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Os companheiros de Dom Obá: os zuavos baianos e outras companhias negras na Guerra do Paraguai

Resumos

Este artigo analisa a mobilização das companhias negras na Bahia (e em Pernambuco) durante a Guerra do Paraguai (1864-70). A organização dessas companhias racialmente segregadas era muito semelhante ao resto da mobilização brasileira, mas também remontava ao legado da milícia negra colonial e ao serviço dos seus integrantes na guerra pela Independência na Bahia. Muitos soldados e oficiais negros se distinguiram nos combates de 1866, mas o governo e o Exército brasileiros relutavam em aceitar a identidade racial implícita dessas unidades, e elas foram extintas antes do final daquele ano. Além de corrigir os muitos equívocos sobre os zuavos baianos repetidos com frequência na bibliografia acadêmica e popular, este artigo reflete sobre a complexidade da política racial na sociedade brasileira imperial e a visão negra do serviço ao Estado (e de cidadania) estreitamente ligado ao serviço militar.

Guerra do Paraguai; zuavos baianos; política racial; recrutamento militar


This article examines the mobilization of black regiments in Bahia (and Pernambuco) during the 1864-70 war with Paraguay. These racially-segregated companies shared many overall similarities to other military units but they also drew on the legacy of the colonial black militia and their members' patriotic service in the struggle for independence in Bahia. Many black soldiers and officers distinguished themselves in battle in 1866, but the Brazilian government and army were reluctant to accept the racial identity implied in these units, and they were all abolished by the end of the year. In addition to correcting the many misconceptions about the Zuavos that commonly appear in academic writing as well as more general literary genres, this article reflects on the complex racial politics of imperial Brazilian society and the black vision of service to the state (and of citizenship) as closely connected to military service.

Paraguayan war; Bahian Zuavos; racial politics; military recruitment


  • 1
    1 Francisco Otaviano de Almeida Rosa a José Antônio Saraiva, Buenos Aires, 24/4/1866, in Francisco Otaviano [de Almeida Rosa], Cartas de Francisco Otaviano, organizado por Wanderley Pinho, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1977, p. 159.
  • 2
    2 Richard Graham, "Free African Brazilians and the State in Slavery Times", in Michael Hanchard (org.), Racial Politics in Contemporary Brazil, Durham: Duke University Press, 1999, p. 31.
  • 3
    3 Júlio José Chiavenato, Os Voluntários da Pátria (e outros mitos), São Paulo: Global, 1983;
  • Júlio José Chiavenato, O negro no Brasil da senzala à Guerra do Paraguai, São Paulo: Brasiliense, 1980.
  • 4 Marco Antônio Cunha, A chama da nacionalidade: ecos da Guerra do Paraguai, Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 2000, p. 63, 139, 143.
  • 5 Eduardo Silva, Dom Obá II d'África, o príncipe do povo: vida, tempo e pensamento de um homem livre de cor, São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
  • 6 João Batista Calógeras a Pandiá George Calógeras, Rio de Janeiro, 24/12/1864, in João Batista Calógeras, Um ministério visto por dentro: cartas inéditas de João Batista Calógeras, alto funcionário do império, organizado por Antônio Gontijo de Carvalho, Rio de Janeiro: José Olympio, 1959, p. 175.
  • 7 Richard M. Morse, From Community to Metropolis: A Biography of São Paulo, Brazil, New York: Octagon Books, 1974, pp. 142-43;
  • Eduardo Silva, "O Príncipe Obá, um Voluntário da Pátria", in Maria Eduarda Castro Magalhães Marques (org.), Guerra do Paraguai, 130 anos depois, Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1995, p. 70.
  • 8 Decreto 3371, 7/1/1865; Decreto 3508, 30/8/1865, CLB; "Mappa da força com que cada uma das Provincias do Imperio concorreu para a guerra do Paraguay, segundo os mappas remettidos a esta Secretaria de Estado", in Brasil, Ministro da Guerra, Relatório (1872); Peter M. Beattie, The Tribute of Blood: Army, Honor, Race, and Nation in Brazil, 1864-1945, Durham: Duke University Press, 2001, pp. 173-74.
