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Revista Mexicana de Oftalmologia: resumos 2002

RESUMO DE OUTROS PERIÓDICOS

Revista Mexicana de Oftalmologia

Resumos 2002

Vol. 76 – Número 1 (Enero/Febrero 2002)

Trabalhos Científicos Originais

BEAUREGARD ESCOBAR AM, PERERA QUINTERO LF, GÓMEZ CAMPOS G. Linguatula serrata: Presentación de un caso. Rev Mex Oftalmol 2002;76:1-3.

Caso clínico de uma menina de 12 anos com parasitose intraocular, na cavidade vítrea, por Linguatula serrata, que teve sua confirmação diagnóstica com o auxílio do ultra-som e por estudo patológico. Este é o primeiro caso no México em que há invasão desse parasita no globo ocular.

Descritores: Parasitose; Linguatula serrata

SALINAS ESCUDERO BI, RUIZ GALINDO E. Estudio microbiológico de la conjuntiva de pacientes con dermatitis atópica. Rev Mex Oftalmol 2002;76:4-10.

OBJETIVO: Identificar os microorganismos e sua freqüência na conjuntiva de pacientes com dermatite atópica. Avaliar a suscetibilidade antibiótica e comparar estes achados com pacientes sem dermatite atópica.

MÉTODO: Estudo microbiológico prospectivo, observacional e transversal, num grupo de 50 pacientes com dermatite atópica, de 3 a 60 anos de idade, e num grupo controle, de 50 pacientes selecionados ao acaso, pareados por idade, sem afecções dermatológicas, sem infecção ou sintomas oculares.

RESULTADOS: Em 84% dos pacientes com dermatite atópica e em 62% dos pacientes do grupo controle foram encontradas culturas positivas, sendo que em ambos grupos o Staphylococus epidermidis e o Staphylococus aureus foram os mais freqüentemente isolados. Não houve culturas positivas para fungos. Os pacientes com dermatite atópica apresentaram maior resistência antibiótica, especialmente à penicilina, eritromicina e ampicilina. Em ambos grupos, a sensibilidade foi significativa para a vancomicina, aprofloxacina e amicacina.

CONCLUSÃO: A flora bacteriana da conjuntiva de pacientes com dermatite atópica não é diferente da encontrada na conjuntiva de pessoas sadias.

Descritores: Dermatite atópica; Suscetibilidade; Antibióticos

RODRÍGUEZ-CABRERA L, RODRÍGUEZ-REYES AA, MONROY-SERRANO MH, NAVA-CASTAÑEDA A. Xantogranuloma orbitario en adulto: Informe de un caso. Rev Mex Oftalmol 2002;76:11-4.

OBJETIVO: Apresentação do caso clínico de paciente masculino adulto com diagnóstico histopatológico de xantogranuloma orbitário.

MATERIAL E MÉTODO: O quadro clínico, a tomografia computadorizada, o estudo histopatológico e o tratamento são descritos.

RESULTADOS: O estudo histopatológico da lesão mostrou inflamação xantogranulomatosa.

CONCLUSÃO:Esse é o segundo caso de xantogranuloma orbitário em adulto descrito na literatura.

Descritores: Xantogranuloma orbitário

GÜEMEZ-SANDOVAL E. Traumatismos oculares en niños. Rev Mex Oftalmol 2002;76:15-7.

OBJETIVO: Conhecer a morbidade dos traumatismos oculares em crianças.

MATERIAL E MÉTODOS: Foi realizado um estudo prospectivo, observacional e descritivo, incluindo 146 crianças com traumatismo ocular, 51 do sexo feminino (34,94%) e 95 do sexo masculino (65,06%).

RESULTADOS: Em 93,83% dos pacientes, o traumatismo foi acidental. O grupo mais afetado foi dos 6 aos 16 anos (63,01%), sendo em casa onde mais freqüentemente ocorreram os acidentes (58,33%). O olho mais afetado foi o esquerdo (52,05%), sendo os principais agentes causais os traumas contusos (40,41%) e os traumatismos pérfuro-cortantes (37,68%). O segmento anterior foi o mais acometido (82,87%); 20,54% se submeteram a cirurgia no globo ocular, sendo necessária a evisceração em 0,68%. Como seqüelas pós-cirúrgicas, 4,10% evoluíram com phthisis bulbi e 6,16% com cegueira monocular.

CONCLUSÕES: Os traumatismos oculares são a primeira causa de cegueira monocular em crianças. Propõe-se uma campanha educativa em massa de prevenção de acidentes nos níveis socioeconômicos baixos, já que são os mais vulneráveis. Instituições educativas e de saúde devem participar educando a população infantil e adulta para diminuir o número de acidentes.

Descritores: Traumatismo ocular; Cegueira monocular; Educação em massa

HIDALGO-MALDONADO A, HOFFMAN-BLANCAS E, SÁNCHEZ-VALENCIA H, BRAVO-ORTIZ JC. Principales características epidemiológicas y clínicas de la catarata congénita. Rev Mex Oftalmol 2002;76:18-23.

OBJETIVO: Estudo descritivo das principais características epidemiológicas e clínicas da catarata congênita.

MATERIAL E MÉTODOS: Estudo descritivo observacional e transversal de janeiro de 1993 a janeiro de 1998. Revisão de consultas de pacientes com diagnóstico de catarata congênita do Serviço de Oftalmologia. A análise estatística foi realizada usando o pacote estatístico EPI-6.

RESULTADOS: Foram analisados 53 casos dos quais 11 corresponderam à catarata congênita monocular e 42 à catarata congênita bilateral. Em 80% dos casos os pacientes eram fruto da primeira ou segunda gestações de evolução normal, e foram atendidos no hospital. O diagnóstico foi feito em 42 casos antes de completar o primeiro ano de idade. Em 4 casos existia uma história hereditária de catarata congênita. O tempo transcorrido entre o diagnóstico e a primeira cirurgia em mais de 70% dos casos foi de 4,75 meses. O quadro clínico mais freqüente foi de leucocoria em 47 casos (88,7%), seguida por estrabismo e nistagmo. O tipo de catarata congênita total foi o mais freqüente. Como diagnósticos associados encontrou-se rubéola congênita, síndrome de Down e alterações no sistema nervoso central em 5 casos respectivamente.

Dos 8 pacientes com catarata monocular e dos 42 com catarata bilateral 3 não foram operados pois a opacidade do cristalino era parcial.

A cirurgia realizada foi capsulotomia circular, plastia do segmento anterior e, em alguns casos, capsulotomia posterior.

A número médio de cirurgias realizadas nos pacientes foi de 2. Em 17 casos havia sinéquias na câmara anterior. A reabilitação foi feita com lentes de contato e óculos. O período de seguimento posterior à cirurgia foi de 3 anos em 30 casos, os 23 restantes continuam sendo monitorados no Hospital de Pediatria.

CONCLUSÕES: O objetivo planejado foi alcançado. Uma linha de investigação em reabilitação visual em pacientes com catarata congênita deveria ser considerada.

Descritores: Epidemiologia; Catarata congênita

VELASCO GALLEGOS G, NORIEGA RAMÍREZ ME. Prevalencia del glaucoma en población definida en Monterrey, Nuevo León, México. Rev Mex Oftalmol 2002;76:24-9.

