Acessibilidade / Reportar erro

Manejo analgésico da crise dolorosa falciforme não complicada em pediatria: uma revisão sistemática e metanálise Como citar este artigo: Saramba MI, Shakya S, Zhao D. Analgesic management of uncomplicated acute sickle-cell pain crisis in pediatrics: a systematic review and meta-analysis. J Pediatr (Rio J). 2020;96:142-58.

Resumo

Objetivos

Obter evidências da eficácia e segurança da analgesia farmacológica para dor falciforme aguda não complicada em pacientes pediátricos em comparação com placebo.

Fontes de dados

Uma busca de evidências-chave foi feita de 1° a 31 de março de 2018 por ensaios clínicos randomizados controlados de analgesia farmacológica em comparação com placebo para dor aguda falciforme não complicada em uma amostra de pacientes pediátricos. Os autores pesquisaram dez bases de dados científicos que envolveram, entre outras, PubMed, Medline, Embase e Clinicaltrials.gov para esta revisão sistemática e metanálise.

Resumo dos dados

Quatro ensaios (n = 227) foram considerados para critérios de inclusão (fentanil intranasal, magnésio intravenoso, arginina e óxido nítrico inalado). As evidências de qualidade variaram de baixas a moderadas para cada desfecho. A metanálise de alterações na escala de dor (p = 0,72), o tempo de internação hospitalar (p = 0,65) e a quantidade de analgésicos usados durante o estudo (p = 0,10) mostraram diferença não estatisticamente significativa e a ausência de melhoria resultante do uso do fármaco analgésico no grupo de tratamento. Os eventos adversos relatados mostraram que no braço de intervenção mais participantes sofreram dor com diferença estatisticamente significativa no local de aplicação do fármaco com o uso de fentanil intranasal e magnésio intravenoso (p = 0,03).

Conclusões

A analgesia farmacológica parece ter um efeito incerto na melhoria da intensidade e alívio da crise de dor aguda em pacientes pediátricos com doença falciforme. Em relação à vantagem clínica, ainda é incerta a eficácia clínica desses medicamentos no tratamento da dor aguda falciforme no grupo etário pediátrico.

PALAVRAS-CHAVE
Anemia falciforme; Doença falciforme; Dor aguda; Drogas analgésicas; Pediatria

Abstract

Objectives:

To capture evidence of the efficacy and safety of pharmacological analgesia for uncomplicated acute sickle-cell pain in pediatric patients compared to placebo.

Sources of data:

Searches for key evidence were performed from March 1 to 31, 2018, for randomized controlled trials of pharmacological analgesia compared to placebo for uncomplicated acute sickle-cell pain in a pediatric sample. The authors searched ten scientific databases including, among others, PubMed, MEDLINE, Embase, and Clinicaltrials.gov for this systematic review and meta-analysis.

Summary of the findings:

Four trials (n = 227) were selected by the inclusion criteria (intranasal fentanyl, intravenous magnesium, arginine, and inhaled nitric oxide). The quality of evidence ranged from low to moderate for each outcome. Meta-analysis of changes in the ladder of pain score (p = 0.72), length-of-stay in hospital (p = 0.65), and amount of narcotics used during the study (p = 0.10) showed non-statistically significant differences and a lack of amelioration provided by pharmaceutical analgesics in treatment group. The adverse events reported that more participants in the intervention arm underwent pain, with statistically significant differences at the drug delivery site in studies using intranasal fentanyl and intravenous magnesium (p = 0.03).

Conclusions:

Pharmacological analgesia appears to be uncertain in improving the intensity and providing relief of acute pain crisis in pediatric patients with sickle-cell anemia. With respect to clinical advantage, no decisive deduction about the clinical efficacy may be made regarding these medications in acute sickle-cell pain management in the pediatric age group.

KEYWORDS
Anemia, sickle cell; Sickle cell disease; Acute pain; Analgesic drugs; Pediatrics

Introdução

A doença falciforme (DF) é uma doença eritrocitária hereditária e engloba uma unidade de doença que é a hemoglobinopatia de origem molecular comum em todo o mundo.11 Pecker LH, Little J. Clinical manifestations of sickle cell disease across the lifespan. In: Meier ER, Abraham A, Fasano RM, editors. Sickle cell disease and hematopoietic stem cell transplantation. Sickle cell disease. Cham: Springer International Publishing AG; 2018. p. 3-39.

2 Jones P. Genes and disease. New York: Chelsea House; 2008.
-33 Jacob E, Mueller BU. Pain experience of children with sickle cell disease who had prolonged hospitalizations for acute painful episodes. Pain Med. 2008;9:13-21. Os genótipos mais comuns da DF incluem o estado homozigoto (HbSS) e heterozigotos compostos, como o traço falciforme, hemoglobina-C (HbSC) ou beta (β)-talassemia (talassemia HbSβ+ e Hbβ0).44 Howard J, Telfer P. Sickle cell disease in clinical practice. London: Springer-Verlag; 2015. p. 300.

5 Aubry P, Gaüzère B-A. Hémoglobinoses. Med Trop. 2015;2015:1-11.

6 Adewoyin AS. Management of sickle cell disease: a review for physician education in Nigeria (sub-Saharan Africa). Anemia. 2015;2015:.
-77 Kato GJ, Piel FB, Reid CD, Gaston MH, Ohene‑Frempong K, Krishnamurti L, et al. Sickle cell disease. Nat Rev Dis Primers. 2018;4:1-22.A mudança para polímero sob o estado de hemoglobina desoxigenada definiu a condição que induz a formação da célula falciforme; pode ocorrer a crise vaso-oclusiva (CVO), o marcador de DF, que causa a obstrução dos leitos microvasculares e leva à isquemia tecidual.88 Kim-Shapiro DB. Structure and function of hemoglobin and its dysfunction in sickle cell disease. In: Steinberg MH, Forget BG, Higgs DR, Weatherall DJ, editors. Disorders of hemoglobin genetics, pathophysiology, and clinical management. The molecular, cellular, and genetic basis of hemoglobin disorders. 2nd ed. New York: Cambridge University Press; 2009. p. 101-18.

9 Hebbel RP. Pathobiology of sickle cell disease. In: Hoffman R, Benz JE, Silberstein LE, Heslop HE, Weitz JI, Anastasi J, editors. Hematology: basic principles and practice. Red blood cells. 6th ed Philadelphia: Elsevier Saunders; 2013. p. 536-47.
-1010 Morrone KA, Davila J, Mitchell WB, Manwani D. Pathobiology of sickle cell disease vaso-occlusion and targeted therapies. In: Meier ER, Abraham A, Fasano RM, editors. Sickle cell disease and hematopoietic stem cell transplantation. Sickle cell disease. Cham: Springer International Publishing AG; 2018. p.41-64. A crise de dor aguda é uma característica importante da expressão externa de CVO, varia de dor leve a grave e debilitante, que pode continuar por horas a semanas. Muito frequentemente, essa é a razão para procurar atendimento médico no departamento de emergência (DE) em aproximadamente 70% das crianças com anemia falciforme e que resulta no aumento das taxas de re-hospitalização.1111 Saunthararajah Y, Vichinsky EP. Sickle cell disease: clinical features and management. In: Hoffman R, Benz JE, Silberstein LE, Heslop HE, Weitz JI, Anastasi J, editors. Hematology: basic principles and practice. Red blood cells. 6th ed. Philadelphia: Elsiever Saunders; 2013. p. 548-72, e5.

12 Ballas SK, Eckman JR. Sickle cell pain: biology, etiology, and treatment. In: Steinberg MH, Forget BG, Higgs DR, Weatherall DJ, editors. Disorders of hemoglobin genetics, pathophysiology, and clinical management. Sickle cell disease. 2nd ed. New York: Cambridge University Press; 2009. p. 497-524.

13 Expert Panel Report, 2014. Evidence-based management of sickle cell disease. Bethesda, MD: National Heart, Lung, and Blood Institute, US Department of Health and Human Services; 2014. Available from: http://www.nhlbi.nih.gov/health-pro/guidelines/sickle-cell-disease-guidelines/. [Cited 20 March2018].
http://www.nhlbi.nih.gov/health-pro/guid...

14 Fosdal MB. Perception of pain among pediatric patients with sickle cell pain crisis. J Pediatr Oncol Nurs. 2014;32:5-20.

15 Brousseau DC, Owens PL, Mosso AL, Panepinto JA, Steiner CA. Acute care utilization and rehospitalizations for sickle cell disease. JAMA. 2010;303:1288-94.

16 Yusuf HR, Atrash HK, Grosse SD, Parker CS, Grant AM. Emergency department visits made by patients with sickle cell disease: a descriptive study, 1999-2007. Am J Prev Med. 2010;38:S536-41.
-1717 Zempsky WT. Evaluation and treatment of sickle cell pain in the emergency department: paths to a better future. Clin Pediatr Emerg Med. 2010;11:265-73.A incidência de crise aguda dolorosa tende a aumentar durante toda a infância e é maior na adolescência. Os primeiros anos de vida são, no entanto, o momento crítico do início da crise de dor aguda.44 Howard J, Telfer P. Sickle cell disease in clinical practice. London: Springer-Verlag; 2015. p. 300.,1818 Kelly GS, Stewart RW, Strouse JJ, Anders JF. Intranasal fentanyl improves time to analgesic delivery in sickle cell pain crises. Am J Emerg Med. 2017;36:1305-7. Apesar do profundo conhecimento da dor aguda falciforme, o alívio continua a ser um grande desafio em crianças.

