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Análises de livros

ANÁLISES DE LIVROS

NEUROIMUNOLOGIA. R. MELARAGNO FILHO d C. K. NASPITZ, editores. Um volume encadernado (19 x 28) com 429 páginas, 113 figuras, 88 tabelas e 54 quadros. Sarvier. São Paulo, 1982.

O advento da imunologia veio abrir senda diretriz, de abrangência e perspectivas imensuráveis, à elucidação e/ou teorização etiopatogênica e fisiopatológica, para especialidades médicas nas quais conceitos como «idiopático», «a frigore» e «desconhecidos», dominaram. Dentre estas especialidades, por ser um dos sistemas de difícil acesso e exploração, bem como por apresentar características imunológicas peculiares, destacava-se a Neurologia.

Com a publicação desta obra, pioneira em nosso meio, os renomados editores Roberto Melaragno Filho, como neurologista, e Charles K. Naspitz, como imunologista, vieram preencher lacuna existente nessa área. Além disso, abrem perspectivas a publicações inéditas sobre a matéria, senão quanto a neuroimunologia básica, pelo menos quanto a aspectos neuroimunológicos relacionados a patologias de maior prevalência regional. Vale ainda salientar o caráter multidisciplinar adotado na seleção dos autores dos diversos capítulos, fato que enriquece e diversifica a obra.

O volume, cuidadosamente preparado para introduzir o leitor nesse novo campo, fornece de início noções básicas de imunologia e salienta o estado atual dos avanços imunológicos e dos mecanismos básicos da resposta, apontando ainda a importância do reconhecimento do sistema maior de histocompatibilidade. A seguir são apresentados ao leitor os aspectos peculiares da imunologia do sistema nervoso, destacando-se a importância de ser este um sistema compartimentado, bem como os das funções e disfunções de seus limites (barreiras), de seus antígenos próprios (proteína básica da mielina, por exemplo) e dc sua habilidade de imuno-resposta e/ou adaptação a antígenos próprios e não-próprios.

Em continuação segue cuidadosa revisão de aspectos clínicos, terapêuticos e imunopatológicos da miastenia grave, assim como é feita menção à poliomiosite, síndrome de Guillain-Barré, paralisia de Bell, esclerose lateral amiotrófica. Atualiza os conhecimentos sobre a esclerose múltipla, quanto a aspectos etiológicos, clínicos, fisiopatológicos, terapêuticos; em especial, aspectos da etiopatogenia relacionados à imunidade celular (diminuição da população linfocitária T supressora) são analisados. As principais alterações imunobiológicas sobre ataxiateleangiectasia, epilepsias, poliomielite, infecções bacterianas, virais e fúngicas do sistema nervoso central, complicações neurológicas pós-vacinais, síndromes paraneoplásicas são apresentadas, além dos aspectos imunológicos e imunoterápicos das neoplasias do sistema nervoso central. Finalizando, são apresentados temas sobre patologias sistêmicas com acometimento e/ou repercussões no sistema nervoso, como lupus eritematoso, sistêmico, doença reumatóide e angiite necrotizante.

Criteriosa revisão bibliográfica, visando aos que desejam se aprofundar na matéria, complementa a maioria dos capítulos.

O editor de Arquivos de Neuro-Psiquiatria cumprimenta os editores da obra pelo arrojo neste empreendimento de vanguarda, visto ser hoje a imunologia a linguagem em evolução da futura arte médica.

O. LANGE

HUNTINGTON'S CHOREA. M. R. HAYDEN. Um volume encadernado (16,5x25 cm) com 192 páginas e 69 figuras. Springer Verlag, Berlin, 1981.

Como informa o autor no prefácio, esta monografia é a continuação de sua tese para a obtenção do título de Ph.D em Medicina, na Universidade da Cidade do Cabo, África do Sul, em 1979. Sua casuística é constituída de 120 pacientes examinados pessoalmente e de 400 outros, cuidadosamente, selecionados.

O que ressalta neste livro é a amplitude com que o tema é abordado. Não se restringe o autor a apresentar elementos puramente clínicos ou laboratoriais, mas se estende em aspectos históricos, epidemiológicos, evolução natural, quadro clínico, na anátomopatologia, na genética e na perspectiva social de pacientes com a moléstia. O tratamento e o estado atual das pesquisas sobre o assunto são também objetos de análise. Esses dados são muito bem condensados, em um volume relativamente pequeno para o número de informações fornecidas ao leitor.

