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Tradução e adaptação para o português brasileiro da Lymphedema Rating Scale in Head and Neck Cancer

RESUMO

Objetivo:

Traduzir, para o português brasileiro, adaptar culturalmente e testar as escalas de avaliação e classificação do linfedema cérvico-facial do MD Anderson Cancer Center Head and Neck Lymphedema Protocol (MDACC HNL) em pacientes submetidos ao tratamento para o câncer de cabeça e pescoço.

Métodos:

O processo seguiu as diretrizes internacionais e as etapas de tradução por dois cirurgiões de cabeça e pescoço, além de retrotradução de forma independente por dois nativos norte-americanos. O teste da versão final foi realizado a partir da avaliação de 18 pacientes por um fonoaudiólogo e um fisioterapeuta, por meio da aplicação das escalas em português.

Resultados:

A tradução das três escalas foi realizada de forma independente, e os tradutores chegaram a um consenso para a versão final. Foram feitas pequenas modificações, ao serem traduzidos dois termos em Assessment of the Face . As versões da retrotradução foram semelhantes entre si. O instrumento foi aplicado com sucesso nos pacientes de forma independente.

Conclusão:

A tradução e a adaptação das escalas de avaliação e classificação do linfedema cérvico-facial do MD Anderson Cancer Center Head and Neck Lymphedema protocol para o português foram bem sucedidas.

Descritores:
Linfedema; Neoplasias de cabeça e pescoço; Esvaziamento cervical; Radioterapia; Linfonodos; Estudos de validação

ABSTRACT

Objective:

Translate to brazilian portuguese, culturally adapt and test the rating and classification scales of cervicofacial lymphedema of the MD Anderson Cancer Center Head and Neck Lymphedema Protocol (MDACC HNL) in patients undergoing treatment for head and neck cancer.

Methods:

The process followed international guidelines and translation stages by two head and neck surgeons, and back translation independently by two native Americans. The test of final version was based on the evaluation of 18 patients by one speech pathologist and one physical therapist who applied the scales in Portuguese.

Results:

The translation of the three scales was carried out independently and the translators reached a consensus for the final version. Minor modifications were made by translating two terms into the Assessment of the Face. Versions of back-translation were similar to each other. The instrument was successfully applied to patients independently.

Conclusion:

The translation and cultural adaptation of the assessment and rating scale of the cervicofacial lymphedema of the MD Anderson Cancer Center Head and Neck Lymphedema Protocol to the Brazilian Portuguese were successful.

Keywords:
Lymphedema; Head and neck neoplasms; Neck dissection; Radiotherapy; Lymph nodes; Validation studies

INTRODUÇÃO

As modalidades de tratamento para o câncer de cabeça e pescoço têm como objetivo o controle da doença e a sobrevivência do paciente. Tanto a abordagem cirúrgica (com ou sem esvaziamento cervical) como a radioterapia exclusiva, adjuvante ou associada à quimioterapia visam, além da cura, à preservação da função das estruturas envolvidas na respiração, voz, deglutição e, dentro do possível, manter a integridade da face e do pescoço do paciente.(11. Posner MR. Integrating systemic agents into multimodality treatment of locally advanced head and neck cancer. Ann Oncol. 2010;21 Suppl 7:vii246-51. Review.,22. Bentzen SM, Dörr W, Anscher MS, Denham JW, Hauer-Jensen M, Marks LB, et al. Normal tissue effects: reporting and analysis. Semin Radiat Oncol. 2003;13(3):189-202. Review.)Embora o tratamento aumente as taxas de sobrevida, observa-se um grande risco de o paciente desenvolver sequelas agudas e/ou crônicas, com impacto importante na qualidade de vida.(33. Murphy BA, Gilbert J, Ridner SH. Systemic and global toxicities of head and neck treatment. Expert Rev Anticancer Ther. 2007;7(7):1043-53. Review.55. Tabibiazar R, Cheung L, Han J, Swanson J, Beilhack A, An A, et al. Inflammatory manifestations of experimental lymphatic insufficiency. PLoS Med. 2006;3(7): e254.)

