova Fronteira, 1985.
  • FRIGOTTO, Gaudêncio; CIAVATTA, Maria. (2003), Educação básica no Brasil na década de 1990: subordinação ativa e consentida à lógica do mercado. Educação e Sociedade, 24.
  • FRIGOTTO, Gaudêncio. (1995), Os delírios da razão: crise do capital e metamorfose conceitual no campo educacional, in P. Gentilli (org.), Pedagogia da exclusão: crítica ao neoliberalismo em educação Petropólis, Vozes.
  • GENTILI, Pablo et al. (2004), "Reforma educativa y luchas docentes en América Latina". Educação e Sociedade., vol.25, n.89, p.1251-1274
  • GENTILLI, Pablo. (1998), A falsificação do consenso: simulacro e imposição na reforma educacional do neoliberalismo Petrópolis, Vozes.
  • GENTILLI, Pablo. (ed.). (1995), Pedagogia da exclusão: crítica ao neoliberalismo em educação Petropólis, Vozes.
  • GIAMBIAGI, Fabio; ESTERMÍNIO, Isabela. (2006), Revista de Economia, v. 32, n. 1 (ano 30), p. 135-156, jan./jun. 2006. Editora UFPR
  • HAAS, Peter M. (1992), Introduction: epistemic communities and international policy coordination. International Organization, 46, pp. 1-35.
  • HALL, Petar A. (1993), Policy paradigms, social learning, and the state: the case of economic policy making in Britain. Comparative Politics, 25, pp. 275-296.
  • HAYEK, Friederich A. (1977), O caminho da servidão Porto Alegre: Globo, 1977.
  • HINDESS, Barry. (1977), Philosophy and methodology in the social sciences Hassocks, Harvester.
  • IVO, Anete Brito Leal. (2004), A reconversão do social: dilemas da redistribuição no tratamento focalizado. São Paulo em Perspectiva, 18, pp. 57-67.
  • JESSOP, Bob. (1990), State theory : putting the capitalist state in its place Cambridge, Polity.
  • LACLAU, Ernesto; MOUFFE, Chantal. (2001), Hegemony and socialist strategy: towards a radical democratic politics (2nd ed.). London, Verso.
  • LAURELL, Asa (org.). (1995), Estado e políticas sociais no neo-liberalismo. São Paulo: Cortez, 1995.
  • LEHER, Roberto. (2004), Para silenciar os campi. Educação e Sociedade, 25, pp. 867-891.
  • LINDERT, Kathy et al. (2006), Redistributing income to the poor and the rich: public transfer in Latin America and the Caribbean, Social Protection Discussion Paper, World Bank.
  • MARQUES, Rosa Maria; MENDES, Aquila. (2004), O social no governo Lula e a contra-reforma previdenciária. São Paulo em Perspectiva, 18, pp. 3-15.
  • MARQUES, Rosa Maria; MENDES, Aquilas. (2006), O social no governo Lula: a construção de um novo populismo em tempos de aplicação de uma agenda neoliberal. Revista de Economia Política, 26, pp. 58-74.
  • MARTINS, Angela Maria. (2001), A descentralização como eixo das reformas do ensino: uma discussão da literatura. Educação e Sociedade, 22.
  • MELO, Adriana Almeida Sales. (2004), A mundialização da educação: consolidação do projeto neoliberal na América Latina, Brasil e Venezuela Maceió, UFAL/PPGE.
  • MENDES, Ernesto. (1994), As políticas de saúde no Brasil dos anos 80: a conformação da reforma sanitária e a construção da hegemonia do projeto neoliberal. In: Mendes, E. (org). Distrito Sanitário: o processo social de mudança das práticas sanitárias do Sistema Único de Saúde. Rio de Janeiro / São Paulo: Hucitec/ Abrasco, 1994.
  • MONTAÑO, Carlos. (2005), Terceiro setor e questão social: crítica ao padrão emergente de proteção social. São Paulo: Cortez.
  • MORAES, Reginaldo C. (2002), Reformas neoliberais e políticas públicas: hegemonia ideológica e redefinição das relações Estado-sociedade. Educação e. Sociedade., vol.23, no.80, pp.13-24.
