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Revista Mexicana de Oftalmologia: resumos 2001

RESUMO DE OUTROS PERIÓDICOS

Harley E. A. Bicas

Com muito orgulho, inauguramos nova seção dos A. B. O., nela publicando resumos aparecidos na Revista Mexicana de Oftalmología. Na comunidade latino-americana, o México tem se distinguido por invejáveis índices sociais e econômicos, enquanto sua ciência vem sendo representada por um crescente padrão de qualidade. Também em nossa área de conhecimento, importantíssimas contribuições são oferecidas ao mundo, por essa nação. Pessoalmente mais afeto à oculomotricidade, e acompanhando mais de perto seus progressos, testemunho a continuada criatividade da escola mexicana, com surpreendentes (e depois confirmadas) propostas inovadoras e inequívocos avanços conceituais, que a colocam entre as lideranças internacionais do assunto. Seguramente essas características de inventividade revolucionária estendem-se a outras áreas da Oftalmologia. Estamos, pois, convictos de que a maior difusão do que se faz nesse país, de tão ricas tradições humanas e com laços culturais tão próximos aos nossos, trará importantes inspirações não apenas à solução de problemas que nos são comuns, como para intercâmbios científicos e estreitamento de cooperações de uma nova ordem.

Quase a totalidade dos autores dessa revista assina os respectivos nomes como duplos e, na maior parte, com um hífen entre eles, o que implica suas unicidades para efeitos de referência bibliográfica. Outros, todavia, aparecem sem tal sinal diacrítico; mas como o nome de origem paterna, convencionalmente usado como o de catalogação cientifica, é o penúltimo (conforme a tradição dos países de língua espanhola) e não o último (de acordo ao padrão internacional) decidimos manter ambos por extenso.

Com vocês, mais este serviço dos A.B.O., cuja responsabilidade foi confiada a uma nossa colaboradora de Departamento, a oftalmologista Rosália Maria Simões Antunes-Foschini.

Revista Mexicana de Oftalmologia

Resumos 2001

VOL. 75 – NÚMERO 1 (ENERO/FEBRERO 2001)

Trabalhos Científicos Originais

TARELO-SAUCEDO A, SALINAS-VAN ORMAN E. Traumatismo ocular infantil en población mexicana: incidencia, manejo y resultado visual final. Rev Mex Oftalmol 2001; 75:1-4.

OBJETIVO: Avaliar a incidência de traumatismo ocular infantil, agentes causais, etiologia, conduta e resultado visual final.

MATERIAL E MÉTODO: Estudo retrospectivo em que se avaliaram todos os pacientes menores de 16 anos que procuraram o hospital de julho de 1995 a julho de 1998 por traumatismo ocular.

RESULTADOS: De 28.821 pacientes que procuraram o hospital neste período, 328 (1,26%) o fizeram por algum tipo de traumatismo ocular. A mediana de idade foi de 8 anos. Os principais diagnósticos foram: hemorragia subconjuntival (15,8%) e lesões retinianas (11,8%). Os principais agentes causais foram projéteis (15,2%), objetos perfurocortantes (12,8%) e animais ou plantas (8,5%). 62,6% dos pacientes precisaram de tratamento clínico e 14,3% cirúrgico. Em 43,8% dos casos a capacidade visual final foi melhor que a inicial, em 45,9% igual e em 10,2% pior. A capacidade visual final foi igual ou menor que 0,2 em 33,8% dos pacientes.

CONCLUSÃO: O traumatismo ocular infantil no México é um problema grave de saúde pública que produz lesões visuais incapacitantes em 33,8% dos casos.

Descritores: Epidemiologia, dano ocular; Traumatismo, traumatismo ocular infantil

DE LA FUENTE-TORRES MA, GRAUE-WIECHERS F. Enfermedad de Coats: resultados del tratamiento. Rev Mex Oftalmol 2001;75:5-7.

OBJETIVO: Avaliar a efetividade dos diferentes tipos de tratamento descritos em casos de Doença de Coats na população infantil.

MÉTODO: Foram incluídos de modo prospectivo todos os pacientes com diagnóstico de Doença de Coats menores de 12 anos, entre 1994 e 1996. Foram selecionados para receber algum tipo de tratamento, com base na acuidade visual e severidade do caso: fotocoagulação (diodo), crioterapia, vitrectomia.

RESULTADOS: Sete pacientes, 6 masculinos (86%), com idade média de 6,2 anos, com quadro unilateral (100%), foram incluídos, 2 receberam fotocoagulação, 2 crioterapia e 1 vitrectomia. Dois pacientes formaram o grupo controle. Não houve diferença estatística (p>0,05) entre todos os grupos, comparando-os entre o início e o fim do seguimento, que teve uma média de 14,7 meses.

CONCLUSÃO: Apesar de tratamentos distintos serem realizados e mesmo com certa melhora clínica, a acuidade visual não melhora quando o pólo posterior tem um acometimento crônico.

Descritores: Doença de Coats; Fotocoagulação; Crioterapia

RODRÍGUEZ-LOAIZA JL, DE LA FUENTE-TORRES MA, YEE-CHAN R, GRAUE-WIECHERS F. Enfermedad de Von Hippel: presentación de tres casos. Rev Mex Oftalmol 2001; 75:8-12.

Sem resumo.

DE LA FUENTE-TORRES MA, CHÁVEZ-MONDRAGÓN E. Sensibilidad al contraste postfacoemulsificación e implante de lente intraocular. Rev Mex Oftalmol 2001;75:13-7.

OBJETIVO: Saber se existe alteração na sensibilidade ao contraste em pacientes operados de catarata por facoemulsificação e implante de diferentes tipos de lentes intra-oculares (LIO).

MÉTODO: Foi realizado um estudo prospectivo para avaliar a sensibilidade ao contraste após a facoemulsificação com implante de LIO. No terceiro mês após a cirurgia foi avaliada a sensibilidade ao contraste com a tabela Vistech 6500 em 45 pacientes que apresentavam nesse momento acuidade visual com correção de 20/30 ou melhor. Dependendo do tipo de LIO, os pacientes foram divididos em 3 grupos de estudo: Grupo 1) LIO monofocal de polimetilmetacrilato (PMMA) em 22 pacientes, Grupo 2) LIO flexível de silicone (Silicon) em 14 pacientes e Grupo 3) LIO multifocal de PMMA (Multifocal) com 9 pacientes. Cinqüenta pacientes fácicos sem qualquer patologia oftalmológica foram incluídos como grupo controle.

RESULTADOS: Foi encontrada uma diminuição da sensibilidade ao contraste estatisticamente significativa nos grupos estudados, quando comparados com o grupo controle (p<0,01). Ainda que entre os 3 grupos estudados não tenha havido diferença estatística significativa, o grupo de silicone foi o que apresentou sensibilidade ao contraste mais diminuída.

CONCLUSÃO: Observamos que ainda que os pacientes tenham boa visão após a cirurgia de facoemulsificação e implante de LIO, a sensibilidade ao contraste está diminuída, podendo modificar a acuidade visual qualitativa.

