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Contribuição para o estudo dos Rhinotragini (Coleoptera, Cerambycidae). VI. Ecliptoides Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2005

Resumos

O gênero Ecliptoides Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2005, recentemente revisto por Clarke (2009), é revisado novamente, principalmente devido à necessidade de transferência de espécies de Eclipta Bates, 1873, e Odontocera Audinet-Serville, 1833 para este gênero. Três novas espécies são descritas do Brasil: E. schmidi, E. tavakiliani, e E. hogani. Ommata eunomia var. rufula Melzer, 1934, e Ommata (Eclipta) plaumanni Fuchs, 1961 são revalidadas e consideradas espécies de Ecliptoides. Espécies transferidas de Eclipta para Ecliptoides: E. bivitticollis (Fisher, 1952); E. eunomia (Newman, 1841); E. pilosipes (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004); E. fanchonae (Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2003); E. giuglarisi (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004); E. vasconezi (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004); E. vicina (Melzer, 1927); E. lauraceae (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004); e E. bauhiniae (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004). Espécies transferidas de Odontocera para Ecliptoides: O. quadrivittata Melzer, 1922; O. pusilla Gounelle, 1911; e O. monostigma (Bates, 1869). Novo sinônimo: Ommata (Eclipta) collarti Fuchs, 1959 = Odontocera pusilla Gounelle, 1911 (= Ecliptoides pusillus). Lectótipos são designados para Ommata (Eclipta) vicina e Ommata (Eclipta) collarti. Novos registros de distribuição são fornecidos para E. eunomia, E. pilosipes, E. plaumanni e E. fanchonae. É fornecida chave para as espécies de Ecliptoides.

Cerambycinae; Chave; Lectótipo; Novas espécies; Novos registros; Sinonímia


The genus Ecliptoides Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2005, recently revised by Clarke (2009) to include three Bolivian species, is brought up-to-date by the inclusion of further South American species transferred from Eclipta Bates, 1873, and Odontocera Audinet-Serville, 1833. Three new species are described from Brazil: E. schmidi, E. tavakiliani, and E. hogani. Ommata eunomia var. rufula Melzer, 1934, and Ommata (Eclipta) plaumanni Fuchs, 1961, are revalidated and considered species of Ecliptoides. Species transferred from Eclipta to include Ecliptoides: E. bivitticollis (Fisher, 1952); E. eunomia (Newman, 1841); E. pilosipes (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004); E. fanchonae (Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2003); E. giuglarisi (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004); E. vasconezi (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004); E. vicina (Melzer, 1927); E. lauraceae (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004); and E. bauhiniae (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004). Species transferred from Odontocera to include Ecliptoides: O. quadrivittata Melzer, 1922; O. pusilla Gounelle, 1911; and O. monostigma (Bates, 1869). New synonymy: Ommata (Eclipta) collarti Fuchs, 1959 = Odontocera pusilla Gounelle, 1911 (= Ecliptoides pusillus). Lectotypes are designated for Ommata (Eclipta) vicina, and Ommata (Eclipta) collarti. New distribution records are provided for E. eunomia, E. pilosipes, E. plaumanni and E. fanchonae. A key to the species of Ecliptoides is given.

Cerambycinae; Key; Lectotype; New records; New species; Synonymy


Contribuição para o estudo dos Rhinotragini (Coleoptera, Cerambycidae). VI. Ecliptoides Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2005

Ubirajara R. MartinsI;IV; Antonio Santos-SilvaI;II; Robin O.S. ClarkeIII

IMuseu de Zoologia, Universidade de São Paulo. Caixa Postal 42.494, 04218‑970, São Paulo, SP, Brasil. E‑mail: urmsouza@usp.br

IIE‑mail: toncriss@uol.com.br

IIIHotel Flora & Fauna, Casilla 2097, Santa Cruz de la Sierra, Bolivia. E‑mail: hotelfandf@hotmail.com

IVPesquisador do CNPq.

RESUMO

O gênero Ecliptoides Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2005, recentemente revisto por Clarke (2009), é revisado novamente, principalmente devido à necessidade de transferência de espécies de Eclipta Bates, 1873, e Odontocera Audinet-Serville, 1833 para este gênero. Três novas espécies são descritas do Brasil: E. schmidi, E. tavakiliani, e E. hogani. Ommata eunomia var. rufula Melzer, 1934, e Ommata (Eclipta) plaumanni Fuchs, 1961 são revalidadas e consideradas espécies de Ecliptoides. Espécies transferidas de Eclipta para Ecliptoides: E. bivitticollis (Fisher, 1952); E. eunomia (Newman, 1841); E. pilosipes (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004); E. fanchonae (Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2003); E. giuglarisi (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004); E. vasconezi (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004); E. vicina (Melzer, 1927); E. lauraceae (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004); e E. bauhiniae (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004). Espécies transferidas de Odontocera para Ecliptoides: O. quadrivittata Melzer, 1922; O. pusilla Gounelle, 1911; e O. monostigma (Bates, 1869). Novo sinônimo: Ommata (Eclipta) collarti Fuchs, 1959 = Odontocera pusilla Gounelle, 1911 (= Ecliptoides pusillus). Lectótipos são designados para Ommata (Eclipta) vicina e Ommata (Eclipta) collarti. Novos registros de distribuição são fornecidos para E. eunomia, E. pilosipes, E. plaumanni e E. fanchonae. É fornecida chave para as espécies de Ecliptoides.

Palavras-Chave: Cerambycinae; Chave; Lectótipo; Novas espécies; Novos registros; Sinonímia.

ABSTRACT

The genus Ecliptoides Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2005, recently revised by Clarke (2009) to include three Bolivian species, is brought up-to-date by the inclusion of further South American species transferred from Eclipta Bates, 1873, and Odontocera Audinet-Serville, 1833. Three new species are described from Brazil: E. schmidi, E. tavakiliani, and E. hogani. Ommata eunomia var. rufula Melzer, 1934, and Ommata (Eclipta) plaumanni Fuchs, 1961, are revalidated and considered species of Ecliptoides. Species transferred from Eclipta to include Ecliptoides: E. bivitticollis (Fisher, 1952); E. eunomia (Newman, 1841); E. pilosipes (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004); E. fanchonae (Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2003); E. giuglarisi (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004); E. vasconezi (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004); E. vicina (Melzer, 1927); E. lauraceae (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004); and E. bauhiniae (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004). Species transferred from Odontocera to include Ecliptoides: O. quadrivittata Melzer, 1922; O. pusilla Gounelle, 1911; and O. monostigma (Bates, 1869). New synonymy: Ommata (Eclipta) collarti Fuchs, 1959 = Odontocera pusilla Gounelle, 1911 (= Ecliptoides pusillus). Lectotypes are designated for Ommata (Eclipta) vicina, and Ommata (Eclipta) collarti. New distribution records are provided for E. eunomia, E. pilosipes, E. plaumanni and E. fanchonae. A key to the species of Ecliptoides is given.

Key-Words: Cerambycinae; Key; Lectotype; New records; New species; Synonymy.

Introdução

Bates (1873) estabeleceu Eclipta como subgênero de Ommata White, 1855, para alocar as espécies com pernas finas, mesofêmur abruptamente (mas não largamente) clavado e élitros com lados subparalelos e ápice truncado. Eclipta foi dividido pelo autor em dois grupos: com élitro curto, que incluía O. (E.) eirene (Newman, 1841), O. (E.) castanea Bates, 1873, O. (E.) thoracica Bates, 1873, O. (E.) flavicollis Bates, 1873, O. (E.) eunomia (Newman, 1841), O. (E.) brachialis Bates, 1873, O. (E.) monostigma (Bates, 1869) e O. (E.) liturifera Bates, 1873; e espécies com élitro longo, quase atingindo o ápice do abdome, que incluía O. (E.) prolixa Bates, 1873, O. (E.) lanuginosa Bates, 1873, O. (E.) cribripennis Bates, 1873, O. (E.) erythrodera Bates, 1873, O. (E.) viticollis Bates, 1873, O. (E.) malthinoides (Bates, 1870), O. (E.) ruficollis (Bates, 1870), O. (E.) anoguttata Bates, 1873, O. (E.) aegrota (Bates, 1872), O. (E.) xantho Bates, 1873, O. (E.) poecila Bates, 1873 e O. (E.) fenestrata (Lucas, 1857). Bates (1873) não estabeleceu nenhuma dessas espécies como tipo do subgênero, o que só foi feito recentemente por Peñaherrera-Leiva & Tavakilian (2004), que escolheram O. (E.) flavicollis.

Algumas das espécies originalmente incluídas em Ommata (Eclipta) foram transferidas para Stultutragus Clarke, 2010 (Clarke, 2010): O. (E.) xantho, O. (E.) poecila e Oregostoma fenestratum. Curiosamente, Bates (1873: 31) alocou Agaone monostigma em Ommata (Eclipta) e, no mesmo trabalho (página 38), realocou a espécie em Odontocera Audinet-Serville, 1833, sem comentar.

Entre 1873 e 2005, muitas espécies foram descritas e/ou transferidas para Ommata (Eclipta). Monné (2005) mencionou 77 espécies e Monné (2006) relacionou mais 12 espécies, descritas por Peñaherrera-Leiva & Tavakilian (2004) e Tavakilian & Peñaherrera-Leiva (2005), mas apontou a transferência de duas espécies de Ommata (Eclipta) para Ecliptoides Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2005, realizadas pelos autores desse gênero: O. (E.) azadi Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2003 e O. (E.) hovorei Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2003.

Eclipta foi considerado gênero distinto de Ommata por Martins & Santos-Silva (2010).

Clarke (2010) além das espécies mencionadas acima, também transferiu para Stultutragus: O. (E.) bifasciata Zajciw, 1965 e O. (E.) cerdai Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2003. Clarke (2011) erigiu Paraeclipta e transferiu para ele dez espécies que pertenciam a Eclipta: P. bicoloripes (Zajciw, 1965); P. croceicornis (Gounelle, 1911); P. flavipes (Melzer, 1922); P. jejuna (Gounelle, 1911); P. kawensis (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004); P. longipennis (Fisher, 1947); P. rectipennis (Zajciw, 1965); P. soumourouensis (Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2003); P. tenuis (Burmeister, 1865); e P. unicoloripes (Zajciw, 1965).