  • 9 Requerimentos de José Jorge Bisucheth e José Jorge Perrucho ao Presidente, [Salvador], ca. 1865, APEB/SACP, maço 3670; Presidente ao Ministro da Guerra, Salvador, 4/8/1865, ANRJ/SPE/IG1, maço 125, fl. 247; J. B. Calógeras a P. G. Calógeras, Rio de Janeiro, 12/1/1865, in Calógeras, Ministério, p. 197.
  • 10 Sobre as eleições e a mobilização de clientelas para votar, ver Richard Graham, Patronage and Politics in Nineteenth-Century Brazil, Stanford: Stanford University Press, 1990, cap. 5;
  • sobre Pernambuco, ver Márcio Lucena Filho, "Pernambuco e a Guerra do Paraguai: o recrutamento e os limites da ordem" (Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Pernambuco, 2000), pp. 92-3.
  • 11 João Evangelista de Castro Tanajura ao Presidente, Curralinho, 2/2/1865; e Salvador, 21/4/1865, APEB/SACP, maço 3669; Dionísio Cerqueira, Reminiscências da Campanha do Paraguai, 1865-1870, Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1980, p. 56;
  • 12 Sobre essas ofertas, ver "Registro de Donativos", APEB/SACP, maço 3675-1, fols. 86r-146r. A reunião com comerciantes é mencionada pelo Presidente ao Ministro da Guerra, Salvador, 24/8/1865, ANRJ/SPE/IG1, maço 125, fols. 276r-77r; e The Anglo-Brazilian Times, 7/9/1865. Muitos outros donativos são mencionados em APEB/SACP, maço 3669; e "Relação dos donativos feitos ao Estado para as despesas da guerra, bem como para aquisição de Voluntários da Pátria ...", 20/4/1866, apêndice ao Brasil, Ministro da Guerra, Relatório (1866). Esses donativos foram analisados por Sílio Bocanera Júnior, "A Bahia na Guerra do Paraguai", Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, n. 72 (1945), pp. 141-88;
  • Ricardo Salles, Guerra do Paraguai: escravidão e cidadania na formação do Exército, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990, pp. 98-105;
  • Marcelo Santos Rodrigues, "Os (in)voluntários da Pátria na Guerra do Paraguai (a participação da Bahia no conflito)" (Dissertação de Mestrado, Universidade Federal da Bahia, 2001), pp. 55-6.
  • A mesma história pode ser contada para outras províncias; ver Daví Carneiro, Paraná na Guerra do Paraguai, Rio de Janeiro: Americana, [1940], pp. 119-25;
  • Zildete Inácio de Oliveira Martins, A participação de Goiás na Guerra do Paraguai, Goiâna: UFG Editora, 1983, pp. 70-3;
  • Lucena Filho, "Pernambuco", pp. 89-91;
  • Adauto M. R. da Câmara, O Rio Grande do Norte na Guerra do Paraguai, Natal: Tipografia Galhardo, 1951, pp. 24-7;
  • Maria Regina Santos de Souza, "Impactos da Guerra do Paraguai na província do Ceará (1865-1870)" (Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Ceará, 2007), pp. 71-89.
  • 13 J. B. Calógeras a P. G. Calógeras, Rio de Janeiro, 22/1/1865, in Calógeras, Ministério, p. 202.
  • 14 Feliciana Maria de Brito Lopes Alves ao Presidente, Salvador, 31/10/1865, APEB/SACP, maço 3669.
  • 15 June Hahner, Emancipating the Female Sex: The Struggle for Women's Rights in Brazil, 1850-1940, Durham: Duke University Press, 1990, p. 63;
  • Francisco Augusto Pereira da Costa, Cronologia histórica do Estado do Piauí, Rio de Janeiro: Artenova, 1974, v. 2, pp. 501-5.
  • 16 Gustavo Adolpho de Menezes ao Comandante das Armas, Salvador, 3/5/1864, ANRJ/SPE/IG1, maço 125, fl. 203.
  • 17 Felisberto José Pinho ao Presidente, Monte Santo, 6/5/1865, APEB/SACP, maço 3669.
