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Regimes hídricos e doses de fósforo em cafeeiro

Water regimes and phosphorus levels on coffee plants

Resumos

O trabalho objetivou estudar os crescimentos vegetativo e reprodutivo e a produtividade de cafeeiro sob três regimes hídricos e quatro doses de adubação fosfatada, no segundo ano após a poda, em solo de Cerrado. A cultivar utilizada foi a Catuaí Rubi MG 1192, Coffea arabica L., com 7.143 plantas ha-1. Os regimes hídricos aplicados foram: sem suspensão da irrigação, feita o ano todo (I); e a partir de 24/6/07, com suspensão da irrigação por 70 dias (SI70); e com suspensão da irrigação por 109 dias (SI109). Os tratamentos SI70 e SI109 foram interrompidos por uma chuva de 12 mm (1.º/10/07), que visualmente induziu a floração. As quatro doses anuais de adubação fosfatada foram: 0 (P0), 100 (P100), 200 (P200) e 400 (P400) kg de P2O5 ha-1. O delineamento experimental foi o de blocos completos ao acaso com o regime hídrico na parcela e a dose de fósforo na subparcela, com três repetições. As doses de fósforo (P200) e (P400) proporcionaram aumento no comprimento e área foliar de ramos, número de frutos e na produtividade de grãos. Os regimes hídricos SI70 e SI109 proporcionaram as maiores porcentagens de frutos cereja e a maior e menor produtividade de grãos respectivamente.

crescimento; déficit hídrico; irrigação; nutrição; produtividade


This work aimed to study the vegetative and reproductive growth and yield of coffee plants under three water regimes and four phosphorus fertilization doses, on second year after pruning on cerrado soil. The cultivar used was Catuai Rubi, MG 1192, Coffea arabica L. with 7,143 plants ha-1. Water regimes were: all year round irrigation (I); after June 24th, 2007, irrigation was stopped for 70 days (SI70) and for 109 days (SI109). Treatments SI70 e SI109 were interrupted with a rainfall of 12 mm (October 1st, 2007), which visually caused flowering initiation. The four phosphorus doses were: 0 (P0), 100 (P100), 200 (P200) e 400 (P400) kg of P2O5 ha-1. The experiment was arranged in randomized complete block design for water regime with phosphorus doses as split plot and three replications. The highest doses of phosphorus (P200) and (P400) provided increases in branch length, leaf area, number of fruits and grain yield. Water regimes SI70 and SI109 provided higher cherry fruit percentage and the highest and lowest grain yield, respectively.

irrigation; growth; nutrition; water deficit; yield


FITOTECNIA

ARTIGO

Regimes hídricos e doses de fósforo em cafeeiro

Water regimes and phosphorus levels on coffee plants

Ana Carolina MeraI; Carlos Alberto da Silva OliveiraI, * * Autor correspondente: dasilvao@unb.br ; Antônio Fernando GuerraII; Gustavo Costa RodriguesII

IUniversidade de Brasília, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Brasília (DF)

IIEmbrapa Cerrados, Caixa Postal 08223, 73301-970 Planaltina (DF)

RESUMO

O trabalho objetivou estudar os crescimentos vegetativo e reprodutivo e a produtividade de cafeeiro sob três regimes hídricos e quatro doses de adubação fosfatada, no segundo ano após a poda, em solo de Cerrado. A cultivar utilizada foi a Catuaí Rubi MG 1192, Coffea arabica L., com 7.143 plantas ha-1. Os regimes hídricos aplicados foram: sem suspensão da irrigação, feita o ano todo (I); e a partir de 24/6/07, com suspensão da irrigação por 70 dias (SI70); e com suspensão da irrigação por 109 dias (SI109). Os tratamentos SI70 e SI109 foram interrompidos por uma chuva de 12 mm (1.º/10/07), que visualmente induziu a floração. As quatro doses anuais de adubação fosfatada foram: 0 (P0), 100 (P100), 200 (P200) e 400 (P400) kg de P2O5 ha-1. O delineamento experimental foi o de blocos completos ao acaso com o regime hídrico na parcela e a dose de fósforo na subparcela, com três repetições. As doses de fósforo (P200) e (P400) proporcionaram aumento no comprimento e área foliar de ramos, número de frutos e na produtividade de grãos. Os regimes hídricos SI70 e SI109 proporcionaram as maiores porcentagens de frutos cereja e a maior e menor produtividade de grãos respectivamente.

