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Estudo de associação entre o polimorfismo serina-9-glicina do receptor dopaminérgico D3 e esquizofrenia

Study of association between the ser-9-gly polymorphism of the D3 dopaminergic receptor and schizophrenia

Resumos

Duas abordagens genético-moleculares foram realizadas para investigar a possível associação entre o polimorfismo serina-9-glicina no receptor dopaminérgico D3 e esquizofrenia. Na primeira análise, um grupo de 141 pacientes com esquizofrenia foi comparado a um grupo-controle de 189 indivíduos pareado para sexo e origem étnica. No outro estudo, foi realizada análise de 35 trios (pai e mãe não afetados e paciente com esquizofrenia). Os resultados desses estudos não apresentaram associação alélica ou genotípica estatisticamente significante com esquizofrenia. Pode-se concluir que o polimorfismo serina-9-glicina no receptor dopaminérgico D3 não é um fator de risco para desenvolver esquizofrenia na população estudada.

receptor dopaminérgico D3; polimorfismo genético; associação genética; esquizofrenia


Two molecular genetic studies were undertaken to investigate the association between a ser-9-gly polymorphism in the dopamine D3 receptor gene and schizophrenia. The first study analysed 141 schizophrenic patients and 189 matched controls. In addition, an haplotype relative risk study was performed using 35 trios (mother, father, affected offspring). No allelic or genotype association was found in both studies. We conclude that this D3 polymorphism is not a risk factor for schizophrenia in our sample.

dopamine D3 receptor; genetic polymorphism; genetic association; schizophrenia


ESTUDO DE ASSOCIAÇÃO ENTRE O POLIMORFISMO SERINA-9-GLICINA DO RECEPTOR DOPAMINÉRGICO D3 E ESQUIZOFRENIA

Quirino Cordeiro Júnior1 1 Laboratório de Neurociências (LIM-27) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP): Médico-Residente do Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP; 2 Pós-Graduando do Departamento de Fisiopatologia Experimental da FMUSP; 3 Professor Associado do Departamento de Psiquiatria da FMUSP. Apoio FAPESP processos números 97/11083-0 e 99/122205-7. , Ricardo Junqueira2 1 Laboratório de Neurociências (LIM-27) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP): Médico-Residente do Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP; 2 Pós-Graduando do Departamento de Fisiopatologia Experimental da FMUSP; 3 Professor Associado do Departamento de Psiquiatria da FMUSP. Apoio FAPESP processos números 97/11083-0 e 99/122205-7. ,Homero Vallada3 1 Laboratório de Neurociências (LIM-27) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP): Médico-Residente do Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP; 2 Pós-Graduando do Departamento de Fisiopatologia Experimental da FMUSP; 3 Professor Associado do Departamento de Psiquiatria da FMUSP. Apoio FAPESP processos números 97/11083-0 e 99/122205-7.

RESUMO - Duas abordagens genético-moleculares foram realizadas para investigar a possível associação entre o polimorfismo serina-9-glicina no receptor dopaminérgico D3 e esquizofrenia. Na primeira análise, um grupo de 141 pacientes com esquizofrenia foi comparado a um grupo-controle de 189 indivíduos pareado para sexo e origem étnica. No outro estudo, foi realizada análise de 35 trios (pai e mãe não afetados e paciente com esquizofrenia). Os resultados desses estudos não apresentaram associação alélica ou genotípica estatisticamente significante com esquizofrenia. Pode-se concluir que o polimorfismo serina-9-glicina no receptor dopaminérgico D3 não é um fator de risco para desenvolver esquizofrenia na população estudada.

PALAVRAS-CHAVE: receptor dopaminérgico D3, polimorfismo genético, associação genética, esquizofrenia.

Study of association between the ser-9-gly polymorphism of the D3 dopaminergic receptor and schizophrenia

ABSTRACT - Two molecular genetic studies were undertaken to investigate the association between a ser-9-gly polymorphism in the dopamine D3 receptor gene and schizophrenia. The first study analysed 141 schizophrenic patients and 189 matched controls. In addition, an haplotype relative risk study was performed using 35 trios (mother, father, affected offspring). No allelic or genotype association was found in both studies. We conclude that this D3 polymorphism is not a risk factor for schizophrenia in our sample.