  • 19 Commandante das Armas ao Presidente, Salvador, 19/10/1865, APEB/SACP, maço 3411; José Luiz Rodrigues da Silva, Recordações da campanha do Paraguay, São Paulo: Melhoramentos, 1924, p. 23;
  • Artur Silveira da Mota Jaceguai, Reminiscências da Guerra do Paraguai, Rio de Janeiro: Officina Graphica "A Noite", 1935, p. 154;
  • Gilberto Freyre, Ordem e progresso, Rio de Janeiro: José Olympio, v. 1, p. 308.
  • 20 Bahia, Presidente, Relatório (1866), pp. 16-7.
  • 21 Manoel Pinto de Souza Dantas a Saraiva, Salvador, 24/8/1865, Arquivo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, lata 272, pasta 31, doc. 20.
  • 22 Sobre esse ponto, ver também Salles, Guerra do Paraguai: escravidão, p. 61, 63.
  • 23 Sobre essas mudanças na política de recrutamento, ver Hendrik Kraay, Política racial, Estado e forças armadas na época da Independência: Bahia, 1790-1850, São Paulo: Hucitec, 2011, pp. 124-30, 290-91, 311-14, 326-28.
  • 24 Apenas 23,1% dos 620 avisos sobre desertores, entre 1854 e 1887, tinham informação sobre a cor do soldado, Hendrik Kraay, "O cotidiano dos soldados na guarnição da Bahia (1850-89)", in Celso Castro, Vitor Izecksohn e Hendrik Kraay (orgs.), Nova História Militar Brasileira, Rio de Janeiro: FGV Editora e Bom Texto, 2004, p. 242.
  • 25 Quirino Antônio do Espírito Santo ao Presidente, Salvador, 26/1/1865, O Alabama, 6 de fevereiro de 1865.
  • 26 Sobre a subscrição, ver as cartas da Bahia, 5/2/1865, Jornal do Commercio, 10/2/1865;
  • 14/2/1865, Jornal do Commercio, 21/2/1865;
  • Pedro Francelino ao Presidente, Salvador, 6/4/1865, APEB/SACP, maço 3137.
  • 27 Henri Dutailly, "Les premiers Zouaves (1830-1841)", Revue Historique des Armées, v. 5, n. 4 (1978), pp. 43-52;
  • Lee A. Wallace, "Coppens' Louisiana Zouaves", Civil War History, v. 8, n. 3 (1962), pp. 269-92;
  • Gerald E. Wheeler, "D'Epineuil's Zouaves", Civil War History, v. 2, n. 4 (1956), pp. 93-100;
  • Jean Guenel, La dernière guerre du pape: les Zouaves Pontificaux au secours du Saint-Siège, Rennes: Presses Universitaires de Rennes, 1998.
  • 28 Cunha, Chama, p. 73. Essa explicação foi proposta pela primeira vez pelo historiador militar do início do século XX, Gustavo Barroso. Ver Paulo de Queiroz Duarte, Os Voluntários da Pátria na Guerra do Paraguai, Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1981-89, v. 2, tomo 5, pp. 185-86.
  • 29 Sobre a criação da companhia negra em Pernambuco, ver Lucena Filho, "Pernambuco", pp. 66-7.
  • 30 Bahia, Presidente, Relatório (1866), pp. 16-7;
  • "Mappa demonstrativo do pessoal das Companhias de Zuavos, Couraças e Sapadores organizadas pelo Coronel Comandante Superior Joaquim Antonio da Silva Carvalhal", 13/11/1871, APEB/SACP, maço 3675. A única referência à Décima-Segunda Companhia de Zuavos que conheço se encontra na documentação anexa ao requerimento do seu organizador para o melhoramento da sua reforma, resumido em "Projecto n. 67 1888: Melhoramento de reforma ao sargento reformado do exército Sotero Joaquim de Almeida", 20/8, ACD (1888), v. 4, pp. 178-79.
  • Em fins de fevereiro de 1866, o sargento Sotero estava preso, acusado de deserção, acusação que ele negava. Suterio [sic] Joaquim de Almeida ao Presidente, Salvador, 23/2/1866, APEB/SACP, maço 3674.
  • 31 Sobre a Independência na Bahia, ver Kraay, Política racial, cap. 5.
