Acessibilidade / Reportar erro

Demência por neurossífilis: evolução clínica e neuropsicológica de um paciente

Dementia by neurosyphilis: clinical and neuropsychological follow-up of a patient

Resumos

Demência é uma das manifestações da sífilis tardia e caracteriza-se por deterioração cognitiva e alteração do comportamento. Descrevemos um paciente com declínio cognitivo, alterações na personalidade, hiperatividade, alucinações, delírios, diminuição da capacidade de julgamento, perda da memória recente e sinal pupilar de Argyll Robertson devido a neurosífilis. O Mini Exame do Estado Mental (MEEM) foi 16. O líquido cefalorraquideano (LCR) mostrava 82 mg/dl de proteínas, 128 células/mm3 (98% mononucleares), VDRL 1:4 e hemaglutinação indireta para T. pallidum 1:2560. A ressonância magnética não mostrou alteração do encéfalo, mas o SPECT mostrou hipocaptação fronto-temporal à esquerda. O paciente apresentou melhora significativa após tratamento com penicilina endovenosa. O MEEM realizado 3 meses após o tratamento foi 22. Nova punção lombar mostrou normalização do LCR. Neurossífilis deve fazer parte do diagnóstico diferencial de todo paciente que se apresenta com deterioração cognitiva e alteração do comportamento. O Mini Exame do Estado Mental é útil na detecção das alterações cognitivas, permitindo quantificar a evolução e a resposta ao tratamento.

neurossíflis; demência; mini-exame do estado mental


Dementia is one of the manifestations of late syphilis and it is characterized by cognitive deterioration and behaviour disturbances. We report on a male patient with cognitive decline, behaviour disorder, hyperactivity, hallucinations, short-term memory and Argyll Robertson pupils due to neurosyphilis. Minimental state test (MST) was 16. Cerebrospinal fluid (CSF) protein concentration was 82 mg/dl, CSF-leucocyte count 128 cells/mm3 (98% mononuclear cells), CSF-VDRL 1:4, and CSF-T.pallidum haemaglutination assay 1:2560. MRI showed no cerebral alteration, but SPECT revealed left fronto-temporal hypocaptation. He received intravenous penicillin. MST done 3 months after the treatment scored 22. A new spinal tap showed normal CSF. Neurosyphilis should be part of the differential diagnosis of every patient showing cognitive deterioration and behaviour disturbances. During follow-up, MMS is an useful instrument to mesure cognitive decline and response to treatment.

neurosyphilis; dementia; minimental state test


DEMÊNCIA POR NEUROSSÍFILIS

EVOLUÇÃO CLÍNICA E NEUROPSICOLÓGICA DE UM PACIENTE

ANTONIO PEDRO VARGAS* * Serviço de Neurologia, rede SARAH de Hospitais do Aparelho Locomotor. Hospital SARAH Brasília - DF, Brasil. Aceite; 7-março-2000. , FRANCISCO JAVIER CAROD-ARTAL* * Serviço de Neurologia, rede SARAH de Hospitais do Aparelho Locomotor. Hospital SARAH Brasília - DF, Brasil. Aceite; 7-março-2000. , MARIA CRISTINA DEL NEGRO* * Serviço de Neurologia, rede SARAH de Hospitais do Aparelho Locomotor. Hospital SARAH Brasília - DF, Brasil. Aceite; 7-março-2000. , MAIRA PINTO CAUCHIOLI RODRIGUES* * Serviço de Neurologia, rede SARAH de Hospitais do Aparelho Locomotor. Hospital SARAH Brasília - DF, Brasil. Aceite; 7-março-2000. .