Apesar de a moléstia ter sido configurada como uma entidade clínica em 1872 por George, Huntington, o autor enfatiza a necessidade da revisão no conhecimento dos antecedentes históricos referentes aos movimentos involuntários, que antecedem esse evento. Estes foram, na Idade Média, associados a crenças e magias, e, somente no século XVI, Paracelso anteviu neles a participação do sistema nervoso. A preocupação cultural do autor se reflete na própria capa do livro, em que é reproduzida gravura de H. Honduis, representando duas mulheres acometidas da chamada «mania da dança», contidas por outras pessoas. A digressão sobre o período pré-científico da doença constitui-se em atraente leitura. Inclui esse capítulo ainda, considerações sobre a contribuição do conhecido clínico inglês Thomas Sydenham à descrição sintomatológica do quadro coreico, e sobre os relatos de Hunt, Elliotson, Waters, Gorman e Lund, precursores de Huntington no relato da doença. Em excelente esquema diagramático, de cunho didático, o autor sintetiza a evolução do conceito nosológico das coréias, desde a Idade Média até o século XX.

No capítulo de genealogia e distribuição geográfica é analisada a origem do gen responsável pela doença e sua rota de disseminação pelo mundo. Na parte referente à clínica, os vários sintomas são detalhados, cada um de per si. Há também, aí, um item sobre outras formas da moléstia, como a variante de Westphal e a forma juvenil. No que se refere aos exames complementares, além do eletrencefalograma, pneumencefalograma e dados angiográficos, o autor revê a contribuição da tomografia axial computadorizada, salientando especialmente os estudos de Terrence.

O aparecimento de mutações desencadeantes do quadro clínico, formas heterezigóticas e homozigóticas, aspectos genéticos habituais da forma juvenil da moléstia e uma extensa orientação, de interesse prático para o clínico, sobre aconselhamento genético estão incluídos no capítulo referente à genética da moléstia.

Além de uma tentativa de racionalizar a farmacoterapia, há também tópicos que enriquecem o conhecimento do clínico para a orientação de famílias acometidas pela moléstia, como suas consequências psicossociais, mecanismos psicológicos de defesa e a orientação de pessoas, que do ponto de vista genético, correm o risco de serem acometidas por ela. Aspectos médico-legais consequentes ao comportamento antissocial de alguns desses pacientes são também analisados.

De interesse prático são os apêndices do livro, respectivamente, sobre: cálculo de probabilidade de contrair a doença por pacientes assintomáticos; fórmulas para determinação da média de mutação e da frequência de heterozigotos na moléstia e os nomes; endereços de organizações que se dedicam ao estudo de coréia de Huntington.

SYLVIO SARAIVA

NEUROLOGICAL ANATOMY - RELATION TO CLINICAL MEDICINE. A. BRODAL - 3ª Edição - 1 vol. com 1053 páginas - Oxford University Press, New York - Oxford, 1981.

Quando as duas primeiras edições deste livro (1948 e 1961) surgiram, por sua clareza, didática e facilidade de sua leitura e por sua utilidade prática, o «Neurological Anatomy» de Brodal tornou-se um livro de cabeceira dos jovens neurologistas que se iniciavam na especialidade. Entre essas duas edições, Alf Brodal teve o cuidado de reformular alguns Capítulos, excluindo aqueles que veiculavam conceitos já ultrapassados e escrevendo partes do livro inteiramente novas e atualizadas. Desta forma, o autor não encontrou mais justificativas para repetir os antigos e já tradicionais conceitos de «sistema motor extra-piramidal» e, por outro lado, enriqueceu a 2ª edição do livro com novos capítulos como, por exemplo, o «istema ativador reticular ascendente» e o «sistema límbico». Agora, vem a lume a 3ª edição, com todos seus componentes revistos e mais uma vez atualizados. Para essa tarefa, contou com o auxílio de eminentes assistentes, incluindo seu filho, Per Brodal, o qual se incumbiu da revisão dos capítulos concernentes a «Vias aferentes somáticas» (capítulo II), e ao «Neurônio motor periférico (capítulo III). No capítulo I, A. Brodal, professor Emérito de Anatomia da Universidade de Oslo, Noruega e antigo Residente da Unidade de Neuro-Psiquiatria da mesma Universidade, analisou esmiuçadamente os métodos de investigação utilizados em neuro-fisiologia, dedicando-se especialmente ao estudo de suas correlações recíprocas. De importância transcendental para a compreensão da patologia neurológica é o capítulo IV em que Brodal e Rinvik analisaram as diversas vias que medeiam as influências supraespinhais sobre a medula espinhal, assim como revêem o estudo das funções dos gânglios da base. Brodal insiste quanto à impropriedade do termo «síndrome do trato piramidal», pois que o quadro neurológico assim denominado não se acompanha de verdadeira lesão do sistema piramidal.