  • 32 "Estatutos da Sociedade Veteranos da Independencia", APEB/SACP, maço 3802.
  • 33 O Alabama, 24/1/1865;
  • Carta da Bahia, 1/4/1868,
  • Jornal do Commercio, 10/4/1868;
  • O Alabama, 21/3/1868.
  • 36 Respetivamente, Joaquim Maurício Ferreira e José Baltazar da Silveira; sobre a atuação desses homens na luta pela Independência, ver Jornal do Commercio, 7/1/1865;
  • e Kraay, Política racial, p. 185, 258.
  • 37 André Pinto Rebouças, Diário e notas autobiográficas: texto escolhido e anotações, organizado por Ana Flora e Inácio José Veríssimo, Rio de Janeiro: José Olympio, 1938, p. 65.
  • 38 Sobre a morte de Quirino, ver o requerimento da sua viúva, Sabina Joanna do Espirito Santo, ao Presidente, Salvador, ca. 1866, APEB/SACP, maço 3670. A volta de Pestana e a sua morte foram noticiadas por O Alabama, 1/3/1866 e 7/5/1868. A morte de Rocha Galvão é mencionada por O Alabama, 14/6/1866; a licença e a morte de Buri foram anunciadas em ODs 163 e 164, Tuyu-cuê, 6/12/1867 e 7/12/1867, Exército em operações na Republica do Paraguay sob o commando em chefe de todas as forças, de S. Ex. Sr. Marechal do Exercito Luiz Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias, Rio de Janeiro: Typ. de Francisco Alves de Souza, 1877, v. 2, p. 449, 455.
  • 39 Citado em Duarte, Voluntários, v. 2, tomo 5, p. 189.
  • 40 Essa discussão resume a análise da milícia negra em Kraay, Política racial, passim; é mais concisamente apresentada em Hendrik Kraay, "Identidade racial na política, Bahia, 1790-1840: o caso dos Henriques", in István Jancsó (org.), Brasil: formação do Estado e da nação, São Paulo: HUCITEC, Ed. UNIJUÍ, FAPESP, 2003, pp. 521-46.
  • 41 Evaldo Cabral de Mello, Rubro veio: o imaginário da restauração pernambucana, 2.ª ed., Rio de Janeiro: Topbooks, 1997, pp. 34, 50, 53-54, 195-96, 220-24;
  • Lucena Filho, "Pernambuco", pp. 66-7.
  • 42 Francis Albert Cotta, Negros e mestiços nas milícias da América portuguesa, Belo Horizonte: Crisálida, 2010, p. 26.
  • 43 "Despedida do organisador da 2.ª Comp.ª de Zuavos Bahianos, Joaquim Antonio da Silva Carvalhal", 1/5/1865, BNRJ/SM, II-34, 5, 47. Essa palestra foi também reproduzida em "Embarque da 2.ª companhia de Zuavos Bahianos para o Rio de Janeiro", Jornal do Commercio, 10/5/1865.
  • 44 "Hymno dos Zuavo Bahianos", O Alabama, 1/3/1865.
  • No início do século XX, Manoel Raimundo Querino registrou uma versão um pouco diferente, A Bahia de outrora, Salvador: Progresso, 1955, pp. 185-86.
  • 45 Cartas da Bahia, 27/2/1865 e 24/3/1865, Jornal do Commercio, 7/3/1865 e 6/4/1865.
  • Sobre Gomes, ver Kraay, Política racial, pp. 162, 325, 338-46.
  • 46 Manoel Querino, "Os homens de côr preta na história", Revista do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, v. 48 (1923), p. 363.
  • 47 Requerimento de Felippe Jose da Exaltação Maniva ao Imperador, Rio de Janeiro, 7/6/1874, AHEx/RQ, F-18-672.
  • 48 Conde d'Eu, Viagem militar ao Rio Grande do Sul, São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1936, p. 135;
  • Carvalhal ao Presidente, Salvador, 13/9/1865, APEB/SACP, maço 3454.
  • Sobre a qualificação para servir na Guarda, ver Kraay, Política racial, pp. 327-28.
  • 50 "Projecto n. 67 1888", ACD (1888), v. 4, p. 178.