RESUMO - Demência é uma das manifestações da sífilis tardia e caracteriza-se por deterioração cognitiva e alteração do comportamento. Descrevemos um paciente com declínio cognitivo, alterações na personalidade, hiperatividade, alucinações, delírios, diminuição da capacidade de julgamento, perda da memória recente e sinal pupilar de Argyll Robertson devido a neurosífilis. O Mini Exame do Estado Mental (MEEM) foi 16. O líquido cefalorraquideano (LCR) mostrava 82 mg/dl de proteínas, 128 células/mm3 (98% mononucleares), VDRL 1:4 e hemaglutinação indireta para T. pallidum 1:2560. A ressonância magnética não mostrou alteração do encéfalo, mas o SPECT mostrou hipocaptação fronto-temporal à esquerda. O paciente apresentou melhora significativa após tratamento com penicilina endovenosa. O MEEM realizado 3 meses após o tratamento foi 22. Nova punção lombar mostrou normalização do LCR. Neurossífilis deve fazer parte do diagnóstico diferencial de todo paciente que se apresenta com deterioração cognitiva e alteração do comportamento. O Mini Exame do Estado Mental é útil na detecção das alterações cognitivas, permitindo quantificar a evolução e a resposta ao tratamento.

PALAVRAS-CHAVE: neurossíflis, demência, mini-exame do estado mental.

Dementia by neurosyphilis: clinical and neuropsychological follow-up of a patient

ABSTRACT ¾ Dementia is one of the manifestations of late syphilis and it is characterized by cognitive deterioration and behaviour disturbances. We report on a male patient with cognitive decline, behaviour disorder, hyperactivity, hallucinations, short-term memory and Argyll Robertson pupils due to neurosyphilis. Minimental state test (MST) was 16. Cerebrospinal fluid (CSF) protein concentration was 82 mg/dl, CSF-leucocyte count 128 cells/mm3 (98% mononuclear cells), CSF-VDRL 1:4, and CSF-T.pallidum haemaglutination assay 1:2560. MRI showed no cerebral alteration, but SPECT revealed left fronto-temporal hypocaptation. He received intravenous penicillin. MST done 3 months after the treatment scored 22. A new spinal tap showed normal CSF. Neurosyphilis should be part of the differential diagnosis of every patient showing cognitive deterioration and behaviour disturbances. During follow-up, MMS is an useful instrument to mesure cognitive decline and response to treatment.

KEY WORDS: neurosyphilis, dementia, minimental state test.

Demência era manifestação comum de acometimento do sistema nervoso central pela sífilis antes do advento da penicilina. A forma parética consistia numa das principais causas de distúrbios mentais e representava cerca de 9% das admissões de pacientes com sintomas psicóticos em hospitais psiquiátricos na primeira metade deste século1. Com o advento da penicilina, houve redução significativa no número de casos de sífilis, e, consequentemente, das formas terciárias2. Entretanto, vem se observando aumento no número de casos de sífilis na última década, o que poderá levar a aumento das formas tardias3. Uma das razões é a co-infecção pelo HIV, que pode acelerar o curso e alterar a resposta ao tratamento da sífilis3.

Descrevemos o caso de paciente imunocompetente com declínio cognitivo e alterações do comportamento devidos a neurossífilis.

CASO

Trata-se de paciente masculino, 57 anos, agricultor, escolaridade em nível básico, que iniciou a doença com ansiedade, ciúmes e reações de heteroagressividade sem propósito aparente, há cerca de 2 anos. O quadro evoluiu de forma progressiva e o paciente começou a ter dificuldades em realizar as suas atividades laborais e rotinas de cuidados pessoais apresentava choro e riso sem motivos, perda da memória sobretudo para fatos recentes, dificuldades em se expressar e disartria, sendo difícil compreender a sua fala.

Evoluiu com delírios persecutórios e alucinações auditivas e visuais. A agressividade se intensificou, passou a ter ideação obsessiva, comportamentos inapropriados, exacerbação da libido, atitudes oposicionistas e negativistas, irritabilidade aumentada e hiperatividade. Além disto, tinha distúrbio do sono, com frequentes episódios de insônia. Chegou a usar haloperidol na tentativa de se controlar a agitação psicomotora, mas desenvolveu reação aguda distônica, que reverteu com a suspensão da droga. Apresentou obstipação intestinal, com piora dos sintomas neuropsiquiátricos, após o uso de tioridazina. Houve piora da agitação psicomotora com a introdução de benzodiazepínicos.