Palavras-chave: crescimento, déficit hídrico, irrigação, nutrição, produtividade.

ABSTRACT

This work aimed to study the vegetative and reproductive growth and yield of coffee plants under three water regimes and four phosphorus fertilization doses, on second year after pruning on cerrado soil. The cultivar used was Catuai Rubi, MG 1192, Coffea arabica L. with 7,143 plants ha-1. Water regimes were: all year round irrigation (I); after June 24th, 2007, irrigation was stopped for 70 days (SI70) and for 109 days (SI109). Treatments SI70 e SI109 were interrupted with a rainfall of 12 mm (October 1st, 2007), which visually caused flowering initiation. The four phosphorus doses were: 0 (P0), 100 (P100), 200 (P200) e 400 (P400) kg of P2O5 ha-1. The experiment was arranged in randomized complete block design for water regime with phosphorus doses as split plot and three replications. The highest doses of phosphorus (P200) and (P400) provided increases in branch length, leaf area, number of fruits and grain yield. Water regimes SI70 and SI109 provided higher cherry fruit percentage and the highest and lowest grain yield, respectively.

Key words: irrigation, growth, nutrition, water deficit, yield.

1. INTRODUÇÃO

Em 2008, o Brasil produziu 46 milhões de sacas de 60 kg de café beneficiado, segunda maior safra dos últimos dez anos, e para 2009, o país deverá colher entre 36,9 e 38,8 milhões de sacas das quais aproximadamente 70% são de café arábico (CONAB, 2009).

Com o crescente avanço da cafeicultura de cerrado, devido às restrições hídricas e à baixa fertilidade natural desses solos, torna-se necessária a aplicação de técnicas adequadas de irrigação e adubação.

A periodicidade de crescimento do cafeeiro está associada a diversos fatores ambientais, entre eles o suprimento de água e nutrientes (DAMATTA e RENA, 2002). Por exemplo, a ocorrência do déficit hídrico em certas fases do ciclo fenológico, como a que antecede no início da floração, pode comprometer a produtividade do cafeeiro (SILVA et al., 2009).

Existem diversas pesquisas sobre a necessidade do uso de um déficit hídrico controlado visando à indução floral uniforme e à consequente qualidade final dos grãos obtendo-se maior rentabilidade (CARR, 2001; CRISOTO et al., 1992; DRINNAN e MENZEL, 1994).

SILVA et al. (2009) observaram que a suspensão da irrigação no período de inverno melhorou a uniformidade no desenvolvimento dos frutos do cafeeiro arábica. NASCIMENTO (2008) observou que a irrigação durante o ano todo reduziu a emissão de flores e os tratamentos com paralisação da irrigação tiveram resultados superiores aos tratamentos sem irrigação e irrigação durante todo o ano para a maioria das variáveis avaliadas.

Em relação à adubação fosfatada, não deve ser fundamentada exclusivamente na safra de grãos em formação, pois as aplicações de fertilizantes também devem ter por objetivo o crescimento de novos ramos e nós para a safra futura (GUERRA et al., 2006). Assim, visando reduzir a bienalidade da produção do cafeeiro, estes autores indicam a dose de 300 kg de P2O5 ha-1 ano-1 para: colher anualmente de 3600 a 4200 kg ha-1; atender a necessidade de P para o enchimento de grãos; manter o crescimento dos ramos vegetativos e reprodutivos; e formar e diferenciar as gemas para a safra futura.

Estudando o crescimento inicial da cultivar Rubi MG 1192 irrigada, NAZARENO et al. (2003) concluíram que o N e K afetaram o número de ramos plagiotrópicos e o número de nós com gemas por planta, mas o P não afetou. Os autores mencionam que, provavelmente, o P usado na adubação de correção antes do plantio das mudas, e na cova de plantio, foi suficiente para suprir a necessidade do cafeeiro em formação. Todavia, dados de produção afetados por este nutriente estão pouco disponíveis na literatura (DAMATTA et al., 2007).

Este trabalho objetivou estudar os crescimentos vegetativo e reprodutivo e a produtividade do cafeeiro submetido a três regimes hídricos e quatro doses de adubação fosfatada, no segundo ano após a poda em plantas adensadas, em solo de Cerrado.

2. MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi realizado em Planaltina, DF (latitude de 15º34'30''S e longitude 47º42'30''W, com altitude média de 1.000 m). Segundo a classificação de Köppen, o clima é do tipo Aw, tropical chuvoso de inverno seco, com deficiência hídrica em torno de 168 mm. Dados de temperatura do ar e precipitação pluvial observados ao impor os regimes hídricos estão disponíveis na figura 1. O solo da área experimental foi classificado como Latossolo Vermelho-Escuro distrófico, de textura argilosa.


A cultivar utilizada foi a Catuaí Rubi, linhagem MG 1192 (Coffea arabica L). O espaçamento foi de 2,80 m entre linhas x 0,50 m entre plantas, com área útil por planta de 1,4 m2 e população de 7.143 plantas ha-1, caracterizando plantio adensado.

O delineamento experimental foi o de blocos completos ao acaso com o regime hídrico na parcela e a dose de P2O5 ha-1 na subparcela, com três repetições.

O experimento foi desenvolvido em uma área irrigada por pivô central submetida a três regimes hídricos: sem suspensão da irrigação, feita o ano todo (I); a partir de 24/6/07, com suspensão da irrigação por 70 dias (SI70), até 2/9; e com suspensão da irrigação por 109 dias (SI109), até 11/10, quando a chuva de 12 mm (01/10) e as temperaturas mínimas mais elevadas, visualmente, induziram a floração. A irrigação continuou após os tratamentos. A área irrigada foi dividida em setores de 2 ha para cada regime hídrico.

O manejo da irrigação por pivô central foi feito usando medidas do conteúdo de água no solo pela leitura do sensor Theta Probe tipo ML2X instalado na linha de plantio nas profundidades de: 10, 20, 30, 50 e 100 cm. Foram feitas leituras diárias do conteúdo de água nas diferentes profundidades em todos os regimes hídricos. Foram feitas aplicações de água até a condição de capacidade de campo sempre que a leitura do sensor instalado a 10 cm de profundidade acusasse valores em torno de 0,29 cm3 cm-3, ou seja, sempre que as plantas consumissem aproximadamente 50% da água disponível no perfil de solo de 40 cm.

Os tratamentos de P2O5 foram: 0, 100, 200 e 400 kg ha-1 ano-1. A fonte utilizada foi o superfosfato triplo e a aplicação realizada em cobertura, em faixa e na projeção da copa das plantas. Foi parcelada em duas aplicações, sendo 2/3 da dose (0, 66,7, 133,3 e 266,7 kg ha-1) aplicada em setembro, antes do retorno das irrigações, e 1/3 da dose (0, 33,3, 66,7 e 133,3 kg ha-1) no fim de dezembro.

Em todos os tratamentos foram aplicados anualmente 500 kg ha-1 de nitrogênio (uréia), 500 kg ha-1 de K2O e 100 kg ha-1 de FTE BR10 (Zn = 7%; B = 2,5% Cu = 1%; Fe = 4%; Mn = 4%; Mo = 0,1%; Co = 0,1%). A adubação com N e K foi dividida em quatro parcelamentos, com início em setembro/2007 e término em fevereiro/2008.

Segundo método adotado pela EMBRAPA (1997), as características químicas do solo nos diversos tratamentos de P, em março de 2007, estão relacionadas na Tabela 1.

Em setembro/outubro de 2005 todas as plantas da área passaram por poda do tipo decote a 1,60 m de altura e esqueletamento de 0,2 m na parte superior e 0,4 m na parte inferior. As medidas de crescimento vegetativo e reprodutivo dos ramos foram realizadas acima do decote, conforme se segue.

No ramo ortotrópico foram avaliados: crescimento em altura; número de nós; e de ramos primários, durante 165 dias (2/11/2007 a 15/4/2008), em amostras de três plantas por tratamento, nos três regimes hídricos e nas doses de P2O5: 0, 200 e 400 kg ha-1.

Nos ramos plagiotrópicos primários de todos os tratamentos foram avaliados (maio de 2008): r1, ramo novo com crescimento vegetativo e que ainda não produziu; r2, ramo com crescimento vegetativo e reprodutivo (frutos) em 1ª produção; e r3, ramo com crescimento vegetativo, ramificações secundárias e terciárias e crescimento reprodutivo (frutos) em 2ª produção. Foram coletados quatro ramos de cada tipo por planta em cada tratamento.