Atualmente, Eclipta conta com 72 espécies e Ecliptoides com seis: Ecliptoides azadi; E. hovorei; E. julietae Clarke, 2009; E. rouperti (Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2005); E. titoi Clarke, 2009; e E. vargasi Clarke, 2009. O "checklist" de Monné & Bezark (2011), relaciona as espécies atualmente incluídas em Eclipta, mas dessa lista, devem ser excluídas as espécies transferidas para Paraeclipta por Clarke (2011).

Material e métodos

Os acrônimos utilizados no texto correspondem às seguintes instituições: ACMT, American Coleoptera Museum, San Antonio; AMNH, American Museum of Natural History, Nova York; BMNH, The Natural History Museum, Londres; CASC, California Academy of Sciences, San Francisco; CFPS, Coleção Fritz Plaumann, Seara; CHSV, Coleção Herbert Schmid, Viena; CODF, Coleção Denis Faure; COGM, Coleção G. Moraguès; COOM, Coleção Odette Morvan; CRCR, Coleção R. Di Chiara-Roupert; DZUP, Coleção Entomológica Padre Jesus Santiago Moure, Departamento de Zoologia, Universidade Federal do Paraná, Curitiba; FSCA, Florida State Collection of Arthropods, Gainesville; INPA, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Manaus; IRSN, Institut Royal des Sciences Naturelles de Belgique, Bruxelas; LGBC, Larry G. Bezark Collection, Sacramento; MACN, Museo Argentino de Ciencias Naturales "Bernardino Rivadavia", Buenos Aires; MCNZ, Museu de Ciências Naturais, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre; MNRJ, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro; MZUSP, Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo, São Paulo; MNHN, Muséum National d'Histoire Naturelle, Paris; OXUM, Hope Entomological Collections, University Museum, Oxford, United Kingdom; RCSZ, Robin Clarke/Sonia Zamalloa Collection, Buena Vista.

As referências bibliográficas sob cada táxon correspondem à descrição original, citação dos catálogos de Monné (2005, 2006), sinonímias, omissões e acréscimos posteriores a esses catálogos.

No item "Distribuição geográfica" das espécies, a obra indicada após o país/estado, refere-se à primeira citação.

Nos casos em que não examinamos espécimes da espécie, fornecemos partes das descrições originais que não possam ser vistas nas fotografias acrescentadas e que não estão relacionadas com caracteres genéricos.

Ecliptoides Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2005

Ommata (Ecliptoides) Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2005: 37; Monné, 2006: 176 (checklist).

Ecliptoides; Clarke, 2009: 566 (comb. nov.); Martins & Santos-Silva, 2010: 398.

Espécie-tipo: Ommata (Ecliptoides) rouperti Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2005 (designação original).

Ecliptoides caracteriza-se: antenas atingem ou apenas ultrapassam o ápice elitral; pronoto com pontuação grossa, muito cerrada (alveolada); processo mesosternal com inclinação abrupta ou moderadamente abrupta; élitros atingem entre o meio do urosternito II e o meio do III; ápice elitral truncado; élitros, ao menos, parcialmente pubescentes; élitros bicolores; sutura elitral deiscente, ao menos no terço apical; urosternito V dos machos não distintamente foliáceo lateralmente; lobos-laterais (parâmeros) proporcionalmente curtos (em relação ao comprimento do corpo) e com ápice arredondado, sem cerdas muito longas (às vezes, com ápice subtruncado, mas sem cerdas longas); metatarso não engrossado (principalmente o metatarsômero I); metatarsômero I mais longo do que II‑III reunidos.

Discussão: Tavakilian & Peñaherrera-Leiva (2005) definiram Ecliptoides, baseados apenas nas fêmeas: antenas não atingem o ápice dos élitros; pronoto coberto de pontuação contígua; processo prosternal estreito, não arqueado; processo mesosternal estreito, precedido de uma declividade abrupta; élitros com ápice truncado e não ultrapassando a metade do segundo urosternito; parte apical da sutura elitral deiscente; metasterno abaulado; metatarso com o primeiro tarsômero mais longo que os seguintes reunidos. Ainda de acordo com os autores, além desses caracteres, esse gênero distingue-se imediatamente pelo seu tipo de coloração alaranjada, com uma faixa pronotal longitudinal, central e escura e pela margem elitral largamente marrom-escura dos úmeros ao ápice.

Clarke (2009) redefiniu e redescreveu detalhadamente Ecliptoides. Entre os caracteres não mencionados na descrição original, expandidos ou modificados, pode-se mencionar: pontuação do pronoto escabrosa ou alveolada; processo mesosternal anteriormente com inclinação abrupta ou moderadamente abrupta; disco elitral não carenado; élitros pubescentes; élitros deiscentes ou fracamente deiscentes na sutura; urosternito V dos machos lateralmente não foliáceo; ápice externo das protíbias expandidos lateralmente (às vezes, formando dente distinto). Clarke (2009) arrolou alguns caracteres que distinguiriam Ecliptoides de Eclipta e comentou que muitas espécies alocadas no segundo, deveriam ser transferidas para outros gêneros. Clarke (2011) também registrou a necessidade de revisão de Eclipta: "Paraeclipta gen. nov. is based on the original work of Zajciw (1965), as outlined below, and represents a step towards the dismemberment of the genus Eclipta, a process which will allow groups of similar species to be placed in well defined new genera, albeit the diverse structure of the Rhinotragini will require that most of these be diagnosed by combinations of characters rather than unique ones".

Examinando-se a espécie-tipo de Eclipta (lectótipo macho e paralectótipo fêmea), observa-se que os caracteres apontados em Clarke (2009) para diferenciar este gênero de Ecliptoides, em geral, não permitem separar os dois gêneros (Eclipta com base na espécie-tipo): antenômeros apicais podem ser engrossados e subserrados em Ecliptoides e podem ser serrados em Eclipta (não há diferença entre os dois gêneros); élitros curtos, não ultrapassando o meio do urosternito III, distintamente estreitado para o ápice e deiscentes em Ecliptoides e atingindo além do meio do urosternito III, na maior parte das espécies de Eclipta, frequentemente apenas moderadamente estreitados para o ápice e verdadeiramente deiscentes apenas em algumas espécies (não existe nenhuma diferença entre os dois gêneros); ápice dos metafêmures não ultrapassando o ápice abdominal e clava metafemoral relativamente abrupta em Ecliptoides e podendo ultrapassar e geralmente cilíndrica em Eclipta (não existe diferença entre os dois gêneros); tegumento predominantemente translúcido em Ecliptoides e frequentemente opaco em Eclipta (diferença presente entre as espécies de Ecliptoides e a espécie-tipo de Eclipta).

Os principais caracteres que separam Ecliptoides de Eclipta são: élitros bicolores; genitália dos machos com o ápice dos lobos-laterais arredondado ou subarredondado e sem cerdas notavelmente longas (Figs. 1, 2). Em Eclipta os élitros são unicolores e o ápice dos lobos-laterais é obliquamente truncado e com cerdas notavelmente longas (Figs. 3, 4).


De Paraeclipta, gênero proveniente de Eclipta, difere, principalmente, pelos élitros que atingem, no máximo, o meio do urosternito III. Em Paraeclipta, atingem o urosternito IV ou V. De Clepitoides Clarke, 2009, gênero baseado em espécies do mesmo grupo de Eclipta sensu auctorum, difere pela pontuação do pronoto grossa e contígua em quase toda extensão, pelos élitros com pubescência e pelo urosternito V dos machos lateralmente não foliáceo. Em Clepitoides, a pontuação do pronoto não é contígua (no máximo grossa e parcialmente confluente), os élitros não apresentam pubescência e o urosternito V dos machos é foliáceo lateralmente.

Chave para as espécies de Ecliptoides

1. Disco do pronoto com faixas longitudinais estreitas e escuras (Figs. 5, 6)..................................................... 2

Disco do pronoto sem faixas longitudinais escuras (Figs. 8, 13 ), ou com uma larga faixa central que pode ocupar todo o disco (Figs. 10, 14 , 17 )......................................................................................................................................... 3

2(1). Lados do protórax com faixa escura interligada à faixa longitudinal do pronoto (Fig. 5). Brasil (Minas Gerais) E. quadrivittatus (Melzer, 1922)

Lados do protórax sem faixa escura (Figs. 6, 7). Brasil (Santa Catarina).......... E. bivitticollis (Fisher, 1952)

3(1). Élitros sem pelos longos no terço basal ou, no máximo com alguns pelos curtos (Figs. 8, 9). Brasil (Bahia, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul), Argentina (Misiones) E. eunomia (Newman, 1841)

Élitros com pelos longos e conspícuos no terço basal..................................................................................... 4

4(3). Antenômero IX pouco mais longo do que largo (Figs. 1012 ). Brasil (Bahia, Espírito Santo, Santa Catarina) E. schmidi sp. nov.

Antenômero IX distintamente mais longo do que largo................................................................................. 5

5(4). Antenômeros VIII‑X totalmente escuros e disco pronotal sem faixa longitudinal escura (Fig. 13 ). Guiana Francesa, Brasil (Pará)..................................................................................... E. pilosipes (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004)

Antenômeros VIII‑X, ou ao menos um deles, anelados (espécimes com estes antenômeros escuros e disco pronotal com faixa longitudinal escura, vide dilema 16)................................................................................................................................. 6

6(5). Clava dos pro- e mesofêmures notavelmente espessadas, principalmente quando comparadas com a clava dos metafêmures (Fig. 14 ). Guiana Francesa, Brasil (Amazonas)............................................................................................................................ E. fanchonae (Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2003).

Clava dos pro- e mesofêmures não notavelmente espessadas quando comparadas com a dos metafêmures (Fig. 15 ) 7

7(6). Disco pronotal com faixa longitudinal escura e metafêmures sem faixa preta entre o pedúnculo e a clava (Fig. 15 ). Guiana Francesa................................................................................... E. giuglarisi (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004)

Disco pronotal sem faixa longitudinal (total ou quase totalmente claro ou escuro), ou disco pronotal com faixa longitudinal e metafêmures com faixa preta entre o pedúnculo e a clava........................................................................................................ 8

8(6). Metafêmures com anel preto (completo ou não) entre o pedúnculo e a clava.............................................. 9

Metafêmures sem anel preto entre o pedúnculo e a clava............................................................................ 11

9(8). Faixa escura do protórax não alongada (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004: fig. 13 ). Guiana Francesa E. vasconezi (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004)

Faixa escura do protórax centro-longitudinal............................................................................................... 10

10(9). Lateral do protórax com faixa escura (Figs. 16, 17 ). Brasil (Rondônia)...................... E. tavakiliani sp. nov.

