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Novos táxons de Apomecynini (Coleoptera, Cerambycidae, Lamiinae)

Resumos

Novos táxons descritos: Tethystola cincta sp. nov. e Rosalba formosa sp. nov. da Bolívia (Santa Cruz); Adetus stellatus sp. nov. da Costa Rica (Cartago); Acrepidopterum capilosum sp. nov. de Honduras (Ilha Roatán); Irundiaba gen. nov. espécie-tipo, I. waorani sp. nov. do Equador (Napo). Novo nome Neopoticatuca é proposto para Potiatuca Martins & Galileo, 2007 (Cerambycinae, Ibidionini) non Potiatuca Galileo & Martins, 2006 (Lamiinae, Apomecynini); Neopotiatuca brevis (Martins & Galileo, 2007) comb. nov.

Acrepidopterum; Adetus; Irundiaba; Rosalba; Tethystola


New taxa on Apomecynini (Coleoptera, Cerambycidae, Lamiinae). New taxa described: Tethystola cincta sp. nov. and Rosalba formosa sp. nov. from Bolívia (Santa Cruz); Adetus stellatus sp. nov. from Costa Rica (Cartago); Acrepidopterum capilosum sp. nov. from Honduras (Ilha Roatán); Irundiaba gen. nov. type species, I. waorani sp. nov. from Ecuador (Napo). A new name, Neopoticatuca is proposed to Potiatuca Martins & Galileo, 2007 (Cerambycinae, Ibidionini) non Potiatuca Galileo & Martins, 2006 (Lamiinae, Apomecynini); Neopotiatuca brevis (Martins & Galileo, 2007) comb. nov.

Acrepidopterum; Adetus; Irundiaba; Rosalba; Tethystola


Novos táxons de Apomecynini (Coleoptera, Cerambycidae, Lamiinae)

Ubirajara R. MartinsI,III; Maria Helena M. GalileoII,III

IMuseu de Zoologia, Universidade de São Paulo, Caixa Postal 42.494, 04218-970, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: urmsouza@usp.br

IIMuseu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. Caixa Postal 1.188, CEP 90001-970, Porto Alegre, RS, Brasil

IIIPesquisador do CNPq

RESUMO

Novos táxons descritos: Tethystola cincta sp. nov. e Rosalba formosa sp. nov. da Bolívia (Santa Cruz); Adetus stellatus sp. nov. da Costa Rica (Cartago); Acrepidopterum capilosum sp. nov. de Honduras (Ilha Roatán); Irundiaba gen. nov. espécie-tipo, I. waorani sp. nov. do Equador (Napo). Novo nome Neopoticatuca é proposto para Potiatuca Martins & Galileo, 2007 (Cerambycinae, Ibidionini) non Potiatuca Galileo & Martins, 2006 (Lamiinae, Apomecynini); Neopotiatuca brevis (Martins & Galileo, 2007) comb. nov.

Palavras-chave: Acrepidopterum, Adetus, Irundiaba, Rosalba, Tethystola.

ABSTRACT

New taxa on Apomecynini (Coleoptera, Cerambycidae, Lamiinae). New taxa described: Tethystola cincta sp. nov. and Rosalba formosa sp. nov. from Bolívia (Santa Cruz); Adetus stellatus sp. nov. from Costa Rica (Cartago); Acrepidopterum capilosum sp. nov. from Honduras (Ilha Roatán); Irundiaba gen. nov. type species, I. waorani sp. nov. from Ecuador (Napo). A new name, Neopoticatuca is proposed to Potiatuca Martins & Galileo, 2007 (Cerambycinae, Ibidionini) non Potiatuca Galileo & Martins, 2006 (Lamiinae, Apomecynini); Neopotiatuca brevis (Martins & Galileo, 2007) comb. nov.

Keywords:Acrepidopterum, Adetus, Irundiaba, Rosalba, Tethystola.

INTRODUÇÃO

São descritos neste artigo um gênero e cinco espécies novas da tribo Apomecynini, que até a recente lista remissiva de Monné & Hovore (2006) reunia 39 gêneros nas Américas. Após essa lista remissiva foram descritos Apyratuca Galileo & Martins, 2006 e Potiatuca Galileo & Martins, 2006.