Nos ramos r1; r2; e r3 foram avaliados: r1 - número de novo nó sem frutos e de folhas; diâmetro da base, comprimento e área foliar do ramo; r2 - número de novo nó sem frutos (diferença do número total de nó e o número deles até o último nó com frutos); comprimento e área foliar do ramo; número de nó com frutos, de frutos e de frutos por nó no ramo; e r3 - número de novo nó sem frutos e de ramificação secundária; comprimento e área foliar do ramo; e número de nó com frutos e de frutos.

De acordo com o estágio de maturação os frutos foram classificados em: verde, verde cana, cereja e seco ao ar.

A produtividade total foi obtida de seis plantas úteis por parcela. Após a colheita os frutos foram secos, até atingirem 12% de umidade, e posteriormente beneficiados.

As duas variáveis independentes estudadas combinaram simultaneamente um fator assumido como qualitativo e não estruturado (regime hídrico/climático/temporal de suspensão da irrigação) e um fator quantitativo (doses de P2O5). Assim, em um primeiro momento, os dados obtidos nos ramos ortotrópicos e plagiotrópicos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas por teste estatístico de Duncan a 5% de probabilidade, possibilitando verificar possíveis interações. A relação entre duas variáveis de uma mesma população foi estabelecida através do coeficiente de correlação de Pearson (r). Em um segundo momento, foi feita a análise de regressão em função das doses de fósforo. O aplicativo MSTATC foi utilizado para as análises.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Ramo ortotrópico

O crescimento em altura (16,0), o número de nó (6,8) e de ramos primários (11,1) do cafeeiro, obtidos acima de 1,60 m de altura, foram significativamente maiores no tratamento SI109, entretanto, não foram afetados pelas doses de P2O5 (Tabela 2). Por outro lado foram significativamente menores no tratamento SI70. Resultados semelhantes foram encontrados por GUERRA et al. (2006).

A suspensão da irrigação por um período longo (> 30 dias, por exemplo) pode causar um déficit hídrico no cafeeiro (SI70), e provocar aumento na uniformidade de floração e na safra em formação. Todavia, a hipótese do déficit hídrico excessivamente prolongado (SI109) reduzir a safra em formação ou crescimento reprodutivo e favorecer o crescimento vegetativo, também tem fundamento, e se sustenta diante dos resultados observados.

Ainda, com irrigação durante o ano todo e com suspensão da irrigação por 70 dias, o crescimento similar em altura da planta e o número de nós diferenciado podem ser atribuídos ao alongamento dos entrenós. Este fato sugere que os fotoassimilados são deslocados de forma diferente para as diversas partes da planta, em função do regime hídrico.

As doses menores de P2O5 foram suficientes para atender a demanda deste tipo de crescimento do cafeeiro. A ausência de resposta ao P neste crescimento também foi observada por NAZARENO et al. (2003). Segundo MATIELLO et al. (2005), no período de rápido crescimento vegetativo e reprodutivo das plantas, de outubro a abril, também ocorrem mais de 80% do consumo de nutrientes que são destinados à frutificação da safra pendente. Assim, havendo redução da safra pendente, os fotoassimilados podem ser redirecionados para as partes vegetativas, aumentando este crescimento. Tal crescimento não tem efeito direto na safra em formação, mas, certamente, na safra futura. Esta hipótese se fortalece diante do efeito do P observado nos ramos plagiotrópicos, principalmente ramos r3, responsáveis pela produtividade de grãos, conforme se segue.

Ramos plagiotrópicos tipo r1

Nestes ramos houve interação entre regime hídrico e doses de fósforo para número total de nós e de folhas (Tabela 3). Tal não ocorreu para o diâmetro da base, comprimento do ramo e área foliar.

Exceto o número de nós, todos os outros quatro tipos de crescimento vegetativo tiveram maiores valores (25,5; 4,9; 37,4; e 745,9) no déficit hídrico SI109, mais prolongado. Este fato é nitidamente evidenciado através dos respectivos interceptos das equações de regressões ajustadas para cada regime hídrico. Analogamente ao crescimento do ramo ortotrópico, o déficit hídrico prolongado proporcionou maiores valores de crescimento neste tipo de ramo plagiotrópico, com menor impacto sobre a safra em formação e maior impacto sobre a safra futura. Este efeito é coerente com menor partição de fotoassimilados observada em um primeiro momento para as reduzidas partes reprodutivas e, em um segundo momento, maior partição para partes vegetativas aumentadas, ou seja, diante da baixa demanda por parte dos chumbinhos/grãos os fotoassimilados são redirecionados para as folhas e ramos. Assim, a hipótese do déficit hídrico excessivamente prolongado (SI109) reduzir a safra em formação ou crescimento reprodutivo e favorecer o crescimento vegetativo, é fortalecida diante dos resultados observados.