Lateral do protórax sem faixa escura (Fig. 20). Guiana Francesa..................................................................... E. rouperti (Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2005)

11(8). Clava dos metafêmures mais escura do que o pedúnculo, no mínimo, nos dois terços apicais.................. 12

Clava dos metafêmures mais escura do que o pedúnculo, no máximo, na metade apical.......................... 17

12(11). Metepisternos e laterais do metasterno claros (às vezes, com áreas indistintas suavemente acastanhadas). 13

Metepisternos e laterais do metasterno pretos ou castanho-escuros............................................................. 14

13(12). Ápice elitral mais estreito do que a clava dos metafêmures em vista dorsal e com o ângulo externo projetado (Fig. 21). Argentina (Salta)................................................................................................................................ E. rufulus (Melzer, 1934)

Ápice elitral tão ou mais largo do que a clava dos metafêmures em vista dorsal e com o ângulo externo não projetado (Figs. 18 , 19). Brasil (Santa Catarina)................................................................................................................. E. hogani sp. nov.

14(12). Superfície dorsal da clava dos mesofêmures escura na maior parte.............................................................. 15

Superfície dorsal da clava dos mesofêmures clara na maior parte................................................................. 16

15(14). Faixas laterais dos élitros internamente pouco demarcadas. (Fig. 22). Brasil (Minas Gerais).......................... E. vicinus (Melzer, 1927)

Faixas laterais dos élitros internamente bem demarcadas (Clarke, 2009: figs. 1A, 1B). Bolívia..................... E. julietae Clarke, 2009

16(14). Antenômeros apicais distintamente alargados (Fig. 23); rostro preto; protórax preto; ápice do pedúnculo dos metafêmures preto. Panamá (?), Brasil (Goiás, Bahia, Rio de Janeiro)................................................................. E. pusillus (Gounelle, 1911)

Antenômeros apicais menos alargados (Figs. 25‑27); rostro castanho-avermelhado; protórax bicolor; ápice do pedúnculo dos metafêmures castanho-avermelhado. Brasil (Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul) E. plaumanni (Fuchs, 1961)

17(11). Comprimento elitral menor do que o dobro do comprimento do protórax............................................... 18

Comprimento elitral maior do que o dobro do comprimento do protórax ou, no mínimo, do mesmo comprimento 19

18(17). Élitros distintamente pubescentes na metade basal (Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2003: fig. 20). Guiana Francesa E. hovorei (Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2003)

Élitros com pubescência da metade basal esparsa (Tavakilian & Penaherrera-Leiva, 2003: 22). Guiana Francesa E. azadi (Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2003)

19(17). Pronoto totalmente alaranjado ou castanho-avermelhado........................................................................... 20

Centro do pronoto com faixa central escura (às vezes, pouco distintas)...................................................... 21

20(19). Élitros mais longos do que o dobro do comprimento do protórax (Fig. 28). Guiana Francesa..................... E. lauraceae (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004)

Élitros tão longos quanto o dobro do comprimento do protórax (Fig. 29). Guiana Francesa....................... E. bauhiniae (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004)

21(19). Laterais dos élitros estreitamente pretas do quarto basal até o ápice (Clarke, 2009: figs. 3A, 3B). Bolívia E. titoi Clarke, 2009

Laterais dos élitros largamente pretas dos úmeros até o ápice....................................................................... 22

22(21). Laterais do protórax com área escura; metatarsômero I distintamente mais longo do que II‑V reunidos (macho) (Clarke, 2009: figs. 2A, 2B). Bolívia....................................................................................................................... E. vargasi Clarke, 2009

Laterais do protórax sem área escura; metatarsômero I mais curto do que II‑V reunidos (Fig. 30). Nicaraguá, Costa Rica, Panamá.......................................................................................................................... E. monostigma (Bates, 1869)




Ecliptoides quadrivittatus (Melzer, 1922), comb. nov. (Fig. 5)

Odontocera quadrivittata Melzer, 1922: 9; Blackwelder, 1946: 576 (checklist); Monné, 1993: 37 (cat.); Monné & Giesbert, 1994: 94 (checklist); Monné, 2005: 477 (cat.); Monné & Hovore, 2005: 119 (checklist); 2006: 119 (checklist).

Diagnose: Ecliptoides quadrivittatus difere das demais espécies do gênero, principalmente, pela presença de quatro faixas escuras longitudinais no pronoto, interligadas anteriormente duas a duas.

Macho (Fig. 5): Tegumento castanho-avermelhado; mandíbulas enegrecidas no ápice; palpômero IV dos palpos maxilares castanho-escuros; antenas pretas, com o terço ou metade basal dos antenômero V‑X alaranjados; pronoto com faixa preta entre a calosidade central e as laterais, que iniciam próximo da base, estreitam-se e convergem para o ápice, fundindo-se nessa região a outra mancha preta na lateral do protórax, que circunda área elíptica da cor do fundo; élitros castanho-avermelhados no terço centro-basal, semi-translúcidos na região central e com faixa longitudinal lateral, castanho-escura, da base até o ápice (no quarto apical, essa faixa é mais clara e atinge a sutura), exceto área longitudinal castanho-avermelhada no quinto basal sob os úmeros; profêmures castanhos na face dorsal; pedúnculo dos mesofêmures amarelados no terço basal, gradualmente acastanhados para o ápice; clava dos mesofêmures castanha, um pouco mais clara na face ventral; metafêmures com o pedúnculo amarelado na base e castanho-escuros no restante do pedúnculo e clava; tíbias e tarsos castanho-escuros.

Pilosidade geral amarelada e pubescência amarelo-esbranquiçada; antenômeros e pernas com cerdas castanho-escuras ou acastanhadas. Fronte, área entre os olhos e vértice com pelos curtos e esparsos, entremeados por alguns pelos longos na fronte. Protórax pubescente no terço anterior do pronoto e nas laterais. Pronoto com pelos longos e esparsos. Prosterno pubescente em área transversal na metade próxima das procoxas e quase glabro no restante. Metepisternos e metasterno pubescentes (esse último, principalmente nas laterais). Élitros com pelos longos na metade basal (mais longos no terço basal) e curtos e esparsos na metade apical. Urosternitos com pelos curtos e abundantes nas laterais, mais longos e esparsos para o centro.

Face dorsal da cabeça com pontos moderadamente grossos, abundantes e confluentes entre os olhos e o protórax, mais finos e esparsos na fronte. Pontuação do pronoto grossa, alveolada, com asperezas nas laterais; disco com três calosidades longitudinais, bem marcadas, que não atingem as margens. Pontuação elitral grossa, pouco distinta e esparsa, nitidamente mais abundante e profunda na área escura. Laterais dos urosternitos I‑III com pontos moderadamente grossos e abundantes.

Comprimento da área entre a base dos lobos oculares inferiores e o ápice do labro igual a 0,9 vezes o comprimento do lobo ocular inferior. Distância entre os lobos oculares inferiores igual a 0,05 vezes a largura de um lobo. Antenas atingem o ápice elitral na base do antenômero XI; pedicelo com aproximadamente 1/3 do comprimento do antenômero III; clava antenal pouco alargada, mais distinta a partir do antenômero VIII; antenômeros IX‑X nitidamente mais longos do que largos.

Élitros atingem o terço basal do urosternito III, deiscentes na metade apical; ângulo apical externo um pouco saliente, porém, não aguçado. Metafêmures ultrapassam um pouco o ápice abdominal. Metatarsômero I 1,1 vezes mais longo do que II‑V reunidos.

Dimensões em mm (♂): Comprimento total, 6,8; comprimento do protórax, 1,3; largura anterior do protórax, 0,8; largura posterior do protórax, 0,9; largura umeral, 1,1; comprimento elitral, 3,3.

Dimensões na descrição original: "6 1/2 mm".

Tipo, localidade-tipo: Holótipo macho, proveniente do Brasil (Minas Gerais, Passa Quatro), depositado no MZUSP.

Distribuição geográfica: Ecliptoides quadrivittatus é conhecida apenas da localidade-tipo.

Discussão: Ecliptoides quadrivittatus não apresenta a área vítrea nítida, que caracteriza as espécies de Odontocera Audinet-Serville, 1833. Apenas uma parte dos élitros possui área semi-translúcida.

Material examinado: BRASIL, Minas Gerais: Passa Quatro, holótipo macho, XI.1915, Jaeger col. (MZUSP).

Ecliptoides bivitticollis (Fisher, 1952), comb. nov. (Figs. 6, 7)

Odontocera bivitticollis Fisher, 1952: 7.

Ommata (Eclipta) bivitticollis; Monné & Giesbert, 1992: 250 (syn.); Monné, 1993: 21 (cat.); Monné & Giesbert, 1994: 96 (checklist); Monné, 2005: 485 (cat.); Monné & Hovore, 2005: 120 (checklist); 2006: 120 (checklist).

Ommata (Eclipta) curvatovittata Fuchs, 1961: 12.

Diagnose: Ecliptoides biviticollis difere facilmente das demais espécies de do gênero pela presença de uma mancha longitudinal a cada lado do disco do pronoto não interligadas entre si.

Macho (Fig. 7): Tegumento castanho-avermelhado; escapo, pedicelo e antenômeros III‑V enegrecidos; antenômeros monocolores e castanhos, gradualmente mais claros do VI para o IX que é da mesma cor do X e XI; pronoto, a cada lado, com uma mancha preta, longitudinal, fracamente curvada, e um pouco mais larga na base do que no ápice; pedúnculo dos fêmures amarelados e clava acastanhada (principalmente nos metafêmures); élitros faixa lateral escura, que inicia nos úmeros, estreita-se a partir do meio, gradualmente tornado-se pouco evidente; quarto basal lateral dos élitros com mancha castanho-avermelhada; área elitral entre a sutura e a área escura castanho-amarelada da base até depois do meio, gradualmente tornando-se acastanhada para o ápice; protíbias acastanhadas na face dorsal (gradualmente mais escuras para o ápice) e mais avermelhadas na face ventral; mesotíbias castanho-avermelhadas na base, gradualmente mais escuras para o ápice que é enegrecido; metatíbias castanho-avermelhadas no extremo basal e pretas no restante; tarsos castanhos, exceto o metatarsômero I que é preto e os dois terços apicais dos tarsômeros V que são castanho-escuros ou pretos; maior parte do urosternito II e urosternitos III‑IV pretos.