Algumas das complicações inerentes ao tratamento são o edema e o linfedema secundários. A manipulação cirúrgica pode romper as estruturas linfáticas e danificar os tecidos moles adjacentes, levando ao aumento de acúmulo de fluido linfático nos espaços intersticiais. A retenção de fluido linfático ativa respostas inflamatórias e imunológicas, resultando na fibrose dos tecidos moles e subcutâneos, bem como na deposição adiposa, que prejudica a função linfática.(66. Deng J, Ridner SH, Dietrich MS, Wells N, Wallston KA, Sinard RJ, et al. Factors associated with external and internal lymphedema in patients with head and neck cancer. Int J Radiation Oncol Biol Phys. 2012;84(3):e319-28.,77 McGarvey AC, Osmotherly PG, Hoffman GR, Chiarelli PE. Lymphoedema following treatment for head and neck cancer: impact on patients, and beliefs of health professional. Eur J Cancer Care. 2014;23(3):317-27.)O edema pós-cirúrgico pode ceder em questão de dias, enquanto o edema causado pelo rompimento da drenagem linfática e vascular pode permanecer e demorar meses para desaparecer. A toxicidade da irradiação também promove danos que levam a alterações durante e após o tratamento, comprometendo os vasos sanguíneos e os canais linfáticos da face e do pescoço, contribuindo para o linfedema.(33. Murphy BA, Gilbert J, Ridner SH. Systemic and global toxicities of head and neck treatment. Expert Rev Anticancer Ther. 2007;7(7):1043-53. Review.,88. Deng J, Ridner SH, Wells N, Dietrich MS, Murphy BA. Development and preliminary testing of head and neck cancer related external lymphedema and fibrosis assessment criteria. Eur J Oncol Nurs. 2015;19(1):75-80.,99. Dietz A, Rudat V, Nollert J, Helbig M, Vanselow B, Weidauer H. [Chronic laryngeal edema as a late reaction to radiochemotherapy]. HNO. 1998;46(8):731-8. German.)

O linfedema pode envolver sítios anatômicos externos (tecidos moles da face e do pescoço). Como consequência do linfedema externo, o inchaço pode levar à redução da amplitude do movimento, dor e desconforto do pescoço.(22. Bentzen SM, Dörr W, Anscher MS, Denham JW, Hauer-Jensen M, Marks LB, et al. Normal tissue effects: reporting and analysis. Semin Radiat Oncol. 2003;13(3):189-202. Review.,33. Murphy BA, Gilbert J, Ridner SH. Systemic and global toxicities of head and neck treatment. Expert Rev Anticancer Ther. 2007;7(7):1043-53. Review.,55. Tabibiazar R, Cheung L, Han J, Swanson J, Beilhack A, An A, et al. Inflammatory manifestations of experimental lymphatic insufficiency. PLoS Med. 2006;3(7): e254.,1010. Schiefke F, Akdemir M, Weber A, Akdemir D, Singer S, Frerich B. Function, postoperative morbidity, and quality of life after cervical sentinel node biopsy and after selective neck dissection. Head Neck. 2009;31(4):503-12.

Apesar de o linfedema ser reconhecido como uma complicação importante do tratamento do câncer de cabeça e pescoço, ainda é subdiagnosticado e subtratado. A literatura sugere prevalência que varia de 54 a 75%.(1010. Schiefke F, Akdemir M, Weber A, Akdemir D, Singer S, Frerich B. Function, postoperative morbidity, and quality of life after cervical sentinel node biopsy and after selective neck dissection. Head Neck. 2009;31(4):503-12.,1111. Deng J, Ridner SH, Dietrich MS, Wells N, Wallston, KA, Sinard RJ, et al. Prevalence of secondary lymphedema in patients with head and neck cancer. J Pain Symptom Manage. 2012;43(2):244-52.)Nos últimos anos, autores têm se preocupado em descrever e caracterizar o linfedema nesta população, porém os estudos ainda não são suficientemente esclarecedores.(1212. Smith BG, Lewin JS. Lymphedema management in head and neck cancer. Curr Opin Otolaryngol Head Neck Surg. 2010;18(3):153-8. Review.)

