Acessibilidade / Reportar erro

Registros novos e adicionais de teleósteos marinhos na costa brasileira

Resumos

São apresentadas novas informações sobre a distribuição geográfica de algumas espécies de peixes teleósteos que ocorrem na costa brasileira, incluindo duas espécies que nunca haviam sido registradas em nossas águas. Os serranídeos Pseudogramma gregoryi (assinalado da Flórida à Venezuela) e Plectranthias garrupellus (registrado da Carolina do Norte ao Caribe) foram encontrados, respectivamente, na costa do Ceará e na costa sudeste-sul do Brasil. São aqui mencionados e discutidos os dois primeiros registros do gênero Caristius (Caristiidae) no Brasil, bem como os primeiros registros na costa sudeste-sul do Brasil das espécies Enchelycore carychroa (Muraenidae), e Chilomycterus antillarum (Diodontidae), e da espécie Neobythites brasiliensis(Bythitidae) no nordeste do Brasil. É também assinalada a ocorrência mais setentrional do pargo Calamus mu (Sparidae), uma espécie até então circunscrita à região entre o Espírito Santo e São Paulo, e são discutidos os registros adicionais de Bascanichthys paulensis (Ophichthidae), Nezumia aequalis (Macrouridae), Antigonia combatia (Caproidae) e Notolycodes schmidti (Zoarcidae) na costa brasileira.

Teleostei; distribuição geográfica; taxonomia


New data of the geographical distribution of several species of teleost fishes assigned to the Brazilian coast, including some species never previously recorded, are presented. The serranids Pseudogramma gregoryi (recorded from Florida to Venezuela), and Plectranthias garrupellus (recorded from North Carolina to Caribbean Sea) were found, respectively, in coast of Ceará and in southeastern and southern Brazilian coast. The two sole records the family Caristiidae in Brazilian coast are mentioned and discussed, and are given herein the first accounts of the species Enchelycore carychroa (Muraenidae) and Chilomycterus antillarum (Diodontidae) from southeastern Brazilian coast, and of Neobythites brasiliensis (Bythitidae) from northeastern Brazilian coast. We have also discussed the northernmost occurrence of Calamus mu (Sparidae), a species formerly circumscribed to the region between Espírito Santo and São Paulo, and additional records of Bascanichthys paulensis (Ophichthidae), Nezumia aequalis (Macrouridae), Antigonia combatia (Caproidae) and Notolycodes schmitti (Zoarcidae).

Teleostei; geographic distribution; taxonomy


Registros novos e adicionais de teleósteos marinhos na costa brasileira

Rodrigo Antunes CairesI,II; José Lima de FigueiredoI,III; Roberto Ávila BernardesIV

IMuseu de Zoologia, Universidade de São Paulo, Caixa Postal 42.494, 04218-970, São Paulo, SP, Brasil

IIEstudante de pós-graduação. E-mail: rodricaires@yahoo.com.br

IIIDocente e curador. E-mail: zelima@usp.br

IVPrograma REVIZEE/IOUSP - Bolsista DTI/CNPq - E-mail: avila@usp.br

RESUMO

São apresentadas novas informações sobre a distribuição geográfica de algumas espécies de peixes teleósteos que ocorrem na costa brasileira, incluindo duas espécies que nunca haviam sido registradas em nossas águas. Os serranídeos Pseudogramma gregoryi (assinalado da Flórida à Venezuela) e Plectranthias garrupellus (registrado da Carolina do Norte ao Caribe) foram encontrados, respectivamente, na costa do Ceará e na costa sudeste-sul do Brasil. São aqui mencionados e discutidos os dois primeiros registros do gênero Caristius (Caristiidae) no Brasil, bem como os primeiros registros na costa sudeste-sul do Brasil das espécies Enchelycore carychroa (Muraenidae), e Chilomycterus antillarum (Diodontidae), e da espécie Neobythites brasiliensis(Bythitidae) no nordeste do Brasil. É também assinalada a ocorrência mais setentrional do pargo Calamus mu (Sparidae), uma espécie até então circunscrita à região entre o Espírito Santo e São Paulo, e são discutidos os registros adicionais de Bascanichthys paulensis (Ophichthidae), Nezumia aequalis (Macrouridae), Antigonia combatia (Caproidae) e Notolycodes schmidti (Zoarcidae) na costa brasileira.

Palavras-chave: Teleostei, distribuição geográfica, taxonomia.

ABSTRACT

New data of the geographical distribution of several species of teleost fishes assigned to the Brazilian coast, including some species never previously recorded, are presented. The serranids Pseudogramma gregoryi (recorded from Florida to Venezuela), and Plectranthias garrupellus (recorded from North Carolina to Caribbean Sea) were found, respectively, in coast of Ceará and in southeastern and southern Brazilian coast. The two sole records the family Caristiidae in Brazilian coast are mentioned and discussed, and are given herein the first accounts of the species Enchelycore carychroa (Muraenidae) and Chilomycterus antillarum (Diodontidae) from southeastern Brazilian coast, and of Neobythites brasiliensis (Bythitidae) from northeastern Brazilian coast. We have also discussed the northernmost occurrence of Calamus mu (Sparidae), a species formerly circumscribed to the region between Espírito Santo and São Paulo, and additional records of Bascanichthys paulensis (Ophichthidae), Nezumia aequalis (Macrouridae), Antigonia combatia (Caproidae) and Notolycodes schmitti (Zoarcidae).

Keywords: Teleostei, geographic distribution, taxonomy.