Pilosidade geral e pubescência amarelada; antenômeros e pernas médias e posteriores com cerdas castanho-escuras ou acastanhadas. Face dorsal da cabeça com pelos moderadamente longos e esparsos, entremeados por pelos mais longos na região da fronte próxima do clípeo; área ventral com pelos similares aos da face dorsal. Pronoto pubescentes e com pelos moderadamente longos e esparsos. Élitros com pelos curtos e esparsos em toda extensão, entremeados por pelos longos e eretos no terço basal, moderadamente abundantes.

Áreas laterais da fronte e vértice com pontuação densa e confluente; região central da fronte com área não pontuada. Pontuação do pronoto não notavelmente grossa; disco com três calosidades longitudinais, bem marcadas, que não atingem as margens (a central menos conspícua). Pontuação elitral grossa, rasa e esparsa nos dois terços basais, mais cerrada lateralmente e no terço apical. Urosternitos sem pontos grossos e profundos.

Comprimento da área entre a base dos lobos oculares inferiores e o ápice do labro igual ao comprimento do lobo ocular inferior. Distância entre os lobos oculares inferiores igual a 0,2 vezes a largura de um lobo. Antenas atingem o ápice elitral no ápice do antenômero IX; clava antenal quase indistinta.

Élitros atingem o ápice do urosternito II, deiscentes no terço apical; ápice largamente truncado. Metafêmures não atingem o ápice abdominal. Metatarsômero I aproximadamente tão longo quanto o comprimento dos metatarsômeros II‑V reunidos.

Variação: De acordo com Fisher (1952), " third and fourth abdominal sternites which are brownish black".

Dimensões em mm (♂): Comprimento total, 7,7‑7,9; comprimento do protórax, 1,2‑1,3; largura anterior do protórax, 0,9; largura posterior do protórax, 1,0; largura umeral, 1,1‑1,2; comprimento elitral, 3,4‑3,5. Dimensões na descrição original (Fisher, 1952): macho – "Length 7‑8 mm, width at base of elytra 1‑1.2 mm"; fêmea – "Length 8 mm, width 1,5 mm". Fuchs (1961): "Länge: 7‑9 mm".

Tipos, localidades-tipo: De Odontocera bivitticollis – Holótipo macho, proveniente do Brasil (Santa Catarina, Seara, Nova Teutônia), depositado no AMNH. Fisher (1952) registrou: "Type, Allotype, and Paratypes: In the American Museum of Natural History"; "Paratype: In the United States National Museum"; "Described from three males and one female (one male type) ". De acordo com o próprio autor, havia quatro espécimes. Assim, não é possível que o holótipo, alótipo e parátipos estejam depositados no AMNH e um parátipo no USNM, porque isso perfaria, no mínimo, cinco exemplares. De Ommata (Eclipta) curvatovittata – Holótipo fêmea (Fig. 6), dois parátipos machos e uma fêmea, provenientes do Brasil (Santa Catarina, Seara, Nova Teutônia), depositados na CHSV; um parátipo (sexo desconhecido), depositado na CFPS.

Distribuição geográfica: Conhecida apenas do Brasil (Santa Catarina).

Discussão: Monné & Giesbert (1992) estabeleceram a sinonímia entre Ommata (Eclipta) bivitticollis e Ommata (Eclipta) curvatovittata. O estudo de fotografias dos holótipos permite concluir que a sinonímia está correta.

Material examinado: BRASIL, Santa Catarina: Seara (Nova Teutônia; 300‑500 m), ♂, IX.1956, F. Plaumann col. (MZUSP); macho, IX.1973, F. Plaumann col. (DZUP).

Ecliptoides eunomia (Newman, 1841), comb. nov. (Figs. 8, 9)

Odontocera eunomia Newman, 1841: 92; Blackwelder, 1946: 576 (checklist); Monné, 1993: 23 (cat.); Monné & Giesbert, 1994: 96 (checklist); Monné, 2005: 487 (cat.); Monné & Hovore, 2005: 121 (checklist); 2006: 121 (checklist).

Ommata (Eclipta) eunomia var. nigrilatera Gounelle, 1911: 24; Monné, 1993: 23 (syn.).

Diagnose: Ecliptoides eunomia difere das demais espécies do gênero, principalmente, pela ausência de pelos eretos, no terço ou metade anterior dos élitros.

Macho (Fig. 9): Tegumento alaranjado; escapo, pedicelo, 3/4 basais do antenômero III, 2/3 apicais dos antenômeros IV‑V, metade apical dos antenômeros VI‑VII, terço apical dos antenômeros VIII‑XI pretos; pronoto preto; laterais do protórax preta, largamente arredondada na parte inferior; escutelo preto; élitros pretos, exceto: mancha alaranjada e alongada no quarto látero-basal; mancha longitudinal alaranjada, da base ao terço apical, larga na base e estreita para o seu ápice, que não atinge a sutura; meso- e metasterno pretos nas laterais e acastanhados em direção ao centro; metepisterno preto; clava dos metafêmures pretas; pro- e mesotíbias enegrecidas no extremo apical; protíbias dorsalmente acastanhadas (mais claras na base); meso- e metatíbias pretas com o extremo basal acastanhado; tarsômeros I e V, maior parte do II e pretos; tarsômero III acastanhado; urosternito I e V castanho-escuros nas laterais; urosternitos II‑IV castanho-escuros nas laterais e acastanhados no centro.

Pilosidade geral amarelada e pubescência branco-acinzentada; antenômeros e pernas posteriores com cerdas castanho-escuras ou acastanhadas. Cabeça com alguns pelos longos na fronte, labro e face ventral (mais abundantes nas laterais da última). Pronoto pubescente, principalmente nas laterais, entremeada por alguns pelos longos. Laterais e face ventral (exceto uma larga faixa na margem anterior, que apresenta pelos curtos entremeados por pelos mais longos) do protórax distintamente pubescentes. Élitros distintamente pubescentes, sem pelos longos na metade basal.

Fronte e vértice com pontuação densa e confluente (pouco evidente na fronte). Pontuação do pronoto não notavelmente grossa; disco com três calosidades longitudinais, moderadamente marcadas, que não atingem as margens. Pontuação elitral moderadamente grossa e abundante em toda extensão (pouco distinta). Urosternitos sem pontos grossos e profundos.

Comprimento da área entre a base dos lobos oculares inferiores e o ápice do labro igual a 1,1 vezes o comprimento do lobo ocular inferior. Distância entre os lobos oculares inferiores igual a 0,6 vezes a largura de um lobo. Antenas ultrapassam o ápice elitral aproximadamente na metade do antenômero XI; pedicelo com aproximadamente um terço do comprimento do antenômero III; clava antenal um pouco mais distinta a partir do antenômero IX, não notavelmente alargada; antenômeros IX‑X nitidamente mais longos do que largos.

Élitros atingem o ápice do urosternito II, deiscentes na metade apical; ângulos apicais salientes (principalmente o externo). Metafêmures atingem o ápice do urosternito IV. Metatarsômero I mais longo do que II‑V reunidos.

Fêmea (Fig. 8): As principais diferenças são: face dorsal da clava dos profêmures castanho-escura e restante acastanhada; clava dos mesofêmures enegrecida; comprimento da área entre a base dos lobos oculares inferiores e o ápice do labro igual a 1,4 vezes o comprimento do lobo ocular inferior; distância entre os lobos oculares inferiores igual 1,1 vezes a largura de um lobo; antenas não atingem o ápice elitral.

Variação: Macho – área dorsal da cabeça, entre os olhos e o protórax, preta; escapo de acastanhado até preto; área preta dos antenômeros III‑XI um pouco variável no comprimento; pronoto de inteiramente alaranjado até completamente preto, não raro, preto com áreas irregulares alaranjadas; laterais do protórax de inteiramente alaranjada até preta (quando preta, a parte inferior pode ser irregular ou distintamente arredondada); face ventral do protórax com uma mancha grande a cada lado, losangular e preta (às vezes, acastanhada e não bem delimitada); escutelo alaranjado; mancha alaranjada do disco elitral pode atingir a sutura e com comprimento bastante variável, podendo ser restrita ao quarto basal e ser muito estreita (em nenhum dos espécimes examinados essa mancha atinge o ápice elitral; em um espécime apenas indicada); mesosterno totalmente alaranjado; laterais do meso- e metasterno castanho-escuros; parte clara das meso- e metatíbias pode ser alaranjada e envolver todo o terço basal; protarsômeros podem ser acastanhados, principalmente base do II e todo o III; região clara dos urosternitos I e V pode ser acastanhada ou alaranjada; élitros com alguns pelos longos no terço basal; comprimento da área entre a base dos lobos oculares inferiores e o ápice do labro de 1,0 a 1,1 vezes o comprimento do lobo ocular inferior; distância entre os lobos oculares inferiores de 0,4 a 0,6 vezes a largura de um lobo; metafêmures atingem o ápice elitral. Fêmea – clava dos profêmures escurecida apenas no terço dorso-apical; clava dos mesofêmures castanho-escura na face dorsal e acastanhada na face ventral; urosternitos totalmente alaranjados; comprimento da área entre a base dos lobos oculares inferiores e o ápice do labro de 1,2 a 1,4 vezes o comprimento do lobo ocular inferior; distância entre os lobos oculares inferiores de 0,8 a 1,1 vezes a largura de um lobo.

Dimensões em mm (♂/♀): Comprimento total, 5,7‑7,3/6,2‑8,9; comprimento do protórax, 1,1‑1,6/1,3‑1,6; largura anterior do protórax, 0,7‑1,0/0,8‑1,2; largura posterior do protórax, 0,8‑1,1/0,9‑1,2; largura umeral, 0,9‑1,2/1,1‑1,4; comprimento elitral, 2,8‑3,5/2,7‑4,0. Dimensões na descrição original, Newman (1941): "Corp. long. .35 unc. Lat. .05 unc.".