Até agora, a terapia para o controle da dor na CVO não demonstrou eficiência.1919 Lanzkron S, Carroll CP, Haywood CJ. The burden of emergency department use for sickle-cell disease: an analysis of the national emergency department sample database. Am J Hematol. 2010;85:797-9. Geralmente, o alívio sintomático da crise da dor aguda não complicada na doença falciforme depende do uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), opioides, hidratação, analgésicos comuns, medicamentos adjuvantes e a tendência recente de uso de um anestésico dissociativo. De modo geral, acredita-se que os derivados de opiáceos sejam os analgésicos padrão-ouro usados no manejo da dor falciforme secundária à CVO.1313 Expert Panel Report, 2014. Evidence-based management of sickle cell disease. Bethesda, MD: National Heart, Lung, and Blood Institute, US Department of Health and Human Services; 2014. Available from: http://www.nhlbi.nih.gov/health-pro/guidelines/sickle-cell-disease-guidelines/. [Cited 20 March2018].
http://www.nhlbi.nih.gov/health-pro/guid...
,2020 Murphy A, O'Sullivan R, Wakai A, Grant TS, Barrett MJ, Cronin J, et al. Intranasal fentanyl for the management of acute pain in children. Cochrane Database Syst Rev. 2014;10: CD009942.,2121 Zempsky WT, Loiselle KA, Corsi JM, Hagstrom JN. Use of low-dose ketamine infusion for pediatric patients with sickle cell disease-related pain: a case series. Clin J Pain. 2010;26:163-7. Em caso de dor não controlada por opiáceos intravenosos em altas doses, um anestésico dissociativo como a cetamina pode ser usado como uma das opções.2121 Zempsky WT, Loiselle KA, Corsi JM, Hagstrom JN. Use of low-dose ketamine infusion for pediatric patients with sickle cell disease-related pain: a case series. Clin J Pain. 2010;26:163-7. A revisão de intervenção de Dunlop, baseada em nove ensaios clínicos randomizados (ECRs), concluiu que a maioria dos estudos não atingiu seus objetivos e é impossível fazer uma metanálise relevante devido à insuficiência de dados, pequeno tamanho da amostra e inconsistências nos métodos e relatos. Assim, os autores julgaram que as evidências para intervenções analgésicas nas crises de dor na doença falciforme foram restritas.2222 Dunlop R, Bennett KC. Pain management for sickle cell disease in children and adults. Cochrane Database Syst Rev. 2006;2:. Em 2015, Archer et al. delinearam os limites dos opioides que melhor controlam o quadro nociceptivo em relação à fisiopatologia, destacaram a crise vaso-oclusiva e seus efeitos inflamatórios.2323 Archer N, Galacteros F, Brugnara C. Updates in clinical trials for hematological diseases: 2015 clinical trials update in sickle cell anemia. Am J Hematol. 2015;90:934-50. Diversas abordagens foram relatadas em relação ao avanço profundo da compreensão da fisiopatogenia subjacente à crise de dor falciforme.1111 Saunthararajah Y, Vichinsky EP. Sickle cell disease: clinical features and management. In: Hoffman R, Benz JE, Silberstein LE, Heslop HE, Weitz JI, Anastasi J, editors. Hematology: basic principles and practice. Red blood cells. 6th ed. Philadelphia: Elsiever Saunders; 2013. p. 548-72, e5.,2424 Anderson CL, Darbari DS. Current non-HSCT treatments for SCD. In: Meier ER, Abraham A, Fasano RM, editors. Sickle cell disease and hematopoietic stem cell transplantation. Sickle cell disease. Cham: Springer International Publishing AG; 2018. p.65-86.,2525 Wandersee NJ, Hillery CA. Red blood cells and the vasoocclusive process. In: Costa FF, Conran N, editors. Sickle cell anemia: from basic science to clinical practice. Cham: Springer International Publishing AG; 2016. p. 75-90. Portanto, acredita-se ser necessário um novo tipo de terapia para administrar na crise de dor.

O fentanil intranasal é uma escolha adequada de opioide em comparação com a via de administração de opiáceos parenterais, a fim de atingir os alvos diretos para atenuar a dor de forma rápida e eficiente, evitar o uso de opioides intramusculares ou intravenosos.1818 Kelly GS, Stewart RW, Strouse JJ, Anders JF. Intranasal fentanyl improves time to analgesic delivery in sickle cell pain crises. Am J Emerg Med. 2017;36:1305-7.,2020 Murphy A, O'Sullivan R, Wakai A, Grant TS, Barrett MJ, Cronin J, et al. Intranasal fentanyl for the management of acute pain in children. Cochrane Database Syst Rev. 2014;10: CD009942. Além disso, a mucosa nasal é uma área ampla, com rico plexo vascular e uma via rápida para a administração de medicamentos sem passar pela degradação gastrointestinal ou pelo metabolismo hepático.2020 Murphy A, O'Sullivan R, Wakai A, Grant TS, Barrett MJ, Cronin J, et al. Intranasal fentanyl for the management of acute pain in children. Cochrane Database Syst Rev. 2014;10: CD009942. Com base nos avanços do conhecimento fisiopatológico das CVO, esses três componentes, magnésio intravenoso, arginina e óxido nítrico inalatório, trouxeram luz à curiosidade científica na literatura por seu papel crítico na regulação do endotélio e da síndrome inflamatória durante a crise falciforme.2626 Than NN, Soe HH, Palaniappan SK, Abas AB, De Franceschi L. Magnesium for treating sickle cell disease. Cochrane Database Syst Rev. 2017;4: CD011358.

27 Gladwin MT, Sachdev V, Jison ML, Shizukuda Y, Plehn JF, Minter K, et al. Pulmonary hypertension as a risk factor for death in patients with sickle cell disease. N Engl J Med. 2004;350:886-95.

28 Nath KA, Katusic ZS, Gladwin MT. The perfusion paradox and vascular instability in sickle cell disease. Microcirculation. 2004;11:179-93.

29 Rochelson B, Dowling O, Schwart N, Metz CN. Magnesium sulfate suppresses inflammatory responses by human umbilical vein endothelial cells (HuVECs) through the NFkappaB pathway. J Reprod Immunol. 2007;73:101-7.

30 Maier JA, Malpuech-Brugère C, Zimowska W, Rayssiguier Y, Mazur A. Low magnesium promotes endothelial cell dysfunction: implications for atherosclerosis, inflammation and thrombosis. Biochim Biophys Acta. 2004;1689:13-21.

31 Kato GJ, Gladwin MT. Mechanisms and clinical complications of hemolysis in sickle cell disease and thalassemia. In: Steinberg MH, Forget BG, Higgs DR, Weatherall DJ, editors. Disorders of hemoglobin genetics, pathophysiology, and clinical management. pathophysiology of hemoglobin and its disorders. 2nd ed. New York: Cambridge University Press; 2009. p. 201-24.

32 El-Rassi F, Morris CR. Arginine and glutamine: the future of amino acid therapy in sickle cell disease. J Sick Cell Dis Hemoglobinopathies. 2016;1:26-41.

33 Rosenthal MD, Carrott PW, Patel J, Kiraly L, Martindale RG. Parenteral or enteral arginine supplementation safety and efficacy. J Nutr. 2016;146, 2594S-600S.

34 Moncada S, Higgs EA. The discovery of nitric oxide and its role in vascular biology. Br J Pharmacol. 2006;147:S193-201.

35 Leopold JA, Loscalzo J. The biology of vascular nitric oxide. In: Steinberg MH, Forget BG, Higgs DR, Weatherall DJ, editors. Disorders of hemoglobin genetics, pathophysiology, and clinical management. Pathophysiology of hemoglobin and its disorders. 2nd ed. New York: Cambridge University Press; 2009. p. 185-200.
-3636 Sharma D, Potoka KP, Kato GJ. Nitric oxide, phosphodiesterase inhibitors and soluble guanylate cyclase stimulators as candidate treatments for sickle cell disease. J Sick Cell Dis Hemoglobinopathies. 2016. JSCDH-D-16-00097.

Assim, presumimos que era um momento adequado para fazer uma revisão sistemática e metanálise de ECRs para avaliar a eficiência e a segurança desses fármacos com objetivos analgésicos. Esta revisão de metanálise foi feita para reunir um extenso número de ensaios experimentais, avaliar a mudança na escala de escore de dor, o tempo de internação hospitalar e a quantidade de analgésicos usados durante o estudo em uma amostra pediátrica com crises vaso-oclusivas agudas não complicadas na doença falciforme.

Métodos

Estratégia de pesquisa do estudo

Nesta revisão sistemática e metanálise, buscamos os estudos e as referências de dois artigos.2323 Archer N, Galacteros F, Brugnara C. Updates in clinical trials for hematological diseases: 2015 clinical trials update in sickle cell anemia. Am J Hematol. 2015;90:934-50.,3737 Ataga KI, Stocker J. The trials and hopes for drug development in sickle cell disease. Br J Haematol. 2015;170:768-80.As pesquisas foram feitas independentemente de onde os estudos foram conduzidos, sem restrições de linguagem e limitados a seres humanos. O plano de estudos obedeceu às diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (Prisma) para metanálise de estudos de intervenção.3838 Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman DG. PRISMA Group. Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement. PLoS Med. 2009;6:e1000097.

A busca foi feita em dez bancos de dados científicos de 1° a 31 de março de 2018, de estudos publicados entre 1° de janeiro de 2001 e 31 de dezembro de 2017: Medline (OvidSP), Embase, PubMed, Central, Lilacs, ISRCTN Registry, CINAHL (EBSCOHost), Web of Science (CPCI-S) para ECRs. Para estudos em andamento, procuramos em Clinicaltrials.gov e WHO-ICTRP. Para cada banco de dados, uma estratégia de pesquisa abrangente foi expandida, com o uso dos operadores booleanos e controlada pelos termos MeSH. Alguns dos termos de busca, como detalhado na tabela 1, incluíram: anemia, sickle cell, pain, acute pain, randomized controlled trial, placebo, clinical trial e double blind. Além disso, para pesquisas posteriores, usamos o Google scholar e procuramos manualmente em outras bibliografias a partir de estudos considerados como referência fornecida a outros estudos ou perdidos na pesquisa eletrônica principal. Apenas os artigos publicados sob revisão por pares foram considerados para o nosso trabalho de pesquisa.

Tabela 1
Estratégia de busca eletrônica

Seleção de estudos

Dois autores da revisão (MIS e SS) pesquisaram independentemente os bancos de dados. Também identificaram independentemente, entre os estudos recuperados, quais eram pertinentes e examinaram os textos completos para decidir sua elegibilidade de acordo com os critérios. Quaisquer discrepâncias sobre a inclusão de artigos de texto completo foram elucidadas e resolvidas por consenso com todos os investigadores.