OBJETIVO: Determinar a prevalência de glaucoma e sua classificação dirigida a uma população definida e investigar os fatores de risco relacionados.

MATERIAL E MÉTODOS: Foram analisados 277 indivíduos maiores de 30 anos de idade, com antecedente familiar de glaucoma e/ou portadores de diabetes ou hipertensão arterial. Foram realizadas história clínica e avaliação oftalmológica completas.

RESULTADOS: 18 indivíduos apresentaram características de risco de glaucoma, encontrando-se: 7 casos suspeitos de glaucoma (38,8%), 2 com glaucoma de ângulo fechado (11,1%), 2 com glaucoma neovascular (11,1%) e 3 com glaucoma pseudofácico (16,7%), aumentando sua prevalência entre 60 e 69 anos de idade.

CONCLUSÃO:No presente estudo encontrou-se uma associação importante entre a idade e o antecedente de cirurgia ocular prévia com o surgimento de glaucoma. Não se encontrou associação com o restante dos fatores de risco estudados.

Descritores: Prevalência; Glaucoma; Fator de risco

Iconografia Ultra-sonográfica (Editor: A Prado Serrano)

BEAUREGARD ESCOBAR AM, CAMPOS CAMPOS L. Parásitos intraoculares. Rev Mex Oftalmol 2002;76:30-2.

As parasitoses encontradas no globo ocular podem ser de diferentes tipos. As principais parasitoses que podem infestar os olhos são: toxoplasmose, cisticercose, toxocaríase, oncocercose e gnatostomíase. Estas entidades clínicas denominam-se "uveítes parasitárias" e a ecografia intra-ocular varia de acordo com os efeitos inflamatórios e a localização dos parasitas. No presente artigo são descritas as alterações que o estudo de ultra-som nos pode proporcionar para o diagnóstico destas entidades clínicas.

Descritores: Ultra-som; Parasitose intraocular

Miniatura Oftalmológica

MEYRÁN GARCÍA J. Los colirios. Rev Mex Oftalmol 2002;76:33.

Sem resumo.

Revisão Bibliográfica (Editor: A Espinosa-Velasco)

MURILLO-CORREA C, ESPINOSA-VELASCO A. Síndrome de Brown. Rev Mex Oftalmol 2002;76:34-8.

A Síndrome de Brown refere-se à limitação da elevação em adução, com prova de ducção forçada positiva. No artigo faz-se menção à epidemiologia, à etiopatogenia, ao quadro clínico e ao tratamento desta entidade.

Descritores: Oblíquo superior/bainha/limitação/adução

Vol. 76 – Número 2 (Marzo/Abril 2002)

Trabalhos Científicos Originais

VÁSQUEZ MONTIEL IC, SEGURA LOZANO MA, PÉREZ JF. Alteraciones de la movilidad ocular en pacientes con tumores de fosa posterior. Rev Mex Oftalmol 2002;76:39-44.

OBJETIVO: Os tumores da fossa posterior acompanham-se de alterações da motricidade ocular, entretanto, são poucos os estudos que se referem à sua freqüência e características.

MATERIAL E MÉTODO: No presente trabalho são revisadas de forma prospectiva as alterações da motricidade ocular apresentadas por pacientes com tumor de fossa posterior de diferentes etiologias.

RESULTADOS: Foram estudados 11 pacientes, 5 do sexo masculino, com uma média de idade de 36,5 anos. Os principais resultados mostram algum tipo de sintomatologia ocular em 55% dos casos, sendo a mais freqüente visão borrada, diplopia e oscilopsia. Foram encontradas alterações da motricidade ocular em 90% dos pacientes, sendo a mais freqüente o nistagmo de predomínio horizontal e torcional.

CONCLUSÕES: As alterações da motricidade ocular em pacientes com tumores da fossa posterior são muito freqüentes, destacando-se o nistagmo e as alterações dos movimentos persecutórios.

Descritores: Tumores de fossa posterior; Alterações da motricidade ocular; Nistagmo

VIZZUETT LÓPEZ IV, ARROYO YLLANES ME, PÉREZ PÉREZ JF. Alteraciones de la movilidad ocular en pacientes com ptosis congénita. Rev Mex Oftalmol 2002;76:45-8.

OBJETIVO: Determinar a freqüência das alterações da motricidade ocular em pacientes com ptose congênita.

MATERIAL E MÉTODO: Estudo prospectivo por um período de um ano. Os pacientes foram submetidos a exame oftalmológico completo, incluindo as características da ptose: lateralidade, severidade e função do músculo elevador da pálpebra, assim como uma avaliação completa da motricidade ocular para determinar as características das alterações associadas.

RESULTADOS: Foram incluídos 22 pacientes com diagnóstico de ptose congênita, encontrando-se em 59% destes alguma alteração da motricidade ocular que, por ordem de freqüência, foi: hipertropia ipsilateral à tentativa de elevação (27%), estrabismo sem predomínio de tipo específico (23%) e limitação da elevação ipsilateral (9%).

CONCLUSÕES: As alterações da motricidade ocular em pacientes com ptose congênita são muito freqüentes (59% nesta série) justificando realizar-se sempre uma avaliação cuidadosa para descartá-las.

Descritores: Ptose congênita e estrabismo

BECERRIL MONROY JR, ROJAS MARÍN CF, MACOUZET ROMERO FJ. Osteoma coroideo: Reporte de un caso clínico. Rev Mex Oftalmol 2002;76:49-52.

Homem avaliado por trauma no olho direito. Durante o exame clínico encontrou-se diminuição da acuidade visual no olho não afetado. Ao exame de fundo de olho esquerdo observou-se um tumor elevado, branco-amarelado, vascularizado, de aparência óssea. O diagnóstico de osteoma de coróide foi feito com ultra-som ocular e tomografia axial computadorizada de órbitas confirmando a lesão óssea e observando-se imagens de alta refletividade no ultra-som ocular. Aplicou-se fotocoagulação com laser de argônio para prevenir a neovascularização da coróide.

Descritores: Osteoma de coróide; Ultra-som ocular; Tomografia axial computadorizada; Fotocoagulação

GONZÁLEZ-ALMARAZ G, PINEDA-CÁRDENAS MAA. Neoplasias y pseudoneoplasias osteocartilaginosas de la órbita. Revisión clínicopatológica. I. Generalidades y pseudoneoplasias. Rev Mex Oftalmol 2002;76:53-62.

Os tumores cartilaginosos da órbita podem ser neoplasias ou pseudoneoplasias que se manifestam por deformações esqueléticas craniofaciais e alterações mecânicas orbitárias, que causam as síndromes orbitárias. As variedades malignas são raras. Estas entidades são pouco freqüentes e requerem um tratamento multidisciplinar. As pseudoneoplasias mais freqüentes com interesse oftalmológico são: a displasia fibrosa do osso, as mucoceles e cistos aneurismáticos. Estas pseudoneoplasias afetam a órbita através da participação dos ossos de sua parede ou das estruturas ósseas adjacentes. O diagnóstico clínico radiológico deve ser comprovado pelo estudo anatomo-patológico. O diagnóstico diferencial é difícil e depende de uma amostra representativa. O prognóstico é geralmente reservado, porém o diagnóstico precoce definitivo pode melhorá-lo.

