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Incorporação de resistência ao mosaico Y em tomateiro

Incorporation of resistance to virus Y in tomato varieties

Resumos

Sessenta tipos de tomateiros, entre selvagens e cultivados, foram testados por inoculação mecânica quanto à sua resistência a estirpes do vírus Y comuns em tomatais no Estado de São Paulo. Um nível satisfatório de resistência foi encontrado em L. pimpinellifolium NAV 1062 e numa variedade de tomate originária do Peru (P.I. 126410). Cruzamentos e retrocruzamentos entre L. pimpincllifolium NAV 1062 e P.I. 126410 com a variedade Santa Cruz e entre os dois primeiros tipos resistentes entre si indicaram que o caráter, alto nível de resistência ao vírus Y destes, é condicionado pelo mesmo par de gens recessivos. Progenies resultantes do cruzamento Santa Cruz x P. I. 126410 mostraram-se mais promissoras que as do cruzamento Santa Cruz x Lycopersicon pimpinellifolium NAV 1062. Seleções feitas em gerações avançadas do primeiro cruzamento, seguidas ou não de retrocruzamentos, deram origem a três grupos de linhagens que possuem características comerciais comparáveis às da variedade Santa Cruz e incorporam nível satisfatório de resistência a estirpes do grupo Y comuns em tomatais. Uma delas, denominada Angela, está sendo distribuída a lavradores, em caráter semi-experimental.


Wild and cultivated tomato types were screened by mechanical inoculation, for resistance to strains of the potato virus Y complex common in tomato plantings in the State of São Paulo, Brazil. Out of 60 types tested, immunity to virus Y was found in Lycopersicon peruvianum var. detatum (P. I. 128660) and L. peruvianumvar. humifusum (P. I. 127829); a satisfactory resistance level was found in L. pimpinellifolium NAV 1062 and in an introduction from Peru (P. I. 126410). Difficulties were encountered in obtaining viable hybrids between the immune source plants (Lycopersicon peruvianum) and the cultivated tomato varieties. This fact prevented the study of the inheritance of immunity to virus Y in tomato and its incorporation to cultivated types. The behavior crosses, and from backcrosses between Lycopersicon pimpinellifolium NAV 1062, P. I. 126410, and the commercial variety Santa Cruz indicated that the high level of resistance of the first two types to strains of the Y virus is conditioned by the same pair of recessive genes. Progenies derived from the cross Santa Cruz x P. I. 126410 were more promising than those from the cross Santa Cruz x Lycopersicon pimpinellifolium NAV 1062. Selections made in advanced generations of the former cross followed or not by backcrossing originated 3 groups of progenies. These tomato plants possess commercial characteristics comparable to those of the Santa Cruz variety and incorporate a satisfactory level of resistance to strains of the Y virus. One of the lines selected was named Ângela and is being released to growers for large scale testing.


Incorporação de resistência ao mosaico Y em tomateiro* * Trabalho apresentado na VII Reunião Anual da Sociedade de Olerlcultura do Brasil, Rio de Janeiro, 1967.

Incorporation of resistance to virus Y in tomato varieties

Hiroshi Nagai; A. S. Costa

Engenheiros-agrônomos, Seção de Virologia, Instituto Agronômico

SINOPSE

Sessenta tipos de tomateiros, entre selvagens e cultivados, foram testados por inoculação mecânica quanto à sua resistência a estirpes do vírus Y comuns em tomatais no Estado de São Paulo. Um nível satisfatório de resistência foi encontrado em L. pimpinellifolium NAV 1062 e numa variedade de tomate originária do Peru (P.I. 126410).

Cruzamentos e retrocruzamentos entre L. pimpincllifolium NAV 1062 e P.I. 126410 com a variedade Santa Cruz e entre os dois primeiros tipos resistentes entre si indicaram que o caráter, alto nível de resistência ao vírus Y destes, é condicionado pelo mesmo par de gens recessivos.

Progenies resultantes do cruzamento Santa Cruz x P. I. 126410 mostraram-se mais promissoras que as do cruzamento Santa Cruz x Lycopersicon pimpinellifolium NAV 1062. Seleções feitas em gerações avançadas do primeiro cruzamento, seguidas ou não de retrocruzamentos, deram origem a três grupos de linhagens que possuem características comerciais comparáveis às da variedade Santa Cruz e incorporam nível satisfatório de resistência a estirpes do grupo Y comuns em tomatais. Uma delas, denominada Angela, está sendo distribuída a lavradores, em caráter semi-experimental.

SUMMARY

Wild and cultivated tomato types were screened by mechanical inoculation, for resistance to strains of the potato virus Y complex common in tomato plantings in the State of São Paulo, Brazil. Out of 60 types tested, immunity to virus Y was found in Lycopersicon peruvianum var. detatum (P. I. 128660) and L. peruvianumvar. humifusum (P. I. 127829); a satisfactory resistance level was found in L. pimpinellifolium NAV 1062 and in an introduction from Peru (P. I. 126410).

Difficulties were encountered in obtaining viable hybrids between the immune source plants (Lycopersicon peruvianum) and the cultivated tomato varieties. This fact prevented the study of the inheritance of immunity to virus Y in tomato and its incorporation to cultivated types.

The behavior crosses, and from backcrosses between Lycopersicon pimpinellifolium NAV 1062, P. I. 126410, and the commercial variety Santa Cruz indicated that the high level of resistance of the first two types to strains of the Y virus is conditioned by the same pair of recessive genes.

Progenies derived from the cross Santa Cruz x P. I. 126410 were more promising than those from the cross Santa Cruz x Lycopersicon pimpinellifolium NAV 1062. Selections made in advanced generations of the former cross followed or not by backcrossing originated 3 groups of progenies. These tomato plants possess commercial characteristics comparable to those of the Santa Cruz variety and incorporate a satisfactory level of resistance to strains of the Y virus. One of the lines selected was named Ângela and is being released to growers for large scale testing.

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LITERATURA CITADA

Recebido para publicação em 25 de novembro de 1968.

  • 1. COSTA, A. S.; CARVALHO, ANA MARIA B. & KITAJIMA, E. W. Risca do tomateiro em Săo Paulo, causada por estirpe do vírus Y. Bragantia 19:1111-1128, 1960.
  • 2. ________; NAGAI, H. & KITAJIMA, E. W. Estirpe do vírus Y de valor experimental. Bragantia 28:65-70, 1969.
  • *
    Trabalho apresentado na VII Reunião Anual da Sociedade de Olerlcultura do Brasil, Rio de Janeiro, 1967.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      24 Mar 2009
    • Data do Fascículo
      Jan 1969

    Histórico

    • Recebido
      25 Nov 1968
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