Critérios de inclusão

Para serem considerados, os ensaios clínicos precisavam ter pelo menos dez participantes em cada grupo e em qualquer cenário clínico; precisavam ser estudos randomizados, duplo-cegos, controlados com placebo, juntamente com desenho de estudo em paralelo ou de grupo único e/ou estudo piloto e cujo tipo de intervenções tinham finalidade analgésica. A população do estudo era de pacientes pediátricos entre três e ≤ 21 anos, com três genótipos de DF, limitados a HbSS, HbSC e HbS-β talassemia, que tiveram um episódio de dor aguda não complicada de CVO. Foram excluídos ensaios clínicos não randomizados e ECRs que relataram a combinação de elegibilidade de participantes ambos pediátricos e adultos, estudos em animais e estudos que forneceram resultados em participantes com crise grave de dor falciforme complicada (por exemplo, síndrome torácica aguda, sequestro esplênico agudo e acidente vascular encefálico) e dor falciforme crônica, estudos apenas com resumos disponíveis e com comparação ativa de fármacos e duplo-cegos. Portanto, excluímos sete estudos: três não ECRs,3939 Adegoke SA, Shehu UA, Mohammed LO, Sanusi Y, Oyelami OA. Influence of lime juice on the severity of sickle cell anemia. J Altern Complement Med. 2013;19:588-92.

40 NCT01314300. Lidocaine 5% plasters (Versatis® 5%) in pediatric neuropathic pains and vasoocclusive sickle cell crisis pains. clinicaltrialsgov/ct2/show/NCT001314300; 2011.
clinicaltrialsgov/ct2/show/NCT001314300...
-4141 NCT02316366. The use of warmed saline in vaso-occlusive episode. Clinicaltrialsgov/ct2/show/NCT02316366; 2014.
Clinicaltrialsgov/ct2/show/NCT02316366...
um estudo com poucos participantes disponíveis,4242 NCT00142051. Inhaled nitric oxide for pediatric painful sickle crisis. Clinicaltrialsgov/ct2/show/NCT00142051; 2005.
Clinicaltrialsgov/ct2/show/NCT00142051...
um que incluiu apenas dois genótipos,4343 Brousseau DC, Scott JP, Badaki-Makun O, Darbari DS, Chumpitazi CE, Airewele GE, et al. A multicenter randomized controlled trial of intravenous magnesium for sickle cell pain crisis in children. Blood. 2015;126:1651-7. um que avaliou dor crônica4444 Osunkwo I, Ziegler TR, Alvarez J, McCracken C, Cherry K, Osunkwo CE, et al. High dose vitamin D therapy for chronic pain in children and adolescents with sickle cell disease: results of a randomized double blind pilot study. Br J Haematol. 2012;159:211-5. e um com comparação ativa.4545 NCT01380197. Choosing opioid management for pain and analyzing acute chest syndrome (ACS) rates equally (compare). Clinicaltrialsgov/ct2/show/NCT01380197; 2011.
Clinicaltrialsgov/ct2/show/NCT01380197...
Os estudos incluídos delinearam duas das seguintes medidas de desfecho: avaliação do escore de dor, tempo de internação, análise cumulativa do consumo de analgésicos e eventos adversos (as definições de medidas de desfecho são relatadas na tabela 2). Efetivamente, excluímos os estudos relacionados à terapia modificadora da doença (por exemplo, hidroxiureia) da DF, que é benéfica para as CVO. Foram excluídos também os estudos que abordaram intervenções, particularmente transfusões sanguíneas regulares, coloides, reposição de fluidos e anticoagulantes que são usados para impedir as crises da DF e para minimizar a frequência da dor ao impedir a deformação falciforme. Não foram incluídos na revisão estudos que usaram intervenções de terapia analgésica agressiva com tratamento sistêmico (administração oral, subcutânea, epidural e intramuscular) com o uso de opioides fortes, opioides fracos (codeína e dextropropoxifeno) e agentes não opioides (paracetamol e AINEs).

Tabela 2
Definições de medidas de desfecho

Extração de dados

Um autor (MIS) fez a extração de dados dos estudos incluídos que foram revisados por todos os investigadores (SS e DZ) e todas as discrepâncias também foram resolvidas com todos os autores através de consenso. Um investigador (MIS) extraiu os detalhes gerais de cada estudo de acordo com o Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions,4646 Higgins JP, Deeks JJ. Selecting studies and collecting data. In: Higgins JP, Green S, editors. Cochrane handbook for systematic reviews of intervention. Version 5.1.0 (updated March 2011). The Cochrane Collaboration; 2011. que foi subsequentemente conferido por todos os autores da revisão. O formulário incluiu o primeiro autor e ano de publicação, local, cenário e desenho do estudo, características dos participantes, descrição das intervenções e resultados do estudo (desfechos pré-especificados).

Avaliação de qualidade e risco de viés

O risco de viés para a qualidade metodológica dos ensaios elegíveis foi determinado e avaliado por um dos autores da revisão (MIS), seguido de revisão por todos os pesquisadores com o uso de cada domínio de viés relevante de acordo com as ferramentas de avaliação do Cochrane Risk Assessment Tools for Randomized Study Designs.4747 Higgins JP, Altman DG, Sterne JA. Assessing risk of bias in included studies. In: Higgins JP, Green S, editors. Cochrane handbook for systematic reviews of intervention. Version 5.1.0 (updated March 2011). The Cochrane Collaboration; 2011. Cada estudo foi avaliado como baixo, alto ou incerto risco de viés de seleção (geração de sequência aleatória e ocultação de alocação), viés de desempenho (mascaramento dos participantes e pessoal), viés de detecção (mascaramento da avaliação de desfechos), viés de atrito (dados de desfecho incompletos), viés de relato (relato seletivo) e outro vieses (tabela 3, mais detalhes no material suplementar). Quaisquer discrepâncias foram resolvidas por consenso de todos os investigadores. Como recomendado pela Cochrane Collaboration, a metodologia Grade (Grading of Recommendation Assessment, Development and Evaluation)4848 GRADEpro. Version 3.6 for Windows; 2014. Available from: www.gradepro.org. [Cited 20 March 2018].
www.gradepro.org...
foi usada para classificar a qualidade da evidência para o desfecho individual com o uso dos cinco domínios principais, inclusive limitação do desenho ou execução do estudo (risco de viés); inconsistência, desvio e imprecisão de resultados e publicação de viés. Assim, tabulamos essa qualidade de evidência como muito baixa, baixa, moderada ou alta para cada desfecho.

Tabela 3
Avaliação de qualidade do estudo individual

Síntese e análise de dados

A partir de cada medida de desfecho, extraímos diretamente a média (desvio-padrão [DP] ou a calculamos da mediana e dos intervalos interquartis (IIQ) com o uso do método de Hozo et al.4949 Hozo SP, Djulbegovic B, Hozo I. Estimating the mean and variance from the median, range and the size of a sample. BMC Med Res Methodol. 2005;5:13. Registramos os desfechos contínuos como diferença média (DM) junto com intervalos de confiança de 95% (IC95%), nos quais os desfechos são medidos com a mesma escala entre os estudos (tempo de internação primariamente no hospital) e como diferença média padronizada (DMP). Os estudos usaram diferentes escalas ou unidades para medir dados idênticos (mudança na escala do escore de dor e quantidade de analgésicos usados durante o estudo). Além disso, o número de eventos de cada estudo dividido em dois braços (categorizado pelo mesmo investigador em menor e grave) e o resumo estatístico apresentado em resultados dicotômicos como taxa de risco (RR) e IC95% foram extraídos. Fizemos contato com os principais autores das revisões e dos estudos identificados para solicitar quaisquer dados não publicados ou ausentes. Derivamos estimativas agrupadas de DMP, DM e IC95% a partir da média (DP) com modelos de efeitos aleatórios ponderados por variância inversa (VI) nos quais a heterogeneidade foi moderada. Em contraste, usamos modelos de efeitos fixos, nos quais a heterogeneidade foi considerada como não importante ou nula. Calculamos as estimativas resumidas gerais de RR e IC95% com modelos de efeitos fixos ponderados por Mantel-Haenszel para eventos durante o estudo. Para determinar a avaliação da heterogeneidade entre os efeitos da intervenção, usamos o teste de qui-quadrado (χ2) de Cochrane, juntamente com o valor de p < 0,10 para avaliar as análises dos subgrupos. Também usamos uma medida opcional da heterogeneidade estatística com o método de inconsistência (I2) que expressa entre 0% e 100% e a tabulamos como não significativa (I2 < 50%), moderada (I2 ≥ 50%), ou significativa (I2 ˃ 80%).5050 Deeks JJ, Higgins JP, Altman DG. Analysing data and undertaking meta-analysis. In: Higgins JP, Green S, editors. Cochrane handbook for systematic reviews of interventions. Version 5.1.0 (updated March 2011). The Cochrane Collaboration; 2011.,5151 Higgins JP, Thompson SG, Deeks JJ, Altman DG. Measuring inconsistency in meta-analyses. BJM. 2003;327:557-60.

Fizemos análises para explorar o impacto das intervenções analgésicas com fármacos versus controle sobre a DMP da mudança na escala de dor para a crise de dor aguda falciforme não complicada, na DM de tempo de internação hospitalar e na DMP da quantidade de fármacos usada durante o estudo. Fizemos análises de subgrupos para considerar os diversos eventos adversos ocorridos nos dois braços durante o estudo.

A publicação de vieses avaliados para produzir gráficos de funil e análises de sensibilidade não pôde ser investigada, uma vez que identificamos um número pequeno de estudos (menos de 10).5050 Deeks JJ, Higgins JP, Altman DG. Analysing data and undertaking meta-analysis. In: Higgins JP, Green S, editors. Cochrane handbook for systematic reviews of interventions. Version 5.1.0 (updated March 2011). The Cochrane Collaboration; 2011.,5252 Sterne JA, Egger M, Moher D. Addressing reporting biases. In: Higgins JP, Green S, editors. Cochrane handbook for systematic reviews of interventions. Version 5.1.0 (updated March 2011). The Cochrane Collaboration; 2011. Além disso, não teríamos alcançado uma revisão de metanálise se a heterogeneidade identificada fosse de 80% ou mais. Todas as análises foram feitas com o software Review Manager (RevMan) [Computer program] versão 5.3. Copenhagen: The Nordic Cochrane Centre, The Cochrane Collaboration, 2014).5353 RevMan. The Nordic Cochrane Center, The Cochrane Collaboration. Review Manager (RevMan). Version 5.3. Copenhagen: The Nordic Cochrane Center, The Cochrane Collaboration; 2014.

Resultados

Nossas principais evidências de pesquisas iniciais recuperaram 692 registros, dos quais 14 potencialmente relevantes foram selecionados para revisão de texto completo. Desses, foram considerados quatro ensaios clínicos randomizados que preencheram os critérios de inclusão (fig. 1).