O estudo do cerebelo é tema do 5º capítulo em que o autor esmiuça particularidades anatômicas do cerebelo, de seus hemisférios, seus núcleos e suas vias, assim como a localização somatotópica dentro do órgão. Uma revisão abrangente das afecções cerebelares e seu diagnóstico, no homem, encerra este capítulo. A formação reticular com alguns dos núcleos com ela relacionados é tema do capítulo VI. Particular atenção merece, nesse capítulo, o estudo do sono e da consciência, quer em seus aspectos fisiopatológicos quer nos clínicos. O capítulo VIII é dedicado ao estudo dos nervos cranianos, de início, considerados de modo abrangente e a seguir, particularizados, em ordem decrescente. O sistema ótico, o sistema auditivo e o sistema olfatório são objeto de três excelentes capítulos, (VII, IX, X). O intrincado sistema autonômico e o hipotalamo são clara e didaticamente revistos no capítulo XI. A cortex cerebral, sua estrutura, sua citoarquitetura, suas conexões assim como as funções de suas diversas áreas e as respectivas interações constituem o capítulo XII. Com ele, Brodal encerra esta obra que, não duvidamos, continuará permanecendo o livro de cabeceira de residentes e neurologistas.

ROBERTO MELARAGNO FILHO

FUNDAMENTOS DE NEUROPSICOLOGIA. A. R. LURIA. Um volume (14x21 cm) em brochura com 346 páginas e 76 figuras. Tradução para o português de Juarez A. Ricardo. Editora Universidade de São Paulo e Livros Técnicos e Científicos Editora S/A. São Paulo, 1981.

Trata-se de primorosa tradução para o vernáculo de uma das mais importantes obras de Luria, mediante a qual procura ele de forma sintética e clara difundir suas idéias e dados sobre o problema do cérebro humano funcionando como um todo. Enfatizando a compreensão do dinamismo das disfunções cerebrais e sua relação com as áreas encefálicas afetadas, apresenta Luria a matéria em três partes.

Na primeira parte é feito exame crítico dos conceitos básicos de função, localização e sintoma. Após rever inicialmente noções sobre zonas funcionais do cérebro, desenvolve seus conceitos fundamentais (capítulo 2) sobre as três unidades que funcionam de modo conjugado. A primeira unidade, fundamental e responsável pelo estado de vigília, permite à segunda unidade - receptora - e à unidade efetora manter o contato com o mundo exterior. A exposição da interação dessa primeira unidade, a formação reticular, com as outras duas é realizada de maneira clara e lógica, dando o devido mérito a Pavlov e a seu companheiro de trabalho Anokhin. A análise do nível ótimo de tono cortical, cuja descoberta data de 30 anos, é detalhada, dada sua importância e por revelar a organização vertical de todas as estruturas do cérebro. Luria descreve os experimentos sobre a formação reticular ascendente e descendente que a partir do tronco cerebral atingem o tálamo, mesencéfalo e medula espinal, bem como desempenham papel decisivo na ativação do córtex e na regulação do estado de sua atividade. Com essa descrição, Luria caracteriza a primeira unidade funcional do cérebro. A segunda unidade funcional ocupa as regiões posteriores e inclui as áreas occipital, temporal e parietal. A terceira unidade está localizada nas regiões anteriores ao giro pré-central, sendo a via de saída desta unidade o córtex motor. Luria se distancia da concepção localizacionista, progredindo no estudo da correlação mente-cérebro, ainda um mistério para os estudiosos.