A literatura indica que a compreensão dos mecanismos patobiológicos aponta que o linfedema e a fibrose ocorrem em continuidade. Alguns pacientes apresentam o inchaço, enquanto outros podem desenvolver a fibrose, sem necessariamente ter história prévia de edema. Entretanto, muitos pacientes evoluem com ambos, sendo a fibrose o estágio final.(1313. Lymphostatic diseases. In: Földi M, Földi E, Strossenruther RH, Kubic S, editors. Foldi's textbook of lymphology for physicians and lymphedema therapists. 2nd edition. Munich: Urban and Fischer; 2007. p. 224-40.,1414. The Lymphodema Framework. International Consensus. Best practice for the management of lymphedema [Internet]. London: MEP; 2006 [cited 2017 Apr 13]. Available from: http://www.soffed.co.uk/lymphorg/wp-content/uploads/2016/03/Best_practice.pdf
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)Os dois eventos geralmente estão associados ao prejuízo funcional e, assim, é essencial que haja uma ferramenta que permita identificar, avaliar e mensurar sua gravidade.(1515. Deng J, Ridner SH, Dietrich MS, Wells N, Murphy BA. Assessment of external lymphedema in patients with head and neck cancer: a comparison of four scales. Oncol Nurs Forum. 2013;40(5):501-6.,1616. Tacani RE, Machado AF, Goes JC, Marx AG, Franceschini JP, Tacani PM. Physiotherapy on the complications of head and neck cancer: retrospective study. Int J Head Neck Surg. 2014;5(3):112-8.)

Alguns protocolos vêm sendo desenvolvidos e testados ao longo desta década, com o intuito de caracterizar o linfedema secundário, a fibrose e seu respectivo impacto na condição funcional e na qualidade de vida destes pacientes, bem como auxiliar do tratamento, mas ainda não há um consenso.(66. Deng J, Ridner SH, Dietrich MS, Wells N, Wallston KA, Sinard RJ, et al. Factors associated with external and internal lymphedema in patients with head and neck cancer. Int J Radiation Oncol Biol Phys. 2012;84(3):e319-28.,88. Deng J, Ridner SH, Wells N, Dietrich MS, Murphy BA. Development and preliminary testing of head and neck cancer related external lymphedema and fibrosis assessment criteria. Eur J Oncol Nurs. 2015;19(1):75-80.,1010. Schiefke F, Akdemir M, Weber A, Akdemir D, Singer S, Frerich B. Function, postoperative morbidity, and quality of life after cervical sentinel node biopsy and after selective neck dissection. Head Neck. 2009;31(4):503-12.,1212. Smith BG, Lewin JS. Lymphedema management in head and neck cancer. Curr Opin Otolaryngol Head Neck Surg. 2010;18(3):153-8. Review.,1313. Lymphostatic diseases. In: Földi M, Földi E, Strossenruther RH, Kubic S, editors. Foldi's textbook of lymphology for physicians and lymphedema therapists. 2nd edition. Munich: Urban and Fischer; 2007. p. 224-40.,1515. Deng J, Ridner SH, Dietrich MS, Wells N, Murphy BA. Assessment of external lymphedema in patients with head and neck cancer: a comparison of four scales. Oncol Nurs Forum. 2013;40(5):501-6.2626. Smith BG, Lewin JS. Lymphedema management in head and neck cancer. Curr Opin Otolaryngol Head Neck Surg. 2010;18(3):153-8. Review.)