KEY WORDS: dopamine D3 receptor, genetic polymorphism, genetic association, schizophrenia.

A hipótese dopaminérgica envolvida na fisiopatologia da esquizofrenia vem do fato dos antipsicóticos exercerem sua ação bloqueando os receptores de dopamina. Os receptores dopaminérgicos do tipo D2 foram os primeiros a serem reconhecidos como alvos dos antipsicóticos clássicos1. Entretanto, outros receptores dopaminérgicos, como o D32, passaram a ser envolvidos nos mecanismos de ação dos antipsicóticos, evidenciando um provável papel na fisiopatologia da esquizofrenia1. Estudos "in vivo" em cobaias, mostraram que o uso de antipsicóticos, tanto os clássicos como os de nova geração, elevam os níveis intraneuronais de mRNA do receptor D33.

A localização preferencial desses receptores no sistema nervoso central pode fornecer indícios acerca de seu papel em alguns transtornos mentais. Os receptores D3 estão predominantemente localizados no sistema límbico, e sabe-se que algumas alterações cognitivas e afetivas presentes em pacientes com esquizofrenia estão relacionadas a disfunções nesse sistema. Assim, tal receptor surge como um dos candidatos para desempenhar papel importante na fisiopatologia da esquizofrenia4.

Estudos genéticos recentes envolvendo o receptor D3 têm focado uma mudança de aminoácidos que ocorre em sua porção extracelular5. Uma mudança nucleotídica de alanina (A) por guanina (G) resulta em substituição de aminoácido (serina por glicina) na posição 9 da proteína (receptor D3). Não há evidências de que esse polimorfismo do receptor D3 afete a ação de drogas antipsicóticas, nem o processo de transdução, porém tal alteração poderia influenciar sua inserção na membrana neuronal5.

O primeiro estudo de associação entre o polimorfismo alélico serina-9-glicina no gene do receptor D3 mostrou um excesso de homozigose (alelos iguais) quando comparados pacientes com esquizofrenia e controles (p=0,0001), em uma população combinada de caucasianos da França e País de Gales6. Estudos posteriores realizados em populações caucasianas7-16 e asiáticas17-22 tentaram replicar esse achado, porém sem sucesso. Por outro lado, Shaikh et al.23 e Spurlock et al.24, em estudo multicêntrico europeu (European Multicentre Association Study of Schizophrenia), encontraram associação entre o polimorfismo alélico em questão e esquizofrenia. Três estudos de meta-análise também demonstraram essa associação23,25,26.

Outros estudos têm encontrado associações entre o polimorfismo alélico serina-9-glicina e algumas populações específicas de esquizofrênicos. Nimgoankar et al.7 demonstraram associação entre esquizofrenia em pacientes com história familiar desse transtorno e homozigose para o alelo que dá origem à serina na posição 9 do receptor D3 (genótipo 1-1). Jönsson et al.9 e Scharfetter et al.27 encontraram um excesso dessa mesma homozigose em esquizofrênicos bons respondedores a antipsicóticos, enquanto Mant et al.12 demonstraram um excesso também dessa homozigose em esquizofrênicos bons respondedores a antipsicóticos, com história familiar desse transtorno e do sexo masculino. Krebs et al.28 encontraram associação em esquizofrênicos que faziam uso de drogas no passado, e Steen et al.29 e Basile et al.30 em pacientes que desenvolveram discinesia tardia.

Alguns autores têm estudado uma possível associação entre esse polimorfismo genético e outros transtornos psiquiátricos. Shaikh et al.31 não conseguiram estabelecer associação desse polimorfismo com transtorno afetivo bipolar. Dikeos et al.32 encontraram associação entre o alelo 2 (glicina-9) e depressão. Mais recentemente, o receptor D3 também vem sendo estudado em pacientes dependentes de cocaína33.