INTRODUÇÃO

Embora o estado do conhecimento sobre a sistemática e a distribuição dos peixes marinhos demersais da costa brasileira esteja mais adiantado do que o dos peixes de água doce, e que tal conhecimento tenha sido substancialmente incrementado nos últimos anos (Figueiredo & Menezes, 2000; Lessa & Nóbrega, 2000; Bernardes et al., 2005; Costa et al., 2005; 2007), ainda há lacunas no entendimento da diversidade da ictiofauna marinha do Brasil. Várias espécies de peixes marinhos, inclusive algumas que vivem em águas mais rasas, precisam ser reavaliadas taxonomicamente, e mesmo para espécies bem resolvidas do ponto de vista taxonômico não existem informações fidedignas sobre a amplitude de distribuição em que ocorrem.

Ao longo dos anos em que a coleção de peixes marinhos do Museu de Zoologia da USP (MZUSP) foi examinada, constatamos que a distribuição geográfica de algumas espécies de peixes marinhos na costa brasileira é mais ampla do que se supunha; duas dessas espécies nunca tinham sido registradas em nossas águas. O objetivo deste trabalho é apresentar e discutir novas informações sobre a ocorrência e a amplitude de distribuição geográfica da fauna de peixes marinhos da costa brasileira.

MATERIAL E MÉTODOS

A classificação adotada na listagem das espécies segue aquela apresentada por Nelson (2006). Os dados morfométricos e merísticos foram obtidos segundo Hubbs & Lagler (1949) ou, no caso das famílias de Anguilliformes, de acordo com o que foi publicado nos respectivos capítulos da monografia Fishes of western North Atlantic (Böhlke, 1989). As medidas foram tomadas com um paquímetro ou com um ictiômetro graduado, no caso de exemplares muito grandes, e expressas em função do comprimento padrão (%CP), em milímetros, ou, no caso dos anguiliformes, em relação ao comprimento total. Quando há um ou dois exemplares de cada espécie, os dados merísticos e morfométricos de cada exemplar são indicados separadamente (com ponto e vírgula), de acordo com a ordem em que apareceram os lotes referentes à espécie no material examinado. Se há três ou mais exemplares por espécie registrada, são dados os intervalos máximos e mínimos de cada característica. São informados, de cada lote, a localidade, a data de coleta, o coletor (ou a estação de coleta da expedição), entre parênteses, e o comprimento total dos exemplares, em milímetros.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Lista sistemática

Ordem Anguilliformes

Família Muraenidae

Enchelycore carychroa Böhlke & Böhlke, 1976

(Fig. 1)


Material examinado: MZUSP 66508. Rio de Janeiro, Búzios, Ilha da Âncora, 22º46'S 41º47'W, 18.iii.2000 (R.L. Moura et al.) (1 ex.; 183,9 mm).

Descrição: quatro poros infraorbitais; 1+2 poros supraorbitais; 4+2 poros mandibulares; dez dentes na série interna do dentário. Altura do corpo 5,0% do comprimento total, comprimento da cabeça 13,5%, distância pré-dorsal 13,2% e distância pré-anal 39,0% do comprimento total. Comprimento do focinho 19,7% do comprimento cefálico e diâmetro do olho 11,3% do comprimento da cabeça.

Distribuição: conhecida, no Atlântico Ocidental, de Bermudas, Bahamas, Flórida, e norte da América do Sul, até o nordeste do Brasil (Pernambuco, Fernando de Noronha e Bahia) (Böhlke & Böhlke, 1976; Böhlke et al., 1989). O material examinado, proveniente da costa do Rio de Janeiro, representa o registro mais ao sul dessa espécie na costa brasileira.

Comentários: espécie comumente encontrada em recifes de coral e em fundos rochosos (Böhlke et al., 1989). Com base nesse fato e na sua ampla distribuição no Atlântico Ocidental, é provável que a sua real distribuição seja mais ampla que a apresentada acima, estendendo-se até as formações coralinas mais meridionais do Atlântico Sul ocidental (Ilha do Arvoredo, SC).

Família ophicthidae

Bascanichthys paulensis storey, 1939

(Fig. 2)


Material examinado: MZUSP 18959, São Paulo, Itanhaém, 20.iv.1978 (L. Zavala) (1 ex.; 696,6 mm), MZUSP 75259, Sergipe, Estuário do Rio Vaza Barris, 29.vii.1989 (A.V. Alcântara) (1ex; 602,0 mm).

Descrição: poros supraorbitais 3+1, seis poros infraorbitais, poros pré-opérculo-mandibulares 4+2. Vértebras 194 (exemplar de Sergipe). Duas séries de dentes cônicos da maxila superior e no vômer, e uma série de dentes de mesmo formato no dentário. Altura do corpo 2,0; 2,1% do comprimento total, comprimento da cabeça 5,2; 4,2%, distância pré-dorsal 2,3; 2,0%, e distância pré-anal 55,6; 52,5% do comprimento total. Comprimento do focinho 13,4; 14,8% do comprimento cefálico, diâmetro do olho 5,0; 5,5%, largura da abertura branquial 16,6; 17,3%, e comprimento da base da nadadeira peitoral 6,1; 4,2% do comprimento da cabeça.

Distribuição: segundo McCosker et al. (1989), essa espécie foi assinalada na costa de Pernambuco e da Bahia e, possivelmente, no Rio de Janeiro. O material aqui examinado proveio de Sergipe e do sul do estado de São Paulo, representando novos registros dessa espécie na costa brasileira.