Descritores: Tumores; Oftalmologia; Órbita; Neoplasias

MORAGREGA-ADAME E, HERNÁNDEZ-CUETO MA, VELASCO-BARONA C, CRUZ H. Retinoblastoma infiltrativo difuso quístico atípico. Reporte de un caso. Rev Mex Oftalmol 2002;76:63-7.

Os casos de retinoblastoma infiltrativo difuso representam um desafio para o diagnóstico já que sua apresentação clínica é variada e os estudos de imagem têm baixa especificidade nos casos infiltrativos quando comparados com os casos clássicos.

Um caso excepcional de retinoblastoma infiltrativo difuso é apresentado, com diagnóstico diferencial de cisticercos racemosos livres na câmara anterior, e a biópsia do humor aquoso por aspiração com agulha fina foi definitiva para o diagnóstico.

Este caso, junto com o retinoblastoma cístico de Ginsberg de 1975, são os únicos onde houve formação de macro. Também é o único relato de caso onde foi feita avaliação com ultrabiomicroscopia.

Descritores: Retinoblastoma infiltrativo difuso; Macrocisto; Ultrabiomicroscopia

Revisão Bibliográfica (Editor: A Espinosa-Velasco)

VELASCO-RAMOS R, BACA-LOZADA O. Queratitis intersticial. Rev Mex Oftalmol 2002;76:68-72.

É feita uma revisão das ceratites intersticiais mais freqüentes, suas características gerais e particulares.

Descritores: Intersticial/ceratite

Iconografia Ecográfica (Editor: A Prado Serrano)

HERNÁNDEZ-VARGAS DI, PRADO-SERRANO A. Cuerpos extraños intraoculares. Rev Mex Oftalmol 2002;76:73-8.

Os corpos estranhos intra-oculares são, na maioria dos casos, detectáveis com ecografia, que permite observar sua presença, tamanho, posição em relação à retina e ao cristalino, assim como outras alterações estruturais causadas por sua presença. No modo A/B é possível observar imagens de alta reflectividade ainda que com baixo ganho. O metal e o vidro absorvem, ou melhor, defletem o som, formando uma área anecóica que aparece posterior ao corpo estranho. Madeira pode ser vista mas é menos bem diferenciada que o metal. Bolhas de ar são altamente refletivas e podem se confundir com um corpo estranho metálico, e o vítreo preenchido com silicone produz uma distorção importante na imagem das estruturas posteriores do globo. O presente trabalho mostra imagens ecográficas comuns de corpos estranhos intra-oculares de diferentes tipos.

Descritores: Ultra-som; Corpos estranhos intraoculares; Traumatismos oculares; Parasitas intraoculares

Oftalmologia e Programas Nacionais

TRIGOS MICOLÓ I, GUTIÉRREZ SORIANO L, QUINTANA PALI L. La oftalmología mexicana y el Programa Nacional de Cirugía Extramuros de la SSA. Rev Mex Oftalmol 2002;76: 79-82.

Neste artigo são expostas as características globais do Programa Nacional de Cirurgia, criado para atender a população carente do México e proximidades. É um programa de grande conteúdo social, cujas atividades estão centradas em solucionar cirurgicamente problemas incapacitantes de nível terciário, presentes na população marginalizada ou de extrema pobreza em nosso país. As cirurgias são realizadas nos povoados próximos ao local de residência das pessoas afetadas.

Estas atividades não significam uma competição desleal aos médicos que já trabalham de forma altruísta junto à população sem acesso aos serviços regulares de saúde e, muito menos, à atenção médica especializada a nível privado.

Dentro dos problemas atendidos, destaca-se a atenção oftalmológica, com enfoque ao tratamento de catarata e estrabismo. Nos últimos anos, mais de 10.000 pessoas foram atendidas, a nível nacional, através deste programa e nós esperamos poder estender no futuro esses benefícios a mais mexicanos necessitados.

Descritores: Cirurgia; Oftalmologia; Altruísmo

Vol. 76 – Número 3 (Mayo/Junio 2002)

Trabalhos Científicos Originais

VÉLIZ-SILVEIRA OB, RODRÍGUEZ-REYES AA, MARTÍNEZ-JARDON CS, DE BARCIA-VALERO L, FERRA-CALZADA F, SALCEDO-CASILLAS G. Pilomatrixoma periorbitario. Características clínico-patológicas. Rev Mex Oftalmol 2002;76:83-7.

OBJETIVO: Expor as principais características clínicas e histopatológicas dos pilomatrixomas periorbitários, com uma abordagem multidisciplinar dos serviços de Oculoplástica e Patologia Oftálmica da APEC.

MATERIAL E MÉTODOS: Estudo retrospectivo de todos os casos com diagnóstico histopatológico de pilomatrixoma periorbitário, coletados dos arquivos do serviço de Patologia da APEC de janeiro de 1957 a julho de 2001.

RESULTADOS: De um total de 40 pacientes com pilomatrixoma periorbitário, apenas um apresentou mais de uma lesão. A maioria dos casos localizou-se na região ciliar. O diagnóstico clínico diferencial mais freqüente foi tumor não específico e apenas em 6 casos foi feito o diagnóstico de pilomatrixoma. Todos os pacientes foram submetidos a ressecção cirúrgica completa do tumor e nenhum deles apresentou recidiva após um ano de seguimento. Os principais achados histopatológicos foram a presença de células sombra e células basalóides.

CONCLUSÕES: O pilomatrixoma periorbitário é uma entidade rara e mal diagnosticada pelo oftalmologista, já que com freqüência é confundida com outros tumores benignos de localização similar, entretanto, esta entidade tem características clinico-patológicas próprias que permitem suspeitar seu diagnóstico.

Descritores: Pilomatrixoma; Tumor; Periorbitário

PALACIOS-MACHUCA GA, VILCHEZ-RIESTRA SE, ASCANIO-GUTIÉRREZ MA, PIÑA-RUIZ V, GIL-CARRASCO F. Tonometría con Tono-Pen en córnea central y periférica en pacientes sometidos a cirugía refractiva con LASIK. Rev Mex Oftalmol 2002;76:88-92.

OBJETIVOS: Determinar se a diminuição na paquimetria central e periférica se associa à diminuição na tonometria com Tono-Pen em pacientes submetidos a cirurgia refrativa com LASIK.

MATERIAL E MÉTODOS: Foram revisados 21 pacientes programados para cirurgia refrativa com LASIK, sendo realizadas refração, paquimetria e tonometria central e periférica com Orbscan e Tono-Pen, respectivamente. As medições foram realizadas no pré-operatório e aos 30, 60 e 90 dias da intervenção. Analisaram-se os resultados com provas não paramétricas e teste de Wilcoxon.

RESULTADOS: Encontrou-se uma diminuição estatisticamente significativa (p<0,033) quando comparamos a pressão intra-ocular e central e periférica no pré e pós-operatório, assim como a paquimetria central e periférica pré e pós-operatória também mostrou diminuição significativa (p<0,0001). Realizou-se correlação de Spearman das diferenças da PIO e da espessura corneana central no pré e pós-operatório, encontrando-se correlação significativa. (r Spearman 0,618; p = 0,003; r2 0,2964).