Os estudos realizados até o momento para verificar a associação entre o polimorfismo serina-9-glicina no receptor D3 e esquizofrenia foram do tipo caso-controle. Essa modalidade de estudo pode apresentar resultados falso-positivos (erro tipo I), caso o grupo-controle não seja pareado adequadamente no que tange à origem étnica, pois a frequência alélica varia de uma etnia para outra. Uma estratégia recente para evitar o erro tipo I é a realização de estudos com trios, já que o genótipo dos pacientes são originados através da distribuição aleatória dos alelos de seus pais, logo a identificação de um determinado alelo associado com a doença seria aquele presente no paciente em uma frequência maior que aquela esperada por acaso. Assim, no presente trabalho serão realizados os dois tipos de estudos genético-moleculares, investigando uma possível associação entre esquizofrenia e o polimorfismo serina-9-glicina no gene do receptor D3, tratando-se do primeiro estudo utilizando uma amostra brasileira.

MÉTODO

1. SUJEITOS

Todos os sujeitos que participaram dos estudos foram previamente informados sobre a pesquisa, e logo após assinavam um termo de consentimento (os estudos foram aprovados pela Comissão de Ética para Análise de Projetos de Pesquisa – CAPPesq da Diretoria Clínica do Hospital das Clínicas e da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).

1.1. Estudo de caso-controle (associação)

A) Grupo de pacientes - Um total de 141 pacientes com diagnóstico de esquizofrenia, de acordo com a Classificação Internacional da Doenças (10 ª edição) (CID-10), de origem étnica distinta, de ambos os sexos, foi recrutado dos ambulatórios e enfermarias do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPq HC-FMUSP).

B) Grupo-controle - Um grupo controle pareado por sexo, idade e origem étnica foi constituído de 189 pessoas, recrutadas no Banco de Sangue do HC-FMUSP.

1.2. Estudo com trios

Foram selecionados 35 trios (pai e mãe não afetados, filho com esquizofrenia, segundo os critérios da CID-10). Os pacientes que compunham esses trios eram acompanhados nos ambulatórios e enfermarias do IPq-FMUSP e não faziam parte da amostra de pacientes do estudo de caso-controle.

2. ANÁLISE DO DNA

O DNA das pessoas que participaram do estudo foi extraído dos linfócitos obtidos a partir de uma amostra de seu sangue venoso periférico, seguindo procedimento padrão (kit para extração de DNA Nucleon II, Scotlab). A região do gene que codifica o receptor dopaminérgico do subtipo D3 e que contém o polimorfismo serina-9-glicina foi amplificada através da reação em cadeia da polimerase (PCR), de acordo com as condições descritas por Lannfelt et al (1992). O primer usado para a realização do PCR foi 5'GCTCTATCTCCAACTCTCACA 3' (sense) e 5'AAGTCTACTCACCTCCAGGTA 3' (anti-sense). O PCR foi realizado em um volume total de 20 µl, contendo 25 ng de DNA genômico, 5 pmol de cada oligonucleotídeo do primer , 1,5 mM de MgCl2, 50 mM de KCl, 10 mM de TRIS-HCl em pH 8,3, 0,2 mM de dNTPs (Amersham) e 0,5 UTaq DNA polimerase (ampli Taq, Perkin-Elmer Cetus).Os produtos do PCR (sequências específicas de DNA com 462 pares de bases) foram digeridos com um isômero da enzima BalI, MscI (Gibco-BRL), resultando em produtos de 304 pares de bases (alelo 1, serina-9) ou 206 e 98 pares de bases (alelo 2, glicina-9). Bandas constantes de 47 e 111 pares de bases também eram produzidas. Antes da digestão, a efetividade do PCR era verificada através da realização de um teste em gel de agarose a 1%.

3. ANÁLISE ESTATÍSTICA

A frequência dos alelos e a dos genótipos do grupo de pacientes e do grupo controle foram analisadas através de um teste de qui-quadrado usando o pacote estatístico STATA para Windows versão 6.034. Através do programa HWE35 foram também analisadas as distribuições dos genótipos nos grupos controles e de pacientes e comparados com as frequências esperadas quando em equilíbrio de Hardy-Weinberg. Para a análise estatística dos trios utilizou-se o programa ETDT36.