Apenas o grupo do MD Anderson Cancer Center (MDACC) publicou e vem utilizando escalas que permitem mensurar o linfedema cervicofacial em câncer de cabeça e pescoço.(1212. Smith BG, Lewin JS. Lymphedema management in head and neck cancer. Curr Opin Otolaryngol Head Neck Surg. 2010;18(3):153-8. Review.,2424. Smith BG, Hutcheson KA, Little LG, Skoracki RJ, Rosenthal DI, Lai SY, et al. Lymphedema outcomes in patients with head and neck cancer. Otolaryngol Head Neck Surg. 2015;152(2):284-91.,2626. Smith BG, Lewin JS. Lymphedema management in head and neck cancer. Curr Opin Otolaryngol Head Neck Surg. 2010;18(3):153-8. Review.)A ferramenta, denominada MD Anderson Cancer Center Head and Neck Lymphedema (MDACC HNL ) vem sendo aplicada em outros estudos e também comparada a outros instrumentos.(1414. The Lymphodema Framework. International Consensus. Best practice for the management of lymphedema [Internet]. London: MEP; 2006 [cited 2017 Apr 13]. Available from: http://www.soffed.co.uk/lymphorg/wp-content/uploads/2016/03/Best_practice.pdf
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,2121. Deng J, Murphy BA, Dietrich MS, Wells N, Wallston KA, Sinard RJ, et al. Impact of secondary lymphedema after head and neck cancer treatment on symptoms, functional status, and quality of life. Head Neck. 2013;35(7):1026-35.)A MDACC HNL Protocol é um protocolo que inclui a entrevista com o paciente, a avaliação visual e tátil da face, pescoço e região dos ombros, e a avaliação funcional de deglutição e da comunicação oral. O exame também combina fotografia, medição com fita e estadiamento do edema, para caracterizar a aparência geral e a severidade do linfedema.(1212. Smith BG, Lewin JS. Lymphedema management in head and neck cancer. Curr Opin Otolaryngol Head Neck Surg. 2010;18(3):153-8. Review.)

OBJETIVO

Traduzir, para o português brasileiro, adaptar culturalmente e testar as escalas de avaliação e classificação do linfedema cérvico-facial do MD Anderson Cancer Center Head and Neck Lymphedema Protocol (MDACC HNL) em pacientes submetidos ao tratamento para o câncer de cabeça e pescoço.

MÉTODOS

Esta pesquisa representa a fase inicial do projeto de estudo clínico, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, onde foi realizada sob o número 137/14, no período de janeiro a dezembro de 2016. Para desenvolver o trabalho com as três escalas, foi concedida a permissão da autora, que autorizou a tradução. Tanto a Assessment of the Face , Neck Circumference and the MDACC Head and Neck Lymphedema Rating Scale fazem parte do protocolo MD Anderson Head and Neck Lymphedema Protocol .

Por se tratar de escalas de medidas de pontos estritamente relacionados à anatomia, a tradução foi realizada por dois cirurgiões de cabeça e pescoço, de forma independente, com experiência em edema e linfedema de cabeça e pescoço, e proficiência na língua inglesa, baseada na Nomina Anatomica .(2727. Sociedade Brasileira de Anatomia. Terminologia Anatômica. São Paulo: Manole; 2001. v. 2.)O processo teve como base as diretrizes internacionais.(2828. Beaton DE, Bombardier C, Guillemin F, Ferraz MB. Guidelines for the process of cross-cultural adaptation of self-report measures. Spine (Phila Pa 1976). 2000;25(24):3186-91. Review.,2929. Ferraz MB. Cross cultural adaptation of questionnaires: what is it and when should it be performed? J Rheumatol. 1997;24(11):2066-8.)

Houve, então, um consenso entre os tradutores de uma versão para o português brasileiro e da posterior retrotradução, realizada por dois nativos da língua inglesa, de forma independente. Em seguida, a retrotradução foi comparada com o original, analisando aspectos relacionados à equivalência conceitual, à semântica e ao conteúdo. Posteriormente, uma tradução foi elaborada pelo comitê formado pelos tradutores e retrotradutores.