Tipos, localidades-tipo: De Odontocera eunomia – Holótipo, sexo não especificado, coletado no Brasil (próximo do Rio de Janeiro), depositado na coleção OXUM (ex-coleção Miers). Verificamos através da fotografia do holótipo enviada por James E. Hogan (OXUM) que o holótipo (Fig. 8) é uma fêmea. De Ommata (Eclipta) eunomia var. nigrilatera – Descrita com base em quantidade de espécimes e sexo não especificados, provenientes do Brasil (Goiás, Minas Gerais e São Paulo). Os sintipos estão depositados no MNHN e BMNH.

Distribuição geográfica: Brasil [Bahia (Monné, 1993); Goiás (Gounelle, 1911); Minas Gerais (Gounelle, 1911); Espírito Santo (novo registro formal); Rio de Janeiro (Newman, 1941); São Paulo (Gounelle, 1911); Paraná (Gounelle, 1911); Santa Catarina (Gounelle, 1911); Rio Grande do Sul (Gounelle, 1911)], Argentina [Misiones (Bruch, 1912)].

Monné (1993) registrou como ocorrência de Ommata (Eclipta) eunomia: "Brazil (Bahia to Rio Grande do Sul) and Argentina". Essa distribuição no Brasil sugere a inclusão do estado do Espírito Santo. No entanto, não encontramos nenhum registro formal para os estados da Bahia e Espírito Santo. Este último, inclusive pode apenas ser inferido pela distribuição registrada por Monné (1993).

Discussão: Monné & Giesbert (1992) sinonimizaram Ommata (Eclipta) plaumanni com O. (E.) eunomia. O exame das descrições originais, fotografias dos tipos e material depositado no MZUSP, demonstrou que essas espécies não são sinônimas (vide "Diagnose").

Conforme comentado por Bates (1873) e Gounelle (1911), E. eunomia apresenta notável variabilidade na coloração. Assim, entre a subespécie (descrita como variedade) Ecliptoides eunomia nigrilatera e a forma típica, existem formas intermediárias, não relacionadas à distribuição geográfica, o que demonstra que Monné (1993) estava correto ao considerá-la um sinônimo.

Material examinado: BRASIL, Minas Gerais: Coronel Pacheco, ♀, [sem data e nome do coletor] (MZUSP); Passa Quatro, ♀, XI.1915, Jaeger col. (MZUSP); ♂, 18.XI.1915, J.F. Zikán col. (MZUSP); ♂, 4 ♀♀, 27.X.1916, Jaeger col. (MZUSP); 3 ♂♂, 7 ♀♀, 29.X.1916, Jaeger col. (MZUSP); ♀, XI.1916, Jaeger col. (MZUSP); ♀, 01.XI.1916, Jaeger col. (MZUSP); (Fazenda dos Campos), ♀, 03.I.1918, J.F. Zikán col. (MZUSP). Espírito Santo: Fazenda Jerusalém, 3 ♂♂, 15.XI.1913, J.F. Zikán col. (MZUSP); Linhares, ♀, X.1972, P.C. Elias col. (MZUSP). São Paulo: Itu (Fazenda Pau d'alho), ♂, XII.1958, U.R. Martins col. (MZUSP); 5 ♂♂, 2 ♀♀, 30.IX.1972, M.A. Monné col. (MZUSP); 2 ♂♂, ♀, 10.XI.1973, M.A. Monné col. (MZUSP); São Paulo (Jabaquara), ♀, 14.X.1945, Nick col. (MZUSP); (Brooklin Paulista), ♀, 03.VIII.1963, [sem nome do coletor] (MZUSP); (Ipiranga), ♀, 20.XI.1936, F. Lane col. (MZUSP). Paraná: Guarapuava, ♀, I.1959, I. Schneider col. (MZUSP); Londrina, 2 ♂♂, VII.1944, B. Pohl col. (MZUSP); Ponta Grossa, ♀, I.1939, Camargo col. (MZUSP); ♀, III.1939, Camargo col. (MZUSP); 2 ♂♂, 1940, P. Machado col. (MZUSP); Rio Negro, ♀, 31.X.1924, M. Witte col. (MZUSP); Tijucas do Sul, 2 ♂♂, 3 ♀♀, 23.XI.1979, M. Hoffmann col. (MCNZ). Santa Catarina: Anita Garibaldi, 2 ♂♂, XI.1950, Dirings (MZUSP); ♂, IV.1953, Dirings (MZUSP); Joinville (Rio Bracinho), ♀, X.1944, Dirings (MZUSP); Mafra, ♂, ♀, XII.1931, A. Maller col. (MZUSP); Seara (Nova Teutônia), 2 ♀♀, X.1935, B. Pohl col. (MZUSP); ♂, ♀, XI.1935, B. Pohl col. (MZUSP); ♂, 15.X.1935, [sem nome do coletor] (IRSN); ♂, 11.XI.1936, F. Plaumann col. (IRSN); ♀, 23.XI.1936, F. Plaumann col. (IRSN); ♂, I.1937, B. Pohl col. (MZUSP); ♀, 15.XI.1937, F. Plaumann col. (MZUSP); ♀, IX.1939, B. Pohl col. (MZUSP); ♂, X.1939, [sem nome do coletor] (MZUSP); 2 ♂♂, 6 ♀♀, XII.1939, [sem nome do coletor] (MZUSP); ♀, I.1940, [sem nome do coletor] (MZUSP); 2 ♀♀, IV.1940, B. Pohl col. (MZUSP); ♀, IX.1940, [sem nome do coletor] (MZUSP); ♂, 2 ♀♀, XI.1941, [sem nome do coletor] (MZUSP); 2 ♀♀, XI.1941, B. Pohl col. (MZUSP); 3 ♂♂, 10 ♀♀, X.1951, [sem nome do coletor] (MZUSP); 5 ♂♂, 4 ♀♀, 28.X.1951, [sem nome do coletor] (MZUSP); 4 ♂♂, ♀, X.1961, F. Plaumann col. (MZUSP); 6 ♂♂, 8 ♀♀, X.1965, [sem nome do coletor] (MZUSP); 7 ♂♂, 5 ♀♀, X.1966, F. Plaumann col. (MZUSP); 3 ♂♂, 5 ♀♀, XI.1966, F. Plaumann col. (MZUSP); 3 ♂♂, 2 ♀♀, XII.1966, F. Plaumann col. (MZUSP); ♀, XI.1972, F. Plaumann col. (MZUSP); ♂, VIII.1973, F. Plaumann col. (FSCA); 2 ♂♂, IX.1973, F. Plaumann col. (FSCA); ♀, X.1973, F. Plaumann col. (MZUSP); 2 ♂♂, ♀, 01.X.1973, F. Plaumann col. (FSCA). Rio Grande do Sul: Porto Alegre, ♀, 1927, P. Buck col. (MZUSP).

Ecliptoides schmidi sp. nov. (Figs. 1012 )

Etimologia: Espécie dedicada a Herbert Schmid, em agradecimento pelas fotografias e informações sobre os tipos da ex-coleção Fuchs.

Diagnose: Semelhante a E. pusillus, mas difere, principalmente, pelos antenômeros apicais notavelmente alargados (fracamente alargados em E. pusillus).

Macho (Fig. 10): Tegumento enegrecido; terço basal dos antenômeros IV‑XI castanho-amarelados; pro- e mesofêmures castanho-avermelhados, mais escuros no extremo dorso-apical; pedúnculo dos metafêmures castanho-amarelado e clava enegrecida; meso- e metatíbias acastanhadas na base e castanho-escuras no restante; cada élitro com uma faixa longitudinal subtrasnslúcida, ligeiramente avermelhada no quarto basal, que inicia na base, envolve o escutelo, mas não atinge a sutura, afilando-se até o início do terço apical, onde termina.

Pilosidade geral amarelada e pubescência branco-acinzentada; antenômeros e pernas médias e posteriores com cerdas castanho-escuras ou acastanhadas. Área entre a margem dos lobos oculares inferiores e o labro pubescente e com alguns pelos longos; área dorsal da cabeça entre os olhos e o protórax com pelos longos moderadamente esparsos; área entre os lobos oculares inferiores com franja de pelos curtos a cada lado. Pronoto com pelos longos, moderadamente esparsos e pubescentes (a pubescência mais conspícua próximo da margem anterior. Laterais e face ventral (exceto uma larga faixa na margem anterior, que é glabra) do protórax nitidamente pubescentes e com pelos longos moderadamente esparsos. Élitros com pelos longos e eretos no terço basal, moderadamente abundantes; demais áreas com pelos muito curtos, decumbentes e esparsos.

Vértice com pontuação densa e confluente. Pontuação do pronoto não notavelmente grossa; disco com dois sulcos longitudinais pouco conspícuos, que não atingem as margens. Pontuação elitral grossa, rasa e esparsa no terço em torno do escutelo, mais densa e profunda nas demais regiões, principalmente nas laterais e terço apical. Urosternitos sem pontos grossos e profundos, pubescentes nas laterais e com pelos longos e moderadamente esparsos no meio.

Comprimento da área entre a base dos lobos oculares inferiores e o ápice do labro igual a 0,6 vezes o comprimento do lobo ocular inferior. Distância entre os lobos oculares inferiores igual a 0,05 vezes a largura de um lobo. Antenas (Fig. 11) ultrapassam o ápice elitral aproximadamente no terço basal do antenômero XI; clava antenal muito distinta a partir do antenômero VIII, notavelmente alargada; antenômeros IX‑X apenas mais longos do que largos.


Élitros atingem o ápice do urosternito II, deiscentes na metade apical; ápice largamente truncado. Metafêmures não atingem o ápice abdominal. Metatarsômero I tão longo quanto 0,9 vezes o comprimento dos metatarsômeros II‑V reunidos.

Fêmea (Fig. 12 ): As principais diferenças são: protórax castanho-avermelhado, com áreas castanho-escuras, não bem delimitadas; antenômeros IV‑VII anelados de castanho-amarelado apenas na base; abdome alaranjado; distância entre os lobos oculares inferiores igual a aproximadamente 0,8 vezes a largura de um lobo.