Na segunda parte do livro, o complexo do sistema funcional é analisado de maneira didática e segundo sua concepção de que, «os sistemas individuais que constituem o cérebro humano e o papel de zonas individuais dos hemisférios cerebrais na tarefa de formar as condições necessárias para que formas superiores de atividade mental possam ocorrer».

Na terceira parte do livro, Luria analisa a organização cerebral da percepção e da ação, da atenção e da memória, da fala e dos processos intelectuais. O seu objetivo foi lançar os fundamentos de uma análise da estrutura interna de processos psicológicos, mediante o uso de métodos neuropsicológicos. Esta abordagem mostra como se obtém uma vasta quantidade de informações objetivas a respeito de lesões mais complexas do cérebro humano.

Trata-se de um livro, como aconselha A. B. Lefèvre no seu excelente prefácio a esta edição brasileira, de leitura obrigatória para neurofisiologistas e especialistas em neurologia, psiquiatria e psicologia.

BEATRIZ W. F. LEFÈVRE

BRAIN/MIND. E. J. PARKINS. Um volume (14 x 21 cm) em brochura, com 76 páginas, 12 figuras e 1 tabela. Ed. Haydn House. Blackburn (Inglaterra), 1982.

Nesta obra o autor desenvolve seus conceitos sobre a teoria de que cérebro/mente devem ser compreendidos em termos de um processo de interação com o ambiente, capaz de representar e processar informações e, por conseguinte, controlar o comportamento.

Postula duas formas básicas de representação e processamento: a naturomórfica e a abstrata. A forma naturomórfica desenvolver-se-ia antes da abstrata.

O controle do comportamento é considerado em termos de homeostase. O modelo teórico do controle homeostático é desenvolvida a partir de um controle homeostático inato que evoluiria com o aprendizado, envolvendo primeiramente o sistema naturo-mórfico e secundariamente o sistema abstrato.

Após breve revisão dos aspectos psicológicos envolvidos no processo de representação e processamento de informações que abrange dois níveis: primário (inconsciente) e secundário (consciente) mostra que estão em correspondência ao sistema naturomórfico e ao sistema abstrato, respectivamente. As informações chegam ao nível secundário (consciente) durante o sono uma vez que estas resultam de informações provenientes do nível primário (inconsciente). Durante o sono, especificamente na fase REM, as informações chegariam ao cérebro, devido ao trabalho de interação entre o sistema naturomórfico e o abstrato.

O autor dá ao cérebro o significado de uma função de controle homeostático, que desenvolve, representa e processa informações. O controle homeostático inato é facilitado pelo tronco cerebral e medula espinal, enquanto que o aprendizado baseado no controle homeostático é facilitado pelo cerebelo e pelo cérebro. O cerebelo corresponde ao sistema naturomórfico operando num nível inconsciente, enquanto que o cérebro como um todo correspondente ao sistema abstrato e atua em nível consciente. As condições para a atualização das representações e informações contidas no cérebro são providas pelo sono. Com base em detalhada revisão desses dados, conclui que durante a fase REM do sono, as informações são transmitidas para o cérebro pelo cerebelo.

Com base nesse modelo teórico discute algumas enfermidades como epilepsia, esquizofrenia, parkinsonismo e depressão, mostrando que algumas características dessas afecções estão relacionadas umas com as outras e podem ser interpretadas em termos de interação entre o cerebelo e cérebro.

Parkins mostra, de maneira inovadora, o funcionamento da mente humana dentro de abordagem dinâmica, na qual a interação entre o cerebelo e o cérebro desempenham papel fundamental para o funcionamento harmonioso das funções psíquicas. A teoria «brain/mind» aborda aspectos modernos e de interesse, a todos os profissionais que se preocupam com o psiquismo humano.

MARIA LÚCIA LIVRAMENTO

BRAIN TUMORS IN THE CHEMICAL INDUSTRY. IRVING J. SELIKOFF & E. CUYLER HAMMOND, eds. Um volume em brochura (15 x 23 cm) com 364 páginas, 54 figuras e 188 tabelas. The New York Academy of Sciences, New York, 1982. Preço: US$ 75.00.