Os autores da escala recomendam que a avaliação do linfedema seja aplicada por profissional certificado em linfedema.(1212. Smith BG, Lewin JS. Lymphedema management in head and neck cancer. Curr Opin Otolaryngol Head Neck Surg. 2010;18(3):153-8. Review.,2525. Deng J, Dietrich MS, Ridner SH, Fleischer AC, Wells N, Murphy BA. Preliminary evaluation of reliability and validity of head and neck external lymphedema and fibrosis assessment criteria. Eur J Oncol Nurs. 2016;22:63-70.)A aplicação da versão final foi realizada de forma independente por dois profissionais da saúde (um fonoaudiólogo e um fisioterapeuta) certificados pelo método Leduc, por meio de perimetria adaptada da face e do pescoço, e avaliação visual e tátil, para o estadiamento do linfedema. O paciente foi avaliado individualmente por cada um dos profissionais que, em seguida, fizeram a comparação. Por serem medidas similares, os avaliadores chegaram a um consenso.

Todos os pacientes foram fotografados, como recomendado pelos autores, tendo como pano de fundo um quadro quadriculado, com câmera Canon EOS T4i, com objetiva de 18-55mm.(1212. Smith BG, Lewin JS. Lymphedema management in head and neck cancer. Curr Opin Otolaryngol Head Neck Surg. 2010;18(3):153-8. Review.)Os instrumentos foram aplicados em 18 pacientes do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da instituição em que o estudo foi realizado.

Avaliação do edema ou linfedema facial

Para a avaliação visual, a face do paciente foi demarcada com caneta antialérgica para a mensuração bilateral das proporções faciais ( Figura 1 ), por meio de perimetria adaptada (trena antropométrica), de acordo com os critérios adotados por Smith et al., que contêm duas medidas da circunferência facial (diagonal e submentoniana), ponto a ponto, e sete medidas que caracterizam o composto facial.(1212. Smith BG, Lewin JS. Lymphedema management in head and neck cancer. Curr Opin Otolaryngol Head Neck Surg. 2010;18(3):153-8. Review.)

Figura 1
Medidas para avaliação do edema ou linfedema cérvico-facial

Estadiamento do linfedema

A MD Anderson Cancer Center Head and Neck Lymphedema Rating Scale foi criada para caracterizar a apresentação e a gravidade do linfedema em câncer de cabeça e pescoço, sendo baseada na tradicional Escala de Földi para o estadiamento do linfedema de extremidades. Na escala adaptada do MDACC, o nível 1 foi dividido em 1a e 1b, para delinear o edema em depressível e não depressível. Neste caso, a avaliação faz-se por meio de pressão digital na pele da área do edema, que indica a presença de fluido intersticial na região. A pressão foi exercida de forma leve na área avaliada por um período de 10 segundos. O edema é depressível quando se identifica a permanência do recuo do tecido após a pressão digital. A profundidade da depressão do tecido e o tempo de permanência deste refletem a gravidade do edema. O edema depressível é mais mole, enquanto o edema não depressível é mais rígido e não cede com a pressão.(1212. Smith BG, Lewin JS. Lymphedema management in head and neck cancer. Curr Opin Otolaryngol Head Neck Surg. 2010;18(3):153-8. Review.,1414. The Lymphodema Framework. International Consensus. Best practice for the management of lymphedema [Internet]. London: MEP; 2006 [cited 2017 Apr 13]. Available from: http://www.soffed.co.uk/lymphorg/wp-content/uploads/2016/03/Best_practice.pdf
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)

RESULTADOS

A tradução das três escalas do MDACC HNL Protocol foi realizada por dois médicos cirurgiões de cabeça e pescoço ( Quadro 1 ). As duas traduções foram analisadas em conjunto pelos dois tradutores que chegaram em um consenso para a versão final.

Quadro 1
Instrumento original, traduções, consenso e retrotradução

Os tradutores fizeram pequenas modificações ao traduzirem dois termos na Assessment of the Face. O primeiro item foi “ crown of head ” que, ao passar para o português, foi nomeado “glabela”. O segundo foi “ mouth angle ” que foi nomeado “comissura labial”. A adaptação não comprometeu o conteúdo, do ponto de vista semântico. Além disto, as escalas em questão devem ser aplicadas por profissionais da saúde com experiência em terminologia anatômica da cabeça e do pescoço.