RESULTADOS

As frequências dos genótipos dos grupos controle e de pacientes indicam que as variantes serina-9-glicina estão dentro do esperado no equilíbrio de Hardy-Weinberg. Além disso não foi observada diferença estatisticamente significante nas frequências dos alelos e dos genótipos entre pacientes e controles (Tabela). A análise dos 35 trios, realizada através do programa estatístico ETDT, também não demonstrou preferência de transmissão alélica para nehuma das duas variantes polimórficas.

DISCUSSÃO

O presente estudo investigou a distribuição alélica do polimorfismo serina-9-glicina no gene que codifica o receptor dopaminérgico subtipo D3, através da comparação de um grupo de pacientes com esquizofrenia e um grupo controle, além de um estudo com trios que utiliza um desenho metodológico mais cuidadoso. Esse estudo apresenta a originalidade de ser o primeiro estudo a investigar as variantes serina-9-glicina em uma amostra brasileira, e também o primeiro a utililisar a metodologia com trios (controles internos).

Poder-se-ia considerar como falso-negativos os resultados apresentados se os grupos comparados (esquizofrênicos e controles) não tivessem sido pareados segundo a origem étnica34. Além disso, o fato do grupo de pacientes e dos controles não demonstrarem desvio do equilíbrio de Hardy-Weinberg confirma que esses grupos são amostras representativas de suas populações e dessa forma reforçam os resultados analisados. Outro fato que também reforça os resultados do trabalho é que o estudo com trios foi concordante com o de caso-controle, o que ajuda a eliminar a possibilidade de interferências da questão étnica.

Apesar de estudos anteriores demonstrarem a existência de associação entre o polimorfismo em questão e esquizofrenia 6,23,24 , sendo confirmado por três estudos de meta-análise23,25,26, é necessário cautela na interpretação desses resultados. Há um número ainda maior de trabalhos da literatura que não confirmam esse achado7-22 . É importante lembrar a existência de um viés de publicação para os trabalhos com resultados positivos. Trabalhos com resultados negativos são mais facilmente rejeitados pelos editores das revistas ou o próprio grupo de pesquisa que realizou o estudo perde o interesse em publicá-lo por ser negativo. Em outras palavras, o número de trabalhos negativos na literatura é subestimado.

Em conclusão, a distribuição alélica observada no presente estudo sugere que não há associação alélica ou genotípica entre as variantes serina-9-glicina do gene que codifica o receptor D3 e esquizofrenia. Apesar desse polimorfismo não estar associado como fator de risco para esquizofrenia na população estudada, ele poderá estar envolvido em outras áreas correlatas como na resposta terapêutica a determinadas drogas (por exemplo, a amisulprida, um antipsicótico que age preferencialmente em receptores D2 e D3), ou na susceptibilidade para o desenvolvimento de efeitos colaterais a antipsicóticos (por exemplo, a discinesia tardia30).

Agradecimentos - Somos muito gratos à colaboração do Dr. Guilherme Peres Messas, Eliza Hiromi Ikenaga, Daniela Jardim e Girlene Laurita de Sena na realização desse trabalho.

Recebido 18 Julho 2000. Recebido na forma final 13 Novembro 2000. Aceito 16 Novembro 2000.

Dr. Quirino Cordeiro Jr. - Laboratório de Neurociências (LIM-27) do Instituto de Psiquiatria do HC da FMUSP - Rua Dr. Ovídio Pires de Campos s/n - 05403-010 São Paulo SP - Brasil. Telefone: 3069 7283.

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    Laboratório de Neurociências (LIM-27) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP):
    Médico-Residente do Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP;
    2
    Pós-Graduando do Departamento de Fisiopatologia Experimental da FMUSP;
    3
    Professor Associado do Departamento de Psiquiatria da FMUSP. Apoio FAPESP processos números 97/11083-0 e 99/122205-7.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      07 Jun 2001
    • Data do Fascículo
      Jun 2001

    Histórico

    • Aceito
      16 Nov 2000
    • Revisado
      13 Nov 2000
    • Recebido
      18 Jul 2000
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