  • 51 Kraay, Política racial, p. 144.
  • 52 Quirino ao Comandante das Armas, Salvador, 24/2/1865, APEB/SACP, maço 6463.
  • 53 Silva, Dom Obá II, pp. 41-3, 47-8.
  • 54 "Projecto n. 67 1888", ACD (1888), v. 4, p. 178.
  • 56 Carta da Bahia, 13/9/1865, Jornal do Commercio, 22/9/1865;
  • Abílio Cesar Borges ao Presidente, Salvador, 21/12/1865, APEB/SACP, maço 3669.
  • 57 Comandante das Armas ao Presidente, Salvador, 2/11/1865, APEB/SACP, maço 3424.
  • 59 Osvaldo Silva Felix Júnior, "Repensando a Guerra (a participação da Bahia na Guerra do Paraguai), 1865-1870" (Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual da Bahia, 2009), pp. 63-7.
  • 61 Esses dois casos podem ser seguidos nos documentos seguintes: Requerimento de Florencio da Silva e Oliveira ao Presidente, ca. 1865, APEB/SACP, maço 3696; O Alabama, 2/9/1865, 4/9/1865 e 4/10/1865; Comandante das Armas Interino ao Presidente, Salvador, 9/9/1865, APEB/SACP, maço 3432. Dois escravos tiveram mais sucesso em escapar de seus donos através das companhias de Zuavos, pois seus donos souberam do seu paradeiro após eles terem embarcado com, respectivamente, a Primeira e a Segunda Companhia de Zuavos. Ver Felix Júnior, "Repensando", pp. 84-5.
  • Sobre os tramites para reclamação de escravos foragidos encontrados no Exército, ver Hendrik Kraay, "'O abrigo da farda': o Exército brasileiro e os escravos fugidos, 1800-1888", Afro Ásia, v. 17 (1996), pp. 29-56.
  • 62 O Alabama, 6/6/1865. Nesse sentido, os zuavos pouco diferiam dos outros soldados brasileiros, Kraay, Política racial, caps. 3 e 7;
  • Beattie, Tribute, cap. 7;
  • Kraay, "Cotidiano", pp. 237-68.
  • 63 Hendrik Kraay, "Repensando o recrutamento militar no Brasil imperial", Diálogos, v. 3, n. 3 (1999), pp. 113-51.
  • 64 Cartas da Bahia, 26/3/1865 e 10/4/1865, Jornal do Commercio, 6/4/1865 e 15/4/1865.
  • 65 Thomas H. Holloway, "'A Healthy Terror': Police Repression of Capoeira in Nineteenth-Century Rio de Janeiro", Hispanic American Historical Review, v. 69, n. 4 (1989), pp. 637-76;
  • Carlos Eugênio Líbano Soares, A capoeira escrava e outras tradições rebeldes no Rio de Janeiro (1808-1850), Campinas: Editora da Unicamp, 2001;
  • Carlos Eugênio Líbano Soares, A negregada instituição: os capoeiras na Corte imperial, 1850-1890, Rio de Janeiro: Access, 1999.
  • 66 Querino, Bahia, pp. 78-80.
  • 67 O Alabama, 22/6/1867.
  • 68 Carta da Bahia, 29/9/1869, Jornal do Commercio, 15/10/1869.
  • 69 Carta da Bahia, 5/7/1865, Jornal do Commercio, 11/7/1865.
  • 72 Carvalhal ao Presidente, Salvador, 14/3/1865, APEB/SACP, maço 3454;
  • requerimento de Carvalhal ao Presidente, [Salvador], ca. 1866, APEB/SACP, maço 3671; "Registro de donativos", APEB/SACP, maço 3675-1, fols. 93v-94r; Bahia Illustrada, 1/12/1867;
  • O Alabama, 17/7/1869;
  • "Despedida", O Alabama, 4/5/1865;
  • "Despedidas", Jornal do Commercio, 10/5/1865.
  • 74 O Alabama, 17/7/1868 e 5/9/1868.
  • 75 P. de S., Memorias da viagem de Suas Magestades Imperiaes á provincia da Bahia, Rio de Janeiro: Typographia Industria Nacional de Cotrim & Campos, 1867, pp. 112-13;
  • Júlio de Santana Braga, Sociedade Protetora dos Desvalidos: uma irmandade de cor, Salvador: Ianamá, 1987, p. 73.