CONCLUSÃO:Recomendamos realizar tonometria central e periférica com Tono-Pen nos pacientes submetidos a cirurgia refrativa com LASIK a fim de diminuir o risco de subestimar a PIO.

Descritores: Tono-Pen; LASIK; Paquimetria corneana

GONZÁLEZ-ALMARAZ G, PINEDA-CÁRDENAS MAA. Neoplasias y pseudoneoplasias osteocartilaginosas de la órbita. Revisión clínicopatológica. II. Neoplasias malignas y benignas. Rev Mex Oftalmol 2002;76:93-106.

A variedade mais freqüente dos tumores ósseos primários da parede da órbita e de estruturas vizinhas é o osteoma. O osteo-blastoma, o sarcoma osteogênico (primário e secundário à radiação ou em sobreviventes de retinoblastoma bilateral) e o mieloma múltiplo são raros. A histiocitose X ou histiocitose de células de Langhans são freqüentes, formando um complexo com espectro amplo que inclui as formas eruptivas exantemáticas (Letterer-Siwe), o Hand-Schüller-Christian e o granuloma eosinófilo, porém não existe uma fronteira bem definida entre estas entidades. O tratamento inclui quimioterapia e corticosteróides uma vez estabelecido o diagnóstico através da biópsia, devendo ser multidisciplinar.

Descritores: Tumores de órbita/oncologia; Tumores ósseos; Oftalmologia; Histiocitose de Langhans

SALDAÑA VERDUZCO N, GRAUE WEICHERS FA, GARCÍA COSÍO J. Cirugía de agujero macular idiopático. Rev Mex Oftalmol 2002;76:107-11.

OBJETIVOS: Avaliar os resultados anatômicos e funcionais da vitrectomia via pars plana em pacientes com buraco macular idiopático.

MATERIAL E MÉTODOS: Pacientes com buraco macular idiopático total, com evolução menor de um ano, que aceitaram tratamento cirúrgico, foram incluídos no trabalho.

RESULTADOS: Foram operados 15 olhos de 14 pacientes, 12 (80%) grau 3, 2 (13,3%) grau 4, e 1 (6,6%) grau 2, obtendo-se fechamento anatômico em 87%, e melhora da acuidade visual (AV) de 2 linhas ou mais em 80% dos casos. Um paciente evoluiu com descolamento de retina no terceiro mês pós-operatório, sem envolvimento macular.

CONCLUSÕES: Os resultados obtidos são semelhantes aos descritos na literatura internacional no que se refere ao fechamento anatômico e melhora visual. Só um paciente alcançou AV melhor que 20/40, diferindo de outras publicações que descrevem esta AV em 50% dos casos. Isto pode ser explicado pelo fato de o tempo de evolução no momento da intervenção cirúrgica ter sido maior no nosso estudo.

Descritores: Buraco macular idiopático/vitrectomia

Casos Clínicos

VARGAS-RODRÍGUEZ LE, BERGANZA-CANALES L. Necrosis retiniana aguda. Reporte de un caso. Rev Mex Oftalmol 2002;76:112-5.

Um caso de síndrome de necrose retiniana aguda é apresentado. Enfatiza-se a importância do diagnóstico e tratamento oportunos.

Descritores: Necrose aguda; Herpes vírus; Retinite

Miniaturas Oftalmológicas

NERI-VELA R. La primera sociedad médica de especialistas en México. Rev Mex Oftalmol 2002;116-7.

Sem resumo.

Revisão Bibliográfica (Editor: A Espinosa-Velasco)

VARGAS-RODRÍGUEZ LE, ZAGORÍN-LANGENAUER B. Epiescleritis. Rev Mex Oftalmol 2002;76:118-22.

A episclerite é uma inflamação ocular leve e autolimitada na maioria das vezes, que raramente se associa a complicações oculares ou enfermidades sistêmicas.

Descritores: Episclerite/esclera; Enfermidade sistêmica

Vol. 76 – Número 4 (Julio/Agosto 2002)

Trabalhos Científicos Originais

VILCHEZ-RIESTRA SE, PALACIOS-MACHUCA GA, GIL-CARRASCO F, SALINAS-VAN ORMAN E. Glaucoma secundario a esteroides. Rev Mex Oftalmol 2002;76:123-7.

OBJETIVOS: Avaliar as características epidemiológicas e enfermidades associadas, tratamento médico e cirúrgico e evolução clínica dos pacientes com glaucoma secundário a esteróides.

MATERIAL E MÉTODOS: Foram revisados 64 prontuários, onde foram anotados os fatores de risco conhecidos, o diagnóstico prévio de glaucoma, as enfermidades associadas, o motivo do uso do esteróide e a prescrição médica. Foram avaliados o tratamento clínico ou cirúrgico e sua evolução clínica.

RESULTADOS: Como fatores de risco, 6% dos pacientes tinham antecedentes familiares de glaucoma, 25% miopia e 3% diabetes mellitus. O motivo do uso de esteróides foi "olho vermelho" em 74% dos casos. Como diagnóstico prévio, 53% tinham glaucoma e, destes, 6% não se tratavam. A dexametasona foi o esteróide mais utilizado (52%), em 33% dos casos como autoprescrição. O tratamento clínico foi mantido em 74% dos casos e no restante foi realizada cirurgia.

CONCLUSÕES: O glaucoma secundário a esteróides é habitualmente uma iatrogenia, e a dexametasona, por sua grande potência, é o esteróide mais envolvido. Por isso, não recomendamos seu uso em patologias crônicas.

Descritores: Glaucoma; Esteróide; Autoprescrição

PINEDA-CÁRDENAS MAA, GONZÁLEZ-ALMARÁZ G. Manifestaciones ultraestructurales, histoquímicas e inmunopatológicas de la betafibrilosis corneal primaria. Rev Mex Oftalmol 2002;76:128-35.

Foram realizados estudos histopatológico, histoquímico e imunopatológico de 3 pacientes portadores de distrofia corneana primária familiar de gotas gelatinóides e, somente em um deles, microscopia eletrônica. Em todos os casos, material amilóide foi encontrado no epitélio e subepitélio da córnea. Considera-se que esse material deriva de proteínas amiloidogênicas do tipo AL, daí a melhor designação para essa patologia ser betafibrilose. O material amilóide pode recorrer em transplantes lamelares, e caso isto ocorra, deverá ser realizada laminectomia corneana. Os corticosteróides não modificam o depósito de amilóide, mas sua utilização deve ser considerada no controle da resposta inflamatória e imune.

Descritores: Amilóide, betafibrilose; Distrofia corneana, oftalmologia/ genética

ANSART B AF, GARZA MA, BERNAL UG, SALCEDO C G. Ptosis palpebral neurogénica. Rev Mex Oftalmol 2002;76: 136-41.

OBJETIVO: Conhecer a freqüência, descrever as características clínicas e avaliar o resultado da correção cirúrgica dos pacientes com ptose palpebral neurogênica atendidos no serviço de Oculoplástica e Órbita do hospital.

MÉTODO: Foram estudados retrospectivamente todos os prontuários de pacientes com diagnóstico de ptose palpebral neurogênica no período de janeiro de 1996 a dezembro de 2000.