Figura 1
Fluxograma de seleção do estudo.

ª Citação do Google scholar.


Características dos estudos

O resumo das características dos estudos está descrito na tabela 4 e no material suplementar. Além disso, esses estudos foram publicados de 2003 a 2016. Quatro estudos incluíram 227 participantes;5454 Fein DM, Avner JR, Scharbach K, Manwani D, Khine H. Intranasal fentanyl for initial treatment of vaso-occlusive crisis in sickle cell disease. Pediatr Blood Cancer. 2016;64:6.

55 Goldman RD, Mounstephen W, Kirby-Allen M, Friedman JN. Intravenous magnesium sulfate for vaso-occlusive episodes in sickle cell disease. Pediatrics. 2013;132:e1634-41.

56 Morris CR, Kuypers FA, Lavrisha L, Ansari M, Sweeters N, Stewart M, et al. A randomized, placebo-controlled trial of arginine therapy for the treatment of children with sickle cell disease hospitalized with vaso-occlusive pain episodes. Haematologica. 2013;98:1375-82.
-5757 Weiner DL, Hibberd PL, Betit P, Cooper AB, Botelho CA, Brugnara C. Preliminary assessment of inhaled nitric oxide for acute vaso-occlusive crisis in pediatric patients with sickle cell disease. JAMA. 2003;289:1136-42. entre eles, 111 incluídos no grupo de intervenção e 116 no grupo placebo.

Tabela 4
Principais características e resumo dos resultados dos estudos incluídos na metanálise

Em estudos para inclusão em metanálise, encontramos três ensaios clínicos randomizados, com intervenção e uso de fármacos que têm um papel crucial para intervir no mecanismo patológico das CVO, inclusive magnésio intravenoso, arginina e óxido nítrico, e um ECR com fentanil intranasal que é um derivado opioide. Todos os ECRs foram comparados com um braço de tratamento com placebo e esses fármacos foram posteriormente investigados. Havia dois estudos com desenho paralelo,5454 Fein DM, Avner JR, Scharbach K, Manwani D, Khine H. Intranasal fentanyl for initial treatment of vaso-occlusive crisis in sickle cell disease. Pediatr Blood Cancer. 2016;64:6.,5555 Goldman RD, Mounstephen W, Kirby-Allen M, Friedman JN. Intravenous magnesium sulfate for vaso-occlusive episodes in sickle cell disease. Pediatrics. 2013;132:e1634-41. um desenho de grupo único5656 Morris CR, Kuypers FA, Lavrisha L, Ansari M, Sweeters N, Stewart M, et al. A randomized, placebo-controlled trial of arginine therapy for the treatment of children with sickle cell disease hospitalized with vaso-occlusive pain episodes. Haematologica. 2013;98:1375-82. e um desenho de estudo-piloto.5757 Weiner DL, Hibberd PL, Betit P, Cooper AB, Botelho CA, Brugnara C. Preliminary assessment of inhaled nitric oxide for acute vaso-occlusive crisis in pediatric patients with sickle cell disease. JAMA. 2003;289:1136-42. Todos os ensaios incluídos foram de indivíduos admitidos no DE devido a um episódio agudo de crise de dor causada por CVO com o uso da escala de mensuração da dor de pequena duração do tratamento. Três dos estudos incluídos foram feitos nos Estados Unidos5454 Fein DM, Avner JR, Scharbach K, Manwani D, Khine H. Intranasal fentanyl for initial treatment of vaso-occlusive crisis in sickle cell disease. Pediatr Blood Cancer. 2016;64:6.,5656 Morris CR, Kuypers FA, Lavrisha L, Ansari M, Sweeters N, Stewart M, et al. A randomized, placebo-controlled trial of arginine therapy for the treatment of children with sickle cell disease hospitalized with vaso-occlusive pain episodes. Haematologica. 2013;98:1375-82.,5757 Weiner DL, Hibberd PL, Betit P, Cooper AB, Botelho CA, Brugnara C. Preliminary assessment of inhaled nitric oxide for acute vaso-occlusive crisis in pediatric patients with sickle cell disease. JAMA. 2003;289:1136-42. e somente um foi feito no Canadá.5555 Goldman RD, Mounstephen W, Kirby-Allen M, Friedman JN. Intravenous magnesium sulfate for vaso-occlusive episodes in sickle cell disease. Pediatrics. 2013;132:e1634-41.

O número total de participantes em estudos incluídos não foi diferente nos braços de intervenção (111) e placebo (116) e o número total de participantes em cada ensaio ficou entre 20 e 104. Todos os estudos focaram em episódios agudos imprevisíveis e não complicados de crise de dor na doença falciforme, com fenótipos identificados como HbSS, HbSC e HbSβ-talassemia. Dos 227 participantes envolvidos, 149 (65,6%) tinham HbSS, 61 (26,9%) HbSC e apenas 17 (7,5%) tinham HbSβ-talassemia, 115 (50,66%) eram do sexo masculino e 112 (49,34%) do feminino. Quarenta e nove participantes eram elegíveis e foram incluídos para análise no ensaio de fentanil intranasal, 104 no ensaio de magnésio intravenoso, 54 no ensaio de arginina e apenas 20 no ensaio de óxido nítrico. Em dois grupos (tratamento e controle), em todos os estudos, a menor média (DP) de idade dos participantes variou de 10,6 (5,3) à maior média (DP) de 17,6 (2,4) anos. A divisão dos participantes em cada um dos braços (intervenção e placebo) em todos os ensaios foi quase igual (24-25) no ensaio de fentanil intranasal, 51-53 no ensaio de magnésio intravenoso, 26-28 no ensaio com arginina e 10-10 no ensaio de óxido nítrico.5454 Fein DM, Avner JR, Scharbach K, Manwani D, Khine H. Intranasal fentanyl for initial treatment of vaso-occlusive crisis in sickle cell disease. Pediatr Blood Cancer. 2016;64:6.

55 Goldman RD, Mounstephen W, Kirby-Allen M, Friedman JN. Intravenous magnesium sulfate for vaso-occlusive episodes in sickle cell disease. Pediatrics. 2013;132:e1634-41.

56 Morris CR, Kuypers FA, Lavrisha L, Ansari M, Sweeters N, Stewart M, et al. A randomized, placebo-controlled trial of arginine therapy for the treatment of children with sickle cell disease hospitalized with vaso-occlusive pain episodes. Haematologica. 2013;98:1375-82.
-5757 Weiner DL, Hibberd PL, Betit P, Cooper AB, Botelho CA, Brugnara C. Preliminary assessment of inhaled nitric oxide for acute vaso-occlusive crisis in pediatric patients with sickle cell disease. JAMA. 2003;289:1136-42.

Risco de viés

A ferramenta de avaliação Cochrane Risk of Bias Assessment para estudos individuais está exposta na tabela 3 e no material suplementar. Além disso, a qualidade das evidências oferecidas para cada desfecho, de acordo com a abordagem Grade, foi classificada de "baixa" a "moderada" (tabela 5). Consideramos os três ensaios clínicos randomizados controlados de baixo risco de viés de seleção, já que o método de randomização foi relatado com o uso das tabelas em bloco e a sequência foi criada por meio de pesquisa da farmácia.5454 Fein DM, Avner JR, Scharbach K, Manwani D, Khine H. Intranasal fentanyl for initial treatment of vaso-occlusive crisis in sickle cell disease. Pediatr Blood Cancer. 2016;64:6.

55 Goldman RD, Mounstephen W, Kirby-Allen M, Friedman JN. Intravenous magnesium sulfate for vaso-occlusive episodes in sickle cell disease. Pediatrics. 2013;132:e1634-41.
-5656 Morris CR, Kuypers FA, Lavrisha L, Ansari M, Sweeters N, Stewart M, et al. A randomized, placebo-controlled trial of arginine therapy for the treatment of children with sickle cell disease hospitalized with vaso-occlusive pain episodes. Haematologica. 2013;98:1375-82. Julgamos que um estudo tinha risco de viés de seleção incerto, já que o estudo não descreveu adequadamente o método de randomização e tinha informações insuficientes de ocultação de alocação (material suplementar Apêndice Material adicional Pode consultar o material adicional para este artigo na sua versão eletrónica disponível em doi:10.1016/j.jpedp.2019.05.024. ).5757 Weiner DL, Hibberd PL, Betit P, Cooper AB, Botelho CA, Brugnara C. Preliminary assessment of inhaled nitric oxide for acute vaso-occlusive crisis in pediatric patients with sickle cell disease. JAMA. 2003;289:1136-42. Todos os quatro estudos foram classificados como de baixo risco de viés de desempenho, atrito e de relato, porque todos relataram em seus estudos a descrição de estudo duplo-cego e os tratamentos com placebo não eram discerníveis da intervenção do estudo. Todos os participantes analisados foram incluídos para os dados finais. Um relato de todas as medidas de desfechos pretendidos pré-especificados foi obtido a partir do registro do estudo online.5454 Fein DM, Avner JR, Scharbach K, Manwani D, Khine H. Intranasal fentanyl for initial treatment of vaso-occlusive crisis in sickle cell disease. Pediatr Blood Cancer. 2016;64:6.

55 Goldman RD, Mounstephen W, Kirby-Allen M, Friedman JN. Intravenous magnesium sulfate for vaso-occlusive episodes in sickle cell disease. Pediatrics. 2013;132:e1634-41.

56 Morris CR, Kuypers FA, Lavrisha L, Ansari M, Sweeters N, Stewart M, et al. A randomized, placebo-controlled trial of arginine therapy for the treatment of children with sickle cell disease hospitalized with vaso-occlusive pain episodes. Haematologica. 2013;98:1375-82.
-5757 Weiner DL, Hibberd PL, Betit P, Cooper AB, Botelho CA, Brugnara C. Preliminary assessment of inhaled nitric oxide for acute vaso-occlusive crisis in pediatric patients with sickle cell disease. JAMA. 2003;289:1136-42. Três ensaios tinham um risco incerto de detecção, porque no registro do estudo não havia detalhes claros para julgar e nenhuma declaração de informação complementar foi dada para os avaliadores de resultados que foram submetidos ao mascaramento.5555 Goldman RD, Mounstephen W, Kirby-Allen M, Friedman JN. Intravenous magnesium sulfate for vaso-occlusive episodes in sickle cell disease. Pediatrics. 2013;132:e1634-41.

