Acessibilidade / Reportar erro

Aderência em epilepsias II: aspectos práticos

Compliance in epilepsy: II. practical aspects.

Resumos

Análise de 84 pacientes em relação à aderência ao tratamento. O método empregado para a avaliação da aderência constou de duas entrevistas com cada paciente, uma realizada pelo médico e outra pela enfermeira. Em nossos resultados detectamos maior número de pacientes epilépticos não-aderentes na entrevista realizada pela enfermeira (72,6%) em relação àquela conduzida pelo médico (23,3%). O esquecimento foi a principal barreira à aderência (50%). A duração do tratamento e a mudança de serviços médicos influenciaram negativamente na aderência. Por este estudo verificamos a importância de análise dos fatores que possam interferir na aderência e a utilidade da entrevista minuciosa para o diagnostico da não-aderência.


Therapeutic regimen compliance was assessed in 84 epileptic patients. The compliance measurement was biased on two interviews, one has been taken by the physician and the other by the nurse. Most patients (72,6%) were detected as non-compliance by the nurse's interview. The forgetfulness of drugs intake was found in 50% subjects. The treatment length and changes from Medical Centers were negatively associated with compliance. Our findings point out the important role of detailed interview in order to detect the most influencing factors in compliance.


CONTENTS CONTEÚDO

Neide Barreira AlonsoI; Délrio Façanha da SilvaII; Sandra Daisy PereiraI; Carlos J. Reis de CamposIII

IEnfermeira - Setor de Investigação e Tratamento das Epilepsias (SITE), Disciplina de Neurologia, Escola Paulista de Medicina (EPM)

IIDoutor em Neurologia - Setor de Investigação e Tratamento das Epilepsias (SITE), Disciplina de Neurologia, Escola Paulista de Medicina (EPM)

IIIProfessor Adjunto Doutor, Chefe do SITE - Setor de Investigação e Tratamento das Epilepsias (SITE), Disciplina de Neurologia, Escola Paulista de Medicina (EPM)

RESUMO

Análise de 84 pacientes em relação à aderência ao tratamento. O método empregado para a avaliação da aderência constou de duas entrevistas com cada paciente, uma realizada pelo médico e outra pela enfermeira. Em nossos resultados detectamos maior número de pacientes epilépticos não-aderentes na entrevista realizada pela enfermeira (72,6%) em relação àquela conduzida pelo médico (23,3%). O esquecimento foi a principal barreira à aderência (50%). A duração do tratamento e a mudança de serviços médicos influenciaram negativamente na aderência. Por este estudo verificamos a importância de análise dos fatores que possam interferir na aderência e a utilidade da entrevista minuciosa para o diagnostico da não-aderência.

SUMMARY

Therapeutic regimen compliance was assessed in 84 epileptic patients. The compliance measurement was biased on two interviews, one has been taken by the physician and the other by the nurse. Most patients (72,6%) were detected as non-compliance by the nurse's interview. The forgetfulness of drugs intake was found in 50% subjects. The treatment length and changes from Medical Centers were negatively associated with compliance. Our findings point out the important role of detailed interview in order to detect the most influencing factors in compliance.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

Dr. Carlos José Reis de Campos - Setor de Investigação e Tratamento das Epilepsias, Disciplina de Neurologia, Escola Paulista de Medicina - Rua Botucatu 740 - 04023 São Paulo SP -Brasil

Trabalho realizado com o apoio financeiro do CNPq (C.J.R.C., D.F.S.).