Variação: Macho – anelamento basal dos antenômeros IV‑X de castanho-amarelado até castanho-avermelhado; antenômero X não ou apenas parcialmente anelado; antenômero XI não anelado (comum); em um parátipo, protórax castanho-avermelhado no terço látero-basal e uma larga faixa entre o meio e a base do processo mesosternal; parte mais escura dos mesofêmures ocupando todo o terço apical; pedúnculo dos metafêmures castanho-amarelado na base e gradualmente mais escuro para o ápice; clava dos metafêmures de castanho-avermelhada na base até totalmente enegrecida (às vezes, a área enegrecida ocupa o terço apical do pedúnculo); meso- e metatíbias castanho-amareladas na base; élitros não atingem entre o terço apical do urosternito II e o extremo basal do III. Fêmea – protórax castanho-claro ou enegrecido; antenômeros V‑VII anelados em extensão maior do que apenas na base; antenômeros VIII‑X anelados; antenômeros IV‑V não anelados; abdome acastanhado ou nitidamente castanho.

Dimensões em mm (♂/♀): Comprimento total, 8,2‑10,0/9,8‑10,4; comprimento do protórax, 1,3‑1,8/1,7‑1,8; largura anterior do protórax, 1,0‑1,2/1,3‑1,4; largura posterior do protórax, 1,1‑1,3/1,4‑1,5; largura umeral, 1,3‑1,5/1,8; comprimento elitral, 3,5‑4,3/4,3‑4,5. Comprimento do holótipo, 9,3.

Material-tipo: Holótipo ♂, BRASIL, Espírito Santo: Baixo Guandu, X.1971, P.C. Elias col. (MZUSP). Parátipos – BRASIL, Bahia: Candeúba, ♀, I.1976, S. Souza col. (MZUSP). Espírito Santo: Baixo Guandu, 3 ♂♂, X.1970, P.C. Elias col. (MZUSP); ♀, 15‑21.X.1971, P.C. Elias col. (DZUP); 8 ♂♂, X.1971, P.C. Elias col. (MZUSP); ♂, 26‑30.XI.1971, P.C. Elias col. (DZUP); ♂, 30.XI.1971, P.C. Elias col. (DZUP); Barra do São Francisco (Córrego do Itá), 2 ♀♀, XI.1956, W. Zikán col. (MZUSP). Santa Catarina: Seara (Nova Teutônia), ♀, XII.1973, F. Plaumann col. (MZUSP).

Ecliptoides pilosipes (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004), comb. nov. (Fig. 13 )

Ommata (Eclipta) pilosipes Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004: 141, figs. 6, 31a‑e; Monné, 2006: 176 (cat.); Monné & Hovore, 2005: 122 (checklist); 2006: 121 (checklist); Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2007: 98.

Diagnose: Ecliptoides pilosipes difere de E. eunomia, principalmente, pela presença de pelos longos e distintos no terço basal dos élitros (ausentes ou, mais raramente, pouco conspícuos em E. eunomia) e pelos metatarsômeros I mais curtos do que II‑V reunidos (mais longos que E. eunomia).

Fêmea (Fig. 13 ): Tegumento castanho-avermelhado; escapo castanho; pedicelo e antenômeros III‑XI castanho-escuros; antenômeros IV‑VI com anel basal, estreito, castanho-claro; cada élitro com uma mancha castanho-amarelada, que inicia na base e estreita-se gradualmente até pouco depois do meio, onde termina (não atinge a sutura); demais áreas dos élitros castanho-escuras; quarto basal da sutura elitral castanho-avermelhada, gradualmente escurecida para o ápice; metepisternos e laterais do metasterno castanho-escuras; parte dorsal da clava dos pro- e mesofêmures e a maior parte da clava dos metafêmures castanho-escuras; demais áreas das clavas castanho-avermelhadas e pedúnculos castanho-amarelados; protíbias castanho-escuras dorsalmente e castanhas na face ventral; mesotíbias castanho-escuras; metatíbias castanho-escuras com o extremo basal castanho-claro; tarsômeros I‑IV castanhos (tarsômeros I um pouco mais escuros) e tarsômeros V castanho-escuros, principalmente na metade apical; urosternitos I‑IV com a margem distal escurecida; terço apical do urosternito V castanho-escuro.

Pilosidade geral amarelada e pubescência branco-acinzentada; antenômeros e pernas com cerdas castanho-escuras ou acastanhadas. Cabeça com alguns pelos longos na fronte, labro e face ventral (mais abundantes nas laterais da última). Pronoto não pubescente, com pelos moderadamente longos e não notavelmente abundantes. Prosterno com pubescência pouco conspícua na metade mais próxima das procoxas. Élitros pubescentes, com pelos longos no terço basal.

Fronte com pontuação moderadamente grossa e abundante nas laterais e área junto ao clípeo e com área lisa na região central; área entre os lobos oculares inferiores com pontos abundantes junto à margem dos olhos e quase lisa junto ao sulco longitudinal; vértice com pontos grossos, abundantes e confluentes. Pontuação do pronoto notavelmente grossa, formando dentículos nas laterais; disco com três calosidades longitudinais, moderadamente marcadas, que não atingem as margens. Pontuação elitral grossa, esparsa na região mais clara, abundante e confluente nas laterais, pouco distinta na região escura junto à sutura no terço apical. Urosternitos sem pontos grossos e profundos.

Comprimento da área entre a base dos lobos oculares inferiores e o ápice do labro igual a 0,7 vezes o comprimento do lobo ocular inferior. Distância entre os lobos oculares inferiores igual a 0,6 vezes a largura de um lobo. Antenas apenas atingem o ápice elitral; pedicelo com 0,3 vezes o comprimento do antenômero III; clava antenal distinta a partir do antenômero VII, notavelmente alargada; antenômero IX 1,25 vezes mais longo que largo; X 1,1 vezes mais longo que largo; XI 1,55 vezes mais longo que largo.

Élitros atingem o terço basal do urosternito III, deiscentes no terço apical; ângulos apicais salientes (principalmente o externo). Metafêmures atingem quase o ápice do urosternito V. Metatarsômero I mais curto do que II‑V reunidos (0,75 vezes).

Variação (comparação com a descrição original): tegumento castanho-alaranjado.

Dimensões em mm (♀): Comprimento total, 7,2; comprimento do protórax, 1,4; largura anterior do protórax, 1,0; largura posterior do protórax, 1,1; largura umeral, 1,2; comprimento elitral, 3,5.

Dimensões na descrição original: "Longueur: 6 mm".

Tipos, localidade-tipo: Holótipo fêmea, procedente da Guiana Francesa ("pk 19 de la RN2"), depositado no MNHN. Parátipo fêmea, também da Guiana Francesa ("Piste Soumourou"), depositado na CODF.

Distribuição geográfica: Guiana Francesa (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004); Brasil [Pará (novo registro)].

Comentário: O macho de E. pilosipes permanece desconhecido.

Material examinado: BRASIL, Pará: Serra Norte (Estação Manganês), ♀, 09.IX.1983, R.B. Neto col. (MZUSP).

Ecliptoides fanchonae (Tavakilian & Peñaherrera‑Leiva, 2003), comb. nov. (Fig. 14 )

Ommata (Eclipta) fanchonae Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2003: 293, figs. 9, 11, 56a‑s; Monné, 2005: 488 (cat.); Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2007: 97.

Ommata (Eclipta) fanchoni: Monné & Hovore, 2005: 121 (checklist); 2006: 121 (checklist) (error).

Diagnose: Difere das demais espécies do gênero, pelo desenho do pronoto (quando presente) e pela presença de uma pequena mancha castanho-amarelada a cada lado do escutelo.

Macho (Fig. 14 ): Tegumento castanho; cabeça preta; labro castanho-avermelhado; escapo castanho-alaranjado, com o terço apical látero-interno castanho (mais escuro para o ápice); pedicelo castanho-escuro com o extremo basal alaranjado; antenômeros castanho-escuros, exceto: extremo basal do III, área irregular do terço basal do IV e V; 2/3 basais do VI‑X; área irregular da metade basal do XI; protórax castanho-alaranjado, exceto mancha preta no pronoto, com forma aproximada de um pássaro em vôo, que inicia na base e ultrapassa um pouco o meio; maior parte do mesosterno preta e restante castanho-alaranjado; maior parte dos mesepimeros castanho-alaranjados e pequena porção basal preta; metepisternos pretos na base, gradualmente passando a acastanhado até castanho-alaranjado; élitros acastanhados, exceto faixa longitudinal lateral, larga, da base até aproximadamente o meio e a maior parte da sutura, que são castanho-escuras e três estreitas e curtas faixas castanho-amareladas: uma látero-basal e uma a cada lado do escutelo; pedúnculo dos fêmures amarelados; clava do pro- e mesofêmures dorsalmente castanho-escuras e restante castanho-avermelhado; metade apical da clava dos metafêmures castanho-escura, mais escura nas laterais e área ventral dos dois terços basais dessa região escura; tíbias castanhas, exceto parte da base das mesotíbias e a base das metatíbias, que são castanho-amareladas; tarsômeros I‑IV acastanhados e V castanho-escuro; região central do urosternito I castanho-avermelhada.

Pilosidade geral amarelada e pubescência branco-acinzentada; antenômeros e pernas posteriores com cerdas castanho-escuras ou acastanhadas. Fronte e área entre os olhos com pubescência abundante, entremeada por alguns pelos longos na fronte; vértice com pubescência mais esparsa. Pronoto densamente pubescente, entremeada por pelos longos e esparsos. Face ventral pubescente e com pelos longos entremeados. Élitros com pelos curtos, não notavelmente abundantes, entremeados por pelos longos na metade basal (mais longos no terço basal).

Vértice com pontuação densa e confluente. Pontuação do pronoto não notavelmente grossa; disco com três calosidades longitudinais, bem marcadas, que não atingem as margens. Pontuação elitral grossa e abundante em toda extensão. Urosternitos sem pontos grossos e profundos.

Comprimento da área entre a base dos lobos oculares inferiores e o ápice do labro igual a 0,6 vezes o comprimento do lobo ocular inferior. Distância entre os lobos oculares inferiores menor do que 0,1 vezes a largura de um lobo. Antenas ultrapassam o ápice elitral aproximadamente na base do antenômero XI; pedicelo com aproximadamente 0,2 vezes o comprimento do antenômero III; clava antenal pouco distinta; antenômeros IX‑X nitidamente mais longos do que largos.