Diferentemente do ramo ortotrópico, o aumento das doses de P2O5 levou a um aumento nos valores (15,6; 25,5; 4,9; 39,2; e 756,1) das cinco variáveis de crescimento analisadas no ramo r1, dentro dos três regimes hídricos. A maior quantidade de fósforo na solução do solo ajuda a explicar este resultado. Todavia, em termos de diâmetro, comprimento e área foliar os efeitos do déficit hídrico de 70 e 109 dias, reduziram (4,5; 35,6; 37,4) e aumentaram (4,9; 37,4; e 645,9), respectivamente, os efeitos das doses de fósforo. O número total de nós foi a única variável de crescimento a ser reduzida (13,8) diante do déficit hídrico de 109 dias, provavelmente, por variar inversamente com o comprimento do ramo r1.

Os valores negativos dos coeficientes do termo quadrático das equações de regressões ajustadas sugerem que as doses de fósforo utilizadas fornecem funções côncavas para baixo que podem atingir ou não um valor máximo no intervalo de doses estudado. Por outro lado, os valores positivos sugerem funções convexas que não atingiram um valor máximo de crescimento vegetativo no intervalo das doses estudadas.

No déficit hídrico de 109 dias, o número de folhas não diferiu significativamente em função das doses de fósforo, ocorrendo os maiores valores (21,0; 21,7; 24,8; 25,5). Na irrigação durante o ano todo houve perda de 46,7% de folhas, enquanto na suspensão da irrigação por 70 e 109 dias,a perda foliar foi de 23,4% e 12,5%, respectivamente. O déficit hídrico, ao contrário da irrigação o ano todo pode proporcionar microclima favorável à redução de patógenos, como a ferrugem e outros, reduzindo a queda de folhas e favorecendo o crescimento vegetativo. Assim, as doses mais elevadas de fósforo, além de reduzir a queda, podem auxiliar na retenção e no fortalecimento das folhas, tornando a planta mais resistente a doenças.

O diâmetro da base, o comprimento do ramo e a área foliar tiveram as mesmas diferenças significativas nas médias dos regimes hídricos e elevados coeficientes de determinação (0,95; 1,00; e 1,00) das equações de regressão ajustados em função das doses de fósforo. Conclui-se que, pelo menos, 95% das variações das funções y = f(x) podem ser "explicadas" pelas doses de fósforo, ficando 5% sem explicação. Em plantas irrigadas o ano todo as médias foram menores (4,3; 33,9; e 491,5), enquanto em plantas submetidas à suspensão da irrigação por 109 dias observaram-se as maiores (4,9; 37,4; e 745,9).

O número de folhas e a área foliar ajudam a explicar o crescimento vegetativo em diâmetro da base e comprimento do ramo juntamente com a dose de P2O5. O maior número de folhas associado ao aumento de área foliar em função de fósforo pode indicar um aumento da superfície fotossintética e de fotoassimilados, explicando assim, o aumento do diâmetro da base e do comprimento do ramo com o aumento das doses de P2O5.

Ramos plagiotrópicos tipo r2

Provavelmente surgido após o retorno da irrigação em setembro/2006, este ramo de 1ª colheita floresceu em setembro/2007 e produziu parte da safra de maio/2008 quando foi analisado. Só houve dupla interação para número de novos nós neste tipo de ramo (Tabela 4). As demais variáveis vegetativas e reprodutivas não interagiram.

Quando a irrigação foi suspensa por 70 dias, o número de novo nó sem frutos das doses 0, 100 e 200 kg de P2O5 ha-1 não diferiu significativamente entre si (10,6; 10,6; e 12,5), mas diferiu dos regimes hídricos I e SI109, que não foram afetados pelas doses de P2O5 aplicadas. O fato do número de novo nó sem frutos variar inversamente com o número de nó com frutos (r de Pearson -0,76), com o maior valor (7,5) na suspensão da irrigação por 70 dias, ajuda a explicar parte deste resultado.

No regime hídrico com maior período de suspensão da irrigação, SI109, o comprimento e a área foliar do ramo r2, proporcionaram as maiores médias (49,8 e 1078,7), diferindo significativamente dos outros dois regimes. Nestas duas variáveis de crescimento vegetativo as maiores doses de P2O5 proporcionaram os maiores valores, conforme esperado.