MATERIAL E MÉTODOS

As abreviaturas das instituições citadas no texto e as pessoas que nos remeteram material são: INBIO, Instituto Nacional de Biodiversidad, Santo Domingo de Heredia (F.T. Hovore); MNKM, Museo Noel Kempff Mercado, Santa Cruz (J.E. Wappes, R.O.S. Clarke); UCDC, University of California, Davis (L. Bezark); USNM, The National Museum of Natural History, Washington (F.T. Hovore). Também aparece MZSP, Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo, São Paulo.

RESULTADOS

Adetus stellatus sp. nov.

(Fig. 1)








Etimologia: Latim, stellatus = manchado. Alusivo às manchas de pubescência branca nos élitros.

Tegumento castanho-escuro. Cabeça revestida por pubescência amarelada intercalada por pontos grossos. Fronte com dois tufos diminutos de pubescência amarelada entre os olhos. Olhos divididos. Lobos oculares superiores tão afastados entre si quanto o triplo da largura de um lobo. Lobos oculares inferiores (0,3 mm) mais curtos que as genas (0,5 mm). Antenas recobertas por pubescência amarelada, exceto na face ventral interna do escapo, pedicelo e antenômero III que têm pubescência esbranquiçada.

Pronoto com pubescência amarelada, rala e, a cada lado, faixa longitudinal, estreita, de pubescência esbranquiçada; pequenas manchas pubescência esbranquiçada no centro das bordas anterior e posterior do pronoto. Disco pronotal com pontos grossos, esparsos. Partes laterais do protórax com pubescência amarelada; metade anterior com pontos grossos e próximos. Escutelo revestido de pubescência branca, mais concentrada nos lados.

Élitros recobertos por pubescência amarelada intercalada por pequenas manchas arredondadas e pincéis de pubescência branca. Mancha arredondada, apenas maior que as demais, situada no dorso atrás do meio. Faixa anteapical de pubescência branca, estreita e mais larga para o lado da margem, bordeja anteriormente o ápice que é ocupado por mancha castanhoescura. Pontos esparsos no terço basal dos élitros.

Face ventral com pequenos tufos de pubescência branca nos lados do metasterno e nos urosternitos. Processo prosternal com saliência transversal. Processo mesosternal não truncado, levemente arqueado. Mesepimeros, mesepisternos e lados do metasterno grosseiramente pontuados. Lados dos urosternitos II a IV com manchas glabras.

Dimensões em mm: Comprimento total, 9,0-9,4; comprimento do protórax, 1,9-2,0; maior largura do protórax, 2,0-2,1; comprimento do élitro, 6,7-6,9; largura umeral, 2,5-2,6.

Material-tipo: Holótipo fêmea?, COSTA RICA, Cartago: Turrialba (800 m), "Slg. Schilo", F. Nevermann col., ex.-Col. Melzer (MZSP). Parátipo fêmea, COSTA RICA, Cartago: Amistad (Monumento Nacional Guayabo, A.C.A.C., 1100 m), VII.1994, G. Fonseca col., L N 217400_570000#3126 (INBIO, CRI001 889925).

Discussão: Adetus stellatus sp. nov. insere-se no grupo de espécies com mancha de tegumento preto no ápice dos élitros, bordejada anteriormente por pubescência branca. Assemelha-se a A. pinima Martins & Galileo, 2003 pelos lobos oculares inferiores mais curtos que as genas e processo mesosternal sem gibosidade. Distingue-se pelas manchas maiores de pubescência branca nos élitros e pelos lados dos urosternitos com manchas glabras. Em A. pinima, os élitros apresentam manchas diminutas de pubescência branca dispersas pelos élitros e os lados dos urosternitos sem manchas glabras.

Rosalba formosa sp. nov.

(Fig. 2)

Etimologia: Latim, formosum = bonito.

Tegumento preto-acastanhado a castanho-avermelhado. Fronte revestida por pubescência branca, longa. Lados da cabeça e vértice com pubescência rósea. Vértice pontuado. Lobos oculares superiores com sete fileiras de omatídios, muito próximos entre si, distância entre eles igual a três fileiras de omatídios. Lobos oculares inferiores com o dobro do comprimento da gena. Antenas (fêmea) mais longas que o corpo, ultrapassam o ápice dos élitros a partir do antenômero IX. Escapo preto com a face inferior avermelhada, revestido por pubescência esbranquiçada na face dorsal e amarelada na face ventral. Antenômeros basais com franja de pêlos esparsos. Antenômeros III-XI com a metade basal castanho-avermelhada e revestidos por pubescência esbranquiçada.