Élitros atingem o meio do urosternito III, deiscentes no terço apical; ângulos apicais não salientes. Metafêmures atingem o ápice abdominal. Metatarsômero I tão longo quanto II‑V reunidos.

Fêmea: As principais diferenças são: urosternitos I‑IV predominantemente castanho-alaranjados, exceto nas laterais e margem distal, que são acastanhadas ou castanho-escuras; maior parte do urosternito V castanho-escura; comprimento da área entre a base dos lobos oculares inferiores e o ápice do labro igual ao comprimento do lobo ocular inferior; distância entre os lobos oculares inferiores igual 0,6 vezes a largura de um lobo; antenas quase atingem o ápice elitral.

Variação: Fêmea – mancha escura do pronoto presente apenas na base e área longitudinal que atinge ou não o meio e com ou sem área isolada, também escura, a cada lado do pronoto (nos dois casos, não formando mancha similar aquela descrita para os machos); distância entre os lobos oculares inferiores de 0,45 a 0,60 vezes a largura de um lobo.

Dimensões em mm (♂/♀): Comprimento total, 6,8/6,6‑7,3; comprimento do protórax, 1,3/1,4‑1,5; largura anterior do protórax, 0,9/0,9‑1,1; largura posterior do protórax, 1,0/1,0‑1,2; largura umeral, 1,1/1,2‑1,4; comprimento elitral, 3,2/3,1‑3,7.

Dimensões na descrição original: "Longueur: 5,5‑7,5 mm".

Tipos, localidade-tipo: Holótipo macho, procedente da Guiana Francesa ("Piste de Saint-Elie (CD 21), pk 15,5"), depositado no MNHN. Dezesseis parátipos (7 machos e 9 fêmeas) também provenientes da Guiana Francesa, dos quais 6 machos e 6 fêmeas estão depositados no MNHN, um casal no MZUSP (originalmente no MNHN), uma fêmea na coleção COOM e uma fêmea na CODF.

Distribuição geográfica: Descrita da Guiana Francesa. Ampliamos a distribuição para o Brasil (Amazonas).

Material examinado: GUIANA FRANCESA: "Piste de Saint-Elie, pk 15,5", parátipo ♂, 05.IV.1993, G. Tavakilian col. (MZUSP); parátipo ♀, 22.IV.1993, G. Tavakilian col. (MZUSP). BRASIL, Amazonas: Parque Nacional do Jaú (01°54'27"S, 61°35'10"W), 2 ♀♀, 08‑16.IV.2001, A. Henriques col. (MZUSP e INPA).

Ecliptoides giuglarisi (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004), comb. nov. (Fig. 15 )

Ommata (Eclipta) giuglarisi Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004: 136, figs. 12 , 30a‑d; Monné & Hovore, 2005: 122 (checklist); 2006: 121 (checklist); Monné, 2006: 176 (cat.); Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2007: 97.

Peñaherrera-Leiva & Tavakilian (2004: 136): "Mâle Mentum avec des stries convexes vers l'arrière. Submentum avec quelques points épars, peu profonds, surtout sur les côtés Prosternum au bord collaire rebordé, brillant, suivi d'un sillon transversal puis d'un bourrelet transversal. Saillie prosternale étroite (1/7ème de la longueur d'une procoxa) Saillie mésosternalte étroite (1/8 de la longueur d'une mesocoxa) est précédée d'une forte pente. Mesocoxae aplaties. Métasternum bombé, au sillon médian visible sur les 4/5ème postérieurs. Fond micro-sculpté et régulièrement ponctué avec des soies dorées dressées, peu denses, et une pubescence rase fournie sur les côtés Premier tergite à l'avant centre situé sur le même plan que le reste de l'arceau (pointe non rehaussée ourecourbée vers l'intérieur). Arceaux sub-brillnts et peu micro-sculptés pour les quatre premiers. Dernier arceau convexe à l'apex, avec une dépression en demi-lune nette et des soies raides et courtes dirigées vers l'arrière, garmissant l'avant de cette dépression. Des soies longues et raides marquant la bordure de la fossete sur les côtés".

Dimensões na descrição original: "Longueur: 6 mm".

Tipo, localidade-tipo: Holótipo macho, coletado na Guiana Francesa ("pk 47 de la Route de Kaw"), depositado no MNHN.

Distribuição geográfica: Descrita e conhecida apenas da Guiana Francesa.

Comentário: Não examinamos espécimes dessa espécie. A alocação baseou-se na descrição original e fotografia do holótipo.

Ecliptoides vasconezi (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004), comb. nov.

Ommata (Eclipta) vasconezi Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004: 137, figs. 13 , 36a‑d; Monné & Hovore, 2005: 122 (checklist); 2006: 122 (checklist); Monné, 2006: 176 (cat.); Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2007: 99.

Peñaherrera-Leiva & Tavakilian (2004: 137): "Femelle Dessous entièrement brun jaune clair Submentum légèrement convexe et orné de rides arquées, peu nettes au centre, avec des points transversaux peu profonds, plus nombreux sur les côtés Prosternum avec un bord collaire fin rebordé brillant, suivi d'une large zone précédant une surélévation transversale; enfin un sillon net précède juste la zone poncutée et pubescente centrale avant les coxae. Saillie prosternale large non arquée (1/4 de la longueur d'une procoxa) avec une dépression dans la partie apicale élargie Saillie mésosternale étroite (1/4 de la longueur d'une mésocoxa) précédée d'une forte pente non abrupte. Mesocoxae aplaties. Métasternum micro-sculpté, renflé à l'arrière, au sillon central bien visible sur les 2/3 postérieurs. Quelques soies dorées peu denses ça et là Premier ventrite à pointe légèrement rentrée vers l'intérieur. Ventrites micro-sculptés avec quelques soies raides sur les côtés. Ultime ventrite en angle obtus très ouvert avec une grosse soie raide latérale, avant l'apex".

Dimensões na descrição original: "Longueur: 6 mm".

Tipo, localidade-tipo: Holótipo fêmea, coletado na Guiana Francesa ("pk 41 de la Route de Kaw"), depositado no MNHN.

Distribuição geográfica: Descrita e conhecida apenas da Guiana Francesa.

Comentário: Não examinamos espécimes dessa espécie. A alocação baseou-se na descrição original e fotografia do holótipo.

Ecliptoides tavakiliani sp. nov. (Figs. 16, 17 )

Diagnose: Ecliptoides tavakiliani assemelha-se a E. rouperti, mas difere, principalmente, pela presença de mancha castanha na lateral do protórax, interligada ao ápice da mancha centro-longitudinal do pronoto. Assemelha-se também a E. hovorei, E. azadi, E. julietae, E. vargasi e E. titoi, das quais difere por apresentar o terço apical do pedúnculo dos metafêmures castanho-escuros (inteiramente claro nas outras espécies).

Fêmea (Fig. 17 ): Tegumento castanho-alaranjado; mandíbulas enegrecidas no ápice; escapo da cor do tegumento, com os dois terços apicais da lateral interna enegrecidos; pedicelo e antenômeros pretos, exceto o anel basal amarelado, presente no terço basal do antenômero III, metade basal do IV, V e VIII, dois terços basais do VI e VII e terço apical do XI; pronoto com faixa central preta, que não atinge as margens, interligada a uma faixa escura (Fig. 16 ) na lateral do protórax (esta última, com a região mais próxima da faixa do pronoto, nitidamente mais clara); élitros com faixa longitudinal lateral, castanho-escura, da base até o ápice (no quarto apical, essa faixa é mais clara e atinge a sutura), exceto área longitudinal castanho-avermelhada no quinto basal sob os úmeros; profêmures castanhos na face dorsal da clava; clava dos mesofêmures castanho-escura na face dorsal e na face externa do terço apical; metafêmures com o ápice do pedúnculo, a base e o terço apical da clava enegrecidos; protíbias castanhas com o extremo basal mais claro; meso- e metatíbias pretas, com o extremo basal castanho-avermelhado; pro- e mesotarsômeros I‑III castanhos e V castanho-escuro; metatarsômeros I‑II castanho-escuros, III‑IV castanhos, V castanho na base e castanho-escuro no restante.

Pilosidade geral e pubescência amarelada; antenômeros e pernas (inclusive os tarsos) com cerdas castanho-escuras ou acastanhadas. Fronte, área entre os olhos e vértice com pelos curtos e esparsos. Pronoto com pelos moderadamente longos e esparsos. Prosterno pubescente em área transversal na metade próxima das procoxas e quase glabro no restante. Metepisternos e laterais do metasterno pubescentes. Élitros com pelos longos na metade basal (mais longos no terço basal) e curtos e esparsos na metade apical. Urosternitos com pelos curtos, não abundantes, entremeados por pelos um pouco mais longos na região central.

Face dorsal da cabeça com pontos moderadamente grossos, abundantes e confluentes entre os olhos e o protórax e nas laterais do rostro, mais finos e esparsos região central deste último. Pontuação do pronoto grossa, alveolada, com asperezas nas laterais; calosidades do disco indistintas. Pontuação elitral grossa, distinta e abundante, anastomosada e mais abundante nas laterais. Laterais dos urosternitos I‑III com pontos moderadamente grossos e rasos.

Comprimento da área entre a base dos lobos oculares inferiores e o ápice do labro igual a 0,95 vezes o comprimento do lobo ocular inferior. Distância entre os lobos oculares inferiores igual a 0,6 vezes a largura de um lobo. Antenas atingem o ápice elitral; comprimento do pedicelo igual a 0,35 vezes o comprimento do antenômero III; clava antenal pouco distinta, apenas mais nítida a partir do antenômero VIII; antenômeros IX‑X nitidamente mais longos do que largos.

Élitros atingem o meio do urosternito III, deiscentes na metade apical; ângulo apical externo não saliente. Metafêmures atinge a metade distal do urosternito V. Metatarsômero I com 0,9 vezes o comprimento do II‑V reunidos.

Dimensões em mm (♀): Comprimento total, 6,0; comprimento do protórax, 1,2; largura anterior do protórax, 0,8; largura posterior do protórax, 0,8; largura umeral, 0,9; comprimento elitral, 2,6.