O número de novo nó sem fruto, comprimento e área foliar tiveram coeficiente de correlação negativa muito forte (-0,99 a -0,70) com o número de frutos, evidenciando que estas variáveis de crescimento vegetativo variam inversamente com o crescimento reprodutivo representado pelo número de frutos.

O número de nó com fruto, de frutos e de frutos por nó foram significativamente reduzidos (4,9; 19,8; e 2,9) quando submetidos a 109 dias de suspensão da irrigação, mas não diferiram nos regimes hídricos SI70 e I. O déficit hídrico prolongado ajuda a explicar a redução nestas variáveis de crescimento reprodutivo. O crescimento reprodutivo representado por estas três variáveis proporcionou equações de regressão com os mais elevados coeficientes de determinação (0,99; 1,00; 1,00).

O número de nó com frutos e de frutos por nó não diferiram significativamente em relação às doses de 100, 200 e 400 kg ha-1 ano-1de P2O5, sugerindo que estas variáveis em ramos de 1ª colheita podem ser menos responsivas às doses de fósforo utilizadas. Todavia, o número de frutos do ramo r2, também foi influenciado significativamente pelas doses de fósforo com maiores valores (41,8 e 52,4) nas doses de 200 e 400 que não diferiram significativamente entre si.

Assim, o crescimento reprodutivo representado pelo maior número de frutos do ramo r2 reduziu sistematicamente a distribuição de fotoassimilados para as estruturas vegetativas representadas pelo comprimento e área foliar do ramo. O que está de acordo com AMARAL et al. (2006) ao relatarem que os frutos são fortes drenos, limitam a mobilização de assimilados para outros órgãos da planta e reduzem o crescimento vegetativo. DAMATTA et al. (2008) também mostraram que nas plantas em que os frutos foram removidos, o comprimento e a área foliar foram maiores do que nas plantas sem remoção dos frutos.

Ramos plagiotrópicos tipo r3

Este é o ramo de 2ª colheita. Provavelmente, tenha surgido após o retorno da irrigação em setembro/2005, proporcionando as safras de 2006/2007 e 2007/2008, quando foi analisado. Neste ramo, o número de nó com frutos foi afetado por dupla interação entre regime hídrico e dose de fósforo (Tabela 5). Já o número de novo nó sem frutos e de ramificação secundária, comprimento e área foliar, e número de nó com frutos e de frutos do ramo foram afetados diretamente pelas doses de P2O5, o que era esperado pelo aumento deste nutriente na solução do solo e validado em conjunto ou ratificado pelas equações de regressões ajustadas com elevados coeficientes de determinação (>0,83).

O aparecimento de novos nós sem frutos (10,9 e 10,5) não diferiu entre os tratamentos I e SI70, mostrando comportamento diferenciado em relação ao ramo r2. Por outro lado, a suspensão da irrigação por 109 dias aumentou significativamente (15,3) esta variável. Tal aumento parece estar associado à menor presença de frutos, sugerindo maior crescimento vegetativo na extremidade do ramo em 2ª produção, em detrimento do crescimento reprodutivo, o que é respaldado pela correlação negativa muito forte (-0,77) entre novos nós e número de frutos.

O número de ramificação secundária foi reduzido (11,9) significativamente na irrigação o ano todo e nas dosagens de 0 e 100 kg de P2O5. Por outro lado, foi aumentado (17,6 e 19,2) quando houve suspensão da irrigação, respectivamente, por 70 e 109 dias e nas dosagens de 200 e 400 kg de P2O5. No regime hídrico SI70, o maior número de ramificação secundária (17,6) proporcionou o maior número de frutos (152,9), o que é esperado em razão do aumento de ramos produtivos. Todavia, no regime hídrico SI109, o maior número de ramificação secundária (19,20), proporcionou o menor número de frutos (33,13). O fato de o número de ramificação secundária não diferir nos tratamentos com suspensão da irrigação e proporcionar diferentes número de frutos vai de encontro as duas hipóteses que: um déficit hídrico excessivo (SI109) pode proporcionar a redução do número de frutos e maior crescimento vegetativo; um déficit hídrico adequado (SI70) pode proporcionar o aumento do número de frutos.