  • 76 O Alabama, 18/9/1869 e 7/9/1870.
  • 77 O Alabama, 18/1/1865.
  • 78 Requerimento de Carvalhal ao Presidente, ca. 1866, APEB/SACP, maço 3671; O Alabama, 11/9/1866 e 11/12/1866; Comandante das Armas ao Presidente, Salvador, 23/2/1867, APEB/SACP, maço 3414. A composição social das companhias de sapadores pode ser inferida do Comandante das Armas ao Chefe de Polícia, Salvador, 10/2/1867, APEB/SACP, maço 6464. Sobre o recrutamento de escravos, ver Hendrik Kraay, "Escravidão, cidadania e recrutamento militar na Guerra do Paraguai", Estudos Afro-Asiáticos, v. 33 (1998), pp. 17-51.
  • 82 Duarte, Voluntários, v. 2, tomo 5, pp. 184-204.
  • 83 Silva, Dom Obá II, pp. 45-54.
  • Esse equívoco é repetido por Ricardo Salles, Guerra do Paraguai: memórias e imagens, Rio de Janeiro: Edições Biblioteca Nacional, 2003, p. 38, 45.
  • 84 "Gazetilha", Jornal do Commercio, 22/5/1865.
  • 85 O Crioulo da Corte, "Zuavos", Correio Mercantil, 23/3/1865.
  • 86 Citado por Duarte, Voluntários, v. 2, tomo 5, p. 189.
  • 87 Duarte, Voluntários, v. 2, tomo 5, p. 190;
  • Thomas L. Whigham, The Paraguayan War, Lincoln: University of Nebraska Press, 2002, p. 346;
  • Augusto Tasso Fragoso, História da guerra entre a Tríplice Aliança e o Paraguai, Rio de Janeiro: Imprensa do Estado Maior do Exército, 1956, v. 2, p. 225 (nota 115) e 269;
  • Conde d'Eu, Viagem, p. 135.
  • 88 Duarte, Voluntários, v. 2, tomo 5, pp. 189-95.
  • 89 Otaviano a Ângelo Muniz da Silva Ferraz, Buenos Aires, 7/2/1866 (reservado), in Otaviano, Cartas, pp. 150-51.
  • 91 Otaviano para Ferraz, Buenos Aires, 7/2/1866 (reservado), in Otaviano, Cartas, p. 151.
  • 92 OD 79, São Thomaz, 15/5/1866, Exercito em Operações ... M. M. Souza, v. 2, p. 224.
  • 93 OD 78, São Thomaz, 1/5/1866, Exército em Operações ... M. M. Souza, v. 2, p. 208.
  • 94 Duarte, Voluntários, v. 2, tomo 5, pp. 195-94;
  • "Correspondencia encyclopedica de Alabama", Tuyutí, 2/8/1866, O Alabama, 4/9/1866.
  • A designação desses Zuavos para servir nos hospitais foi mencionada por dois contemporâneos, Cerqueira, Reminiscências, 104; André Rebouças, Diário: A Guerra do Paraguai (1866), organização de Maria Odila Silva Dias, São Paulo: Instituto de Estudos Brasileiros, 1973, p. 71, 113.
  • 95 Cunha, Chama, pp. 76-7.
  • 96 Duarte, Voluntários, v. 2, tomo 5, pp. 197-98, 203-4;
  • OD 127, Lagoa Brava, 10/2/1866, Exército em Operações na Republica do Paraguay, Primeiro Corpo, sob o comando em chefe do Exm. General Manoel Luiz Osorio, Marques de Herval, Rio de Janeiro: Typ. de Francisco Alves de Souza, 1877, v. 2, p. 125.
  • 97 Cerqueira, Reminiscências, p. 104.