O livro é o resultado de um simpósio promovido por The New York Academy of Sciences, em outubro de 1980, e intitulado Workshop on Brain Tumors in the Chemical Industry.

Desde 1976 as entidades americanas responsáveis pela segurança e saúde dos trabalhadores, pressionadas por pedidos de esclarecimento de familiares e amigos de pessoas falecidas com tumor cerebral, solicitaram às indústrias petroquímicas e atômicas posicionamento sobre a possível relação da presença destes tumores com as substâncias tóxicas envolvidas nestes tipos de trabalho. A indústria respondeu às entidades ora cooperando ora obstruindo, de tal forma que estas resolveram promover esta conferência objetivando saber como proceder na defesa dos direitos dos trabalhadores.

No capítulo inicial é revista a incidência geral de tumor cerebral nos Estados Unidos. Conclui-se por haver um aumento lento do número de casos nos últimos 40 anos, independente de raça ou sexo dos indivíduos. No capítulo seguinte é analisada a incidência desses tumores em Rochester, no período de 1935 a 1977, e tem a finalidade de fornecer dados padrões para outros trabalhos, visto que essa cidade não possui indústrias petroquímicas e poluição ambiental significante.

Vários trabalhos são apresentados a seguir, procurando estimar a incidência, não só de tumores do sistema nervoso como de outros órgãos, na indústria química, da borracha e de derivados de petróleo. As conclusões nitidamente diferem quando a análise é feita por elementos ligados às próprias indústrias oú às entidades governamentais responsáveis pela segurança dos trabalhadores.

Na quarta e quinta partes do livro são ainda abordadas as ocorrências de tumores cerebrais em outros grupos de trabalhadores e em outras regiões do mundo, como a Suécia e a Inglaterra.

Excelentes trabalhos experimentais sobre carcinogênese induzida por diversas substâncias químicas são apresentados em seguida. Ressalta-se nesta parte a possibilidade de indução de tumor cerebral pela. simples inalação de algumas destas substâncias.

Como o livro é resultado de um simpósio, limita-se a fornecer ao leitor uma grande quantidade de dados para análise. Não existe uma conclusão categórica final. O leitor, entretanto, acaba depreendendo que motivos não faltam para se pensar que existe uma relação importante entre contato com certos produtos industriais e ocorrência de tumor cerebral, em particular gliomas malignos.

A leitura do livro é recomendável a neurologistas e neurocirurgiões, principalmente se levarmos em conta o grande desenvolvimento industrial ocorrido em nosso País nos últimos anos, com a consequente grave poluição ambiental de algumas regiões.

NILTON DOMINGOS CABRAL

THE AMDP - SYSTEM - MANUAL FOR THE ASSESSMENT AND DOCUMENTATION OF PSYCHOPATOLOGY. W. GUY & T. A. BAN, editores. Um volume em brochura (12 x 18,5) com 121 páginas, 1 figura e 3 tabelas. Springer Verlag, Berlin-Heidelberg - New York, 1982.

Pesquisar em psiquiatria sempre teve como sério entrave o encontro de dados sistematizados que pudessem ser utilizados e comparados adequadamente. Tendo este fato como norma, um grupo europeu de estudiosos em psiquiatria reuniu-se e idealizou um método, procurando estabelecer uma linguagem padronizada e precisa nesta área. Surgiu então o AMDP-SYSTEM, como uma tentativa de sanar o problema.

Trata-se de um programa que propõe uma esquematização na coleta de dados em psicopatologia e anamnese psiquiátrica, estabelecendo parâmetros comuns de abordagem, passíveis de serem processados por computação.

O sistema abre novas possibilidades às pesquisas em psiquiatria, permitindo a realização de trabalhos conjuntos entre diversos países, uma vez que possa existir um canal de comunicação uniforme e preciso.

Este livro é a tradução desse trabalho para a língua inglesa, ampliando as fronteiras e abrindo maiores perspectivas a novos trabalhos em Psiquiatria. Desnecessário é enfatizar a necessidade do seu conhecimento por aqueles que desejam realizar trabalhos científicos neste campo.

MARCIA HELENA BRANDIMARTI

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    14 Ago 2012
  • Data do Fascículo
    Mar 1983
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