Comentários: Koike & Guedes (1981) assinalaram Bascanichthys teres, atualmente considerada sinônima a B. scuticaris (Goode & Bean, 1880), nos arrecifes de Piedade, Pernambuco. Como, de acordo com o estudo mais extenso a respeito desse gênero (McCosker et al., 1989), essa espécie não ocorre ao sul do Golfo do México, é provável que o exemplar citado por esses autores seja na verdade B. paulensis.

Ordem ophidiformes

Família Bythitidae

Neobythites braziliensis nielsen, 1999

(Fig. 3)


Material examinado: MZUSP 89220. Ceará, Fortaleza, Banco Canopus, 120 milhas ao largo do litoral, 260 m de profundidade, viii.2005 (J. Coltro) (3 ex.; 121,5-131,1 mm).

Descrição: D. 113-116; A. 95-99; P. 25-27; dois raios filamentosos na nadadeira pélvica; rastros branquiais 2-5+13-15; séries transversais de escamas 134-169; vértebras 65-66. Altura do corpo 14,3-19,3% do comprimento total, e comprimento da cabeça 19,2-23,8% do comprimento total. Comprimento do focinho 25,3-28,0% do comprimento da cabeça, diâmetro do olho 19,7-21,8%, comprimento da maxila superior 48,0-51,3%, comprimento do maior raio da pélvica 53,9-60,4%, e comprimento da nadadeira peitoral 67,4-78,6% do comprimento da cabeça.

Distribuição: espécie descrita da costa norte do Brasil (ao largo da foz do Rio Amazonas) e encontrada em grandes profundidades (320-410 m) (Nielsen, 1999). Os exemplares aqui encontrados ampliam significativamente a distribuição conhecida dessa espécie, que provavelmente tem distribuição ainda mais abrangente que a registrada até o momento.

Ordem gadiformes

Família Macrouridae

Nezumia aequalis (günther, 1878)

(Fig. 4)


Material examinado: MZUSP 86723, 33º36'22"S 50º43'38"W, 538 m de profundidade, 23.ii.2002 (Projeto Revizee Score Sul, Lance 718) (1 ex. danificado), MZUSP 86735, coletado juntamente com o lote anterior (5 ex., alguns danificados, o maior com 107,2 mm de comprimento).

Descrição (3 ex.): primeira dorsal com 12-13 espinhos; P. 19-22; pélvica: i.6-7 raios; rastros branquiais 0+6-7. Comprimento do focinho 24,3-29,5% do comprimento da cabeça, diâmetro orbital 34,3-41,4%, largura interorbital 21,5-25,1%, comprimento da maxila superior 29,5-42,3%, comprimento da peitoral 41,1-67,1%, e comprimento do barbilhão 7,6-8,6% do comprimento da cabeça.

Distribuição: Atlântico. No Atlântico Ocidental, foi assinalada do Canadá ao norte do Brasil (Marshall & Iwamoto, 1973; Cohen et al., 1990), tendo sido subseqüentemente registrada na costa central do Brasil (Costa et al., 2007) e no Rio Grande do Sul (34º19'S 51º34'W; Mincarone et al., 2004), com base em um único exemplar. Os exemplares aqui examinados representam registros adicionais dessa espécie na costa sul do Brasil.

Comentários: são assinaladas mais duas espécies de Nezumia na costa brasileira: N. atlanticus (Parr) e N. suilla Marshall & Iwamoto, 1976 que ocorrem até a costa central do Brasil. Nezumia aequalis difere de N. atlanticus no focinho mais projetado em relação à vertical que passa pela sínfise mandibular, e de N. suilla na presença de oito a dez raios (contra seis ou sete) na nadadeira pélvica, e de escamas espinhosas acima da metade posterior da maxila. Foram encontradas algumas diferenças morfométricas entre os exemplares aqui examinados e informações da literatura; diferenças merísticas entre material do sul do Brasil e tais dados da literatura foram previamente apontadas por Mincarone et al. (2004), mas não é possível avaliar, com os dados disponíveis, o real significado dessas variações.

Ordem Zeiformes

Família Caproidae

Antigonia combatia Berry & Rathjen, 1959

(Fig. 5)


Material examinado: MZUSP 89230, Ceará, Fortaleza, Banco Canopus, 120 milhas ao largo do litoral, 260 m de profundidade, viii.2005 (J. Coltro) (2 ex.; 60,4-73,0 mm).

Descrição: D. IX.28; A. III.25; III.26; P. i.13; pélvica i.6; i.5, escamas da linha lateral 55; 58; séries transversais de escamas 61; 67; rastros branquiais 4+15 (1 ex.). Altura do corpo 78,8; 86,2% do CP, comprimento da cabeça 36,8; 40,2%, comprimento da base da 1ª nadadeira dorsal 22,1; 20,0%, base da segunda dorsal 37,6; 45,2%, e comprimento da nadadeira peitoral 34,8; 21,1% do comprimento padrão. Comprimento do focinho 29,1; 28,0% do comprimento da cabeça, diâmetro do olho 43,7; 43,7%, largura interorbital 28,8; 23,6%, e comprimento da maxila superior 25,8; 25,1% do comprimento da cabeça.

Distribuição: entre 40ºN (Parin, 2003) e a foz do Rio Amazonas (Berry & Rathjen, 1959), tendo sido recentemente assinalada na região central da costa brasileira (Costa et al., 2007). Os exemplares aqui encontrados representam registros adicionais dessa espécie na costa brasileira, indicando que a mesma ocorre até ao me-nos a costa do Ceará.