Pronoto revestido por pubescência esbranquiçada intercalada por faixas irregulares e manchas de pubescência rósea: faixa central e duas laterais descontínuas; entre a faixa central e a lateral duas manchas, a do terço anterior expandida até as faixas. Pontuação do pronoto grossa e esparsa, algo acobertada pela pubescência. Escutelo com pubescência rósea no centro e esbranquiçada nos lados.

Élitros com declividade apical acentuada, extremidades obliquamente truncadas no lado interno e pequena projeção dentiforme no ângulo externo. Revestidos por pubescência esbranquiçada e faixas irregulares longitudinais e manchas de pubescência rósea; faixa transversal na declividade apical de pubescência branca, densa, intercalada pela pubescência rósea e precedida por faixa escura. Região anteapical com pequenas manchas irregulares de pubescência branca e rósea.

Prosterno, mesosterno e centro do metasterno revestidos por pubescência esbranquiçada. Mesepimeros, metepimeros, lados do metasterno e metepisternos com pubescência rósea. Urosternitos II-IV com pubescência rósea concentrada em manchas.

Coxas, trocanteres, pro- e mesofêmures e pedúnculo dos metafêmures revestidos por pubescência branca. Tarsos bicolores, dois terços basais dos tarsômeros I, II e V alaranjados.

Dimensões em mm, holótipo fêmea: Comprimento total, 9,3; comprimento do protórax, 1,6; maior largura do protórax, 2,0; comprimento do élitro, 6,6; largura umeral, 2,7.

Material-tipo: Holótipo fêmea, BOLÍVIA, Santa Cruz: Buena Vista (5 km SSE de Buena Vista, Hotel Flora & Fauna, 17º29'96"S, 63º39'13"W, 440 m, "Chiquitano Forest"), 3.XI.2004, R. Clarke col., na luz UV/MV (MNKM).

Discussão: Pelo padrão de colorido dos élitros com faixa de pubescência densa na declividade apical e faixas longitudinais, irregulares, de pubescência rósea, Rosalba formosa sp. nov. assemelha-se a R. alboapicalis (Breuning, 1940). Distingue-se pelos antenômeros basais com franja de pêlos esparsos, faixa branca na declividade apical dos élitros transversal com a borda anterior reta e não se estende até os ápices. Em R. alboapicalis os quatro primeiros antenômeros são densamente franjados, a declividade apical dos élitros é quase inteiramente revestida por pubescência clara densa com borda anterior sinuosa.

Acrepidopterum capilosum sp. nov.

(Fig. 3)

Etimologia: Latim, capilosum = peludo. Referente à pilosidade corporal.

Cabeça, protórax e face ventral do corpo vermelho-acastanhados. Antenas amareladas com as extremidades dos artículos acastanhadas. Élitros vermelho-amarelados. Fêmures alaranjados na base com mancha acastanhada no lado externo da clava. Tíbias vermelho-acastanhadas. Todo corpo, escapo e pernas providos de longos pêlos semi-eretos. Cabeça revestida por pubescência amarelo-dourada.

Olhos grosseiramente granulados. Lobos oculares superiores com três fileiras irregulares de omatídios. Lobos oculares inferiores mais curtos que metade do comprimento das genas. Escapo amarelado na metade basal e acastanhado na metade apical, apenas mais longo que o antenômero III. Antenômero III mais curto do que o IV.

Protórax arredondado nos lados, revestido por pubescência amarelo-dourada. Pronoto abaulado, sem tubérculos. Partes laterais do protórax com pontos grandes e mascarados pela pilosidade. Escutelo revestido por pubescência esbranquiçada.

Élitros cobertos por pubescência amarelo-dourada; pontuação da metade basal organizada em fileiras dorsais, próximas à sutura. Extremidades elitrais arredondadas.

Metasterno e urosternito I densa e profundamente pontuados.

Dimensões em mm, holótipo (macho?): Comprimento total, 3,6; comprimento do protórax, 0,8; maior largura do protórax, 0,9; comprimento do élitro, 2,4; largura umeral, 1,1.

Material-tipo: Holótipo (macho?), HONDURAS, Roatán Island (west), 1.I.1980, G.E. Bohart col. (UCDC).

Discussão: As cinco espécies do gênero Acrepidopterum Fisher, 1936 ocorrem em Hispaniola, Cuba e Jamaica. A. capilosum sp. nov. separa-se prontamente das cinco espécies pela presença de longas setas em todo corpo e ausência de manchas escuras nos élitros, além da distribuição geográfica diversa.