  • 98 Sobre a atuação de Maniva, ver Atestado, Antonio Martins d'Amorim Rangel, Rio de Janeiro, 7/7/1873, AHEx/RQ, F-18-672 (citação). Sobre Marcolino, ver Querino, "Homens", p. 362 (citação); OD 87, Curuzu, 14/9/1866, Exército em Operações ... M. M. Souza, v. 2, p. 327, 335, 336; O Alabama, 29/9/1866; Rozendo Moniz, "À victoria do Curuzu", 20/9/1866, Jornal do Commercio, 6/10/1866;
  • João Varella, Da Bahia que eu vi, Salvador: Tipografia do Povo, 1935, p. 16.
  • 99 "Vista de interior de Curuzú mirado de aguas arriba (norte a sur) el 20 de setiembre de 1866", 1891, Museu Nacional de Bellas Artes (Buenos Aires), reproduzida em Marta Gil Solá e Marta Dujovne, Cándido López, Buenos Aires: Associación Amigos del Museo Nacional de Bellas Artes de Buenos Aires, 1971, pp. 25-6.
  • 102 As fotos existentes de Cândido da Fonseca Galvão e de Marcolino José Dias, todas da época pós-guerra, retratam-nos no uniforme militar convencional, George Ermakoff, O negro na fotografia brasileira do século XIX, Rio de Janeiro: G. Ermakoff Casa Editorial, 2004, p. 82;
  • Varella, Da Bahia, p. 13;
  • Pedro e Bia Corrêa do Lago, Coleção Princesa Isabel: fotografia do século XIX, Rio de Janeiro: Capivara, 2008, p. 158.
  • 106 OD 44, Villa do Rosario, 14/3/1870, Exercito em Operações na Republica do Paraguay sob o comando em chefe ... Conde d'Eu, Rio de Janeiro: Typ. de Francisco Alves de Souza, 1877, p. 783;
  • 110 "Pensões a diversos", ACD (1867), v. 2, p. 188, 203, 372, 374; v. 3, p. 415.
  • 111 O Alabama, 28/5/1870 e 1/6/1870.
  • 112 O Alabama, 29/3/1870 e 31/7/1870.
  • 114 Varella, Da Bahia, pp. 13, 14-5;
  • Jailton Lima Brito, A Abolição na Bahia, 1870-1888, Salvador: CEB, 2003, p. 66, 76, 266;
  • Braga, Sociedade, p. 75.
  • 116 Silva, Dom Obá II, cap. 7.
  • 117 Nelson Werneck Sodré, A história militar do Brasil, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979, p. 143.
  • 118 Miguel Angel Centeno, Blood and Debt: War and the Nation-State in Latin America, University Park: Pennsylvania State University Press, 2002, p. 31.
  • 119 Alexandre José de Mello Moraes Filho, Festas e tradições populares do Brasil, Rio de Janeiro: F. Briguiet, 1946, p. 543;
  • [Francisco] Ferreira da Rosa, "Memorial de [sic] Rio de Janeiro: personagens fatos narrativa de acontecimentos vida e progresso da cidade em meio século (1878-1928)", Arquivo do Distrito Federal, v. 2 (1951), p. 53;
  • R[aimundo] Magalhães Junior, O Império em chinelos, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1957, p. 260; Roberto Macedo, "Efemerides cariocas", Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, v. 315 (1977), p. 44.
  • Essa contradição também foi percebida por Felix Junior, "Repensando", pp. 93, 174-75.
  • 122 Sobre o status legal do oficial honorário, ver Manoel Joaquim do Nascimento e Silva, Synopsis de legislação militar brasileira até 1874 cujo conhecimento mais interessa aos empregados do Ministério da Guerra, Rio de Janeiro: Typ. do Diario do Rio de Janeiro, 1874, q.v. oficial honorário.
  • 123 Ermakoff, Negro, p. 82;
  • Varella, Da Bahia, p. 13;
  • Lago e Lago, Coleção Princesa Isabel, p. 158.
  • 127 O texto desse decreto é citado por Silva, Dom Obá, p. 58.
  • 128 Silva, Dom Obá, pp. 40, 133-37.
  • 130 Requerimento de Candido da Fonseca Galvão ao Imperador, Rio de Janeiro, 16/5/1872, AHEx/RQ, C-17-539.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    13 Maio 2013
  • Data do Fascículo
    2012

Histórico

  • Recebido
    11 Out 2011
  • Aceito
    26 Jan 2012
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