Descritores: Facoemulsificação; Sensibilidade ao contraste; Lentes intra-oculares

RUIZ-GONZÁLEZ MH, UGALDE-PALACIOS RJ, ESTRADA-AGUILERA A. Alteraciones oftalmológicas en pacientes infectados com VIH y correlación con poblaciones linfocitarias. Rev Mex Oftalmol 2001; 75:18-23.

OBJETIVO: Conhecer o tipo de patologia ocular presente em pacientes soropositivos ao HIV em cada estadio feito pela classificação da CDC.

MATERIAL E MÉTODO: Foram estudados pacientes com diagnóstico de certeza de soropositividade para o HIV, avaliados em estudo longitudinal, mediante exploração oftalmológica para determinar patologia.

RESULTADOS: Vinte e dois pacientes (78,5%) apresentaram alterações oculares, das quais mais da metade se enquadraram na etapa C3, com contagem de CD4 inferior a 200/mm3. A retinopatia pelo HIV ocorreu em 25% dos casos, com contagens de CD4 muito variáveis. As infecções intra-oculares oportunistas ocorreram em 3 pacientes com contagem de CD4 inferior a 200/mm3 dos quais dois faleceram.

CONCLUSÃO: O risco de apresentar alterações oculares com esta gravidade é inversamente proporcional ao número de linfócitos CD4.

Descritores: HIV, Linfócitos CD4, CDC; Retinopatia por HIV; Retinocoroidite por citomegalovirus

AGUILAR-CAMACHO H, RODRÍGUEZ-REYES A, MEDINA-CRUZ A, GUTIÉRREZ-DÍAZ ME, NARANJO-TACKMAN R. Detección del virus herpes simple tipo I por inmunofluorescencia directa en córneas nativas y transplantadas con leucomas postherpéticos. Rev Mex Oftalmol 2001; 75:24-7.

Há muitos anos se sabe que o vírus HVS-1 perpetua-se no gânglio do trigêmio, uma vez ocorrida a sua colonização; também é de amplo conhecimento a facilidade de recidiva dos quadros herpéticos corneanos. Alguns trabalhos prévios têm demonstrado a persistência de partículas virais na córnea. No presente trabalho foram incluídos pacientes com diagnóstico clínico de leucomas corneanos (pós-herpéticos) inativos que foram estudados por técnicas de imunofluorescência direta sob normas estritas se segurança. Encontrou-se 90% de positividade independente do tempo transcorrido desde o último quadro ativo. Os 10% de negatividade podem ser explicados por erros no diagnóstico inicial ou por lesões corneanas secundárias ao HVS-2.

Descritores: HVS tipo I, imunofluorescência; Leucomas

LOBATO-GARCÍA E, MOGUEL-ANCHEITA S, OROZCO-GÓMEZ LP, SÁNCHEZ-PÉREZ M. Parálisis del VI nervio en el ojo fijador y angiopatía retinal traumática (síndrome de Purtscher) en el ojo contralateral. (Revisión de la literatura y manejo a propósito de un caso). Rev Mex Oftalmol 2001; 75:28-31.

Apresenta-se um paciente com angiopatia retiniana traumática (Síndrome de Purtscher) no olho esquerdo, associada à paralisia do VI e VII nervos à direita, hemiparesia direita e aneurisma da artéria cerebral média esquerda, secundários a acidente automobilístico. Durante o tratamento obteve-se a reabilitação completa do olho direito paralisado, e o olho esquerdo evoluiu com atrofia óptica completa. Demonstra-se a utilidade da toxina botulínica no tratamento do estrabismo paralítico, como melhor indicação, em pacientes com estado de saúde comprometido, para impedir a evolução para um estrabismo permanente. É realizada uma revisão da literatura da Síndrome de Purtscher.

Miniatura Oftalmológica

HERREMAN R. Beneficios e inconvenientes de la documentación médica. Rev Mex Oftalmol 2001; 75:32-4.

Sem resumo.

VOL. 75 – NÚMERO 2 (MARZO/ABRIL 2001)

Trabalhos Científicos Originais

ELÍAS-MARISCAL JI, TORNERO-MONTAÑO JR, CUEVAS-PACHECO G, PADILLA-MORONES M. Estudio reológico comparativo de diferentes viscoelásticos comerciales manufacturados con hialuronato de sodio. Rev Mex Oftalmol 2001;75:35-9.

Foi analisado o perfil reológico de sete viscoelásticos comerciais manufaturados com hialuronato de sódio, com o objetivo de comparar o índice de pseudoplasticidade de cada um. A formulação F4 apresentou o mais alto índice de pseudoplasticidade (52,48), seguida das formulações F2 e F1, com índices de 29,51 e 15,32 respectivamente. Em velocidades intermediárias, a formulação F1 mostrou uma viscosidade maior que as demais, com exceção de F7, mas esta apresentou o mais baixo índice de pseudoplasticidade (6,57). Foi examinado o ponto de cruzamento entre os módulos elástico e viscoso de F1, que ocorreu a uma freqüência de 4 rad/s, comparado de maneira referencial com F4 e F3. Infere-se um comportamento dispersivo para F3, F6 e F7 e um comportamento coesivo para F1, F2 e F4. A formulação F5 apresentou um comportamento dispersivo-coesivo.

Descritores: Hialuronato de sódio; Viscoelástico; Reologia

ORDOÑEZ-BLANCO A, TOVILLA-CANALES JL, NAVA-CASTAÑEDA A, RODRÍGUEZ-REYES A, TOVILLA Y POMAR JL. Fibrohistiocitoma orbitario: reporte de un caso y revisión de la literatura. Rev Mex Oftalmol 2001;75:40-5.

Os histiocitomas são lesões de tecidos moles que apresentam um grande espectro, tanto clínico como radiológico. Classificam-se como lesões benignas, tumores localmente agressivos e neoplasias malignas invasivas.

Estes tumores podem aparecer em qualquer parte do corpo, mas têm uma afinidade especial pela região periorbitária.

O fibrohistiocitoma é um tumor raro, respondendo por 1% de todas as massas orbitárias. Até o momento não foram identificados critérios clínicos ou histológicos que possam predizer seu comportamento maligno. A análise histopatológica e o diagnóstico não são de realização fácil, requerendo estudos de microscopia óptica, imunohistoquímica e, em algumas ocasiões, microscopia eletrônica. O prognóstico depende do grau de malignidade.

Relatamos o caso de uma paciente que apresentava um grande tumor na órbita esquerda, causando grande destruição dos tecidos adjacentes. Devido ao fato de não apresentar um diagnóstico histopatológico conclusivo, foi realizada biópsia incisional, já que a tentativa de ressecção total da lesão poderia causar grande morbidade. Foi feito o diagnóstico de fibrohistiocitoma da órbita por microscopia óptica. Fez-se uma revisão bibligráfica.

Descritores: Fibrohistiocitoma benigno; Fibrohistiocitoma orbitário; Tumores mesenquimatosos, fibroxantoma, proptose; Tumor orbitário

GUERRA-MARÍN B, SALAZAR-LEÓN JA, ORDAZ-FAVILA JC. Retinoblastoma: Presentación de 405 casos y revisión de la literatura. Parte I: Genética. Rev Mex Oftalmol 2001; 75:46-56.