RESULTADOS: Dos 711 pacientes com diagnóstico de ptose palpebral, 8,44% apresentaram ptose neurogênica. As etiologias mais freqüentes foram: paralisia pós-traumática do III nervo craniano (30,95%), paralisia congênita do III nervo craniano (19,05%) e síndrome de Marcus–Gunn (16,67%). Dos pacientes submetidos à correção cirúrgica, 66,67% obtiveram bons resultados pós-operatórios.

CONCLUSÕES: A ptose palpebral neurogênica pode ser corrigida cirurgicamente com bons resultados, por meio de uma conduta conservadora e um seguimento próximo dos pacientes, prevenindo possíveis complicações associadas ao mau fenômeno de Bell, característico deste tipo de ptose palpebral.

Descritores: Ptose palpebral neurogênica; Paralisia; Fenômeno de Bell; Terceiro nervo craniano; Síndrome Marcus-Gunn

LEYVA SOLARES A, MURILLO MURILLO L, ARROYO YLLANES ME. Compresión del saco lagrimal como tratamiento inicial en la dacrioestenosis congénita. Rev Mex Oftalmol 2002;76:142-5.

OBJETIVO: Determinar a porcentagem de resolução da dacrioestenose congênita com a técnica de compressão do saco lacrimal.

MATERIAL E MÉTODO: Foram estudados dois grupos de pacientes com diagnóstico de dacrioestenose congênita, menores de doze meses de idade e sem antecedente de tratamento prévio. Cada grupo possuía uma amostra de 24 pacientes. No grupo de estudo foi feita compressão do saco lacrimal como tratamento inicial, com revisão do procedimento uma semana depois, definindo-o como bom quando não havia epífora, secreção mucopurulenta e refluxo do saco lacrimal. O grupo controle, também de pacientes com diagnóstico de dacrioestenose congênita, não recebeu tratamento algum.

RESULTADOS: No grupo controle um paciente obteve resolução espontânea (4,16%) em sete dias. No grupo de estudo, sete dias depois de realizada a compressão do saco lacrimal, não havia sintomatologia em 13 pacientes (54,16%). A análise estatística mostrou uma diferença estatisticamente significativa (p = 0,0002).

CONCLUSÕES: A compressão do saco lacrimal tem uma alta porcentagem de resolução do processo obstrutivo, diminuindo o tempo de resolução espontânea e evitando a necessidade de procedimentos mais agressivos.

Descritores: Dacrioestenose congênita/tratamento

Casos Clínicos

SÁEZ-ESPÍNOLA F, MARTÍNEZ-FRANCO C, VILLAR-KURI J. Síndrome de bloqueo capsular postoperatorio temprano. Presentación de seis casos clínicos. Rev Mex Oftalmol 2002;76:146-51.

A síndrome do bloqueio capsular que ocorre no período pós-operatório recente, secundária à retenção de material viscoelástico atrás da lente intra-ocular, no saco capsular, é raramente detectada no nosso meio. Neste artigo ela é descrita em seis pacientes operados com capsulorrexis curvilínea contínua, facoemulsificação e implante de lente intra-ocular in the bag. As lentes intra-oculares implantadas foram de acrílico em cinco casos e de polimetilmetacrilato em um caso. Cinco olhos tiveram miopia induzida e, em um deles, a câmara anterior se encontrava estreita e apresentou elevação da pressão intraocular. Foi realizada capsulotomia com laser neodimium:YAG em cinco, sendo anterior em três casos e posterior em dois.

Descritores: Capsulorrexis/facoemulsificação/viscoelástico; Síndrome de bloqueio capsular

TARDÍO-MIRANDA EF, MEDINA-ZARCO A. Blefaroplastia con láser de CO2 en paciente con xantoma cutáneo periorbitario: presentación de un caso. Rev Mex Oftalmol 2002;76: 152-5.

OBJETIVO: Demonstrar as vantagens da blefaroplastia com laser de CO2 em pacientes com xantoma cutâneo periorbitário através da apresentação de um caso clínico.

MATERIAL E MÉTODOS: Descreve-se o quadro clínico, estudo histopatológico por biópsia da lesão, tratamento clínico multidisciplinar e conduta cirúrgica.

RESULTADOS: Após cinco meses do início do tratamento clínico e com níveis de colesterol total e triglicérides estáveis, foi feita blefaroplastia em ambos olhos com laser de CO2 com bons resultados.

CONCLUSÕES: Recomenda-se não realizar blefaroplastia convencional e empregar o laser de CO2 em tecidos friáveis, já que causa menos danos e as ablações são mais precisas.

Descritores: Xantoma cultâneo periorbitário; Blefaroplastia

História

HERREMAN R. Breve historia de la refractometría clínica. Rev Mex Oftalmol 2002;76:156-65.

Sem resumo.

Vol. 76 – Número 5 (Septiembre/Octubre 2002)

Trabalhos Científicos Originais

VILCHEZ-RIESTRA SE, ASCANIO-GUTIÉRREZ MA, PALACIOS-MACHUCA GA, NIÑO-PECINA A, GARZA-LEÓN MA, GIL-CARRASCO F. Medición del grosor corneal central en pacientes con hipertensión ocular, glaucoma de tensión normal y glaucoma primario de ángulo abierto. Rev Mex Oftalmol 2002;76:167-70.

OBJETIVO: Determinar a diferença de espessura corneana nos diferentes tipo de glaucoma e em pacientes com hipertensão intra-ocular.

MATERIAL E MÉTODO: Foram revisados 72 pacientes, 18 por grupo, com diagnóstico de hipertensão intra-ocular (HIO), glaucoma de tensão normal (GTN), glaucoma primário de ângulo aberto (GPAA) e pacientes sadios (PS). A espessura corneana foi medida por paquimetria ultra-sônica e óptica e a tonometria foi realizada com tonômetro de aplanação de Goldmann. Foi utilizada estatística descritiva e prova de ANOVA.

RESULTADOS: Os pacientes com HIO apresentaram espessura corneana significativamente maior em relação aos PS (ANOVA p<0,0001); Bonferroni (p<0,048). Os pacientes com GTN, GPAA e PS não apresentaram diferenças estatisticamente significativas, entretanto 30% dos pacientes com GTN tinham espessura corneana menor que 520 micra.

CONCLUSÃO: É recomendável realizar paquimetria corneana ultra-sônica em pacientes com HIO para evitar a superestimação da pressão intra-ocular obtida com tonometria de aplanação.

Descritores: Espessura corneana central; Paquimetria ultra-sônica; Hipertensão intraocular

MARTÍNEZ-JARDON CS, VELIZ O, BARCIA-VALERO L, RODRÍGUEZ-REYES AA, FERRA-CALZADA F, SALCEDO-CASILLAS G. Pilomatrixoma: diagnóstico y conducta terapéutica. Rev Mex Oftalmol 2002;76:171-3.

OBJETIVOS: Saber o diagnóstico clínico e a conduta terapêutica de pacientes com diagnóstico histopatológico de pilomatrixoma.

MÉTODO: Estudo retrospectivo onde foram revisados todos os prontuários de pacientes atendidos e submetidos a intervenção cirúrgica no serviço de Oculoplástica com diagnóstico histopatológico de pilomatrixoma. As seguintes variáveis foram anotadas: idade, sexo, localização, diagnóstico clínico e tratamento.