56 Morris CR, Kuypers FA, Lavrisha L, Ansari M, Sweeters N, Stewart M, et al. A randomized, placebo-controlled trial of arginine therapy for the treatment of children with sickle cell disease hospitalized with vaso-occlusive pain episodes. Haematologica. 2013;98:1375-82.
-5757 Weiner DL, Hibberd PL, Betit P, Cooper AB, Botelho CA, Brugnara C. Preliminary assessment of inhaled nitric oxide for acute vaso-occlusive crisis in pediatric patients with sickle cell disease. JAMA. 2003;289:1136-42. Um estudo foi considerado de baixo risco de detecção, pois os avaliadores de desfechos foram submetidos ao mascaramento, como declarado no registro do estudo.5454 Fein DM, Avner JR, Scharbach K, Manwani D, Khine H. Intranasal fentanyl for initial treatment of vaso-occlusive crisis in sickle cell disease. Pediatr Blood Cancer. 2016;64:6. Além disso, todos os estudos tinham um alto risco de outras possíveis fontes de vieses; a razão foi o tamanho da amostra alvo prevista no protocolo do estudo não ter sido atingida (material suplementar Apêndice Material adicional Pode consultar o material adicional para este artigo na sua versão eletrónica disponível em doi:10.1016/j.jpedp.2019.05.024. ).

Tabela 5
Uso de medicamentos analgésicos comparados ao placebo em pacientes pediátricos com crise dolorosa aguda em DF. Resumo dos achados

Devido ao número insuficiente de ensaios incluídos na revisão de metanálise (menos de 10), a implantação do gráfico de funil para explorar o risco de viés de publicação e análises de sensibilidade não foi possível.

Mudança na escala do escore de dor

Na comparação das mudanças na escala de dor, no agrupamento dos quatro estudos (a avaliação da intensidade da dor foi feita por EVA ou outras ferramentas apropriadas à idade, por exemplo a Face Pain Scale) uma metanálise de efeitos aleatórios ponderados por VI (fig. 2) indicou que a estimativa da diferença média padronizada não foi significativa entre o fármaco analgésico e os braços de controle (DMP -0,08, IC95% -0,53, 0,37); p = 0,72. Houve heterogeneidade moderada (I2 > 50%) entre as estimativas dos estudos no desfecho da mudança na classificação da dor (Chi2 = 7,66, p = 0,05, I2 = 61%). A qualidade das evidências foi baixa (tabela 5).

Figura 2
Mudança na escala de dor.

Tempo de permanência no hospital

Para os três estudos que forneceram o tempo de internação hospitalar por episódio agudo não complicado de crise de dor falciforme,5555 Goldman RD, Mounstephen W, Kirby-Allen M, Friedman JN. Intravenous magnesium sulfate for vaso-occlusive episodes in sickle cell disease. Pediatrics. 2013;132:e1634-41.

56 Morris CR, Kuypers FA, Lavrisha L, Ansari M, Sweeters N, Stewart M, et al. A randomized, placebo-controlled trial of arginine therapy for the treatment of children with sickle cell disease hospitalized with vaso-occlusive pain episodes. Haematologica. 2013;98:1375-82.
-5757 Weiner DL, Hibberd PL, Betit P, Cooper AB, Botelho CA, Brugnara C. Preliminary assessment of inhaled nitric oxide for acute vaso-occlusive crisis in pediatric patients with sickle cell disease. JAMA. 2003;289:1136-42. a estimativa da diferença média agrupada calculada com metanálise de efeitos fixos ponderados por variável independente (VI) (fig. 3) indicou que não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos droga analgésica e controle (DM -5,05 horas, IC 95% -26,64, 16,55); p = 0,65. A qualidade das evidências foi baixa (tabela 5), sem evidência de heterogeneidade para o desfecho tempo de permanência hospitalar entre os três estudos (Chi2 = 1,94, p = 0,38, I2 = 0%).

Figura 3
Tempo de internação primariamente no hospital.

Quantidade de narcóticos usados durante o estudo

Os mesmos três ensaios5555 Goldman RD, Mounstephen W, Kirby-Allen M, Friedman JN. Intravenous magnesium sulfate for vaso-occlusive episodes in sickle cell disease. Pediatrics. 2013;132:e1634-41.

56 Morris CR, Kuypers FA, Lavrisha L, Ansari M, Sweeters N, Stewart M, et al. A randomized, placebo-controlled trial of arginine therapy for the treatment of children with sickle cell disease hospitalized with vaso-occlusive pain episodes. Haematologica. 2013;98:1375-82.
-5757 Weiner DL, Hibberd PL, Betit P, Cooper AB, Botelho CA, Brugnara C. Preliminary assessment of inhaled nitric oxide for acute vaso-occlusive crisis in pediatric patients with sickle cell disease. JAMA. 2003;289:1136-42. relataram a diferença média padronizada agrupada estimada, calculada com metanálise de efeitos fixos ponderados por VI (DMP -0,25, IC95% -0,55, 0,05); p = 0,10 (fig. 4). Uma diferença não estatisticamente significante entre o fármaco analgésico e os braços de controle para a quantidade de analgésicos usados ao longo do estudo foi examinada junto com ausência de heterogeneidade importante (Chi2=3,06, p = 0,22, I2 = 35%). A qualidade das evidências foi moderada (tabela 5). Essa análise de desfechos foi relatada por um estudo (fentanil intranasal) como evento.5454 Fein DM, Avner JR, Scharbach K, Manwani D, Khine H. Intranasal fentanyl for initial treatment of vaso-occlusive crisis in sickle cell disease. Pediatr Blood Cancer. 2016;64:6. Cinco (20%) participantes do grupo placebo receberam morfina parenteral em comparação com um (4%) participante no grupo intervenção. Em outro estudo (arginina),5656 Morris CR, Kuypers FA, Lavrisha L, Ansari M, Sweeters N, Stewart M, et al. A randomized, placebo-controlled trial of arginine therapy for the treatment of children with sickle cell disease hospitalized with vaso-occlusive pain episodes. Haematologica. 2013;98:1375-82. dois participantes nos braços placebo foram removidos da análise da quantidade de consumo de opioides devido aos registros de analgésicos incompletos. Então, o número de participantes no braço placebo no desfecho quantidade total de uso de opioides para este estudo diminuiu de 28 para 26. Mas esses participantes estavam envolvidos em todas as outras análises de desfechos.

Figura 4
Analgésicos usados durante os estudos.

Eventos adversos

Nossos resultados de análises de subgrupos são mostrados nas figuras 5 e 6. Cada ensaio tinha sua maneira de descrever e tabular diferentes números de eventos adversos. Portanto, planejamos exibir dados de eventos para a proporção de indivíduos que apresentassem eventos adversos menores (hipotensão transitória, prurido, urticária, dor no local de administração do medicamento, sonolência, náusea ou vômito, hipóxia, cefaleia e taquicardia) e eventos adversos graves (síndrome torácica aguda, aumento das enzimas hepáticas, hospitalização para tratamento da dor, necessidade de transfusão sanguínea, retorno ao pronto-socorro dentro de 24 horas, 72 horas ou uma semana e readmissão para controle da dor em um mês) durante o estudo. Para a proporção de indivíduos que apresentaram eventos adversos menores representada pela dor no local de administração do medicamento, uma diferença estatisticamente significativa (p = 0,03) foi demonstrada para a coalescência de dados de dois estudos (citrato de fentanil intranasal e magnésio intravenoso)5454 Fein DM, Avner JR, Scharbach K, Manwani D, Khine H. Intranasal fentanyl for initial treatment of vaso-occlusive crisis in sickle cell disease. Pediatr Blood Cancer. 2016;64:6.,5555 Goldman RD, Mounstephen W, Kirby-Allen M, Friedman JN. Intravenous magnesium sulfate for vaso-occlusive episodes in sickle cell disease. Pediatrics. 2013;132:e1634-41. sem heterogeneidade importante (Chi2 = 0,17, p = 0,68, I2 = 0%). A qualidade das evidências foi baixa (tabela 5).

Figura 5
Proporção que apresentou eventos menores.

Figura 6
Proporção que apresentou eventos adversos graves.

Discussão

Os resultados desta revisão sistemática e metanálise mostram que a maioria dos estudos que relatou a classificação dos escores de dor concluiu que havia uma evidência não significativa de melhoria na escala do escore de dor na crise aguda de dor falciforme. Apenas três estudos relataram o tempo de permanência hospitalar e a quantidade de analgésicos usados durante o estudo, encontraram uma redução não significativa sobre essas medidas de desfecho. Em relação aos eventos adversos, para os indivíduos que experimentaram efeitos colaterais menores, o achado evidenciou meramente uma associação significativa de dor no local de administração do fármaco nos estudos com magnésio intravenoso e citrato de fentanil intranasal. Esses analgésicos farmacológicos têm impactos inadequados no tratamento da crise de dor falciforme aguda, não complicada e isolada, em coortes pediátricas.

Já que os derivados opioides são chamados de padrão-ouro para o manejo da crise de dor na doença falciforme, sua ação é limitada apenas a um efeito nociceptivo, mas não mostram uma ação relevante dentro da importante cascata gerada pelas CVO associadas à síndrome inflamatória. Assim, a ampliação da pesquisa em andamento se expande para reconhecer novas perspectivas de tratamento.2020 Murphy A, O'Sullivan R, Wakai A, Grant TS, Barrett MJ, Cronin J, et al. Intranasal fentanyl for the management of acute pain in children. Cochrane Database Syst Rev. 2014;10: CD009942.,2323 Archer N, Galacteros F, Brugnara C. Updates in clinical trials for hematological diseases: 2015 clinical trials update in sickle cell anemia. Am J Hematol. 2015;90:934-50. Diante dessas inovações, o conhecimento fisiopatológico das CVO esclareceu a curiosidade científica na literatura. Esses três componentes (magnésio endovenoso, arginina e óxido nítrico inalado) revolucionaram, portanto, essa compreensão profunda, além de promover novas abordagens terapêuticas,99 Hebbel RP. Pathobiology of sickle cell disease. In: Hoffman R, Benz JE, Silberstein LE, Heslop HE, Weitz JI, Anastasi J, editors. Hematology: basic principles and practice. Red blood cells. 6th ed Philadelphia: Elsevier Saunders; 2013. p. 536-47.,1010 Morrone KA, Davila J, Mitchell WB, Manwani D. Pathobiology of sickle cell disease vaso-occlusion and targeted therapies. In: Meier ER, Abraham A, Fasano RM, editors. Sickle cell disease and hematopoietic stem cell transplantation. Sickle cell disease. Cham: Springer International Publishing AG; 2018. p.41-64.,2525 Wandersee NJ, Hillery CA. Red blood cells and the vasoocclusive process. In: Costa FF, Conran N, editors. Sickle cell anemia: from basic science to clinical practice. Cham: Springer International Publishing AG; 2016. p. 75-90.,4343 Brousseau DC, Scott JP, Badaki-Makun O, Darbari DS, Chumpitazi CE, Airewele GE, et al. A multicenter randomized controlled trial of intravenous magnesium for sickle cell pain crisis in children. Blood. 2015;126:1651-7.,5858 Dampier CD, Smith WR, Wager CG, Kim HY, Bell MC, Miller ST, et al. Sickle Cell Disease Clinical Research Network (SCDCRN). IMPROVE trial: a randomized controlled trial of patient-controlled analgesia for sickle cell painful episodes: rationale, design challenges, initial experience, and recommendations for future studies. Clin Trials. 2013;10:319-31.mas exigem mais evidências.