Baseado nesta última versão foi realizada a retrotradução por dois tradutores bilíngues de forma independente. As versões foram semelhantes entre si, sem prejuízo à versão original.

O instrumento foi aplicado pelos profissionais da saúde em 18 pacientes da instituição onde esta pesquisa foi realizada. A tabela 1 apresenta a caracterização da casuística em que as escalas traduzidas foram aplicadas. Os sujeitos do estudo tinham lesões em sítios diversos, e o tratamento empregado variou da cirurgia a radioterapia e quimioterapia, sendo que 15 fizeram esvaziamento cervical.

Tabela 1
Características demográficas, clínicas e do tratamento

Do grupo avaliado, o linfedema de face foi identificado em dez pacientes (55,5%) sendo quatro (40%) do tipo 1a, seis (60%) do tipo 1b. A tabela 2 indica os dados referentes à extração das medidas da face.

Tabela 2
Avaliação da face

Tabela 3 demonstra as medidas do pescoço. Um total de 14 (77,7%) pacientes apresentou linfedema de pescoço, sendo seis (42,8%) do tipo 1b reversível, e oito (57%) do tipo irreversível. Deste último grupo com linfedema irreversível, cinco (62,5%) eram do tipo 2, e três (37,5%) do tipo 3.

Tabela 3
Medidas do pescoço

DISCUSSÃO

A preocupação em buscar escalas que permitam avaliar o linfedema e a fibrose pós-tratamento para o câncer de cabeça e pescoço tem demonstrado que há peculiaridades e diferenças em cada uma delas. Algumas contemplam os aspectos relacionados ao edema propriamente dito, enquanto outras exploram as características da fibrose.(77 McGarvey AC, Osmotherly PG, Hoffman GR, Chiarelli PE. Lymphoedema following treatment for head and neck cancer: impact on patients, and beliefs of health professional. Eur J Cancer Care. 2014;23(3):317-27.)A Escala de Földi et al.,(1313. Lymphostatic diseases. In: Földi M, Földi E, Strossenruther RH, Kubic S, editors. Foldi's textbook of lymphology for physicians and lymphedema therapists. 2nd edition. Munich: Urban and Fischer; 2007. p. 224-40.)parece capturar as mudanças nos tecidos moles, desde o edema mais mole e redutível, até o mais firme, que não retrocede com elevação.(1414. The Lymphodema Framework. International Consensus. Best practice for the management of lymphedema [Internet]. London: MEP; 2006 [cited 2017 Apr 13]. Available from: http://www.soffed.co.uk/lymphorg/wp-content/uploads/2016/03/Best_practice.pdf
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)Ainda assim, há dificuldade em mensurar estas alterações, fato que justifica o número escasso de publicações sobre o assunto, e um consenso de que as escalas existentes são inconsistentes para capturar as características do linfedema externo após o câncer de cabeça e pescoço.

Em fase inicial, muitas vezes, o linfedema pode ser de difícil detecção. Entretanto, com o uso de técnicas de mensuração, é possível identificar a congestão linfática e o aumento de pressão no tecido subcutâneo. Se a intervenção é realizada precocemente, principalmente nos casos em que o dano não é grave, os resultados podem ser satisfatórios.(66. Deng J, Ridner SH, Dietrich MS, Wells N, Wallston KA, Sinard RJ, et al. Factors associated with external and internal lymphedema in patients with head and neck cancer. Int J Radiation Oncol Biol Phys. 2012;84(3):e319-28.,1212. Smith BG, Lewin JS. Lymphedema management in head and neck cancer. Curr Opin Otolaryngol Head Neck Surg. 2010;18(3):153-8. Review.,2424. Smith BG, Hutcheson KA, Little LG, Skoracki RJ, Rosenthal DI, Lai SY, et al. Lymphedema outcomes in patients with head and neck cancer. Otolaryngol Head Neck Surg. 2015;152(2):284-91.)