Comentários: a identificação dessa espécie na costa sudeste do Brasil feita por Ribeiro (1961) possivelmente não é correta, uma vez que essa espécie nunca foi novamente encontrada na região onde, por outro lado, a outra espécie do gênero (Antigonia capros Lowe, 1843) é comum.

Ordem Perciformes

Família serranidae

Plectranthias garrupellus Robins & starck, 1961

(Fig. 6)


Material examinado: MZUSP 84600, 23º30'S 42º27'W, 132-136 m de profundidade, 08.viii.1970 (N. Oc. W. Besnard, sta. 1147) (1 ex.; 97,0 mm). MZUSP 84601, 31º20'S 49º54'W, 160 m de profundidade, 15.viii.1983 (M. Haimovici) (1 ex.; 96,0 mm).

Descrição: D. X.15-16, A. III.7; P. 12-13; rastros branquiais 5+12; 5+11; escamas da linha lateral 29-30; séries transversais de escamas 32-33; escamas circumpediculares 14; 13. Altura do corpo 32,3; 33,3% do CP, comprimento da cabeça 41,1; 41,3% e comprimento do maior espinho dorsal 16,6; 18,6% do CP. Comprimento do focinho 10,5; 12,2% do comprimento da cabeça, diâmetro orbital 10,5; 10,5%, largura interorbital 4,1; 4,4%, e comprimento da maxila superior 47,3; 47,4% do comprimento cefálico.

Distribuição: espécie até então conhecida da região entre a costa da Carolina do Norte à Flórida, e no Caribe (Robins & Starck, 1961; Randall, 1980; Heemstra et al., 2003). Os exemplares aqui citados representam a primeira ocorrência dessa espécie no Atlântico Sul ocidental.

Pseudogramma gregoryi (Breder, 1927)

(Fig. 7)


Material examinado: MZUSP 89233, Ceará, Fortaleza, Banco Canopus, 120 milhas ao largo do litoral, 260 m de profundidade, viii.2005 (J. Coltro) (1 ex.; 32,9 mm).

Descrição: D. VII.16; A. III.15; P. 14, 15; séries de escamas transversais 51. Altura do corpo 25,0% do comprimento padrão, comprimento da cabeça 38,2%, comprimento da peitoral 24,5% e comprimento da pélvica 16,4% do CP. Comprimento do focinho 18,0% do comprimento cefálico, diâmetro do olho 24,7%, largura interorbital 5,0% e comprimento da maxila superior 51,9% do comprimento da cabeça.

Distribuição: espécie até então conhecida do sul da Flórida à Venezuela (Breder, 1927; Heemstra et al., 2003). O espécime aqui citado é o primeiro registro dessa espécie na costa brasileira.

Família sparidae

Calamus mu Randall & Caldwell, 1966

(Fig. 8)


Material examinado: MZUSP 82206, Bahia, entre Itacaré e Valença, 02-13.ix.2002 (R. Silvano) (1 ex.; 220,0 mm).

Descrição: D. XII.11; A. III.10; P. ii.13; escamas da linha lateral 51 (52 no lado direito); escamas acima da linha lateral 6; escamas abaixo da linha lateral 13; séries transversais de escamas 49 (50 do lado direito); rastros branquiais 4+9. Altura do corpo 44,4% do comprimento padrão, comprimento da cabeça 33,6%, comprimento da nadadeira peitoral 34,4%, e comprimento da pélvica 22,8% do CP. Focinho 41,3% do comprimento da cabeça, diâmetro orbital 30,6% e comprimento da maxila superior 43,1% do comprimento da cabeça.

Distribuição conhecida: espécie descrita originalmente com base em um exemplar encontrado no mercado de Vitória, ES (Eschmeyer, 1998). Os exemplares de Calamus mu tinham sido assinalados, até então, em algumas localidades da costa do Espírito Santo e de São Paulo. O exemplar aqui examinado é o primeiro registro dessa espécie no nordeste do Brasil.

Família Caristiidae

Caristius macropus (Bellotti, 1903)

(Fig. 9)


Caristius sp. Haimovici et al., 1995:34 (Tabela II) [nome em lista; ictiofauna da Zona de Convergência Subtropical].

Material examinado: MZUSP 93287, 32º58'S 50º35'W, 99 m de profundidade, 18.xi.1983 (M. Haimovici). (1 ex.; 47,1 mm).

Descrição: D. 34; A. 23; P. 18; rastros branquiais: 6+14. Altura do corpo 59,2% do CP, comprimento da cabeça 36,4%, distância pré-dorsal 14,6%, e distância pré-anal 50,0% do CP. Comprimento do focinho 17,0% do comprimento da cabeça, diâmetro orbital 39,1%, e comprimento da maxila superior 55,7% do comprimento da cabeça.

Distribuição: Pacífico Norte e Atlântico Sul oriental (costa da África; Fraser-Brunner, 1931). O exemplar aqui citado representa o primeiro registro da família Caristiidae no Atlântico Sul ocidental.

Comentários: os representantes dessa família são raros em coleções ictiológicas, impossibilitando até agora um melhor conhecimento taxonômico do grupo (Heemstra, 1986). O exemplar mencionado acima concorda com a descrição de C. macropus feita por Balanov (2000), embora diferenças morfométricas tenham sido observadas (como no comprimento da cabeça). A despeito de a taxonomia dessa família não estar resolvida, foi decidido chamar o exemplar aqui encontrado de Caristius macropus, até que mais informações sejam obtidas.