Que seja de nosso conhecimento, este presente estudo é a investigação mais recente que mostra as lacunas desses efeitos farmacológicos na faixa etária pediátrica com crise aguda de dor falciforme. Além disso, três dos ensaios incluídos (magnésio intravenoso, arginina e óxido nítrico inalado) usaram a intervenção com propriedade não analgésica, mas com finalidade analgésica, que está ligada aos mecanismos fisiopatológicos da dor na doença falciforme causada pelas CVO. Os resultados desta metanálise são consistentes com a metanálise anterior feita por Dunlop et al.;2222 Dunlop R, Bennett KC. Pain management for sickle cell disease in children and adults. Cochrane Database Syst Rev. 2006;2:. houve lacunas na vantagem cruzada dos testes de tratamento na diminuição das crises de dor aguda na doença falciforme, bem como no consumo de opioides e tempo de internação hospitalar. Entretanto, sua metanálise incluiu nove ensaios clínicos randomizados (seis controlados por placebo e três entre tratamentos) e incluiu crianças e adultos sem combiná-los. Suas descobertas mostraram o alívio completo da crise aguda de dor falciforme em todos os participantes, mas provaram claramente que nenhum dos testes de intervenção é capaz de tratar completamente esse estado de crise e, além disso, as bases de evidências eram inadequadas.

O teste de heterogeneidade dos estudos incluídos em todos os desfechos da eficácia desses tratamentos em pacientes pediátricos com crise aguda de dor falciforme não foi substancial (I2 > 80%). Houve risco moderado de heterogeneidade estatística ao longo da metanálise da mudança na escala do escore de dor. Essa heterogeneidade pode ser explicada pelas diferentes ferramentas e métodos usados na avaliação da dor, como a EVA ou Faces Pain Scale, e o pequeno número de amostras dos estudos incluídos. A ausência do risco de heterogeneidade estatística na metanálise do tempo de internação hospitalar é contabilizado pelo uso, em todos os estudos, de métodos semelhantes ou semelhantes para estimar o tempo de internação hospitalar; além disso, minimiza a inconstância desse resultado. Além disso, o risco não importante de heterogeneidade estatística na quantidade de analgésicos usada é parcialmente consistente com o nível moderado da qualidade das evidências.

Na metanálise, evitamos incluir estudos que recrutaram e combinaram diferentes faixas etárias e compararam os tratamentos, o que diminui o risco de viés. Com quatro estudos de pequena escala sobre o tratamento agudo da crise de dor falciforme não complicada, que contribuíram com dados de 227 pacientes registrados, nosso estudo apresenta evidências insuficientes, enfatiza o manejo substancial na faixa etária pediátrica com crise de dor na célula falciforme. Além disso, um estudo multicêntrico, randomizado, controlado por placebo e com magnésio intravenoso, forneceu um relato apenas na doença falciforme, inclusive os fenótipos HbSS e HbSβ0, com resultados inadequados e triviais sobre o tempo de internação e redução dos opioides usados.4343 Brousseau DC, Scott JP, Badaki-Makun O, Darbari DS, Chumpitazi CE, Airewele GE, et al. A multicenter randomized controlled trial of intravenous magnesium for sickle cell pain crisis in children. Blood. 2015;126:1651-7.Além disso, houve grandes barreiras durante a pesquisa bibliográfica, como estudos que avaliaram o manejo dos episódios agudos de dorna doença falciforme que terminaram prematuramente, devido à escassez de participantes disponíveis nos ensaios.4242 NCT00142051. Inhaled nitric oxide for pediatric painful sickle crisis. Clinicaltrialsgov/ct2/show/NCT00142051; 2005.
Clinicaltrialsgov/ct2/show/NCT00142051...
,5858 Dampier CD, Smith WR, Wager CG, Kim HY, Bell MC, Miller ST, et al. Sickle Cell Disease Clinical Research Network (SCDCRN). IMPROVE trial: a randomized controlled trial of patient-controlled analgesia for sickle cell painful episodes: rationale, design challenges, initial experience, and recommendations for future studies. Clin Trials. 2013;10:319-31.,5959 Peters-Lawrence MH, Bell MC, Hsu LL, Osunkwo I, Seaman P, Blackwood M, et al. Sickle Cell Disease Clinical Research Network (SCDCRN). Clinical trial implementation and recruitment: lessons learned from the early closure of a randomized clinical trial. Contemp Clin Trials. 2012;33:291-7. Os eventos adversos foram divididos em proporção de indivíduos com eventos menores e maiores para esta metanálise, com dados excessivamente diversificados para permitir um exame agrupado distinto. Em contraste, fomos capazes de agrupar dois estudos que mostravam que o magnésio intravenoso e o citrato de fentanil intranasal geraram dor no local de administração do fármaco. O evento do magnésio intravenoso foi consistente com outro estudo que mostrou calor no local de administração para o braço de tratamento.4343 Brousseau DC, Scott JP, Badaki-Makun O, Darbari DS, Chumpitazi CE, Airewele GE, et al. A multicenter randomized controlled trial of intravenous magnesium for sickle cell pain crisis in children. Blood. 2015;126:1651-7.

Os pontos fortes de pertinência desta revisão sistemática e metanálise incluem o fato de que o estudo forneceu a mais recente avaliação da eficiência e segurança do tratamento da crise dolorosa falciforme aguda não complicada na faixa etária pediátrica. Também identificamos três estudos em andamento,6060 NCT02536170. Randomized control trial of arginine therapy for pediatric sickle cell disease pain [Phase 2]. clinicaltrialsgov/ct2/show/ NCT02536170; 2015.
clinicaltrialsgov/ct2/show/...

61 NCT01954927. Pain management of VOC in children and young adults with SCD [Phase 2]. clinicaltrialsgov/ct2/show/ NCT01954927; 2013.
clinicaltrialsgov/ct2/show/...
-6262 NCT02573714. Comparison of sub-dissociative intranasal ketamine plus standard pain therapy versus standard pain therapy in the treatment of pediatric sickle cell disease vaso-occlusive crises in resource-limited setting: a multi-centered, randomized, controlled trial.clinicaltrialsgov/ct2/show/ NCT02573714; 2015.
trial.clinicaltrialsgov/ct2/show/...
que se concentram meramente em participantes de três a 22 anos. Um deles define a posição ideal da cetamina intranasal que demonstrou um efeito salutar de analgesia em estudos subsequentes de pacientes pediátricos em medicina pré-hospitalar, medicina de emergência e oncologia.6262 NCT02573714. Comparison of sub-dissociative intranasal ketamine plus standard pain therapy versus standard pain therapy in the treatment of pediatric sickle cell disease vaso-occlusive crises in resource-limited setting: a multi-centered, randomized, controlled trial.clinicaltrialsgov/ct2/show/ NCT02573714; 2015.
trial.clinicaltrialsgov/ct2/show/...
,6363 Young JR, Sawe HR, Mfinanga J, Nshom E, Helm E, Moore CG, et al. Subdissociative intranasal ketamine plus standard pain therapy versus standard pain therapy in the treatment of paediatrics sickle cell disease vaso-occlusive crises in resource-limited settings: study protocol for a randomised controlled trial. BJM Open. 2017;7: e017190. Estudos anteriores confirmam que a cetamina também provoca analgesia clinicamente substancial na dor falciforme, além de reduzir o consumo de opiáceos.2121 Zempsky WT, Loiselle KA, Corsi JM, Hagstrom JN. Use of low-dose ketamine infusion for pediatric patients with sickle cell disease-related pain: a case series. Clin J Pain. 2010;26:163-7.,6464 Tawfic QA, Faris AS, Kausalya R. The role of a low-dose ketamine-midazolam regimen in the management of severe painful crisis in patients with sickle cell disease. J Pain Symptom Manage. 2014;47:334-40.,6565 Uprety D, Baber A, Foy M. Ketamine infusion for sickle cell pain crisis refractory to opioids: a case report and review of literature. Ann Hematol. 2014;93:769-71. Um estudo que comparou o benefício analgésico do fentanil intranasal com a cetamina intranasal deduziu que ambos fornecem analgesia equivalente.6666 Graudins A, Meek R, Egerton-Warburton D, Oakley E, Seith R. The PICHFORK (pain in children fentanyl or ketamine) trial: a randomized controlled trial comparing intranasal ketamine and fentanyl for the relief of moderate to severe pain in children with limb injuries. Ann Emerg Med. 2015;65:248-54. Qualquer intervalo de confiança em nosso estudo revelou-se amplo, indicou e destacou, assim, o significado e a magnitude da busca, a busca nesse domínio para gerenciar totalmente a crise e reconhecer o motivo adicional dessa importante diferença. A metanálise de outros desfechos, além da mudança na escala de escore de dor, mostrou uma heterogeneidade sem importância estatística, embora esses resultados não tenham sido suficientemente estatisticamente fortes. Não obstante, a análise pelo método Grade da qualidade para quase todos os desfechos evidencia um baixo nível de força de evidência devido à presença de vieses, inconsistência e imprecisão; exceto pela quantidade de analgésicos usados, cuja qualidade é um nível moderado de evidência.