RESULTADOS: Foram incluídos 40 pacientes com diagnóstico de pilomatrixoma. Os diagnósticos clínicos mais freqüentes foram: tumor palpebral e cisto sebáceo; a idade mais acometida foi de 20 anos ou menos. Em 100% dos casos a conduta terapêutica foi a excisão cirúrgica completa da lesão.

CONCLUSÕES: O pilomatrixoma é um tumor que freqüentemente afeta pálpebras e região periorbitária, daí o motivo do oftalmologista ser o primeiro profissional procurado pelo paciente. Sendo uma neoplasia pouco comum, o diagnóstico clínico é dificultado pelo desconhecimento. O estudo histopatológico estabelece o diagnóstico e o tratamento cirúrgico.

Descritores: Pilomatrixoma/tumor; Achados histopatológicos; Oculoplástica

VILLASEÑOR-DÍEZ J, SOHN-JACOB V, RUBIO-LEZAMA M, VILLASEÑOR-SOLARES J. Importancia de la dureza de fijación en el tratamiento quirúrgico de las exotropías secundarias. Rev Mex Oftalmol 2002;76:174-7.

OBJETIVO: Demonstrar a rigidez de fixação e se esta constitui uma causa de hipocorreções nos pacientes com exotropia secundária operados.

MATERIAL E MÉTODO: Estudo descritivo de 32 pacientes com exotropia secundária, que foram submetidos a exame oftalmológico e estrabológico completos, incluindo as medidas de desvio, tanto na consulta como sob anestesia geral, para avaliar a presença de rigidez de fixação, sendo realizada cirurgia em ambos olhos nos pacientes com rigidez de fixação e cirurgia monocular nos pacientes sem a mesma.

CONCLUSÕES: Em 71,88% dos pacientes foi encontrada rigidez de fixação. Com a técnica empregada não houve hipercorreção nos pacientes com rigidez de fixação.

Descritores: Exotropia secundária; Rigidez de fixação

SUÁREZ-TATÁ L, QUIROZ-MERCADO H, GARCÍA-AGUIRRE G, MURILLO-LÓPEZ S, MORFÍN-SALIDO L, GUERRERO-NARANJO JL, VANZZINI-ZAGO V, RÍOS Y VALLES-VALLES D, RODRÍGUEZ-REYES A. Reacción inflamatoria posterior a vitrectomía con perfluorocarbonados vs. solución salina en endoftalmitis experimental. Rev Mex Oftalmol 2002;76:178-83.

OBJETIVO: Avaliar clínica e histopatologicamente a reação inflamatória posterior à vitrectomia empregando solução salina balanceada (SSB) versus líquido de perfluorocarbono (LPFC) em um modelo experimental de endoftalmite.

MATERIAL E MÉTODO: Em um modelo experimental de endoftalmite com coelhos (n = 12) foram injetados 150 UFC de Staphylococcus epidermidis na cavidade vítrea. Três dias depois foi obtida uma amostra do vítreo para cultivo e os coelhos foram divididos em 2 grupos: em um foi realizada vitrectomia convencional utilizando SSB e em outro foi realizada vitrectomia com infusão contínua de de LPFC (perfluoro-n-octano). Três dias depois do procedimento os coelhos foram sacrificados, tendo sido feita a enucleação para análise histopatológica.

RESULTADOS: Houve evidência clínica e microbiológica de endoftalmite em todos os olhos. O procedimento foi facilitado pelo LPFC já que este permitiu melhores visibilidade e estabilidade durante o procedimento. A análise histopatológica demonstrou que o processo inflamatório foi menos severo no grupo em que foi empregado o LPFC.

CONCLUSÃO:A vitrectomia com infusão contínua de LPFC é um procedimento que demonstrou sua utilidade comparada com a SSB neste modelo experimental de endoftalmite.

Descritores: Vitrectomia, líquidos perfluorocarbonados, endoftalmite

DERBEZ-HERRERA M, LEVINE-BEREBICHEZ A, ROJAS-JUÁREZ S. Agujero macular: experiencia en la Fundación Hospital "Ntra. Sra. de la Luz". Rev Mex Oftalmol 2002;76: 184-90.

O buraco macular é causado por tração vitreomacular tangencial e tem resolução espontânea ou por vitrectomia.

OBJETIVOS: Conhecer a freqüência de casos com buraco macular, sua classificação e a evolução de pacientes submetidos a vitrectomia na FHNSL

PACIENTES E MÉTODOS: Estudo prospectivo, longitudinal e descritivo, em que foram avaliadas a acuidade visual, assim como melhora anatômica e visual dos pacientes submetidos a cirurgia.

RESULTADOS: Oitenta e quatro olhos de 68 pacientes com buraco macular, 11 traumáticos e 57 idiopáticos, dos quais os estadios 3 e 4 constituíram a maioria (69,8%). A melhora anatômica foi alcançada em 91% dos 24 casos operados, a melhora visual em 66% e a sintomatologia diminuiu em 75%. A catarata (33%) foi uma causa reversível de baixa acuidade visual pós-operatória. A média de seguimento pós-operatório foi de 6,6 meses.

CONCLUSÕES: A melhora visual pode ser esperada nos pacientes operados, ainda que o antecedente de cronicidade atenue esta expectativa. O prognóstico pode ser melhor nos casos intermediários. A observação dos pacientes vitrectomizados deveria ser continuada e uma nova análise dos resultados anatômicos e visuais poderia ser conseguida, para que possam ser correlacionadas com outras séries já descritas.

PACZKA Z JA, GONZÁLEZ J, GONZÁLEZ FLORES I, OCHOA-TABARES JC, RUIZ-OROZCO H, DE LOS RÍOS-OBREGÓN D. Concordancia inter e intra-observador en la evaluación clínica de los discos ópticos mediante estereofotografías. Rev Mex Oftalmol 2002;76:191-6.

OBJETIVO: Determinar a concordância de um grupo de examinadores na avaliação de estereofotografias de discos ópticos, para determinar a escavação e presença de glaucoma.

MÉTODOS: Oitenta estereofotografias de 80 pacientes foram avaliadas em duas sessões diferentes por 3 examinadores experientes (E1, E2 e E3) e 3 inexperientes (NE1, NE2 e NE3); cada examinador determinou a escavação vertical, assim como a presença de glaucoma. Foram usadas provas de t de Student, ANOVA, regressões simples bivariadas, estatística kappa e o coeficiente de variação. A sensibilidade e especificidade do procedimento foram determinadas para cada examinador.

RESULTADOS:A média dos valores de escavação oscilou entre 0,48 e 0,62 na primeira sessão, e entre 0,55 e 0,70 na segunda. A pior concordância ocorreu entre NE3 e E1 na primeira sessão (k = 0,31), enquanto a mais alta ocorreu entre NE2 e NE3 na segunda sessão (k = 0,77). A correlação nos valores de escavação variou de 0,6 a 0,89. As sensibilidades entre os diversos examinadores variaram entre 79% e 87%. As especificidades tiveram valores menores (40% a 80%). O valor de escavação 0,71 apresentou a melhor combinação de sensibilidade e especificidade (80%/79%).