OBJETIVO: Este é o primeiro de sete artigos onde foi feita revisão da genética, epidemiologia, patologia, características clínicas, avaliações em consultório, tratamento e diagnóstico diferencial do retinoblastoma. Neste artigo estudaremos as características genéticas do retinoblastoma e revisaremos a literatura.

MÉTODO: Foram revisados os prontuários de pacientes com retinoblastoma para saber o sexo, idade de diagnóstico, quantos casos são herdados ou esporádicos e se foi afetado um ou ambos olhos.

RESULTADOS: Dos 405 casos com retinoblastoma, 196 homens e 209 mulheres, 317 foram esporádicos unilaterais com idades variando entre 46 dias a 17 anos (média de 32 meses), 67 foram bilaterais sem antecedentes familiares, com idades entre 30 dias a 12 anos (média de 28 meses), 18 foram bilaterais com antecedentes familiares, com idades entre 10 dias a 9 anos (média de 16 meses) e três foram hereditários unilaterais de 60 dias, 180 dias e 9 anos de idade respectivamente.

CONCLUSÕES: Não há diferença significativa no sexo de pacientes com retinoblastoma; os casos esporádicos são detectados mais tardiamente que os hereditários, ainda que isto não seja uma regra; deve ser feito aconselhamento genético a todos os pacientes com retinoblastoma, sendo necessário examinar os pais, irmãos, primos, tios e avós do paciente.

Descritores: Genética, retinoblastoma, cromossomo, herança, câncer, oncogene

SÁNCHEZ-HUERTA V, RAMÍREZ FERNÁNDEZ M, HERNÁNDEZ-QUINTELA E, NARANJO TACKMAN R. Microscopia confocal de la córnea. Rev Mex Oftalmol 2001;75:57-61.

OBJETIVO: Analisar as estruturas celulares corneanas mediante microscopia confocal em córneas aparentemente sadias.

MÉTODO: Foi realizada microscopia confocal (ConfoScan 2,0, Fortune Tecnologies Srl., Italy) para fazer análise morfológica das diferentes estruturas corneanas, in vivo, de modo não invasivo e, em tempo real, de 10 córneas.

RESULTADOS: Observou-se o epitélio superficial, as células basais epiteliais, o plexo nervoso subepitelial, o estroma e o endotélio corneano.

CONCLUSÕES: Demonstramos a utilidade do microscópio confocal para observar e analisar a população celular corneana, a qual tem um papel potencial na valorização das mudanças dinâmicas e estruturais, importantes no diagnóstico e avaliação do paciente.

Descritores: Genética, retinoblastoma, cromossomo, herança, câncer, oncogene

VARGAS ORTEGA AJ, ARROYO YLLANES ME, PÉREZ PÉREZ JF, FONTE VÁSQUEZ A, MURILLO MURILLO L. Exoforia-tropia deteriorada. Características clínicas y sensoriales pre y post quirúrgicas. Rev Mex Oftalmol 2001;75: 62-6.

INTRODUÇÃO: O objetivo do presente estudo foi demonstrar se as exotropias alternantes patentes apresentavam foria, fusão e estereopsia após a correção cirúrgica.

MATERIAL E MÉTODO: Foram incluídos no estudo pacientes com exotropia alternante patente e acuidade visual semelhante em ambos os olhos, independente de idade ou sexo, e cuja fusão não pôde ser demonstrada por manobras de exploração motora ou pela prova de Worth para longe e perto, e nem a estereopsia para perto com o teste de Titmus. Foi realizada a correção cirúrgica do desvio. Os pacientes foram examinados em uma semana, duas semanas, um mês, três meses e seis meses após a cirurgia. Em cada avaliação foi feita a exploração motora com teste de oclusão alternada e simples para se observar a direção, constância e magnitude do desvio, e as provas sensoriais, Titmus para perto e Worth para longe e perto.

RESULTADOS: Após a cirurgia, em 7 pacientes foi observada fusão com a prova de Worth. Os demais continuaram com supressão. Com relação ao teste de Titmus, dos 6 pacientes que não tinham estereopsia antes da cirurgia, todos apresentaram algum grau de estereopsia após a cirurgia.

CONCLUSÃO: Com os resultados obtidos podemos concluir que as exotropias alternantes sem fusão antes da cirurgia e com acuidade visual semelhante em ambos os olhos, aquelas que se consegue demonstrar fusão após a cirurgia podem ser classificadas como exoforia-tropia deteriorada.

Descritores: Exoforia-tropia; Fusão; Estereopsia

Novos Equipamentos

LOZANO-ELIZONDO D. Amplificación en oftalmoscopia indirecta binocular. Rev Mex Oftalmol 2001; 75:67-9.

OBJETIVO: Amplificar a imagem estereoscópica do oftalmoscópio indireto binocular.

MÉTODO: Intercala-se uma lente positiva imediatamente anterior ao sistema de observação e iluminação do oftalmoscópio indireto binocular, usando-se uma lente de condensação de baixo poder (+14 D) e de 50 mm de diâmetro.

RESULTADO: Permite observar papila óptica, área macular e retina periférica com uma imagem com nitidez, magnificação e estereopsia comparáveis às obtidas com a biomicroscopia.

CONCLUSÕES: O procedimento compensa as desvantagens do oftalmoscópio indireto binocular com relação ao oftalmoscópio direto para ver detalhes em fundo de olho.

Descritores: Amplificação; Oftalmoscopia indireta

Ensaio Científico

BICAS HEA. Estrategias en el tratamiento de la ambliopía. Rev Mex Oftalmol 2001;75:70-4.

São apresentadas as causas dos principais tipos de ambliopia: por deprivação visual, óptica e estrábica. Mencionam-se os pontos primordiais do exame clínico e planejam-se as principais formas de tratamento, concluindo que a oclusão continua sendo o método terapêutico de eleição.

Descritores: Ambliopia; Estrabismo; Supressão

VOL. 75 – NÚMERO 3 (MAYO/JUNIO 2001)

Trabalhos Científicos Originais

SILVA BADILLO C, MOLINA J, SALCEDO CASILLAS G. Toxina botulínica en el tratamiento de blefarospasmo esencial y espasmo hemifacial. Experiencia clínica. Rev Mex Oftalmol 2001;75:77-81.

O blefaroespasmo essencial e o espasmo hemifacial são formas de discinesia da musculatura facial com diferentes causas. O objetivo deste trabalho foi descrever as características básicas e a evolução dos pacientes com diagnóstico de blefaroespasmo essencial ou espasmo hemifacial para aqueles pacientes em que foi proposto tratamento com toxina botulínica no Serviço de Órbita e Oculoplástica do hospital. O tratamento com toxina botulínica mostrou ser eficaz para o controle dessas patologias. O efeito de aplicações repetidas não foi avaliado.

Descritores: Toxina botulínica; Blefaroespasmo essencial; Espasmo hemifacial

OCHOA TABARES JC, PACZKA JA, GIORGI-SANDOVAL LA, TOPETE-JIMÉNEZ J, FONSECA-REYES S, ROIG-MELO E. Aplicación de la teleoftalmología en la estimación de la profundidad de la cámara anterior. Rev Mex Oftalmol 2001;75:82-7.