O comprimento do ramo e a área foliar não foram afetados pelo regime hídrico, mas sim pelas doses de P2O5. Em termos de regime hídrico, estes resultados diferem dos observados para os ramos r1 e r2, cujos valores aumentaram com a suspensão da irrigação. Tal fato sugere que a suspensão da irrigação durante o período de reduzido crescimento da planta tem maior influência em um ramo de 1.ª, em comparação com um de 2.ª produção.

Convém realçar a variação semelhante de todas as variáveis do ramo r3 de aumento quadrático com o aumento das doses de fósforo, validado por coeficientes de determinação elevados (>0,83). A dose de 400 kg de P2O5 ha-1 proporcionou as maiores médias para os crescimentos vegetativo e reprodutivo analisados.

Mesmo havendo mobilização de nutrientes pelos frutos da safra em formação, no período de crescimento reprodutivo, a planta mantém o crescimento vegetativo, particionando os fotoassimilados de forma diferenciada, segundo o maior ou menor desenvolvimento reprodutivo. Essa partição de fotoassimilados pode estar relacionada com o suprimento de água, fertilizante ou outro fator ambiental, assim, em tese, é possível reduzir a bienalidade da produção do cafeeiro. De acordo com LAVIOLA et al. (2007), as práticas culturais podem maximizar a produção de fotoassimilados nos períodos mais críticos, de forma que a planta venha a produzir carboidratos em quantidades suficientes para o desenvolvimento dos frutos e para manutenção do crescimento vegetativo, reduzindo a bienalidade de produção.

Entretanto, a demanda por nutrientes não varia somente em função da produção, pois quando esta é baixa os ramos plagiotrópicos, a formação e expansão de folhas e de novos ramos constituem o dreno de carboidratos e nutrientes (MALAVOLTA et al., 2002). Este pode ter sido um dos fatores para que o tratamento SI109 proporcionasse maior crescimento vegetativo, tanto para o ramo ortotrópico como para os ramos plagiotrópicos e menor crescimento reprodutivo. Além disso, sob condições limitantes de água ou nutrientes, o maior crescimento reprodutivo da safra em formação, pode implicar menor crescimento vegetativo uma vez que estas duas fases ocorrem simultaneamente no cafeeiro adulto.

Número de frutos em função do estágio de maturação

Não houve interação entre os regimes hídricos e a adubação fosfatada. O número de frutos em cada estágio de maturação foi afetado pelo regime hídrico, mas não pelas doses de P2O5 (Figura 2b). O percentual de frutos por estágio de maturação não diferiu significativamente entre os tratamentos com irrigação o ano todo e com suspensão da irrigação por 70 dias (Figura 2a).



O tratamento com irrigação o ano todo proporcionou os menores porcentuais de frutos cereja (57,9%) e menoresde frutos verdes (27,7%), provavelmente decorrente da menor uniformidade da floração. Por outro lado, os tratamentos com suspensão da irrigação por 70 e 109 dias proporcionaram os maiores porcentuais de frutos cereja (76,9 e 77,9%) e menores de frutos verdes (8,3 e 9,6 %), respectivamente, sugerindo ter havido maior uniformidade da floração em ambos os tratamentos. Quando comparada à suspensão da irrigação por 70 dias, a irrigação o ano todo proporcionou menos 19% de frutos cereja e 19,4% a mais de frutos verdes.

Estes resultados evidenciam que a suspensão da irrigação por determinado período anterior a fase de floração do cafeeiro, pode induzir uma floração mais uniforme após o retorno da irrigação ou chuva, e consequentemente maior uniformidade de maturação dos frutos, aumentando a porcentagem de frutos cereja e reduzindo a porcentagem de frutos nos outros estágios de maturação no momento da colheita.

A suspensão da irrigação por 109 dias resultou em porcentual de maturação dos frutos semelhante à suspensão por 70 dias. No entanto, o prolongamento do déficit hídrico pode ter sido um dos fatores para esse tratamento ter o menor número total de frutos dos ramos r2 e r3.

Embora o número de frutos por estágio de maturação não tenha diferido significativamente entre as doses de P2O5, ocorreu o esperado aumento do número total de frutos cereja, verde cana e verde com a consequente redução de frutos secos ao ar em função do aumento das doses de P2O5 (Figura 2b).

Produtividade em sacas de 60 kg de grãos de café beneficiado ha-1

Houve interação entre regime hídrico e adubação fosfatada (Figura 3) em relação à produtividade. A dupla interação também observada no número de novo nó sem frutos e de folhas do ramo r1(crescimento vegetativo); no número de novo nó do ramo r2 (crescimento vegetativo) e de nó com frutos do ramo r3 (crescimento reprodutivo) que também interagiram, ajudam a explicar este resultado.