O exemplar aqui examinado difere de C. opalescens (Zugmayer) pelo maior número de raios na anal (23, contra 18) e na peitoral (19, contra 16 em C. opalescens), distingue-se de C. japonicus pela posição da base da nadadeira pélvica (origem da base na vertical que passa pela borda posterior do olho, contra na vertical que passa pelo meio do olho), e de C. groenlandicus Jensen, pelo perfil da base da nadadeira anal (convexo nessa espécie e aproximadamente retilíneo em C. macropus).

Caristius sp.

(Fig. 10)


Material examinado: MZUSP 86699, 26º19'49"S 45º57'00"W, 600 m de profundidade, 27.ii.2002 (Revizee, prospecção, lance 2, arrasto de meia-água) (1 ex.; 53,5 mm).

Descrição: D. 31; A. 19; P. 18-19; rastros branquiais: 6+14. Altura do corpo 48,7% do CP, comprimento da cabeça 43,7%, distância pré-dorsal 22,6%, e distância pré-anal 56,6% do CP. Comprimento do focinho 17,4% do comprimento da cabeça, diâmetro orbital 48,0%, e comprimento da maxila superior 61,5% do comprimento da cabeça.

Comentários: segundo registro de um representante da Família Caristiidae em águas brasileiras. Este exemplar é semelhante a Paracaristius maderensis (Maul, 1949), mas apresenta a extremidade do maxilar exposta, em vez de coberta pela série de ossos infraorbitais. Por sua vez, em uma ilustração dessa espécie (Marcus, 2005; Fig. F; p. 1543) a extremidade do maxilar aparece exposta. No entanto, tal figura foi baseada em um indivíduo muito menor que o que nós examinamos (18,0 mm de comprimento). Os representantes de Caristiidae passam por grandes alterações durante o desenvolvimento ontogenético (Trunov et al., 2006), e é possível que ao longo desse desenvolvimento os infraorbitais cresçam sobre a extremidade posterior da maxila, cobrindo-a. A falta de exemplares de Caristus de tamanho maior em coleções nacionais impede no momento a verificação dessa informação.

Família Zoarcidae

Notolycodes schmidti gosztonyi, 1977.

(Figs. 11 e 12)



Zoarcidae espécie indeterminada 3. Bernardes et al. (2003):244 [descrição e fotografia do exemplar MZUSP 86685, indicado abaixo; costa do Rio Grande do Sul].

Material examinado: MZUSP 86685, Rio Grande do Sul, 34º30'38"S 51º49'04"W, 515 m de profundidade, 16.viii.2004 (Projeto Revizee Score Sul) (1ex; 350,0 mm).

Descrição: D. 92; A. 68; P. 25; V. 3; C. 9; vértebras 91. Comprimento da cabeça 17,5% do comprimento padrão, distância pré-dorsal 21,7%, distância pré-anal 37,4% e altura do corpo 10,9% do comprimento padrão. Largura da cabeça 56,9% do comprimento da cabeça, comprimento da maxila superior 35,3% do comprimento da cabeça, comprimento do focinho 31,5%, comprimento orbital 18,7%, largura interorbital 10,1% e largura da abertura branquial 44,4% do comprimento da cabeça. Comprimento da nadadeira peitoral 73,9% do comprimento da cabeça e comprimento da pélvica 25,8% do comprimento da cabeça.

Distribuição: espécie originalmente descrita com base em sete exemplares coletados em quatro localidades, uma ao largo do Cabo Frio, Rio de Janeiro, e as demais ao largo da foz do Rio da Prata, até 39ºS (Gosztonyi, 1977; Anderson & Gosztonyi, 1991). O exemplar aqui citado representa um registro adicional dessa espécie em nossa costa.

Ordem Tetraodontiformes

Família diodontidae

Chilomycterus antillarum (Jordan & Rutter, 1897)

(Fig. 13)


Material examinado: MZUSP 71380, 28º42'S 48º46'W, 54-56 m de profundidade, 17.viii.1970 (N. Oc. W. Besnard, sta. 1190) (1 ex.; 76,3 mm).

Descrição: D. 11; A. 11; P. 22; sete cirros mandibulares; onze séries de espinhos (cada qual com três bases) entre o focinho e a origem da dorsal. Comprimento da cabeça 52,2% do comprimento padrão. Comprimento do focinho 38,6% do comprimento da cabeça, comprimento do olho 26,7%, comprimento da peitoral 53,0%, base da dorsal 31,1% e base da anal 28,8% do comprimento cefálico.

Distribuição: Atlântico Ocidental (Matsuura em Uyeno et al., 1983; Leis, 2003, 2006). Na costa brasileira, essa espécie era até então assinalada no nordeste, até a Bahia (Carvalho-Filho, 1999). O exemplar aqui citado representa o registro mais meridional de C. antillarum no Atlântico Sul ocidental.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem a Osvaldo Takeshi Oyakawa, por permitir o acesso do primeiro autor à coleção ictiológica do Museu de Zoologia da USP, e a Eduardo Baena, pelo valioso auxílio na obtenção das fotos que ilustram este artigo. Os autores também estão gratos ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelo auxílio financeiro concedido e o apoio à publicação deste artigo.

REFERÊNCIAS

Anderson, M.E. & Gosztonyi, A.E. 1991. Studies on the Zoarcidae (Teleostei: Perciformes) of the Southern Hemisphere. IV. New records and a new species from the Magellan Province of South America. Ichthyological Bulletin, 55:1-16.

Balanov, A.A. 2000. Rare mesopelagic fish Caristius macropus (Caristiidae) and Lestidiops ringens (Paralepididae) in the southern part of the Bering Sea. Journal of Ichthyology, 40(9):805-807. (Tradução de Voprosy Ikhtiologi, 40(6):850-852).