OBJETIVO: Investigar o desempenho da avaliação de imagens digitalizadas do segmento anterior como uma ferramenta da teleoftalmologia, em comparação com a gonioscopia convencional e a valorização clínica da profundidade do segmento anterior mediante biomicroscopia.

MÉTODOS: As imagens de 770 olhos (385 indivíduos) foram obtidas com uma câmara analógica acoplada a um biomicroscópio e enviadas através de uma rede local a um computador, e através de sua tela (17 polegadas), duas pessoas com experiência determinaram a profundidade da câmara anterior, empregando a técnica de Van Herick. Analisaram-se as concordâncias com duas aproximações (estatística kappa não ponderada) entre as descrições dos dois examinadores e as destes com a da gonioscopia e da profundidade da câmara anterior, realizadas durante uma campanha de detecção de patologias oculares. Foram estimadas a sensibilidade e especificidade dos examinadores da profundidade da câmara anterior.

RESULTADOS: A concordância entre os examinadores da profundidade da câmara anterior e da gonioscopia foi muito pequena (k<0,204, P= 0,0001), a dos examinadores das imagens digitalizadas foi maior, especialmente quando foram recategorizadas as escalas do ângulo e da profundidade da câmara anterior (OD, k=0,576; OE, k=0,552; ambos olhos com P=0,0001). A sensibilidade dos examinadores para reconhecer ângulos estreitos foi deficiente (menor que 55%), ainda que a especificidade tenha sido consideravelmente mais elevada (maior que 80%).

CONCLUSÕES: Nossos achados sugerem que o emprego da técnica de Van Herick para descrever imagens digitalizadas em um sistema de teleoftalmologia parece ter um papel limitado devido a sua baixa concordância entre examinadores e com a gonioscopia convencional.

Descritores: Análise de imagens; Ângulo oclusível; Gonioscopia; Profundidade de câmara anterior; Técnica de Van Herick; Teleoftalmologia

BARCIA VALERO L, GULIAS CAÑIZO R, GÓMEZ LEAL A, RODRÍGUEZ REYES A. Degeneración nodular de Salzmann: Informe de un caso. Rev Mex Oftalmol 2001;75:88-90.

A degeneração nodular de Salzmann geralmente é assintomática, ainda que também possa se associar a alterações corneanas pré-existentes. Apresentamos o caso de um menino de 4 anos que veio à consulta por apresentar lesões corneanas e fotofobia. Ao exame foram encontradas opacidades corneanas nodulares superficiais e profundas bilateralmente. Com o diagnóstico clínico de distrofia corneana compatível com degeneração nodular de Salzmann, realizou-se ceratectomia superficial do olho direito e 6 meses depois ceratoplastia penetrante do olho esquerdo. Histologicamente o estroma superficial apresentava extensos depósitos de material eosinófilo, amorfo, extracelular, que foi intensamente positivo com os corantes do ácido periódico de Schiff (PAS) e tricrômio de Masson. Com esses achados obtidos por microscopia óptica, foi feito o diagnóstico de degeneração nodular de Salzmann. O presente caso não contava com antecedentes de patologia ocular de nenhum tipo, ao contrário do descrito por outros autores. A maioria dos pacientes afetados são mulheres entre a quinta e sétima décadas de vida, entretanto esse caso é de um menino de 4 anos de idade. Até onde vai nosso conhecimento, este é o primeiro caso descrito na literatura de degeneração de Salzmann em um paciente na primeira década de vida.

Descritores: Córnea, corneana; Degeneração, distrofia, nodular; Salzmann

QUIROZ-REYES MA, SAAB-SANTIAGO NJ, GRAUE-WIECHERS F, LEIFERMAN-EHRENWALD M. Abordaje quirúrgico del cristalino luxado a cavidad vítrea. Rev Mex Oftalmol 2001;75:91-7.

O objetivo deste trabalho é revisar a técnica cirúrgica, resultados e complicações da luxação do cristalino para a cavidade vítrea. É um estudo retrospectivo onde são analisados 29 pacientes submetidos a vitrectomia posterior por cristalino luxado. 68,9% dos cristalinos luxados foram secundários a complicações de facoemulsificação, 20,68% foram secundários a traumatismos e 10,34% associados à Síndrome de Marfan. Em 62,06% a capacidade visual final após o procedimento cirúrgico foi 20/200 ou melhor. As complicações peroperatórias incluíram descolamentos de retina e hemorragia vítrea (10,34%), e as pós-operatórias edema macular cístico (10,34%). Concluindo pode-se dizer que a abordagem atual do cristalino luxado deve ser realizada com técnicas de cirurgia vitreorretiniana bimanuais, complementadas, quando indicado, com a manipulação cinética da retina mediante o uso de perfluorocarbono líquido.

Descritores: Cristalino luxado; Facoemulsificação; Perfluorocarbono líquido; Vitrectomia

Metodologia

LIMA-GÓMEZ V, ROJAS-DOSAL JA. Organización de campañas de detección de retinopatía diabética. Rev Mex Oftalmol 2001;75:98-102.

INTRODUÇÃO: A detecção da retinopatia diabética pode estar li-mitada pela dificuldade de acesso aos serviços de Oftalmologia.

OBJETIVO: Analisar a eficiência de um esquema para a organização de campanhas de detecção da retinopatia diabética.

MÉTODO: Organizaram-se campanhas de detecção com duração de um dia, através de estações de trabalho para avaliar acuidade visual, segmento anterior e fundo de olho em pacientes sem avaliação oftalmológica prévia. Aproveitou-se o tempo de latência dos midriáticos para complemetar a avaliação em outras estações. Valorizou-se a eficiência desta organização mediante dois parâmetros: número total de pacientes avaliados e número de pacientes avaliados por hora.

RESULTADOS: Foram avaliados 702 pacientes durante a primeira hora e 773 na segunda hora. Na primeira foram avaliados 60 por hora e na segunda 90. O tempo estimado para a avaliação completa de cada paciente foi de 50 minutos.

DISCUSSÃO: Mediante o esquema de organização proposto podem ser efetuadas campanhas de detecção eficientes, que podem ser adaptadas para as necessidades específicas de cada região.

Descritores: Detecção, diabetes, retinopatia diabética

HERNÁNDEZ QUINTELA E, FROMOW-GUERRA J, SÁNCHEZ HUERTA V, BLANCO DE OLIVA G. Presentación de datos en artículos científicos. Rev Mex Oftalmol 2001;75: 103-6.

Sem resumo.

Revisão Bibliográfica (Editor: A Espinosa-Velasco)

DUARTE-TORTORIELLO MEL, RODRÍGUEZ-GONZÁLEZ ML. Glaucoma e inflamación ocular. Rev Mex Oftalmol 2001;75:107-12.

O glaucoma se associa com freqüência à cegueira irreversível, e pode estar associado a inflamação em quase todas as suas variedades, como uveíte, coriorretinite, ceratite ou esclerite. Pode ser de difícil controle e requer conhecimento profundo da fisiopatologia do corpo ciliar e malha trabecular para seu tratamento oportuno. O tratamento deve levar em conta tanto a necessidade de tratar a afecção associada, como o uso de antiinflamatórios, e inclusive cirurgia. Muitos casos de glaucoma são refratários às medidas terapêuticas convencionais, por esse motivo pode ser necessário o uso de antimetabólitos ou de implantes valvulares.