CONCLUSÕES: A avaliação subjetiva dos discos ópticos por estereofotografias está sujeita a uma ampla variabilidade inter e intra-observador que parece estar ligada ao nível de experiência do examinador.

Descritores: Concordância; Disco óptico; Estereofotografia, escavação; glaucoma, suspeita de glaucoma; Variabilidade

Casos Clínicos

SINISTERRA-PAVA JP, SALCEDO-CASILLAS G, GÓMEZ-LEAL A, MORAGREGA-ADAME E, RODRÍGUEZ-REYES AA. Melanocitoma de cuerpo ciliar. Informe de un caso. Rev Mex Oftalmol 2002;76:197-201.

Paciente de 17 anos de idade, mestiço, compareceu à consulta por perda progressiva da acuidade visual do olho esquerdo (OE) de 5 anos de evolução.

Ao exame oftalmológico apresentava massa retropupilar, proveniente do corpo ciliar, sólida, deslocando o cristalino. Os estudos de imagem não foram conclusivos, ainda que sugerissem lesão maligna. Em função da idade, características raciais e clínicas do paciente, assim como dos resultados dos estudos de imagem foi feita hipótese diagnóstica de tumor maligno do corpo ciliar, daí a decisão pela enucleação desse olho. Através de estudos macro e microscópicos foi feito o diagnóstico de melanocitoma de corpo ciliar. O tratamento de escolha é a iridociclectomia, entretanto, em alguns casos, devido ao crescimento rápido, ocorre oclusão do eixo visual e invasão de estruturas subjacentes, necessitando tratamento radical (enucleação).

O melanocitoma de corpo ciliar continua sendo um dilema diagnóstico tanto para clínicos quanto para outros subespecialistas, justificando uma abordagem multidisciplinar. O diagnóstico definitivo é feito pelo estudo histopatológico do tumor, o que determina o prognóstico e a sobrevida do paciente.

Descritores: Melanocitoma, corpo ciliar, melanoma, iridociclectomia

Vol. 76 – Número 6 (Noviembre/Diciembre 2002)

Trabalhos Científicos Originais

PACZKA Z JA, OCHOA-TABARES JC, MERIKANSKY A, GIORGI-SANDOVAL LA. Reproducibilidad de los parámetros topográficos de discos ópticos glaucomatosos, obtenidos mediante oftalmoscopia con láser de barrido confocal. Rev Mex Oftalmol 2002;76:206-11.

OBJETIVO: Verificar a reprodutibilidade da oftalmoscopia com laser de varredura confocal para o estudo topográfico dos discos ópticos de pacientes com glaucoma.

MÉTODOS: Através da avaliação de 91 prontuários, foram obtidos 26 casos que reuniam os critérios de seleção. Nesses pacientes foi realizado exame oftalmológico completo, campimetria automatizada Humphrey (limiar total, 24-2) e topografia de discos ópticos (usando o tomógrafo TopSS XL-2020, Laser Diagnostic Technologies). Foi determinada a reprodutibilidade inter-examinador de 12 parâmetros topográficos, obtidos da análise volumétrica derivada da determinação da elipse da margem do disco óptico, definida por três operadores com diferentes níveis de experiência (principiante, intermediário e experiente). Foi empregada prova de análide de variância (ANOVA) modificada pela prova post hoc de Bonferroni; também foi feita comparação intraclasse (coeficiente alfa) para avaliação da reprodutibilidade.O valor considerado para p <0,05% como estatisticamente significativo.

RESULTADOS: Foram estudados 19 mulheres e 7 homens que eram portadores de glaucoma leve. Não houve diferenças significativas (P>0,05%) das variáveis topográficas entre os três operadores; o nível de concordância entre as variáveis topográficas foi considerado como bom a excelente (escala, coeficiente alfa = 0,60 – 0,99).

CONCLUSÕES: A reprodutibilidade do tomógrafo TopSS XL-2020 é apropriada e independe da experiência do operador que coloca a elipse da margem do disco óptico.

Descritores: Disco óptico; Glaucoma; Oftalmoscópio com laser de varredura confocal, topografia

VILLASEÑOR-DÍEZ J, MARTÍNEZ-FRANCO C, VILLAR-KURI J. Vitrectomía anterior en pacientes operados de catarata. Rev Mex Oftalmol 2002;76:212-7.

OBJETIVO: Comparar os resultados anatômicos e funcionais de pacientes operados de catarata com a técnica facectomia extracapsular (FEC) e com técnica de facoemulsificação (FACO) que tenham apresentado ruptura capsular e perda de vítreo.

MATERIAL E MÉTODOS: Estudo retrospectivo, longitudinal, observacional e descritivo onde foram avaliados 211 pacientes operados de catarata, 96 com FEC e 115 com FACO, durante o período compreendido entre maio de 1996 a abril de 2000 na APEC.

RESULTADOS: O momento mais comum de ruptura capsular ocorreu durante a aspiração de restos corticais em 66,66% nas FEC e em 59,13% nas FACO.; a maioria dos implantes de lente intra-ocular (LIO) ocorreu de forma primária em 71,87% nas FEC e em 85,95% nas FACO; o local de implante mais comum foi o sulco ciliar em 45,71% nas FEC e em 51,40% nas FACO; a LIO foi colocada com maior freqüência nos pacientes operados com FACO (93,03%) vs FEC (72,91%). A acuidade visual final foi melhor nos pacientes operados com FACO, com uma mediana de 0,6 vs 0,4 nos pacientes operados com FEC. As com-plicações pós-operatórias e o grau de experiência do cirurgião foram similares em ambas técnicas.

CONCLUSÕES: A técnica de facoemulsificação é melhor do que a facectomia extracapsular na cirurgia de catarata complicada com ruptura capsular e perda de vítreo.

Descritores: Facectomia extracapsular; Facoemulsificação, Ruptura capsular; Perda de vítreo

CERVANTES-COSTE G, FUENTES-PÁEZ G, VELASCO-BARONA C. Capacidad visual posterior al manejo quirúrgico de catarata en aniridia congénita. Rev Mex Oftalmol 2002; 76:218-22.

OBJETIVO: A aniridia congênita se associa freqüentemente a formação de catarata. O objetivo deste trabalho é conhecer a acuidade visual (AV) pós-operatória em pacientes com aniridia congênita e catarata.

MATERIAL E MÉTODOS: Foi feita uma revisão retrospectiva dos prontuários de 41 pacientes (80 olhos) com aniridia congênita; em 6 (11 olhos) foi realizada cirurgia de catarata entre 1990 e 2001. Foram excluídos prontuários incompletos, pacientes com cirurgia prévia ou seguimento menor que 1 ano.

RESULTADOS: Nos 11 olhos foram realizadas técnicas cirúrgicas diferentes: lensectomia (LE) em 6, facoemulsificação (FE) em 4 e facectomia extracapsular (FEC) em 1. A AV inicial no grupo da LE melhorou de percepção luminosa (PL) para 0,15, no grupo FEC de CD a 10 cm para CD a 4 m e no grupo FE de movimento de mãos (MM) para 0,9. As patologias associadas mais freqüentes foram: nistagmo (63,63%), catarata (100%), estrabismo (54,5%), patologia corneana (72,7%) e hipoplasia macular (63,6%).