Bernardes,R.A.; Figueiredo,J.L.; Rodrigues, A.R.; Fischer, L.G.; Vooren, C.M.; Haimovici, M. & Rossi-Wongtschowski, C.L.D.B. 2005. Peixes da Zona Econômica Exclusiva da região sudeste-sul do Brasil: levantamento com armadilhas, pargueiras e rede de arrasto de fundo. EDUSP, São Paulo.

Berry, F.H. & Rathjen, W.F. 1959. A new species of the boarfish Antigonia from the western Atlantic. Quarterly Journal of the Florida Academy of Sciences, 21(3):255-258.

Böhlke, E.B. (Ed.). 1989. Fishes of the western North Atlantic. New Haven, Sears Foundation for Marine Research, Yale University.

Böhlke, E.B.; McCosker, J.E. & Böhlke, J.E. 1989. Family Muraenidae. In: Böhlke, E.B. (Ed.), Fishes of the western North Atlantic. New Haven, Sears Foundation for Marine Research, Yale University, p. 104-206.

Böhlke, J.E. & Böhlke, E.B. 1976. The chestnut moray, Enchelycore carychroa, a new species from the West Atlantic. Proceedings of the Academy of Natural Sciences of Philadelphia, 127(13):137-146.

Breder, C.M., Jr. 1927. Scientific results of the first oceanographic expedition of the "Pawnee" 1925. Fishes. Bulletin of Bingham Oceanographic Collections, Yale University, 1(1):1-90.

Carvalho-Filho, A. 1999. Peixes: costa brasileira. 3ª ed. Editora Melro, São Paulo.

Cohen, D.M.; Inada, T.; Iwamoto, T. & Scialabba, N. 1990. Gadiform fishes of the world (Order Gadiformes): an annotated and illustrated catalogue of cods, hakes, grenadiers and other gadiform fishes known to date. FAO Fisheries Synopsis, 125(10):1-442.

Costa, P.A.S.; Braga, A.C.; Melo, M.R.S.; Nunan, G.W.; Martins, A.S. & Olavo, G. 2007. Assembléias de peixes teleósteos demersais no talude central da costa brasileira. In: Costa, P.A.S.; Olavo, G. & Martins, A.S. (Orgs.). Biodiversidade da fauna marinha profunda na costa central brasileira. Série Livros. Documentos Revizee/Score Central, Museu Nacional, Rio de Janeiro, 87-107.

Costa, P.A.S.; Martins, A.S. & Olavo, G. 2005. Pesca e potenciais de exploração de recursos vivos na Região Central da Zona Econômica Exclusiva Brasileira. Série Documentos Revizee/Score Central, Museu Nacional, Rio de Janeiro.

Eschmeyer, W.N. 1998. Catalog of Fishes. Species of Fishes. California Academy of Sciences, San Francisco.

Figueiredo, J.L. & Menezes, N.A. 2000. Manual de peixes marinhos do sudeste do Brasil. VI. Teleostei (5). Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, São Paulo.

Fraser-Brunner, A. 1931. Some interesting West African fishes. Annals and Magazine of Natural History, 10(8):217-225.

Gosztonyi, A.E. 1977. Results of the research cruises of FRV "Walter Herwig" to South America. XLVIII. Revision of the South American Zoarcidae (Osteichthyes: Blennioidei) with the description of three new genera and five new species. Archiv für Fischereiwissenchaften, 27(3):191-249.

Haimovici, M.; Martins, A.S. & Vieira, P.C. 1995. Distribuição e abundância de peixes teleósteos demersais sobre a plataforma continental do sul do Brasil. Revista Brasileira de Biologia, 56(1):27-50.

Heemstra, P.C. 1986. Family Caristiidae. In: Smith, M.M. & Heemstra, P.C. (Eds.), Smiths' Sea Fishes. 2nd ed. Springer-Verlag and Smith Institute of Icthyology, South Africa.

Heemstra, P.C.; Anderson, W.D. Jr., & Lobel, P.S. 2003. Family Serranidae. In: Carpenter, K. (Ed.), The living marine resources of the western Central Atlantic. FAO Species Identification Guide for Fishery Purposes and American Society of Ichthyologists and Herpetologists, Roma. Special Publication Nº 5, 1308-1369, v. 2: Bony fishes part 1 (Acipenseridae to Grammatidae).

Hubbs, C.L. & Lagler, K.F. 1949. Fishes of the Great Lakes Region. Cranbook Institute of Science, Bulletin, 26:1-186.

Koike, J. & Guedes, D.S. 1981. Peixes dos arrecifes de Pernambuco e estados vizinhos. In: 3º Encontro de Zoologia do Nordeste. UFRPE, Recife. Anais, p. 35-83.

Leis, J.M. 2003. Family Diodontidae. In: Carpenter, K. (Ed.), The living marine resources of the western Central Atlantic. FAO Species Identification Guide for Fishery Purposes and American Society of Ichthyologists and Herpetologists, Roma. Special Publication Nº 5, 2007-2013, v. 3: Bony fishes part 2 (Opisthognathidae to Molidae), sea turtles and marine mammals.

Leis, J.M. 2006. Nomenclature and distribution of the species of the porcupine fish family Diodontidae (Pisces: Teleostei). Memois of the Museum Victoria, 63(1):71-90.

Lessa, R. & Nóbrega, M.F. 2000. Guia de identificação dos peixes marinhos da região nordeste. Departamento de Pesca, UNIFPE, Projeto Revizee Score Nordeste.