Essas escalas já foram utilizadas por alguns autores e tiveram como critério de escolha a experiência prévia demonstrada em estudos com a ferramenta.(1818. Piso DU, Eckardt A, Liebermann A, Gutenbrunner C, Schäfer P, Gehrke A. Early rehabilitation of head-neck edema after curative surgery for orofacial tumors. Am J Phys Med Rehabil. 2001;80(4):261-9.2020. Arieiro EG, Diz AM, Tacani RE, Lima VP, Machado KS. [The effectiveness of the manual lymphatic drainage in the postoperative period of head and neck cancer]. Rev Bras Cir Cabeça Pescoço. 2007;36(1):43-6. Portuguese.,2525. Deng J, Dietrich MS, Ridner SH, Fleischer AC, Wells N, Murphy BA. Preliminary evaluation of reliability and validity of head and neck external lymphedema and fibrosis assessment criteria. Eur J Oncol Nurs. 2016;22:63-70.)As escalas de estadiamento e avaliação do linfedema cervicofacial foram padronizadas pelo MDACC, e compõem parte do protocolo de avaliação do linfedema de câncer de cabeça e pescoço da instituição, sendo associadas às avaliações funcionais da deglutição e ao seguimento do paciente.(1212. Smith BG, Lewin JS. Lymphedema management in head and neck cancer. Curr Opin Otolaryngol Head Neck Surg. 2010;18(3):153-8. Review.)O uso da trena antropométrica para a perimetria adaptada é referido pela dificuldade em estabelecer pontos de referência que permitam resultados constantes e reprodutíveis.(1818. Piso DU, Eckardt A, Liebermann A, Gutenbrunner C, Schäfer P, Gehrke A. Early rehabilitation of head-neck edema after curative surgery for orofacial tumors. Am J Phys Med Rehabil. 2001;80(4):261-9.,1919. Purcell A, Nixon J, Fleming J, McCann A, Porceddu S. Measuring head and neck lymphoedema: the “ALOHA” trial. Head Neck. 2016;38(1):79-84.,2323. Deng J, Ridner MS, Murphy BA. Lymphedema in patients with head neck cancer. Oncol Nurs Forum. 2011;38(1):E1-10. Review.)Pelo número de pacientes estudados nas amostras e pela inconsistência dos pontos usados na medida, ainda não há evidência no método, mas é a forma disponível para tal. Recomenda-se que se faça um registro fotográfico nas posições de frente e perfil, com o paciente sentado e a câmera posicionada sobre um tripé, sempre no mesmo local. Sugerimos também a fixação de um quadro quadriculado na parede atrás do paciente e a demarcação com caneta apropriada, para que o registro da imagem seja feito sempre na mesma posição. Este recurso facilita o acompanhamento e a evolução do edema e do linfedema ao longo do tratamento.

Recentemente, um protocolo foi elaborado com algumas medidas de avaliação do linfedema em câncer de cabeça e pescoço (ALOHA). A ferramenta consiste de medidas de perimetria das circunferências superior e inferior do pescoço, orelha a orelha, e da extensão do lábio até a circunferência inferior do pescoço (borda do lábio inferior até a circunferência inferior do pescoço). Além destas ferramentas, foi usado um instrumento para avaliar o conteúdo da água tecidual da face e do pescoço (Moisture MeterD) por meio de uma sonda. O estudo indicou uma fraca confiabilidade nas medidas extraídas da extensão do lábio a circunferência inferior do pescoço, enquanto a comparação entre a escala de estadiamento e a constante dielétrica do tecido obteve boa confiabilidade. As medidas de perimetria foram úteis para avaliar as mudanças do tecido ao longo do tempo e o Moisture MeterD foi efetivo para diagnosticar o linfedema.(1919. Purcell A, Nixon J, Fleming J, McCann A, Porceddu S. Measuring head and neck lymphoedema: the “ALOHA” trial. Head Neck. 2016;38(1):79-84.)