O exame físico à admissão revelou um paciente alerta, desorientado no tempo e no espaço, confabulando, perseverando e com alentecimento da fluência verbal. O paciente tinha um importante déficit de atenção. O resultado do Mini Exame do Estado Mental foi 16, perdendo pontos em memorização, orientação têmporo-espacial, atenção, cálculo e execução de comando seriado. A avaliação neuropsicológica foi complementada por provas da bateria BEC 96, que evidenciaram comprometimento em manipulação de dados, na resolução de problemas e denominação de figuras, prejudicada por parafasias visuais. Evoluiu com incapacidade para o trabalho, isolamento social e alteração na dinâmica familiar. O restante do exame físico não mostrou outras alterações, exceto as pupilas que estavam simétricas, mióticas, não reativas à luz, mas convergindo.

A sorologia para sífilis foi positiva, com VDRL na titulação de 1:16 e a hemaglutinação indireta para Treponema pallidum na titulação de 1:81920. O exame do líquido cefalorraquidiano (LCR) revelou concentração proteica 82 mg%, contagem de leucócitos 128 células/mm3, com 98% de mononucleares, concentração de glicose normal, o VDRL com título 1:4, hemaglutinação indireta para T. pallidum com título 1:2560. A ressonância magnética não mostrou alterações de encéfalo, mas o SPECT mostrou distribuição heterogênea do traçador com foco de hipoperfusão fronto-temporal à esquerda (Fig. 1). O restante da propedêutica, que incluiu sorologia anti-HIV, não revelou outras alterações.


Feito o diagnóstico de neurossífilis, forma parética, procedeu-se a tratamento com penicilina cristalina endovenosa por 21 dias. O paciente melhorou significativamente após o tratamento, com diminuição dos episódios de delírios e das alucinações, não apresentando mais agressividade ou hipersexualidade. Houve melhora do padrão do sono e da memória recente. O último Mini Exame do Estado Mental, realizado 3 meses após o término do tratamento, foi de 22, com recuperação na orientação espacial, na capacidade de leitura, execução e escrita, e na praxia visuo-espacial. Além da melhora clínica, verificou-se a normalização do LCR: o último exame, realizado 3 meses após o tratamento, mostrou: 3 células/mm3, proteínas de 45 mg%, e VDRL não reagente.

DISCUSSÃO

A forma parética da neurossífilis é uma meningoencefalite progressiva que ocorre cerca de 10 a 20 anos após a infecção inicial não tratada 3. Em relação às manifestações clínicas, o início geralmente é insidioso, com deterioração sutil da cognição que se manifesta como dificuldade de concentração, irritabilidade, falta de interesse e discretas alterações de memória3-7. Muitas vezes é feito o diagnóstico de depressão4,8. Frequentemente não se encontram outras alterações ao exame neurológico, exceto,como no caso do nosso paciente, presença de alterações pupilares: as pupilas de Argyll Robertson (pupilas pequenas, que não reagem à luz, mas que convergem). O quadro evolui de forma progressiva e pode mimetizar qualquer síndrome neuropsiquiátrica, mais frequentemente a demência associada a elementos paranóicos (delírios e alucinações) e a psicose maníaca. Com a progressão da doença, o paciente começa a apresentar hipotonia muscular, tremor de extremidades, disartria, convulsões, perda do controle de esfíncteres, e finalmente morte. Se não tratada, a doença progride de forma insidiosa em um período de 3 a 4 anos3.