Muito embora o modelo linear pudesse ser utilizado nos intervalos estudados, nos três regimes hídricos foi utilizado o modelo quadrático por ter o melhor coeficiente de determinação, que possibilita melhores previsões, e representar melhor as relações causa-efeito esperadas, no intervalo utilizado, entre as doses crescentes de fósforo e a produtividade do cafeeiro.

No intervalo de 0 a 400 kg de P2O5 ha-1, os tratamentos: I, SI70 e SI109, atingiram o ponto máximo com as aplicações de 250,5, 400 e 202,5 kg ha-1de P2O5 respectivamente. Porém, o tratamento com suspensão da irrigação por 70 dias não chegou a expressar seu potencial máximo de produtividade, sugerindo, sem fazer extrapolações, ser possível a utilização de doses maiores de P2O5, não necessariamente mais econômicas, para se obter produtividades maiores.

As menores taxas de aumento da produtividade obtidas com o aumento das doses de P2O5, pelo modelo ajustado para o tratamento com irrigação o ano todo, em comparação com a suspensão da irrigação por 70 dias, além de poder estar relacionadas com variáveis de crescimento vegetativo que interagiram, também podem estar relacionadas com o menor pegamento de diversas floradas. Todavia, os dados de crescimento reprodutivo em termos de número de nó com frutos, número de frutos e número de frutos/nó não diferiram entre os regimes hídricos I e SI70.

No tratamento com suspensão da irrigação por 70 dias, todas as doses de P2O5 ha-1 proporcionaram produtividades mais elevadas que os demais regimes hídricos. Dentre outros fatores, as elevadas produtividades observadas podem estar relacionadas com a suspensão da irrigação por um período adequado e retorno da irrigação quando as temperaturas máximas estavam propícias para a floração uniforme, que proporcionou a maior porcentagem de frutos cereja, e com o maior número de frutos observados nos ramos r2 e r3.

Por outro lado, a suspensão da irrigação por 109 dias causou reflexos negativos na produtividade e está de acordo com a hipótese de um déficit hídrico excessivo, que levou à redução no número de nó com frutos e no número de frutos observados nos ramos r2 e r3. Muito embora a floração possa ter sido intensa e uniforme, pode ter sido prejudicada pelas altas temperaturas médias de 32 ºC no momento da floração, entre 11/10 e 16/10, entretanto, maiores considerações não podem ser feitas, uma vez que as respectivas florações não foram avaliadas e em razão dos dados dos regimes hídricos I e SI70 não diferirem estatisticamente em termos de número de frutos.

Convém ressaltar que as plantas do cafeeiro estavam no segundo ano de produção após o decote e esqueletamento, seguindo padrões próprios de crescimento e desenvolvimento em função da arquitetura da planta já estabelecida acima e abaixo da superfície do solo.

Esses resultados permitem afirmar que cafeeiros em fase reprodutiva/vegetativa respondem à adubação fosfatada tanto em crescimento vegetativo e reprodutivo quanto em produtividade, dependendo do manejo da irrigação no período seco do ano, quando os dias são mais frios e curtos e antecedem à floração.

4. CONCLUSÃO

Os regimes hídricos e as doses de P2O5 interagem e afetam algumas variáveis agronômicas de crescimento do cafeeiro. A altura da planta, o número de nó e de ramos primários do ramo ortotrópico e o número de frutos por estágio de maturação não são afetados pelas doses de P2O5. O comprimento e a área foliar do ramo; o número de frutos e de frutos por nó por ramo reprodutivo aumenta com a dose de P2O5. Os regimes hídricos de suspensão da irrigação por 70 e 109 dias após a colheita e anterior ao florescimento proporcionam as maiores porcentagens de frutos cereja; e o respectivo maior e menor número de frutos por ramo e de produtividade de grãos. O regime hídrico sem suspensão da irrigação proporciona menor porcentagem de frutos cereja em relação aos tratamentos com suspensão da irrigação, menor ramo r1 e menor produtividade de grãos em relação à suspensão da irrigação por 70 dias.

Recebido: 5/mai./2009; Aceito: 14/set./2010.

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    Autor correspondente:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      16 Ago 2011
    • Data do Fascículo
      2011

    Histórico

    • Recebido
      05 Maio 2009
    • Aceito
      14 Set 2010
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