A descrição, a apresentação do linfedema externo e os resultados da terapia descongestiva completa foram verificados por meio das medidas obtidas com as escalas de avaliação e classificação do linfedema cervico-facial do MD Anderson Cancer Center Head and Neck Lymphedema Protocol, em 1.202 pacientes tratados para o câncer de cabeça e pescoço. O estudo identificou predomínio do linfedema externo do 1b em 62% dos pacientes seguidos de 28% do tipo 1a. A escala auxiliou na identificação das mudanças obtidas após o tratamento. Os autores comentaram que a subdivisão do nível 1 em 1a e 1b melhorou a habilidade para capturar o edema visível não depressível, que é comum nos casos de câncer de cabeça e pescoço, e que não é comumente encontrado nos pacientes com linfedema de extremidades.(2424. Smith BG, Hutcheson KA, Little LG, Skoracki RJ, Rosenthal DI, Lai SY, et al. Lymphedema outcomes in patients with head and neck cancer. Otolaryngol Head Neck Surg. 2015;152(2):284-91.)

Os resultados deste trabalho apontaram a presença de linfedema externo de face em 55,5% e de pescoço em 77% das avaliações, indicando semelhança com os achados da literatura.(66. Deng J, Ridner SH, Dietrich MS, Wells N, Wallston KA, Sinard RJ, et al. Factors associated with external and internal lymphedema in patients with head and neck cancer. Int J Radiation Oncol Biol Phys. 2012;84(3):e319-28.,1111. Deng J, Ridner SH, Dietrich MS, Wells N, Wallston, KA, Sinard RJ, et al. Prevalence of secondary lymphedema in patients with head and neck cancer. J Pain Symptom Manage. 2012;43(2):244-52.)

Apesar de não caracterizarem instrumentos diagnósticos, ao aplicar as escalas de avaliação e classificação do linfedema cervico-facial do MD Anderson Cancer Center Head and Neck Lymphedema Protocol , foi possível observar que as medidas de perimetria oferecem subsídio para a captura do volume do edema e do linfedema externo.(1212. Smith BG, Lewin JS. Lymphedema management in head and neck cancer. Curr Opin Otolaryngol Head Neck Surg. 2010;18(3):153-8. Review.)

Para que a aplicação das escalas seja mais profícua, recomenda-se que o instrumento seja aplicado por fonoaudiólogos, fisioterapeutas e médicos que já possuem experiência e certificação na identificação e no manejo com edemas e linfedema em câncer de cabeça e pescoço.(1212. Smith BG, Lewin JS. Lymphedema management in head and neck cancer. Curr Opin Otolaryngol Head Neck Surg. 2010;18(3):153-8. Review.,2525. Deng J, Dietrich MS, Ridner SH, Fleischer AC, Wells N, Murphy BA. Preliminary evaluation of reliability and validity of head and neck external lymphedema and fibrosis assessment criteria. Eur J Oncol Nurs. 2016;22:63-70.)

O estudo apontou algumas limitações relacionadas à graduação da fibrose. Até o momento, não há ferramentas validadas que possibilitem caracterizar os diferentes graus mais sutis de mudanças no tecido, quando o comprometimento é maior. Entretanto, ainda assim, a ferramenta utilizada proporcionou condições de perceber a diferenciação entre o linfedema depressível para o não depressível, como nos casos encontrados em câncer de cabeça e pescoço.

Com as escalas de avaliação do linfedema externo, é possível incorporar a avaliação sistemática na rotina de evolução do paciente. As informações obtidas por meio das escalas de avaliação e classificação do linfedema cérvico-facial do MD Anderson Cancer Center Head and Neck Lymphedema Protocol podem detectar e identificar precocemente o linfedema, além de dar suporte ao encaminhamento para o tratamento e, ao mesmo tempo, servir de ferramenta para a avaliação da evolução do paciente.

CONCLUSÃO

A tradução das escalas de avaliação e classificação do MD Anderson Cancer Center Head and Neck Lymphedema Protocol para o português foi compatível com os textos originais.

REFERENCES

  • 1
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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    18 Dez 2017
  • Data do Fascículo
    Oct-Dec 2017

Histórico

  • Recebido
    21 Jan 2017
  • Aceito
    13 Abr 2017
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