Descritores: Uveíte, inflamação, glaucoma, antiinflamatórios

VOL. 75 - NÚMERO 4 (JULIO/AGOSTO 2001)

Trabalhos Científicos Originais

NASSER-NASSER L, TRAPATSAS-CHILAS C, CLAROS-BERNAL JA, ISLAS-DE LA VEGA G. Síndrome de Weill Marchesani. Presentación de un caso. Rev Mex Oftalmol 2001;75:115-8.

A Síndrome de Weill-Marchesani é um transtorno raro, de herança recessiva, caracterizado por baixa estatura, dedos roliços e curtos e, em alguns casos, retardo mental. Entre as manifestações oculares, a mais importante é a microesferofaquia que, durante a adolescência ou no início da segunda década de vida, pode cursar com um descolamento do cristalino para baixo. Em alguns casos essa síndrome pode se associar a anomalias congênitas do ângulo camerular por disgenesias mesodérmicas e a glaucoma por bloqueio pupilar. O tratamento dependerá de cada caso.

Descritores: Síndrome deWeill-Marchesani, microesferofaquia, glaucoma

ESPINOSA-MARTÍNEZ C, CHI-VILLANUEVA W, ARELLANES-GARCÍA L. Resultados de la cirugía de catarata e implante de lente intraocular en pacientes con iridociclitis heterocrómica de Fuchs. Rev Mex Oftalmol 2001;75:119-23.

OBJETIVO: A iridociclite heterocrômica de Fuchs (IHF) freqüentemente se associa à formação de catarata. O objetivo deste trabalho é avaliar a evolução pós-operatória de dois grupos de pacientes com IHF e catarata operados com diferentes técnicas cirúrgicas: facectomia extracapsular e facoemulsificação.

MATERIAL E MÉTODO: Revisamos retrospectivamente os prontuários de 30 pacientes (30 olhos) com diagnóstico de IHF submetidos a extração de catarata e implante de lente intra-ocular entre janeiro de 1990 e junho de 1999. Foram excluídos prontuários incompletos e pacientes com seguimento inferior a 6 semanas.e catarata operados.

RESULTADOS: Em 16 olhos foi utilizada a técnica extracapsular (FEC) e em 14 olhos a facoemulsificação (FE). Em ambos grupos a mediana da acuidade visual pós-operatória foi de 20/25, a média de ganho de linhas de visão foi de 9, a pressao intra-ocular e a média ceratometrica pós-operatória foram similares, também não foram observadas diferenças na severidade da inflamação pós-operatória na câmara anterior.

CONCLUSÕES: A recuperção visual e a resposta inflamatória pós-operatórias foram similares utilizando ambas técnicas de extração de catarata. A FEC e a FE têm resultados semelhantes em pacientes com catarata secundária a IHF e são igualmente seguras.

Descritores: Iridociclite heterocrômica de Fuchs; Facectomia extracapsular; Facoemulsificação, inflamação pós-operatória; Acuidade visual

PRADO-SERRANO A, HUERTA-FOSADO A. Prevalencia ecográfica del desprendimiento de retina en el Hospital General de México. Rev Mex Oftalmol 2001;75:124-8.

O exame ultra-sonográfico ocular tem se tornado um componente essencial da prática oftalmológica, aumentando a compreesão de uma ampla variedade de alterações retinianas. O quarto diagnóstico ecográfico ocular mais freqüente no Hospital General de México é o descolamento de retina. O objetivo do presente trabalho foi conhecer a prevalência ecográfica desta patologia através das imagens obtidas por exame ultra-sonográfico modo A/B.

MATERIAL E MÉTODO: Foi realizado um estudo prospectivo aberto, transversal, observacional, não aleatório, noDepartamento de Ecografia Ocular do Hospital General de México, de 1 de janeiro a 31 de dezembro de 1999. Foram incluídos todos os pacientes com um possível descolamento de retina e meios opacos, que foram submetidos a exame ultra-sonográfico.

RESULTADOS: Foram incluídos 165 pacientes, dos quais 81 (49,7%) foram do sexo masculino e 83 (50,3%) foram do sexo feminino, com uma média de 46,6 anos. Foram estudados 184 olhos e foi demonstrado descolamento de retina em 174 (94,5%). As imagens mais freqüentemente observadas foram em guarda-chuva 94 (54%), plano 34 (19,5%), em tenda 31 (17,8%), em funil fechado 9 (2,3%), com cistos 5 (1,7%) e misto 3 (1,1%).

CONCLUSÃO: O ultra-som ocular tem uma aplicação diagnóstica muito importante no descolamento de retina. Através deste exame é possível demonstrar a forma e características de um descolamento de retina, e, visto que é uma patologia acusticamente detectável, dá informação necessária para seu tratamento. Com o presente estudo se pretende dar informação útil sobre a prevalência ecográfica do descolamento de retina na população mexicana, contribuindo com isto para futuras investigações.

Descritores: Retina, descolamento de retina; Ultra-som ocular, ecografia, prevalência, imagenologia

OROZCO-GÓMEZ LP, LÓPEZ-DIAZ-BARRIGA EC, SÁNCHEZ-GUZMÁN CM, LÁMBARRY-ARROYO A, FERNÁNDEZ-OROZCO A, VARGAS-SANDOVAL EG, IGLESIAS-PEDRAZA I, MORALES-VILLEGAS L. Utilidad del tratamiento con radioterapia externa en pacientes con degeneración macular relacionada con la edad. Rev Mex Oftalmol 2001;75:129-39.

OBJETIVOS: Determinar se doses baixas de radiação alteram o curso natural da neovascularização subfoveal em pacientes com degeneração macular relacionada à idade (DMRI).

MATERIAL E MÉTODO: Foram avaliados pacientes com DMRI tipo úmida, determinando-se idade, sexo, acuidade visual, transparência do cristalino, campimetria computadorizada, tamanho da membrana por angiofluoresceinografia e ultra-sonografia modo A e B. Foram tratados com acelerador linear de raios X com dose total de 1500 cGy, dividida em 10 sessões de 150 cGy, e energia de 10 megaeletron-volts. Seguimento de 18 meses.

RESULTADOS: Foram tratados 34 pacientes com DMRI. A acuidade visual se manteve estável em 80% dos casos e 7 pacientes (20%) apresentaram melhora de uma linha de visão, o campo visual se manteve em 82%, e em 18% melhorou; 6 pacientes mostraram um aumento na opacidade do cristalino. A ultra-sonografia modo A/B demonstrou redução da espessura da membrana neovascular subfoveal em 34% (p<0,01). A área de extensão da membrana também se reduziu em 37,23% (p<0,05). Finalmente a resposta global ao tratamento foi qualificada como boa em 55,8% e moderada para 44,11% dos casos.

CONCLUSÃO: Demonstramos a utilidade da radioterapia externa como um tratamento alternativo para deter o crescimento da membrana neovascular subretiniana, mantendo campo periférico, em pacientes com DMRI tipo úmida, mudando a evolução natural da doença.