Como os sinais e sintomas da forma parética são inespecíficos , a neurosífilis deve fazer parte do diagnóstico diferencial de todo paciente com deterioração cognitiva e alteração do comportamento3,9. Assim, sorologia para o T. pallidum é recomendável em pacientes com demência, e se os dados clínicos e laboratoriais forem sugestivos de processo infeccioso crônico, deve ser feito o exame do LCR, pois a época em que o diagnóstico é estabelecido determinará o sucesso do tratamento10. As alterações liquóricas contribuem grandemente no estabelecimento do diagnóstico. O LCR está alterado (aumento da celularidade, elevação da concentração de proteínas, testes imunológicos reativos para sífilis) em 100% dos pacientes não tratados11-13. Já que a sífilis e a infecção pelo HIV estão associadas em alta proporção atualmente devido a presença de fatores de risco e vias de transmissão comuns, a infecção pelo HIV deve ser considerada em todos os pacientes com sífilis14. Neurossífilis também deve ser suspeitada em pacientes infectados pelo HIV com sintomas neurológicos3,15,16. Indivíduos co-infectados pelo HIV podem ter evidências laboratoriais e curso clínico alterado da sífilis3,15. Diminuição da latência no desenvolvimento das manifestações terciárias tem sido sugerida15. Além disso, um diagnóstico diferencial importante, e muitas vezes difícil de ser realizado, é com a demência associada ao HIV, que pode ter manifestações semelhantes, como apatia, alterações de comportamento e discretas alterações motoras. Entretanto, acomete pacientes com imunossupressão significativa (CD4 menor que 200/mm3), tendo curso insidioso e raramente sintomas de agitação psicomotora16.

Os exames neurorradiológicos não são específicos no diagnóstico da neurossífilis, e é frequente não haver alterações à ressonância magnética ou à tomografia computadorizada. O único achado radiológico em nosso paciente foi a hipocaptação fronto-temporal à esquerda no SPECT cerebral. Zifko et al4 relatam atrofia cortical fronto-temporal difusa evidenciada à ressonância magnética de encéfalo, à tomografia computadorizada e ao SPECT. O Mini Exame do Estado Mental mostrou-se útil na detecção das alterações cognitivas e no seguimento do paciente, permitindo quantificar a evolução e a resposta ao tratamento. Outros autores também o utilizaram no seguimento dos seus pacientes, com resultados similares17-19. Entretanto, o exame do LCR continua sendo o melhor indicador da resposta ao tratamento3.

Em relação ao tratamento, este deve ser feito com penicilina endovenosa, mas não há um consenso na dose e na sua duração3. Um regime indicado é penicilina G cristalina aquosa intravenosa, na dose de 12-24 milhões de unidades, dividida em intervalos de 4 horas por 14 dias20. O tratamento impede a progressão da doença 3, e mesmo certa melhora, como a que ocorreu em nosso paciente, é relatada com frequência na literatura19-21. Entretanto, melhora significativa, ou mesmo a reversão completa dos sintomas, é pouco esperada3-5, devido a irreversível destruição dos neurônios pelo T. pallidum3. Dattner et al.22 relataram que somente 10% dos pacientes com a forma parética tiveram alguma melhora significativa. Alguns autores23 têm inclusive descrito progressão do quadro, a despeito do tratamento adequado, o que poderia ser devido a cicatrizes no tecido cerebral, e não a atividade da doença.

CONCLUSÃO

A neurossífilis deve fazer parte do diagnóstico diferencial de todo paciente com deterioração cognitiva e alteração de comportamento. O Mini Exame do Estado Mental é útil na detecção das alterações cognitivas e no seguimento do paciente, permitindo quantificar a evolução e a resposta ao tratamento.

Dr Antonio Pedro Vargas - Serviço de Neurologia, Hospital do Aparelho Locomotor - SARAH, SMHS, Quadra 301, Conjunto B, Edifício das Pioneiras Sociais - 70334-900 Brasília DF - Brasil.