Marcus, L.R. 2005. Caristiidae. In: Richards, W. (Ed.), Early stages of Atlantic fishes: an identification guide for the western central North Atlantic, v. 2, p. 1539-1544.

Marshall, N.B. & Iwamoto, T. 1973. Genus Nezumia. In: Fishes of the western North Atlantic. Memoirs Sears Foundation for Marine Research, 1(6):624-649.

McCosker, J.E.; Böhlke, E.B. & Böhlke, J.E. 1989. Family Ophicthidae. In: Böhlke, E.B. (Ed.), Fishes of the western North Atlantic. New Haven, Sear Foundation for Marine Research, Yale University, p. 254-412.

Mincarone, M.M.; Iwamoto, T. & Lima, A.T. 2004. Sobre a ocorrência do peixe-rato Nezumia aequalis (Günther, 1878) (Gadiformes, Macrouridae) no sul do Brasil. Congresso Brasileiro de Oceanografia 2004 - XVI Semana Nacional de Oceanografia. UNIVALI, Itajaí (SC), Nº 1398.

Nelson, J.S. 2006. Fishes of the world. 3rd. Edition. John Wiley and Sons, New York.

Nielsen, J.G. 1999. A review of the genus Neobythites (Pisces: Ophidiidae) in the Atlantic, with three new species. Bulletin of Marine Science, 64(2):335-372.

Parin, N.V. 2003. Caristiidae. In: Carpenter, K. (Ed.), The living marine resources of the western Central Atlantic. FAO Species Identification Guide for Fishery Purposes and American Society of Ichthyologists and Herpetologists, Roma. Special Publication Nº 5, 1473-1474, v. 3: Bony fishes part 2 (Opisthognathidae to Molidae), sea turtles and marine mammals.

Randall, J.E. 1980. Revision of the fish genus Plectranthias (Serranidae: Anthiinae) with descriptions of 13 new species. Micronesica, 16(1):101-187.

Ribeiro, P.M. 1961. Pescas do Toko Maru. Boletim do Museu Nacional, Rio de Janeiro, 228:1-18.

Robins, C.R. & Starck, W.A., III. 1961. Materials for a revision of Serranus and related genera. Proceedings of the Academy of Natural Sciences of Philadelphia, 113(11):259-314.