Descritores: Degeneração macular relacionada à idade; Radioterapia externa; Neovascularização subretinianana, drusas

NAVA-CASTAÑEDA A, TOVILLA-CANALES JL, TOVILLA Y POMAR JL, MUÑOZ SALAS S. Prevalencia de Demodex folliculorum en pacientes con blefaritis crónica. Rev Mex Oftalmol 2001;75:140-4.

As blefarites crônicas têm várias etiologias. Demodex folliculorum é um ácaro que vive nas glândulas de Meibômio e nos folículos dos cílios.

OBJETIVO: Conhecer a prevalência e características clínicas da infestação por Demodex folliculorum em pacientes com blefarite crônica.

MATERIAL E MÉTODO: Realizamos um estudo prospectivo transversal, comparativo e observacional. Foram incluídos pacientes com blefarite crônica, com realização de cultura, antibiograma e procura do Demodex folliculorum nos folículos dos cílios, comparando-se este último parâmetro com um grupo de pacientes sadios.

RESULTADOS: Avaliamos 100 pacientes por grupo. Encontramos positividade para Demodex folliculorum em 35% dos casos com blefarite e em 7% dos controles sadios. A maior prevalência foi encontrada após os 60 anos (51%), o sexo feminino foi o mais afetado (85%). Os colaretes na base dos cílios, alterações na sua direção, madarose e obstrução das glândulas de Meibômio sugerem a presença do parasita.

CONCLUSÕES:Demodex folliculorum mostra maior prevalência em pacientes com blefarite crônica comparado com pacientes sadios, sendo mais abundante após os 60 anos e predominante em mulheres. Deve-se considerar a sua procura e tratamento em blefarites crônicas resistentes ao tratamento convencional.

Descritores: Blefarite crônica; Demodex folliculorum, cílios, glândulas de Meibômio

SÁNCHEZ-HUERTA V, RAMÍREZ FERNÁNDEZ M, CASTRO-MUÑOZLEDO F, KURI HARCUCH W, NARANJO-TACKMAN R. Cambios en el estroma corneal in vivo secundarios a quemadura por álcali. Rev Mex Oftalmol 2001; 75:145-50.

OBJETIVO: Observar e descrever, através de microscopia confocal, as alterações associadas ao processo de cicatrização de queimadura por álcali em córneas sadias de coelho.

MÉTODO: Realizou-se microscopia confocal (Confo Scan 2,0, Fortune Technologies Srl, Italy) para a análise morfológica do processo de cicatrização corneana secundário a queimadura por álcali, antes da queimadura, após uma semana, um mês e três meses.

RESULTADOS: Observou-se uma cicatriz subepitelial cuja densidade aumenta ao se aprofundar no estroma anterior, desde a primeira semana até 3 meses após. O epitélio estava re-epitelizado desde a primeira semana de queimadura por álcali.

CONCLUSÕES: A microscopia confocal demonstra a completa recuperação do epitélio corneano dos coelhos, embora seja necessário um estudo maior a longo prazo para determinar se existem alterações no processo de cicatrização do estroma corneano.

Descritores: Estroma corneano; Queimadura; Microscopia confocal

Revisão Bibliográfica (Editor: A Espinosa-Velasco)

OROZCO-GÓMEZ LP, LÓPEZ-STAR BD. Facomatosis. Rev Mex Oftalmol 2001;75:151-64.

Foi realizada uma revisão bibliográfica das sete facomatoses que ocorrem com mais freqüência na prática oftalmológica, incluindo os antecedentes históricos e etimológicos, as características hereditárias, o quadro e diagnóstico clínicos, os estudos de imagem, assim como as possibilidades terapêuticas. Neste grupo de patologias são observados tumores histologicamente benignos e sua presença nas estruturas oculares pode levar a diagnósticos errados se não forem reconhecidos adequadamente.

Descritores: Facomotoses, neurofibromatose; Doença de Von Recklinghausen; Angiomatose encefalotrigeminal; Síndrome de Sturge-Weber; Esclerose tuberosa; Doença de Bourneville; Angiomatose retinocerebelar; Doença de Von Hippel-Lindau; Hemangioma racemoso da retina; Síndrome de Wyburn Mason; Ataxia telangiectasia; Doença de Louis Bar

VOL. 75 - NÚMERO 5 (SEPTIEMBRE/OCTUBRE 2001)

Trabalhos Científicos Originais

ESPINOSA-MARTÍNEZ C, NARANJO-TACKMAN R, RODRÍGUEZ-REYES A, GÓMEZ-LEAL A. Evolución clínica en xeroderma pigmentoso. Rev Mex Oftalmol 2001;75:167-70.

OBJETIVO: Revisar e analisar a evolução clínica e as principais características clínicas oftalmológicas no xeroderma pigmentoso.

MÉTODO: Revisão retrospectiva de prontuários clínicos e de estudos histopatológicos com diagnóstico de xeroderma pigmentoso, enfatizando as complicações oculares e sua evolução.

RESULTADOS: Quatro pacientes do sexo feminino foram incluídas, com idades entre 16 e 36 anos. Em todos os casos foram descritas lesões cutâneas características, em especial em áreas de exposição ao sol. Na exploração oftalmológica, todos os casos apresentaram carcinoma epidermóide, histopatologicamente diagnosticado como carcinoma in situ em 2 casos, e como carcinoma invasivo em 2 outros. Um caso apresentou úlcera corneana e triquíase.

CONCLUSÃO: Ainda que seja uma entidade rara, o xeroderma pigmentoso tem um alto risco de apresentar lesões malignas associadas ao defeito de reparo do DNA; o diagnóstico correto e a conduta precoce das lesões associadas é fundamental para a boa evolução destes pacientes.

Descritores: Xeroderma pigmentoso; Carcinoma conjuntival

GONZÁLEZ-VITE RI, GÓMEZ-LEAL A, BERNAL-URUCHURTU G, RODRÍGUEZ-REYES AA, SALCEDO-CASILLAS G. Melanoma conjuntival asociado a melanosis adquirida primaria. Informe de un caso. Rev Mex Oftalmol 2001; 75:171-5.

INTRODUÇÃO: A melanose adquirida primária é uma lesão conjuntival pigmentar considerada pré-maligna, que pode chegar a se transformar em melanoma.

RESUMO CLÍNICO: Mulher de 95 anos de idade iniciou com hiperpigmentação conjuntival multicêntrica no olho esquerdo. A lesão de maior tamanho foi ressecada, com diagnóstico histopatológico de melanose adquirida primária com atipia. Vinte e quatro anos depois, desenvolveu uma massa conjuntival, que teve origem no limbo superior, com invasão do fórnice e da conjuntiva tarsal. Foi submetida a ressecção, obtendo-se diagnóstico histopatológico de melanoma conjuntival.

DISCUSSÃO: Enfatiza-se o seguimento a longo prazo de pacientes com melanose adquirida primária com atipia, por sua alta porcentagem de transformação maligna para melanoma.

Descritores: Melanose adquirida primária, melanoma.