  • 1. Moore M, Merritt HH. Role of syphilis of the nervous system in the production of mental disease. JAMA 1936;107:1292-1293.
  • 2. Hoshman H, Escobar MR, Kopf SW. Neurosyphilis today:a study of 241 patients. JAMA 1972;219:726-729.
  • 3. Hook EW. Syphilis. In Scheld WM, Whitley RJ, Durak DT. Infections of central nervous system. 2Ed. Philadelphia:Lippicott Raven, 1997:669-684.
  • 4. Zifko U, Schimidt B, Grisold W, Stenek G. Neurolues: ein Falbericht und Literaturubersicht uber die Differentialdiagnose Neuroborreliose. Wien Med Wochenschr 1995;145:191-144.
  • 5. Bschor T, Nurbach-Roos B, Albrecht J. Organish Genese einer maniformen Psychose: ein Fallbeispiel von progressiver Paralyse. Nervenarzt 1995;66:54-56.
  • 6. Galindo-Menendez A. Neurosifilis parenquimatosa: formas de inicio insidioso (demencia) y agudo (maniforme). Actas Luso Esp Neurol Psiquiatr Cienc Afines 1996;24:261-267.
  • 7. Gastal FL, Leite SS, Garnieletto GG, et al. Neurossífilis atípica:relato de caso. Arq Neuropsiquiatr 1995;53:494-497.
  • 8. Masmoudil K, Joly H, Rosa A, Mizon JP. La paralysie générale existe-t-elle encore chez les non sideens? Rev Med Interne 1996;17:576-578.
  • 9. Arnold SE, Kuman A. Reversible dementias. Med Clin N Am 1993;77:215-230.
  • 10. Walstra GJ, Teunisse S, Van Gool WA, Crevel H. Reversible dementia in elderly patients referred to memory clinic. J Neurol 1997;244:17-22.
  • 11. Simon RP. Neurosyphilis. Arch Neurol 1985;42:606-618.
  • 12. Bharwarnni IL, Hershey CO. The elderly psychiatric patient with positive syphilis serology:the problem of neurosyphilis. Int. J. Psychiatry Med 1998;28:333-339.
  • 13. Rodgers CA, Murphy S. Diagnosis of neurosyphilis:appraisal of clinical case load. Genitourin Med 1997;73:528-532.
  • 14. Tramont EC. Syphilis in HIV infected persons. AIDS Clin Ver 1993;94:61-72.
  • 15. Powell AL, Coyne AC, Jen L. A retrospective study of syphilis seropositivity in a cohort of demented patients. Alzheimer Dis Assoc Disord 1993;7:33-38.
  • 16. Berger JR, Simpson DM. Neurologic complications of AIDS. In Scheld WM, Whitley RJ, Durak DT. Infections of central nervous system. 2Ed. Philadelphia:Limpicott Raven, 1997:255-271.
  • 17. Power C, Johnson RT. HIV-1 associated dementia:clinical features and pathogenesis. Can J Neurol Sci 1995;22:92-100.
  • 18. Hirasawa H, Aadawa O, Koyama K, Takahashi T, Atsumi Y, Kumakura T. [A case of successful antisyphilitic treatment for a patient with general paresis.] Nippon Rosen I Gakkai Zassihi 1994;31:811-814.
  • 19. Uribe CS, Garcia FA. Neurosífilis y efecto prozona. Rev Neurol 1998;27:970-972.
  • 20. Centers for Disease Control. Sexually transmitted diseases treatment guidelines. MMWR 1989;38 (Suppl 8):9.
  • 21. Himmelmann A, Schaffner A, Greminger P. Dementielle Enticuicklung. Schw Rundsch Med Prax 1993;82:1205-1208.
  • 22. Dattner B, Thomas EW, Melb, LD. Criteria for the manegement of neurosyphilis. Am J Med 1951;10 :1463-1467.
  • 23. Wilner E, Brody JA. Prognosis of general paresis after treatment. Lancet 1968;2:1370-1371.
  • *
    Serviço de Neurologia, rede SARAH de Hospitais do Aparelho Locomotor. Hospital SARAH Brasília - DF, Brasil. Aceite; 7-março-2000.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      06 Dez 2000
    • Data do Fascículo
      Jun 2000

    Histórico

    • Aceito
      07 Mar 2000
    Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO R. Vergueiro, 1353 sl.1404 - Ed. Top Towers Offices Torre Norte, 04101-000 São Paulo SP Brazil, Tel.: +55 11 5084-9463 | +55 11 5083-3876 - São Paulo - SP - Brazil
    E-mail: revista.arquivos@abneuro.org