  • 1. Alonso NB, Silva DF, Campos CJR. Aderência em epilepsias: aspectos conceituais e fatores de influência. Arq Neuro Psiquiat (São Paulo) 1991, 49:
  • 2. Becker MH. Patient adherence to prescribed therapies. Med Care 1985, 23:539-555.
  • 3. Bonnar J, Goldberg A, Smith AJ. Do pregnant women take their iron? Lancet 1969, 1:457-458.
  • 4. Christensen DB. Drug-taking compliance: a review and synthesis. Health Services Res 1978, 13:171-187.
  • 5. Commission on Classification and Terminology of International League Against Epilepsy. Proposal for revised clinical and electroencephalographic classification of seizures. Epilepsia 1981, 22:489-501.
  • 6. Comission on Classification and Terminology of International League Against Epilepsy. Proposal for classification of epilepsies and epileptic syndromes. Epilepsia 1985, 26:268-278.
  • 7. Craig HM, Edwards JE. Adaptation in chronic illness: an ecletic model for nurses. J Adv Nurs 1983, 8:397-404.
  • 8. Davis MS. Variations in patients compliance with doctors orders : analysis of congruence between survey reponses and results of empirical investigations. J Med Educ 1966, 41:1037-1048.
  • 9. Eraker SA, Kirscht JP, Becker MH. Review: understanding and improving patient compliance. Ann Intern Med 1984, 100:258-268.
  • 10. Fletcher SW, Pappius EM, Harper SJ. Measurement of medication compliance in a clinical setting: comparison of three methods in patients prescribed digoxin. Arch Intern Med 1979, 99:635-638.
  • 11. Friedman IM, Litt IF, King: DR, Henson R, Holtzman D, Halverson D, Kraemer HC. Compliance with anticonvulsant therapy by epileptic youth. J Adolesc Health Care 1986, 7:12-17.
  • 12. Gordis L, Markowitz M, Lilienfeld AM. The inaccuracy in using interviews to estimate patient reliability in taking medications at home. Med Care 1969, 7:49-54.
  • 13. Haynes RB, Sackett DL, Gibson ES. Improvement of medication compliance in uncontrolled hypertension. Lancet 1976, 1:1265-1268.
  • 14. Haynes RB, Taylor DW, Sackett DL, Gibson ES, Bernholz CD, Mukherjee J. Can simple clinical measurements detect patient non-compliance. Hypertension 1980, 2:757-764.
  • 15. Kellaway GSM, McCrae E. The effect of counsellig on compliance failure in patient drug therapy. Nz Med J 1979, 89:161-165.
  • 16. Lisk DR, Greene SH. Drug compliance and seizure control in epileptic children. Pos-grad Med J 1985, 61:401-405.
  • 17. Litt IF, Cuskey WR. Compliance) with medical regimens during adolescence. Pediatr Clin North Am 1980, 27:3-15.
  • 18. Menezes DBC, Pereira SD. In Manual de Epilepsias. São Paulo: Arquivos da Coordena-doria de Saúde Mental do Estado de São Paulo 1986, Cp 4, p 68-77.
  • 19. Mudge PR, Turner W. Health education on epilepsy. Aust Fam Psysician 1987, 16:1356-1365.
  • 20. Nelson WJ, Edwards SA, Roberts AW, Keller RJ. Comprehensive self-medication program for epileptic patients. Am J Hosp Pharm 1978, 35:798-801.
  • 21. Padrick KP. Compliance: myths and motivators. Top Clin Nurs 1986, 7:17-22.
  • 22. Peterson GM, MacLean S, Millingen KS. Determinants of patient compliance with anticonvulsant therapy. Epilepsia 1982, 23:607-613.
  • 23. Peterson GM, McLean S, Millingen KS. A randomised trial of stratagies to improve patient compliance with anticonvulsant therapy. Elipepsia 1984, 25:412-417.
  • 24. Siegel S. Estatística Não-Paramétrica Para As Ciências Do Comportamento. São Paulo: McGraw-Hill, 1981.
  • 25. Stanaway L, Lambie DG, Johnson RH. Non-compliance with drug therapy as a cause of seizures. NZ Med J 1985, 98:150-152.
  • 26. Young MS. Strategies for improving compliance. Top Clin Nurs 1986, 7:31-38.
  • Aderência em epilepsias II. Aspectos práticos

    Compliance in epilepsy: II. Practical aspects.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      22 Fev 2011
    • Data do Fascículo
      Jun 1991
    Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO R. Vergueiro, 1353 sl.1404 - Ed. Top Towers Offices Torre Norte, 04101-000 São Paulo SP Brazil, Tel.: +55 11 5084-9463 | +55 11 5083-3876 - São Paulo - SP - Brazil
    E-mail: revista.arquivos@abneuro.org