Irundiaba gen. nov.

Etimologia: Tupi, irundí = quatro; aba = pêlo. Alusivo aos quatro tufos de pêlos dos élitros.

Espécie-tipo: Irundiaba waorani sp. nov.

Corpo com setas longas. Fronte convexa. Vértice côncavo. Tubérculos anteníferos projetados; borda apical com uma elevação dorsal. Olhos não divididos. Distância entre os lobos oculares superiores maior que o dobro da largura de um lobo. Lobos oculares inferiores mais longos que as genas. Antenas com onze artículos, mais longas que o corpo. Escapo engrossado, sem cicatriz apical. Antenômero III mais longo que o escapo e que o antenômero IV. Antenômeros V-XI com comprimentos subiguais.

Protórax tão largo quanto longo. Partes laterais do protórax com gibosidade manifesta logo atrás do meio e gibosidade menor próximo à margem anterior. Disco do pronoto com dois tubérculos manifestos no terço anterior.

Élitros alongados, margens laterais sub-retas com leve estreitamento anteapical; ápice truncado com o ângulo externo projetado em espículo curto. Dorso de cada élitro com bossa basal alongada, revestida por tufo de pêlos longos e tufo anteapical de pêlos longos.

Processo prosternal subplano. Processo mesosternal levemente inclinado anteriormente. Metasterno com a área centro-basal ligeiramente côncava.

Cavidades coxais anteriores fechadas atrás e angulosas nos lados. Fêmures fusiformes. Protíbias com pequeno engrossamento no meio. Mesotíbias com sulco manifesto. Metatíbias não alargadas. Tarsômero V mais longo que o comprimento do I-III em conjunto.

Discussão: Irundiaba gen. nov. pertence ao grupo de gêneros com olhos não divididos, escapo sem cicatriz apical e lados do protórax com gibosidade. Pela presença de tubérculos no pronoto, extremidades elitrais com espinho externo e presença de setas eretas, longas no corpo Irundiaba gen. nov. assemelha-se ao gênero Tethystola Thomson, 1868. Difere principalmente pela presença de tufos de pêlos longos na base e na região anteapical dos élitros.

Irundiaba waorani sp. nov.

(Fig. 4)

Etimologia: O nome específico reporta-se à localidade-tipo.

Cabeça com pubescência amarelo-alaranjada. Duas manchas pequenas, pouco conspícuas de tegumento preto no vértice. Escapo, pedicelo e base do antenômero III com tegumento alaranjado. Antenômeros III, IV e V com tegumento preto. Antenômero VI preto na base. Antenômeros VIII-XI com tegumento amarelado. Antenômero XI com pêlos pretos, curvos e longos (20X).

Pronoto com pubescência alaranjada junto à margem anterior e no meio, gradualmente mais esbranquiçada para a parte posterior. Duas manchas pretas longitudinais, curtas, junto à borda anterior e duas pequenas manchas pretas junto à borda posterior. Partes laterais do protórax com faixa longitudinal larga de tegumento escuro.

Élitros com pubescência predominantemente amarelada. Em cada um, áreas de pubescência acastanhada: uma lateral atrás dos úmeros; uma oblíqua no meio que não atinge a margem e precedida por friso de pubescência branca; uma mancha sutural no terço apical e uma mancha antes do ápice.

Fêmures acastanhados. Tíbias alaranjadas. Lados do metasterno, metepisternos e lados dos urosternitos I e II pontuados.

Dimensões em mm, holótipo fêmea: Comprimento total, 8,2; comprimento do protórax, 1,8; maior largura do protórax, 1,9; comprimento do élitro, 5,6; largura umeral, 2,0.

Material-tipo: Holótipo fêmea, EQUADOR, Napo (Reserva Etnica do Waorani, 1 km S Onkone Gare Camp, Trans. Ent., 220 m, 0º38'S 76º36'W), 15.I.1994, T.L. Erwin et al. col. "insecticidal fogging of mostly bare green leaves some with covering of lichenous or bryophytic plants. "Project MAXUS. At x-trans 6,59 Lot 576". (USNM).

Tethystola cincta sp. nov.

(Fig. 5)

Etimologia: Latim, cincta = faixa. Alusivo às faixas elitrais de pubescência branca.