CONCLUSÕES: A aniridia congênita é uma afecção hereditária rara, associada com numerosas alterações oculares. A FEC com lente intra-ocular (LIO) parece ser um tratamento seguro que oferece bons resultados visuais pós-operatórios. A cirurgia deve ser realizada por cirurgiões experientes, para diminuir as possíveis complicações transoperatórias que evitem o implante de LIO.

Descritores: Aniridia congênita; Acuidade visual; Facoemulsificação; Facectomia extracapsular/lensectomia

Casos Clínicos

PRADO-SERRANO A, GARCÍA-RAMOS M. Alteraciones oculares en linfoma no Hodgkin de células T. Presentación de un caso. Rev Mex Oftalmol 2002;76:223-7.

O linfoma não Hodgkin é uma neoplasia maligna que envolve vísceras, sistema nervoso e, raramente, o sistema visual. As alterações oculares incluem reação inflamatória severa na câmara anterior, celularidade vítrea assim como fenômenos infiltrativos tumorais abaixo do epitélio pigmentar da retina e da papila. Relatamos o caso de um homem de 43 anos de idade que apresentou um linfoma maligno primário da cavidade nasal que acometeu seu olho esquerdo. As manifestações clínicas foram diminuição da função visual sem dor, reação exsudativa muito intensa na câmara anterior, celularidade vítrea e elevação da pressão intra-ocular por iridociclite. Foram administrados esteróides e quimioterapia por via sistêmica sem sucesso, sendo feita a enucleação do olho afetado. Por estudos imunopatológicos, demonstrou-se um linfoma ocular não Hodgkin de células T mediante a rápida deterioração sistêmica do paciente, foram aumentadas as doses de agentes quimioterápicos e aplicou-se radioterapia no olho contralateral. O paciente faleceu em menos de 12 meses após o início da sin-tomatologia ocular.

Um diagnóstico oportuno de linfoma não Hodgkin é de suma importância tanto para o prognóstico visual como para a sobrevida, ainda que com freqüência isto não seja possível até o exame histopatológico posterior à enucleação. Este caso demonstra que os linfomas de células T podem afetar o olho como manifestação secundária da patologia sistêmica e tem mau prognóstico.

Descritores: Imunologia; Uveíte; Iridociclite; Linfoma/linfoma não Hodgkin; Síndrome mascarada

RIVERA-SEMPÉRTEGUI JO, NAVARRO-LÓPEZ P, QUIROZ-MERCADO H. Síndrome ocular isquémico secundario a enfermedad de Takayasu. Reporte de un caso. Rev Mex Oftalmol 2002; 76:228-31.

A síndrome ocular isquêmica se deve a uma hipoperfusão ocular crônica, caracterizando-se pela presença de neovasos na íris e papila que ocasionam isquemia severa na retina e geralmente associa-se a obstrução da artéria carótida, a qual pode ser secundária a diversas enfermidades, entre elas a doença de Takayasu.

Paciente apresentou, como primeira manifestação de isquemia uma catarata total intumescente. Posteriormente, ao ser estudada de forma integral, diagnosticou-se isquemia secundária a arterite de Takayasu.

O caso apresentado é importante já que existem apenas dois relatos mundiais em que a catarata é a primeira manifestação da doença de Takayasu.

Descritores: Arterite de Takayasu, síndrome isquêmica ocular, catarata

SINISTERRA-PAVA JP, JIMÉNEZ-SIERRA JM, QUIROZ-MERCADO H, SUÁREZ-TATA L, MURILLO-LÓPEZ S. Presencia de retinopatía diabética en pacientes con retinitis pigmentosa. Reporte de 2 casos. Rev Mex Oftalmol 2002; 76:232-7.

A retinose pigmentar faz parte de um grupo de doenças retinianas caracterizadas por nictalopia, alteração dos campos visuais e perda progressiva da acuidade visual. As provas eletrofisiológicas evidenciam dano severo dos fotorreceptores. Os achados clínicos característicos desta entidade são palidez do disco óptico, afilamento dos vasos retinianos, alterações pigmentares adotando um padrão característico de "espículas ósseas" e descolamento do vítreo posterior. A retinopatia diabética é a principal causa de cegueira legal a nível mundial. A progressão da retinopatia diabética, além de muitos outros fatores, está ligada ao consumo de oxigênio pelo qual, em condições de hipóxia, ativam-se citocinas que produzem alterações microvasculares. A prevenção da hipóxia reduz a progressão da doença.

Está amplamente descrita na literatura a proteção que existe em pacientes com retinose pigmentar de desenvolver retinopatia diabética, além da ausência de retinopatia diabética em pacientes com retinose pigmentar. No presente estudo, relatamos dois casos de pacientes mestiços mexicanos com diabetes mellitus tipo 2 de vários anos de evolução, com retinopatia diabética não proliferativa leve e achados clínicos, eletrofisiológicos e angiofluoresceinográficos de retinose pigmentar. Esta associação é rara e nunca antes descrita na literatura.

Descritores: Retinopatia diabética; Retinose pigmentar/eletrofisiologia/fotorreceptores

Campanhas Nacionais E Oftalmologia

MOGUEL-ANCHEITA S. Resultados del Día Nacional de Estrabismo: Día "E". Rev Mex Oftalmol 2002;76:238-42.

OBJETIVO: Apresentamos os resultados do primeiro dia nacional de estrabismo no México. Dia "E".

MATERIAL E MÉTODO: Foram estabelecidas sedes na República Mexicana para detecção, diagnóstico e propostas de tratamento em pacientes com estrabismo, com equipamento padronizado em cada sede. Foram feitas histórias clínicas com características epidemiológicas de interesse. Esta promoção ocorreu desde o Distrito Federal até cada sede dos estados. Todos os pacientes receberam avaliação gratuita. Os resultados foram enviados ao Centro organizador para análise.

RESULTADOS: O dia "E" foi em 19 de maio de 2000, em 76 locais do país, obtendo-se 828 cadastros de pacientes com estrabismo. Observou-se que a detecção do estrabismo é feita pelos pais dentro dos primeiros cinco anos de idade em uma alta porcentagem, a qual permite o tratamento sensorial por ser a idade no diagnóstico ainda com plasticidade. A ambliopia foi encontrada em 30,79% dos casos.

CONCLUSÕES: É importante encorajar o exame de crianças menores de 1 ano, e instituir oportunamente o tratamento da sensorialidade para evitar a perda visual por ambliopia. Devem ser identificados os locais capacitados para diagnóstico e tratamento de estrabismo no México.

Descritores: Dia de estrabismo/ambliopia

Revisão Bibliográfica (Editor: A Espinosa-Velasco)

ESCANIO CORTÉS ME, MURILLO MURILLO L. Retinoblastoma. Rev Mex Oftalmol 2002;76:243-5.

Foi feita uma revisão da literatura sobre os conceitos mais atualizados deste tumor maligno ocular tão freqüente na infância, suas formas clínicas, tratamento e prognóstico.

Descritores: Retinoblastoma; Tumor/maligno; Infância

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    16 Jun 2004
  • Data do Fascículo
    Abr 2004
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