Recebido em: 20.03.2008

Aceito em: 14.07.2008

Impresso em: 30.09.2008

  • Anderson, M.E. & Gosztonyi, A.E. 1991. Studies on the Zoarcidae (Teleostei: Perciformes) of the Southern Hemisphere. IV. New records and a new species from the Magellan Province of South America. Ichthyological Bulletin, 55:1-16.
  • Balanov, A.A. 2000. Rare mesopelagic fish Caristius macropus (Caristiidae) and Lestidiops ringens (Paralepididae) in the southern part of the Bering Sea. Journal of Ichthyology, 40(9):805-807.
  • (Tradução de Voprosy Ikhtiologi, 40(6):850-852).
  • Bernardes,R.A.; Figueiredo,J.L.; Rodrigues, A.R.; Fischer, L.G.; Vooren, C.M.; Haimovici, M. & Rossi-Wongtschowski, C.L.D.B. 2005. Peixes da Zona Econômica Exclusiva da região sudeste-sul do Brasil: levantamento com armadilhas, pargueiras e rede de arrasto de fundo. EDUSP, São Paulo.
  • Berry, F.H. & Rathjen, W.F. 1959. A new species of the boarfish Antigonia from the western Atlantic. Quarterly Journal of the Florida Academy of Sciences, 21(3):255-258.
  • Böhlke, E.B. (Ed.). 1989. Fishes of the western North Atlantic. New Haven, Sears Foundation for Marine Research, Yale University.
  • Böhlke, E.B.; McCosker, J.E. & Böhlke, J.E. 1989. Family Muraenidae. In: Böhlke, E.B. (Ed.), Fishes of the western North Atlantic. New Haven, Sears Foundation for Marine Research, Yale University, p. 104-206.
  • Böhlke, J.E. & Böhlke, E.B. 1976. The chestnut moray, Enchelycore carychroa, a new species from the West Atlantic. Proceedings of the Academy of Natural Sciences of Philadelphia, 127(13):137-146.
  • Breder, C.M., Jr. 1927. Scientific results of the first oceanographic expedition of the "Pawnee" 1925. Fishes. Bulletin of Bingham Oceanographic Collections, Yale University, 1(1):1-90.
  • Carvalho-Filho, A. 1999. Peixes: costa brasileira. 3Ş ed. Editora Melro, São Paulo.
  • Cohen, D.M.; Inada, T.; Iwamoto, T. & Scialabba, N. 1990. Gadiform fishes of the world (Order Gadiformes): an annotated and illustrated catalogue of cods, hakes, grenadiers and other gadiform fishes known to date. FAO Fisheries Synopsis, 125(10):1-442.
  • Costa, P.A.S.; Braga, A.C.; Melo, M.R.S.; Nunan, G.W.; Martins, A.S. & Olavo, G. 2007. Assembléias de peixes teleósteos demersais no talude central da costa brasileira. In: Costa, P.A.S.; Olavo, G. & Martins, A.S. (Orgs.). Biodiversidade da fauna marinha profunda na costa central brasileira. Série Livros. Documentos Revizee/Score Central, Museu Nacional, Rio de Janeiro, 87-107.
  • Costa, P.A.S.; Martins, A.S. & Olavo, G. 2005. Pesca e potenciais de exploração de recursos vivos na Região Central da Zona Econômica Exclusiva Brasileira. Série Documentos Revizee/Score Central, Museu Nacional, Rio de Janeiro.
  • Eschmeyer, W.N. 1998. Catalog of Fishes. Species of Fishes. California Academy of Sciences, San Francisco.
  • Figueiredo, J.L. & Menezes, N.A. 2000. Manual de peixes marinhos do sudeste do Brasil. VI. Teleostei (5). Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, São Paulo.
  • Fraser-Brunner, A. 1931. Some interesting West African fishes. Annals and Magazine of Natural History, 10(8):217-225.
  • Gosztonyi, A.E. 1977. Results of the research cruises of FRV "Walter Herwig" to South America. XLVIII. Revision of the South American Zoarcidae (Osteichthyes: Blennioidei) with the description of three new genera and five new species. Archiv für Fischereiwissenchaften, 27(3):191-249.
  • Haimovici, M.; Martins, A.S. & Vieira, P.C. 1995. Distribuição e abundância de peixes teleósteos demersais sobre a plataforma continental do sul do Brasil. Revista Brasileira de Biologia, 56(1):27-50.
  • Heemstra, P.C. 1986. Family Caristiidae. In: Smith, M.M. & Heemstra, P.C. (Eds.), Smiths' Sea Fishes. 2nd ed. Springer-Verlag and Smith Institute of Icthyology, South Africa.
  • Heemstra, P.C.; Anderson, W.D. Jr., & Lobel, P.S. 2003. Family Serranidae. In: Carpenter, K. (Ed.), The living marine resources of the western Central Atlantic. FAO Species Identification Guide for Fishery Purposes and American Society of Ichthyologists and Herpetologists, Roma. Special Publication Nş 5, 1308-1369, v. 2: Bony fishes part 1 (Acipenseridae to Grammatidae).
  • Hubbs, C.L. & Lagler, K.F. 1949. Fishes of the Great Lakes Region. Cranbook Institute of Science, Bulletin, 26:1-186.
  • Koike, J. & Guedes, D.S. 1981. Peixes dos arrecifes de Pernambuco e estados vizinhos. In: 3ş Encontro de Zoologia do Nordeste. UFRPE, Recife. Anais, p. 35-83.
  • Leis, J.M. 2003. Family Diodontidae. In: Carpenter, K. (Ed.), The living marine resources of the western Central Atlantic. FAO Species Identification Guide for Fishery Purposes and American Society of Ichthyologists and Herpetologists, Roma. Special Publication Nş 5, 2007-2013, v. 3: Bony fishes part 2 (Opisthognathidae to Molidae), sea turtles and marine mammals.
  • Leis, J.M. 2006. Nomenclature and distribution of the species of the porcupine fish family Diodontidae (Pisces: Teleostei). Memois of the Museum Victoria, 63(1):71-90.
  • Lessa, R. & Nóbrega, M.F. 2000. Guia de identificação dos peixes marinhos da região nordeste. Departamento de Pesca, UNIFPE, Projeto Revizee Score Nordeste.
  • Marcus, L.R. 2005. Caristiidae. In: Richards, W. (Ed.), Early stages of Atlantic fishes: an identification guide for the western central North Atlantic, v. 2, p. 1539-1544.
  • Marshall, N.B. & Iwamoto, T. 1973. Genus Nezumia. In: Fishes of the western North Atlantic. Memoirs Sears Foundation for Marine Research, 1(6):624-649.
  • McCosker, J.E.; Böhlke, E.B. & Böhlke, J.E. 1989. Family Ophicthidae. In: Böhlke, E.B. (Ed.), Fishes of the western North Atlantic. New Haven, Sear Foundation for Marine Research, Yale University, p. 254-412.
  • Mincarone, M.M.; Iwamoto, T. & Lima, A.T. 2004. Sobre a ocorrência do peixe-rato Nezumia aequalis (Günther, 1878) (Gadiformes, Macrouridae) no sul do Brasil. Congresso Brasileiro de Oceanografia 2004 - XVI Semana Nacional de Oceanografia. UNIVALI, Itajaí (SC), Nş 1398.
  • Nelson, J.S. 2006. Fishes of the world. 3rd Edition. John Wiley and Sons, New York.
  • Nielsen, J.G. 1999. A review of the genus Neobythites (Pisces: Ophidiidae) in the Atlantic, with three new species. Bulletin of Marine Science, 64(2):335-372.
  • Parin, N.V. 2003. Caristiidae. In: Carpenter, K. (Ed.), The living marine resources of the western Central Atlantic. FAO Species Identification Guide for Fishery Purposes and American Society of Ichthyologists and Herpetologists, Roma. Special Publication Nş 5, 1473-1474, v. 3: Bony fishes part 2 (Opisthognathidae to Molidae), sea turtles and marine mammals.
  • Randall, J.E. 1980. Revision of the fish genus Plectranthias (Serranidae: Anthiinae) with descriptions of 13 new species. Micronesica, 16(1):101-187.
  • Ribeiro, P.M. 1961. Pescas do Toko Maru. Boletim do Museu Nacional, Rio de Janeiro, 228:1-18.
  • Robins, C.R. & Starck, W.A., III. 1961. Materials for a revision of Serranus and related genera. Proceedings of the Academy of Natural Sciences of Philadelphia, 113(11):259-314.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    08 Out 2008
  • Data do Fascículo
    2008

Histórico

  • Recebido
    20 Mar 2008
  • Aceito
    14 Jul 2008
Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo Av. Nazaré, 481, Ipiranga, 04263-000 São Paulo SP Brasil, Tel.: (55 11) 2065-8133 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: einicker@usp.br