  • MOTA, Ana Elizabete. (1995), Cultura da crise e seguridade social: um estudo sobre as tendências da previdência e assistência social brasileira nos anos 80 e 90. São Paulo: Cortez.
  • MUELLER, Pierre. (1990), Les politiques publiques Paris, PUF.
  • NORONHA, José Carvalho; SOARES, Laura Tavares. (2003), A política de saúde no Brasil nos anos 90. Ciência e Saúde Coletiva, 6.
  • NOZICK, Robert. (1991), Anarquia, Estado e Utopia Rio de Janeiro: Zahar.
  • OLIVEIRA, Francisco de. (2006), O momento Lênin. Novos Estudos CEBRAP, 75, pp. 23-47.
  • OLSON, Mancur. (1982), The rise and decline of nations : economic growth, stagflation, and social rigidities. New Haven : Yale University Press, 1982.
  • PIERSON, Paul. (1996), The new politics of the welfare state
  • _____. (2002), Retrenchment and restructuring in an age of austerity: what (if anything) can be learned from the affluent democracies? Cadernos de Saúde Pública, 18, pp. 7-11.
  • PRZEWORSKI, Adam. (1990), The state and the economy under capitalism Chur; London, Harwood Academic.
  • RADAELLI, Claudio M. (1995), The role of knowledge in the policy process. Journal of European Public policy, 2, pp. 159-183.
  • RAWLS, John. (1997), Uma teoria de justiça São Paulo: Martins Fontes, 1997.
  • ROSANVALLON, Pierre; HARSHAV, Barbara. (2000), The new social question: rethinking the welfare state Princeton, N.J., Princeton University Press.
  • SABATIER, Paul A.; JENKINS-SMITH, Hank. (1999), The advocacy coalition framework, in P. A. Sabatier (org.), Theories of the policy process Boulder, Colo., Westview Press.
  • SADER, Emir (org.). (1995), Pós-neoliberalismo: as políticas sociais e o estado democrático São Paulo: Paz e Terra, 1995.
  • SILVA, Alexandra de Mello. (1995), O Brasil no continente e no mundo: atores e imagens na política externa brasileira contemporânea. Estudos Históricos, 8 (15): 95-118.
  • TOLEDO, Enrique De La Garza. (1995), Neoliberalismo e estado, in A. C. Laurell (org.), Estado e políticas sociais no neoliberalismo São Paulo, Cortez.
  • TULLOCK, Gordon. (1993), Rent seeking Aldershot : Edward Elgar, 1993.
  • VIEIRA, Marco Antonio M. C. (2001), Idéias e instituições: a política externa brasileira no pós-Segunda Guerra Mundial e no pós-Guerra Fria Dissertação de mestrado, Rio de Janeiro, IRI - PUC-Rio.
  • VIEIRA, Marco Antonio M. C. (2007), The securitization of HIV/AIDS epidemic as a norm: a contribution to constructivist scholparship on the emergence and diffusion of international norms. Brazilian Political Science Review vol. 1, n. 2, pp. 137-182.
  • YAZBEK, Maria C. (1993), Classes subalternas e assistência social. São Paulo: Cortez.
  • 1
    Uma versão deste artigo foi apresentada no VI Encontro da Associação Brasileira de Ciência Política, realizado em Campinas/SP entre 29/07/2008 e 01/08/2008. Agradecemos os comentários feitos ao artigo pelos dois avaliadores da O&S que muito contribuíram para uma melhor qualidade do texto final e uma maior reflexão sobre o tema que transcende aos objetivos do presente trabalho. Evidentemente que os erros e imprecisões contidas ao longo do texto são de responsabilidade exclusivamente nossa.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      22 Out 2014
    • Data do Fascículo
      Set 2008
    Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia Av. Reitor Miguel Calmon, s/n 3o. sala 29, 41110-903 Salvador-BA Brasil, Tel.: (55 71) 3283-7344, Fax.:(55 71) 3283-7667 - Salvador - BA - Brazil
    E-mail: revistaoes@ufba.br