Tegumento castanho-avermelhado escuro, mais alaranjado no friso sutural dos élitros. Corpo revestido por pubescência amarelada e esbranquiçada entremeada por longas setas brancas e acastanhadas.

Cabeça com pontos grossos e esparsos. Fronte mais larga que longa. Vértice, entre os tubérculos anteníferos, côncavo. Tubérculos anteníferos projetados. Lobos oculares superiores com quatro fileiras de omatídios, tão distantes entre si quanto o dobro da largura de um lobo. Lobos oculares inferiores desenvolvidos com o dobro do comprimento das genas. Antenas (fêmea) ultrapassam o ápice elitral a partir da extremidade do antenômero IX. Escapo fusiforme. Antenômero III apenas mais longo que o IV; antenômeros VI-XI com anel basal amarelado.

Protórax tão longo quanto largo. Pronoto com duas gibosidades arredondadas, discretas, no terço anterior. Pubescência do pronoto amarelada com faixa centro-longitudinal, estreita de pubescência branca; pêlos longos, brancos irregularmente distribuídos no disco pronotal. Lados do protórax com uma gibosidade próxima à borda anterior e uma no terço posterior; pontuação grossa e esparsa. Prosterno, mesosterno, mesepimeros e lados do metasterno pontuados.

Cada élitro com quatro faixas oblíquas de pubescência esbranquiçada: duas paralelas no meio, duas paralelas no terço apical e uma faixa simples, subarredondada, anteapical. Pêlos longos, brancos e acastanhados, entremeados na pubescência amarelada. Extremidades elitrais cortadas em curva, ângulo externo projetado, mas sem constituir espinho agudo. Pernas pubescentes com pêlos longos e brancos. Fêmures subfusiformes. Lados dos urosternitos I-III com pontos grossos e esparsos e nos lados do IV e V pontos mais finos e esparsos.

Dimensões em mm, holótipo fêmea: Comprimento total, 7,1; comprimento do protórax, 1,4; maior largura do protórax, 1,4; comprimento do élitro, 5,1; largura umeral, 1,7.

Material-tipo: Holótipo macho, BOLÍVIA, Santa Cruz: Florida ("Vicoquin area above Achira, road to Amboró", 18º07'S, 63º48'W, 2000 m), 24-25.I.2007, Lingafelter, Wappes & Prena col. (MNKM).

Discussão: Tethystola cincta sp. nov. apresenta extremidades elitrais projetadas no ângulo externo, sem constituir espinho longo como em T. dispar Lameere, 1893, ocorrente na Venezuela, que também apresenta, nos élitros, faixas oblíquas e duplas, de pubescência branca. T. unifasciata Galileo & Martins, 2001 e T. obliqua Thomson, 1868, têm espinho longo no ângulo externo dos élitros e apresentam faixas de pubescência clara simples nos élitros.

Neopotiatuca nom. nov.

Potiatuca Martins & Galileo, 2007: 190 non Potiatuca Galileo & Martins, 2006:12.

Inadvertidamente, o nome Potiatuca foi utilizado em duas ocasiões: (1) em Apomecynini por Galileo & Martins (2006) e (2) em Ibidionini, Ibidionina por Martins & Galileo (2007). A nova combinação que se estabelece é Neopotiatuca brevis (Martins & Galileo, 2007) comb. nov.

AGRADECIMENTOS

A J.E. Wappes, R. Clarke, L. Bezark pela remessa de material para estudo. A Eleandro Moysés (Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul) pelas imagens digitalizadas.

Recebido em: 09.06.2008

Aceito em: 21.08.2008

Impresso em: 30.09.2008

  • Galileo, M.H.M. & Martins, U.R. 2006. Novos taxons de Apomecynini (Coleoptera, Cerambycidae, Lamiinae). Papéis Avulsos de Zoologia, 46(2):11-19.
  • Martins, U.R. & Galileo, M.H.M. 2007. Tribo Ibidionini. Subtribo Ibidionina. In: Martins, U.R. (Org.), Cerambycidae sul-americanos (Coleoptera). Sociedade Brasileira de Entomologia, Curitiba, v. 9, p. 177-330.
  • Monné, M.A. & Hovore, F.T. 2006. Checklist of the Cerambycidae or longhorned wood-boring beetles of the Western Hemisphere. BioQuip, Rancho Dominguez, 394 p.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    13 Out 2008
  • Data do Fascículo
    2008

Histórico

  • Aceito
    21 Ago 2008
  • Recebido
    09 Jun 2008
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