Esta revisão de metanálise tem algumas limitações que podem ser focadas no trabalho de pesquisa prospectivo. A maioria dos estudos envolvidos nesta revisão originou-se em áreas de baixa carga de DF, embora nossa extensa estratégia de pesquisa científica tenha identificado vários estudos pertinentes. Assim, a maior parte dos estudos elegíveis tem tamanho de amostra inadequado, portanto pode ter promovido o efeito dos fatores de confusão na redução da precisão na estimativa do tamanho do efeito, na diminuição da significância dos achados e na diminuição do poder dos ensaios. Alguns estudos incluídos foram feitos em um único centro, o que pode ter resultado em fatores de confusão pelo tamanho insuficiente da amostra. A maioria dos ECRs que exploraram a crise de dor falciforme recrutou e combinou três grupos etários (crianças, adultos jovens, idosos) e não forneceu dados exclusivos da faixa etária de cada participante, cujo uso teria envolvido muitos estudos desta revisão. As avaliações e os métodos das escalas de dor, seja sua intensidade ou alívio, usados nos estudos incluídos na revisão de metanálise não foram padronizados; por exemplo, dois ensaios usaram dois tipos de medidas de dor.5555 Goldman RD, Mounstephen W, Kirby-Allen M, Friedman JN. Intravenous magnesium sulfate for vaso-occlusive episodes in sickle cell disease. Pediatrics. 2013;132:e1634-41.,5656 Morris CR, Kuypers FA, Lavrisha L, Ansari M, Sweeters N, Stewart M, et al. A randomized, placebo-controlled trial of arginine therapy for the treatment of children with sickle cell disease hospitalized with vaso-occlusive pain episodes. Haematologica. 2013;98:1375-82. Portanto, a comparação entre os ensaios e o agrupamento de dados foi um desafio, e não uma tarefa de facilitação. Entretanto, essas circunstâncias podem afetar os resultados da análise. Devido ao número insuficiente de estudos elegíveis na nossa revisão da metanálise, a implantação do gráfico de funil para explorar o risco de viés de publicação e análises de sensibilidade não foi viável.

Conclusão

Neste estudo, os tratamentos farmacológicos analgésicos pareceram ter resultados incertos na melhoria da intensidade da dor e no alívio da crise de dor aguda em populações pediátricas com DF. Assim, nenhuma dedução decisiva sobre a eficiência clínica desses analgésicos farmacológicos foi feita. Mais ERCs são necessários para demonstrar as evidências da força de cada estudo. Isso pode fornecer mais informações sobre esses medicamentos analgésicos, a fim de melhorar a redução do tempo de internação primariamente no hospital e a redução da quantidade de consumo de analgésicos. Estudos bem desenhados, e com muitos participantes, são necessários para demonstrar as diferenças substanciais. Estudos futuros devem garantir um maior tamanho de amostra e o equilíbrio de cada fenótipo de DF nos estudos, para evitar a superestimação de resultados nas próximas pesquisas. Um estudo de centro único deve ser estendido a um estudo multicêntrico, a fim de fornecer participantes e poder de estudo suficientes. Os pesquisadores precisam de mais avaliações para expandir seus estudos em cenários e panoramas baseados na DF.

  • Como citar este artigo: Saramba MI, Shakya S, Zhao D. Analgesic management of uncomplicated acute sickle-cell pain crisis in pediatrics: a systematic review and meta-analysis. J Pediatr (Rio J). 2020;96:142-58.
  • Financiamento
    Bolsas de estudos do Chinese National Natural Science Fund, nº 81170005 e 81670007.

Agradecimentos

Ao professor Yi Guo e à Sra. Loraine S. Castellano pelas contribuições, pelos incentivos e pelo apoio. Ao Dr. Ali A. Salama e à Dra. Elsam Koshy pelo imenso apoio na revisão do artigo.

Apêndice Material adicional

Pode consultar o material adicional para este artigo na sua versão eletrónica disponível em doi:10.1016/j.jpedp.2019.05.024.