OROZCO-GÓMEZ LP, RAMÍREZ-ESTUDILLO JA, LÁMBARRY-ARROYO A. Epiteliopatía retiniana pigmentaria difusa (Epiteliopatía en reguero). Rev Mex Oftalmol 2001; 75:176-9.

OBJETIVO: Apresentar a seqüência angiofluoresceinográfica retiniana de pacientes com epiteliopatia pigmentar retiniana difusa (EPRD).

MATERIAL E MÉTODO: Foram analisados cinco pacientes cujos estudos angiofluoresceinográficos retinianos mostraram características típicas dessa entidade.

RESULTADOS: Os casos apresentados coincidem com as características clínicas e fluoroangiográficas da EPRD, que surge como conseqüência de um descolamento seroso da retina neurosensorial, levando a alterações no epitélio pigmentar da retina, dando a imagem de "vazamento" do material de contraste durante o estudo.

CONCLUSÕES: O diagnóstico desta entidade é feito com estudo angiofluoresceinográfico retiniano, onde as imagens da periferia da retina são importantes para delimitar o vazamento.

Descritores: Epiteliopatia pigmentar retiniana difusa; Coroidopatia serosa central

WONG-ORTÍZ F, LÓPEZ-JIMÉNEZ MCS, BLE-CASTILLO JL. Gnathostomiasis ocular. Registro del primer caso para el estado de Tabasco, México. Rev Mex Oftalmol 2001;75:180-4.

A Gnathostomíase ocular é uma parasitose pouco conhecida no México, que é causada por um nematódeo do gênero Gnathostoma, que é adquirida pela ingestão de peixes de água doce e salgada crus ou insuficientemente cozidos. Neste relato descreve-se o caso de uma mulher de 15 anos, procedente de puerto Frontera, município de Centla, Tabasco, onde foi encontrada a larva do Gnathostoma na câmara anterior do olho esquerdo, que foi extraída por uma incisão no limbo esclerocorneano.

Descritores: Gnathostomíase ocular humana; Nematódeo; Tabasco; México

MOGUEL-ANCHEITA S. Condiciones patológicas de la endotropía relacionada a miopía alta. Rev Mex Oftalmol 2001;75:185-9.

OBJETIVO: Identificar as alterações funcionais, motoras, anatômicas e sensoriais que ocorrem na endotropia associada à alta miopia.

MÉTODO: Apresentamos 5 pacientes com endotropia e alta miopia. Todos os pacientes foram estudados para identificar as alterações que condicionaram a endotropia. Foram registradas imagens de ressonância magnética para demonstrar as alterações orbitárias e musculares.

RESULTADOS: Foram identificadas diferentes causas associadas à alta miopia e que condicionaram o endodesvio, como: fenômeno do olho pesado, paralisia miopática, espasmo de convergência, alterações musculares do olho alto míope, estafiloma escleral posterior e perda de torque muscular. Foi demonstrado que durante a evolução acelerada da miopia pode haver recidiva da endotropia.

CONCLUSÕES: As múltiplas causas de endodesvio secundário à alta miopia faz necessário determinar para cada caso um tratamento, na tentativa de corrigir as alterações musculares associadas. A conduta cirúrgica deve se adequar às dimensões do olho e ao estado dos tecidos musculares e fibro-elásticos.

Descritores: Esotropia, alta miopia; Toxina botulínica

Iconografia Ultra-Sonográfica (Editor: A Prado Serrano)

PRADO SERRANO A. Alteraciones del tamaño y forma del globo ocular. Rev Mex Oftalmol 2001;75:190-3.

A ultra-sonografia ocular é um método diagnóstico útil para determinar o diâmetro antero-posterior e a morfologia do globo ocular, sendo de grande valor no diagnóstico diferencial de miopia axial, estafilomas posteriores, microftalmia, nanoftalmia e phithisis bulbi, apresentados por imagens ecográficas nesta seção.

Descritores: Ultra-som, biometria, miopia, estafiloma; microftalmia, nanoftalmia; Phithisis bulbi

Revisão Bibliográfica (Editor: A Espinosa-Velasco)

VARGAS-RODRÍGUEZ LE, ZAGORÍN-LANGENAUER B. Toxoplasmosis ocular. Rev Mex Oftalmol 2001;75:194-200.

A toxoplasmose é a causa mais freqüente de uveíte posterior e sua manifestação mais comum é a coriorretinite. O tratamento deve ser feito em pacientes imunocomprometidos ou em pacientes imunocompetentes com lesões que ponham em risco a visão.

Descritores: Toxoplasmose; Toxoplasma gondii; Uveíte, coriorretinite, imunocomprometidos, atípica

Miniatura Oftalmológica

MEYRÁN GARCÍA J. Euforbiocea. Sobre el jugo lechoso de una planta llamada Euphorbia. Rev Mex Oftalmol 2001;75: 201-2.

Sem resumo.

VOL. 75 - NÚMERO 6 (NOVIEMBRE/DICIEMBRE 2001)

Trabalhos Científicos Originais

ESPINOSA-MARTÍNEZ C, DEL SOL-CORONADO L, HERNÁNDEZ-CUETO A, VELASCO-BARONA C, ORTEGA-LARROCEA G. Inyección intraocular accidental de corticoesteroides. Presentación de un caso. Rev Mex Oftalmol 2001;75:204-6.

Os corticosteróides são comumente utilizados no tratamento de patologias oculares inflamatórias, já que sua concentração no segmento posterior do olho é adequada e os efeitos colaterais da administração sistêmica são evitados. Entretanto a técnica não é inócua e complicações podem ocorrer, como perfuração do globo ocular, com subseqüente administração do medicamento na cavidade vítrea ou no espaço subretiniano. Neste artigo, os autores relatam o diagnóstico, evolução e conduta no caso de um paciente em que acidentalmente ocorreu perfuração ocular.

Descritores: Corticosteróide, perfuração ocular

TARDÍO-MIRANDA E, MEDINA-ZARCO A. Empleo de fascia lata como aloinjerto en la corrección quirúrgica de la ptosis palpebral sin función del elevador. Rev Mex Oftalmol 2001;75:207-14.

OBJETIVO: Demonstrar que a utilização de fáscia lata como aloenxerto é factível.

MATERIAL E MÉTODO: São descritos dez casos de ptose palpebral sem função do elevador, nos quais foi realizada suspensão frontal com fáscia lata de paciente jovem.

RESULTADOS: No pós-operatório imediato, houve 95% de sucesso cirúrgico, sem qualquer rejeição do aloenxerto. O estudo histológico comparativo de 3 amostras de fáscia lata de 7, 30 e 80 anos de idade mostraram a alteração natural progressiva sofrida pelo colágeno neste período.

CONCLUSÕES: Recomenda-se o emprego de tecido jovem. Sua obtenção é mais acessível em um hospital geral, evitando assim novas intervenções no paciente. Isto diminui complicações relacionadas à morbidade do procedimento.

Descritores: Ptose, fáscia lata, aloenxerto, colágeno

ÁLVAREZ-ARANA PE, LIMA GÓMEZ V* * Conforme nota publicada na Rev Mex Oftalmol 2002;76:227. . Importancia del estudio del fondo de ojo en pacientes con preeclampsia – eclampsia. Rev Mex Oftalmol 2001;75:215-8.

OBJETIVO: Identificar a proporção de pacientes com pré-eclâmpsia – eclâmpsia que necessitam de seguimento oftalmológico para realização de exames de fundoscopia devido a alterações retinianas.

MÉTODO: Foram revisadas as avaliações oftalmológicas de pacientes com pré-eclâmpsia – eclâmpsia realizadas entre 1997 e 1999. O grau de retinopatia hipertensiva foi determinado (classificação de Keith-Wagner-Baker) e foram registradas as seguintes variáveis: sintomatologia visual, baixa visual, vasoespasmo e outras lesões retinianas. A presença de alterções retinianas que necessitaram de seguimento foi comparada com pacientes com ou sem baixa visual.

RESULTADOS: Trezentos e vinte e sete pacientes: 78(24%) grávidas, 249 (76%) puérperas. Em 183 (56%) o fundo de olho foi normal e em 144 (44%) mostrou alterações: 135 (41,63%) com vasoespasmo e 9 (2,4%) outras alterações. Três pacientes necessitaram de seguimento, sendo 3 com coroidopatia hipertensiva e 2 com papiledema. Vinte e quatro pacientes com alterações retinianas e 2 sem alterações tiveram sintomas. De 9 pacientes com alteração, 8 apresentaram baixa visual (x2, p=0,00019). Houve uma associação significativa entre a presença de sintomas e alterações de fundo de olho. Todas as pacientes com alterações retinianas que necessitaram de seguimento apresentaram baixa visual.

CONCLUSÃO: Sugere-se realizar avaliação de fundo de olho somente em pacientes com pré-eclâmpsia – eclâmpsia que tenham baixa visual.

Descritores: Pré-eclâmpsia - eclâmpsia; Retinopatia hipertensiva

NASSER-NASSER L, MATIZ-MORENO H, CLAROS-BERNAL JA, ANGEL QUIROZ M. Síndrome da contracción capsular posterior a cirugía de facoemulsificación. Reporte de un caso. Rev Mex Oftalmol 2001;75:219-23.

OBJETIVO: Relatar um caso de Síndrome da contração capsular.

MÉTODOS: Descrição do exame oftalmológico e dos diferentes procedimentos cirúrgicos realizados.

RESULTADOS: Paciente de 53 anos, sexo masculino, operado de catarata congênita com a técnica de facoemulsificação com implante de lente intra-ocular (LIO) de silicone, que, após 2 anos de cirurgia, desenvolveu uma Síndrome de contração capsular, com queda de sua acuidade visual de 20/50 para conta dedos a 5 pés. Foi feita nova intervenção cirúrgica para capsulotomia cirúrgica anterior, sob anestesia local. Posteriormente foi realizada capsulotomia posterior com laser Nd:Yag, com melhora da acuidade visual para 20/80.

CONCLUSÕES: Capsulorrexis pequena não é recomendada. Esta deve ser do tamanho da área óptica da LIO, especialmente nos pacientes com alto risco de desenvolver esta patologia.

Descritores: Contração capsular; Capsulorrexis e capsulotomia

PÉREZ-SERRANO A, OZORNO-ZÁRATE J, RODRÍGUEZ A, VANZZINI V, NARANJO-TACKMAN R. Queratitis por Alternaria alternata post queratoplastia penetrante. Rev Mex Oftalmol 2001;75:224-8.

OBJETIVO: Relatar o segundo caso de ceratite por Alternaria alternata após transplante de córnea.

MATERIAL E MÉTODO: Mulher de 46 anos, submetida a cirurgia re-frativa com colocação de uma lente intra-ocular fácica, desenvolveu ceratopatia bolhosa e foi tratada com transplante de córnea. Posteriormente desenvolveu ceratite por Alternaria alternata.

RESULTADOS: O laboratório de microbiologia reportou a presença de um fungo com hifas septadas, identificado como Alternaria alternata.

CONCLUSÕES: Sugere-se o uso de antimicóticos em doses baixas no meio de preservação para evitar a conservação de esporos.

Descritores: Ceratite; Alternaria

SALCEDO-CASILLAS G, MURÚA-MARTÍNEZ SALDAÑA E. Enucleación vs evisceración. Lineamentos para la selección del procedimiento quirúrgico apropiado. Rev Mex Oftalmol 2001;75:229-31.

Um dos temas mais controversos no campo da Oculoplástica no último século tem sido decidir qual das técnicas mutilantes do globo ocular – enucleação ou evisceração – é a melhor para nosso paciente.

Muitos são os pontos a favor e contra cada uma delas, mas certamente ao longo das últimas décadas, todos os pontos que eram considerados um dogma tornaram-se uma sugestão. Neste artigo analisamos a situação atual da reabilitação dos anoftálmicos, bem como as condições para que o paciente possa atingir um resultado ideal a longo prazo, além dos fatores que devem ser levados em conta para eleger um determinado procedimento cirúrgico.

Descritores: Anoftalmia, cavidade anoftálmica; Evisceração, enucleação; Oftalmia simpática

SALINAS-VAN ORMAN E, JIMÉNEZ-ROMÁN J, GIL-CARRASCO F. Experiencia clínica inicial con la válvula de Ahmed en pacientes con glaucoma secundario a recesión angular. Rev Mex Oftalmol 2001;75:232-6.

OBJETIVO: Avaliar a utilidade da válvula de Ahmed em pacientes com glaucoma secundário a recesso angular.

MÉTODO: Estudo retrospectivo em que foram avaliados 12 pacientes (12 olhos) com idade média de 40,7 anos, com um seguimento médio de 7,3 meses [7,9(2-30meses)].

RESULTADOS: Em 66,6% dos casos (8 olhos) obteve-se um bom controle da pressão intra-ocular (PIO). A PIO diminuiu de 32,5 ± 10,2 mm Hg (22-54 mm Hg) com 3,1 ± 0,7 medicamentos antiglaucomatosos no pré-operatório, para 19 ± 5,4 mm Hg (12-30 mm Hg) (p<0,05) com 0 medicamentos (p<0 005) no último dia de seguimento. A complicação mais freqüente foi encapsulamento da bolha (33,3%).

CONCLUSÃO: A colocação da válvula de Ahmed em pacientes com glaucoma secundário a recesso angular constitui mais uma opção terapêutica que produz um controle tensional semelhante ao observado em outros tipos de implantes.

Descritores: Glaucoma secundário a recesso angular; Glaucoma traumático; Glaucoma refratário; Implantes valvulares

Revisão Bibliográfica (Editor: A Espinosa-Velasco)

VARGAS-RODRÍGUEZ LE, ZAGORÍN-LANGENAUER B. Quistes de iris. Rev Mex Oftalmol 2001;75:237-40.

Os cistos de íris têm características clínicas que podem confundi-los com tumores intra-oculares. Muitos deles têm um curso clínico benigno e não requerem tratamento.

Descritores: Cisto; Íris; Tumores intra-oculares; Epitélio; estroma

  • *
    Conforme nota publicada na Rev Mex Oftalmol 2002;76:227.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      23 Mar 2004
    • Data do Fascículo
      Out 2003
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