References

  • 1
    Pecker LH, Little J. Clinical manifestations of sickle cell disease across the lifespan. In: Meier ER, Abraham A, Fasano RM, editors. Sickle cell disease and hematopoietic stem cell transplantation. Sickle cell disease. Cham: Springer International Publishing AG; 2018. p. 3-39.
  • 2
    Jones P. Genes and disease. New York: Chelsea House; 2008.
  • 3
    Jacob E, Mueller BU. Pain experience of children with sickle cell disease who had prolonged hospitalizations for acute painful episodes. Pain Med. 2008;9:13-21.
  • 4
    Howard J, Telfer P. Sickle cell disease in clinical practice. London: Springer-Verlag; 2015. p. 300.
  • 5
    Aubry P, Gaüzère B-A. Hémoglobinoses. Med Trop. 2015;2015:1-11.
  • 6
    Adewoyin AS. Management of sickle cell disease: a review for physician education in Nigeria (sub-Saharan Africa). Anemia. 2015;2015:.
  • 7
    Kato GJ, Piel FB, Reid CD, Gaston MH, Ohene‑Frempong K, Krishnamurti L, et al. Sickle cell disease. Nat Rev Dis Primers. 2018;4:1-22.
  • 8
    Kim-Shapiro DB. Structure and function of hemoglobin and its dysfunction in sickle cell disease. In: Steinberg MH, Forget BG, Higgs DR, Weatherall DJ, editors. Disorders of hemoglobin genetics, pathophysiology, and clinical management. The molecular, cellular, and genetic basis of hemoglobin disorders. 2nd ed. New York: Cambridge University Press; 2009. p. 101-18.
  • 9
    Hebbel RP. Pathobiology of sickle cell disease. In: Hoffman R, Benz JE, Silberstein LE, Heslop HE, Weitz JI, Anastasi J, editors. Hematology: basic principles and practice. Red blood cells. 6th ed Philadelphia: Elsevier Saunders; 2013. p. 536-47.
  • 10
    Morrone KA, Davila J, Mitchell WB, Manwani D. Pathobiology of sickle cell disease vaso-occlusion and targeted therapies. In: Meier ER, Abraham A, Fasano RM, editors. Sickle cell disease and hematopoietic stem cell transplantation. Sickle cell disease. Cham: Springer International Publishing AG; 2018. p.41-64.
  • 11
    Saunthararajah Y, Vichinsky EP. Sickle cell disease: clinical features and management. In: Hoffman R, Benz JE, Silberstein LE, Heslop HE, Weitz JI, Anastasi J, editors. Hematology: basic principles and practice. Red blood cells. 6th ed. Philadelphia: Elsiever Saunders; 2013. p. 548-72, e5.
  • 12
    Ballas SK, Eckman JR. Sickle cell pain: biology, etiology, and treatment. In: Steinberg MH, Forget BG, Higgs DR, Weatherall DJ, editors. Disorders of hemoglobin genetics, pathophysiology, and clinical management. Sickle cell disease. 2nd ed. New York: Cambridge University Press; 2009. p. 497-524.
  • 13
    Expert Panel Report, 2014. Evidence-based management of sickle cell disease. Bethesda, MD: National Heart, Lung, and Blood Institute, US Department of Health and Human Services; 2014. Available from: http://www.nhlbi.nih.gov/health-pro/guidelines/sickle-cell-disease-guidelines/ [Cited 20 March2018].
    » http://www.nhlbi.nih.gov/health-pro/guidelines/sickle-cell-disease-guidelines/
  • 14
    Fosdal MB. Perception of pain among pediatric patients with sickle cell pain crisis. J Pediatr Oncol Nurs. 2014;32:5-20.
  • 15
    Brousseau DC, Owens PL, Mosso AL, Panepinto JA, Steiner CA. Acute care utilization and rehospitalizations for sickle cell disease. JAMA. 2010;303:1288-94.
  • 16
    Yusuf HR, Atrash HK, Grosse SD, Parker CS, Grant AM. Emergency department visits made by patients with sickle cell disease: a descriptive study, 1999-2007. Am J Prev Med. 2010;38:S536-41.
  • 17
    Zempsky WT. Evaluation and treatment of sickle cell pain in the emergency department: paths to a better future. Clin Pediatr Emerg Med. 2010;11:265-73.
  • 18
    Kelly GS, Stewart RW, Strouse JJ, Anders JF. Intranasal fentanyl improves time to analgesic delivery in sickle cell pain crises. Am J Emerg Med. 2017;36:1305-7.
  • 19
    Lanzkron S, Carroll CP, Haywood CJ. The burden of emergency department use for sickle-cell disease: an analysis of the national emergency department sample database. Am J Hematol. 2010;85:797-9.
  • 20
    Murphy A, O'Sullivan R, Wakai A, Grant TS, Barrett MJ, Cronin J, et al. Intranasal fentanyl for the management of acute pain in children. Cochrane Database Syst Rev. 2014;10: CD009942.
  • 21
    Zempsky WT, Loiselle KA, Corsi JM, Hagstrom JN. Use of low-dose ketamine infusion for pediatric patients with sickle cell disease-related pain: a case series. Clin J Pain. 2010;26:163-7.
  • 22
    Dunlop R, Bennett KC. Pain management for sickle cell disease in children and adults. Cochrane Database Syst Rev. 2006;2:.
  • 23
    Archer N, Galacteros F, Brugnara C. Updates in clinical trials for hematological diseases: 2015 clinical trials update in sickle cell anemia. Am J Hematol. 2015;90:934-50.
  • 24
    Anderson CL, Darbari DS. Current non-HSCT treatments for SCD. In: Meier ER, Abraham A, Fasano RM, editors. Sickle cell disease and hematopoietic stem cell transplantation. Sickle cell disease. Cham: Springer International Publishing AG; 2018. p.65-86.
  • 25
    Wandersee NJ, Hillery CA. Red blood cells and the vasoocclusive process. In: Costa FF, Conran N, editors. Sickle cell anemia: from basic science to clinical practice. Cham: Springer International Publishing AG; 2016. p. 75-90.
  • 26
    Than NN, Soe HH, Palaniappan SK, Abas AB, De Franceschi L. Magnesium for treating sickle cell disease. Cochrane Database Syst Rev. 2017;4: CD011358.
  • 27
    Gladwin MT, Sachdev V, Jison ML, Shizukuda Y, Plehn JF, Minter K, et al. Pulmonary hypertension as a risk factor for death in patients with sickle cell disease. N Engl J Med. 2004;350:886-95.
  • 28
    Nath KA, Katusic ZS, Gladwin MT. The perfusion paradox and vascular instability in sickle cell disease. Microcirculation. 2004;11:179-93.
  • 29
    Rochelson B, Dowling O, Schwart N, Metz CN. Magnesium sulfate suppresses inflammatory responses by human umbilical vein endothelial cells (HuVECs) through the NFkappaB pathway. J Reprod Immunol. 2007;73:101-7.
  • 30
    Maier JA, Malpuech-Brugère C, Zimowska W, Rayssiguier Y, Mazur A. Low magnesium promotes endothelial cell dysfunction: implications for atherosclerosis, inflammation and thrombosis. Biochim Biophys Acta. 2004;1689:13-21.
  • 31
    Kato GJ, Gladwin MT. Mechanisms and clinical complications of hemolysis in sickle cell disease and thalassemia. In: Steinberg MH, Forget BG, Higgs DR, Weatherall DJ, editors. Disorders of hemoglobin genetics, pathophysiology, and clinical management. pathophysiology of hemoglobin and its disorders. 2nd ed. New York: Cambridge University Press; 2009. p. 201-24.
  • 32
    El-Rassi F, Morris CR. Arginine and glutamine: the future of amino acid therapy in sickle cell disease. J Sick Cell Dis Hemoglobinopathies. 2016;1:26-41.
  • 33
    Rosenthal MD, Carrott PW, Patel J, Kiraly L, Martindale RG. Parenteral or enteral arginine supplementation safety and efficacy. J Nutr. 2016;146, 2594S-600S.
  • 34
    Moncada S, Higgs EA. The discovery of nitric oxide and its role in vascular biology. Br J Pharmacol. 2006;147:S193-201.
  • 35
    Leopold JA, Loscalzo J. The biology of vascular nitric oxide. In: Steinberg MH, Forget BG, Higgs DR, Weatherall DJ, editors. Disorders of hemoglobin genetics, pathophysiology, and clinical management. Pathophysiology of hemoglobin and its disorders. 2nd ed. New York: Cambridge University Press; 2009. p. 185-200.
  • 36
    Sharma D, Potoka KP, Kato GJ. Nitric oxide, phosphodiesterase inhibitors and soluble guanylate cyclase stimulators as candidate treatments for sickle cell disease. J Sick Cell Dis Hemoglobinopathies. 2016. JSCDH-D-16-00097.
  • 37
    Ataga KI, Stocker J. The trials and hopes for drug development in sickle cell disease. Br J Haematol. 2015;170:768-80.
  • 38
    Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman DG. PRISMA Group. Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement. PLoS Med. 2009;6:e1000097.
  • 39
    Adegoke SA, Shehu UA, Mohammed LO, Sanusi Y, Oyelami OA. Influence of lime juice on the severity of sickle cell anemia. J Altern Complement Med. 2013;19:588-92.
  • 40
    NCT01314300. Lidocaine 5% plasters (Versatis® 5%) in pediatric neuropathic pains and vasoocclusive sickle cell crisis pains. clinicaltrialsgov/ct2/show/NCT001314300; 2011.
    » clinicaltrialsgov/ct2/show/NCT001314300
  • 41
    NCT02316366. The use of warmed saline in vaso-occlusive episode. Clinicaltrialsgov/ct2/show/NCT02316366; 2014.
    » Clinicaltrialsgov/ct2/show/NCT02316366
  • 42
    NCT00142051. Inhaled nitric oxide for pediatric painful sickle crisis. Clinicaltrialsgov/ct2/show/NCT00142051; 2005.
    » Clinicaltrialsgov/ct2/show/NCT00142051
  • 43
    Brousseau DC, Scott JP, Badaki-Makun O, Darbari DS, Chumpitazi CE, Airewele GE, et al. A multicenter randomized controlled trial of intravenous magnesium for sickle cell pain crisis in children. Blood. 2015;126:1651-7.
  • 44
    Osunkwo I, Ziegler TR, Alvarez J, McCracken C, Cherry K, Osunkwo CE, et al. High dose vitamin D therapy for chronic pain in children and adolescents with sickle cell disease: results of a randomized double blind pilot study. Br J Haematol. 2012;159:211-5.
  • 45
    NCT01380197. Choosing opioid management for pain and analyzing acute chest syndrome (ACS) rates equally (compare). Clinicaltrialsgov/ct2/show/NCT01380197; 2011.
    » Clinicaltrialsgov/ct2/show/NCT01380197
  • 46
    Higgins JP, Deeks JJ. Selecting studies and collecting data. In: Higgins JP, Green S, editors. Cochrane handbook for systematic reviews of intervention. Version 5.1.0 (updated March 2011). The Cochrane Collaboration; 2011.
  • 47
    Higgins JP, Altman DG, Sterne JA. Assessing risk of bias in included studies. In: Higgins JP, Green S, editors. Cochrane handbook for systematic reviews of intervention. Version 5.1.0 (updated March 2011). The Cochrane Collaboration; 2011.
  • 48
    GRADEpro. Version 3.6 for Windows; 2014. Available from: www.gradepro.org [Cited 20 March 2018].
    » www.gradepro.org
  • 49
    Hozo SP, Djulbegovic B, Hozo I. Estimating the mean and variance from the median, range and the size of a sample. BMC Med Res Methodol. 2005;5:13.
  • 50
    Deeks JJ, Higgins JP, Altman DG. Analysing data and undertaking meta-analysis. In: Higgins JP, Green S, editors. Cochrane handbook for systematic reviews of interventions. Version 5.1.0 (updated March 2011). The Cochrane Collaboration; 2011.
  • 51
    Higgins JP, Thompson SG, Deeks JJ, Altman DG. Measuring inconsistency in meta-analyses. BJM. 2003;327:557-60.
  • 52
    Sterne JA, Egger M, Moher D. Addressing reporting biases. In: Higgins JP, Green S, editors. Cochrane handbook for systematic reviews of interventions. Version 5.1.0 (updated March 2011). The Cochrane Collaboration; 2011.
  • 53
    RevMan. The Nordic Cochrane Center, The Cochrane Collaboration. Review Manager (RevMan). Version 5.3. Copenhagen: The Nordic Cochrane Center, The Cochrane Collaboration; 2014.
  • 54
    Fein DM, Avner JR, Scharbach K, Manwani D, Khine H. Intranasal fentanyl for initial treatment of vaso-occlusive crisis in sickle cell disease. Pediatr Blood Cancer. 2016;64:6.
  • 55
    Goldman RD, Mounstephen W, Kirby-Allen M, Friedman JN. Intravenous magnesium sulfate for vaso-occlusive episodes in sickle cell disease. Pediatrics. 2013;132:e1634-41.
  • 56
    Morris CR, Kuypers FA, Lavrisha L, Ansari M, Sweeters N, Stewart M, et al. A randomized, placebo-controlled trial of arginine therapy for the treatment of children with sickle cell disease hospitalized with vaso-occlusive pain episodes. Haematologica. 2013;98:1375-82.
  • 57
    Weiner DL, Hibberd PL, Betit P, Cooper AB, Botelho CA, Brugnara C. Preliminary assessment of inhaled nitric oxide for acute vaso-occlusive crisis in pediatric patients with sickle cell disease. JAMA. 2003;289:1136-42.
  • 58
    Dampier CD, Smith WR, Wager CG, Kim HY, Bell MC, Miller ST, et al. Sickle Cell Disease Clinical Research Network (SCDCRN). IMPROVE trial: a randomized controlled trial of patient-controlled analgesia for sickle cell painful episodes: rationale, design challenges, initial experience, and recommendations for future studies. Clin Trials. 2013;10:319-31.
  • 59
    Peters-Lawrence MH, Bell MC, Hsu LL, Osunkwo I, Seaman P, Blackwood M, et al. Sickle Cell Disease Clinical Research Network (SCDCRN). Clinical trial implementation and recruitment: lessons learned from the early closure of a randomized clinical trial. Contemp Clin Trials. 2012;33:291-7.
  • 60
    NCT02536170. Randomized control trial of arginine therapy for pediatric sickle cell disease pain [Phase 2]. clinicaltrialsgov/ct2/show/ NCT02536170; 2015.
    » clinicaltrialsgov/ct2/show/
  • 61
    NCT01954927. Pain management of VOC in children and young adults with SCD [Phase 2]. clinicaltrialsgov/ct2/show/ NCT01954927; 2013.
    » clinicaltrialsgov/ct2/show/
  • 62
    NCT02573714. Comparison of sub-dissociative intranasal ketamine plus standard pain therapy versus standard pain therapy in the treatment of pediatric sickle cell disease vaso-occlusive crises in resource-limited setting: a multi-centered, randomized, controlled trial.clinicaltrialsgov/ct2/show/ NCT02573714; 2015.
    » trial.clinicaltrialsgov/ct2/show/
  • 63
    Young JR, Sawe HR, Mfinanga J, Nshom E, Helm E, Moore CG, et al. Subdissociative intranasal ketamine plus standard pain therapy versus standard pain therapy in the treatment of paediatrics sickle cell disease vaso-occlusive crises in resource-limited settings: study protocol for a randomised controlled trial. BJM Open. 2017;7: e017190.
  • 64
    Tawfic QA, Faris AS, Kausalya R. The role of a low-dose ketamine-midazolam regimen in the management of severe painful crisis in patients with sickle cell disease. J Pain Symptom Manage. 2014;47:334-40.
  • 65
    Uprety D, Baber A, Foy M. Ketamine infusion for sickle cell pain crisis refractory to opioids: a case report and review of literature. Ann Hematol. 2014;93:769-71.
  • 66
    Graudins A, Meek R, Egerton-Warburton D, Oakley E, Seith R. The PICHFORK (pain in children fentanyl or ketamine) trial: a randomized controlled trial comparing intranasal ketamine and fentanyl for the relief of moderate to severe pain in children with limb injuries. Ann Emerg Med. 2015;65:248-54.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    11 Maio 2020
  • Data do Fascículo
    Mar-Apr 2020

Histórico

  • Recebido
    26 Jan 2019
  • Aceito
    8 Maio 2019
  • Publicado
    24 Jul 2019
Sociedade Brasileira de Pediatria Av. Carlos Gomes, 328 cj. 304, 90480-000 Porto Alegre RS Brazil, Tel.: +55 51 3328-9520 - Porto Alegre - RS - Brazil
E-mail: jped@jped.com.br