Comentário: O holótipo está sem o pedicelo e antenômeros direitos, perna anterior direita, perna média esquerda, e perna posterior direita.

Material-tipo: Holótipo ♂, procedente do BRASIL, Rondônia: Porto Velho (Rio Madeira; 09°26'S, 64°48'W), 17‑30.VI.2011, R.R. Silva et al. col. (MZUSP).

Ecliptoides rouperti (Tavakilian & Peñaherrera‑Leiva, 2005) (Fig. 20)

Ommata (Ecliptoides) rouperti Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2005: 38, figs. 10, 22a‑f; Monné, 2006: 177; Monné & Hovore, 2005: 122 (checklist); 2006: 122 (checklist); Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2007: 99.

Ecliptoides rouperti; Clarke, 2009: 574 (chave; comb. nov.).

Tavakilian & Peñaherrera-Leiva (2005: 38): "Femelle Tégument brun orangé clair. Mandibules obscurcies à l'extrémité Métasternum rembruni. Abdomen presque jaune. Palpes et laciniae orangés. Mentum et submentum lisses et brillants au centre avec des ridules courbes ou des points sur lês côtés. Front relativement étroit, lisse avec la ligne pronotale peu marquée Pronotum avec le bord collaire large, sub-brillant, légèrement micro-sculpté. Tout le reste de la surface à grosse ponctuation alvéolée, contiguë, peu profonde, à found micro-sculpté. Les arêtes inter-ponctuelles sont saillantes, donnant un aspect râpeux au pronotum. Prosternum au bord antérieur en fin bourrelet lisse, avec un sillon transversal qui lui succède. Saillie prosternale étroite (1/7ème de la longueur d'une procoxa) dans sa partie amincie. Angle élytral apical externe marqué d'une dent. Partie antérieure du mésosternum bombée, suivie d'une pente abrupte, précédant la saillie mésosternale qui est étroite (1/5ème de la longueur d'une mésocoxa) dans sa partie amincie. Métasternum bombé Dernier ventrite en angle obtus. Dernier tergite en large spatule arrondie".

Dimensões na descrição original: "Longueur: 5,6 à 7,1 mm".

Tipos, localidade-tipo: Holótipo fêmea, coletado na Guiana Francesa ("Montagne Longi" (Bassin Du Sinnamary, 87 m d'altitude, 53°01'53" [sic], 05°01'04"N"), depositado no MNHN. Sete parátipos fêmeas, também provenientes da Guiana Francesa, depositados no MNHN, CODF e CRCR.

Distribuição geográfica: Descrita e conhecida apenas da Guiana Francesa.

Comentário: Não examinamos espécimes dessa espécie. A alocação baseou-se na descrição original e fotografia do holótipo.

Ecliptoides rufulus (Melzer, 1934), revalidada, comb. nov. (Fig. 21)

Ommata eunomia var. rufula Melzer, 1934: 76; Blackwelder, 1946: 576 (checklist); Monné, 1993: 23 (cat.; syn.); Bachmann & Di Iorio, 2002: 78 (tipos).

Diagnose: Ommata eunomia rufula foi primeiramente considerada um sinônimo de O. eunomia por Monné (1993). No entanto, Ecliptoides rufulus difere de E. eunomia, principalmente: área entre os lobos oculares inferiores com pontos grossos e abundantes; terço basal dos élitros com pelos eretos e evidentes; pontuação elitral grossa e evidente; pubescência elitral esparsa. Em E. eunomia, a área entre os lobos oculares inferiores não possui pontos grossos e abundantes, não há pelos longos no terço basal dos élitros ou, quando estão presentes, são nitidamente esparsos, a pontuação elitral é nitidamente mais fina e pouco evidente no terço basal do disco e os élitros são nitidamente pubescentes.

Fêmea (Fig. 21): Tegumento castanho-avermelhado; antenômeros III‑XI pretos com anel basal castanho-avermelhado; pronoto com mancha enegrecida, disforme e pouco evidente no disco; pedúnculo dos fêmures amarelado e clava acastanhada; protíbias acastanhadas, gradual e suavemente mais escuras para o ápice; mesotíbias castanho-escuras na face dorsal (exceto no extremo basal, mais claro), mais claras na face ventral; metatíbias castanho-avermelhadas no extremo basal, enegrecidas no restante; pro- e mesotarsos acastanhados (esses últimos um pouco mais escuros do que os primeiros); metatarsos enegrecidos, exceto o metatarsômero III que é acastanhado; élitros com mancha lateral enegrecida, bem delimitada, dos úmeros ao ápice, exceto pequena área látero-basal, acastanhada.

Pilosidade geral e pubescência amarelada; antenômeros e pernas médias e posteriores com cerdas castanho-escuras ou acastanhadas. Face dorsal da cabeça com pelos curtos, esparsos, entremeados por alguns pelos longos na região da fronte próxima do clípeo; área ventral com pelos mais longos, esparsos. Pronoto com pelos curtos, não abundantes, entremeados por pelos longos. Élitros com pelos longos e eretos no terço basal, moderadamente abundantes; entre estes pelos longos e nas demais áreas, pelos curtos, decumbentes e não notavelmente abundantes.

Fronte e vértice com pontuação grossa e abundante, confluente entre a borda posterior dos lobos oculares superiores e o protórax; área entre os lobos oculares inferiores também com pontos grossos e abundantes. Pontuação do pronoto grossa; sulcos longitudinais do disco pouco conspícuos. Pontuação elitral grossa e abundante, inclusive em torno do escutelo. Urosternitos sem pontos grossos e profundos.

Comprimento da área entre a base dos lobos oculares inferiores e o ápice do labro igual a 1,3 vezes o comprimento do lobo ocular inferior. Distância entre os lobos oculares inferiores igual à largura de um lobo. Antenas não atingem o ápice elitral (ápice do antenômero XI atinge o terço apical); clava antenal mais distinta a partir do antenômero IX, não notavelmente alargada.

Élitros ultrapassam um pouco o meio do urosternito II, deiscentes no quarto apical; ângulo apical externo distintamente aguçado e saliente. Metafêmures atingem ultrapassam um pouco o ápice do urosternito IV. Metatarsômero I tão longo quanto os metatarsômeros II‑V reunidos.

Variação: anel basal dos antenômeros X‑XI pouco conspícuo; abdome acastanhado; élitros atingem o ápice do urosternito II.

Dimensões em mm (♀): Comprimento total, 6,7‑6,8; comprimento do protórax, 1,2‑1,3; largura anterior do protórax, 0,8‑0,9; largura posterior do protórax, 0,9; largura umeral, 1,1; comprimento elitral, 2,9‑3,0.

Dimensões na descrição original: "Long. 6‑7,5 mm".

Tipos, localidade-tipo: Descrita com base em quatro espécimes (sexo não especificado), procedentes da Argentina (Salta). Melzer (1934) afirmou que o "typo" (= holótipo) estava depositado na coleção C. Bruch (atualmente depositada no MACN) e um "cotypo" (= parátipo) na coleção do autor (atualmente depositada no MZUSP). No entanto, há dois parátipos fêmeas, montados no mesmo alfinete, na coleção MZUSP. Bachmann & Di Iorio (2002) registraram que há dois síntipos na coleção MACN. No entanto, conforme visto acima, Melzer (1934) deixou claro que um dos espécimes era o holótipo.

Distribuição geográfica: Descrita e conhecida apenas da Argentina (Salta).

Discussão: Melzer (1934) descreveu esta espécie como uma variedade de Ommata eunomia (Newman, 1841). O Artigo 45.6.4 (ICZN, 1999) estabelece: "it is subspecific if first published before 1961 and its author expressly used one of the terms "variety" or "form" (including use of the terms "var.", "forma", "v." and "f.") ". Dessa forma, "rufula" foi descrita como uma subespécie de O. eunomia, de acordo como o ICZN (1999).

Material examinado: ARGENTINA, Salta: 2 parátipos ♀♀, I.1930, L. Witte col. (MZUSP).

Ecliptoides hogani sp. nov. (Figs. 18, 19 )

Etimologia: Espécie dedicada a James E. Hogan, em agradecimento pelas fotografias dos tipos depositados na coleção OXUM.

Diagnose: Semelhante a E. bivitticollis, mas difere, principalmente, pela ausência de mancha enegrecida a cada lado do disco pronotal.

Macho (Fig. 18 ): Tegumento castanho-avermelhado; extremo basal do escapo e do antenômero III castanho; antenômeros IV‑X anelados de castanho-alaranjado no terço ou metade basal (pouco distinto no antenômero X); pedúnculo dos fêmures alaranjados; extremo apical da clava dos mesofêmures acastanhada; clava dos metafêmures castanho-escura; protíbias acastanhadas na face dorsal; mesotíbias acastanhadas no terço basal, castanho-escuras no restante; metatíbias castanho-escuras; tarsos castanhos, exceto o metatarsômero I que é castanho-escuro; cada élitro com uma faixa longitudinal escura na lateral, do úmero ao ápice, não interrompida na região látero-basal por área clara.

Pilosidade geral e pubescência amarelada; antenômeros e pernas posteriores com cerdas castanho-escuras ou acastanhadas. Área lateral, entre a margem dos lobos oculares inferiores e o labro com pelos curtos, moderadamente esparsos e alguns pelos longos; área dorsal da cabeça entre os olhos e o protórax com pelos curtos entremeados por pelos moderadamente longos; área entre os lobos oculares inferiores com franja de pelos curtos e longos a cada lado. Pronoto com pubescência (mais distinta na metade distal) entremeada por pelos longos. Laterais e face ventral (exceto uma larga faixa na margem anterior, que é glabra) do protórax nitidamente pubescentes. Élitros com pelos curtos em toda extensão, entremeada por pelos longos, eretos e moderadamente abundantes (principalmente no terço basal).

Áreas laterais da fronte e vértice com pontuação densa e confluente; região central da fronte com área não pontuada. Pontuação do pronoto não notavelmente grossa; disco com três calosidades longitudinais, bem marcadas, que não atingem as margens. Pontuação elitral grossa, bem marcada e abundante em toda extensão. Urosternitos sem pontos grossos e profundos.

Comprimento da área entre a base dos lobos oculares inferiores e o ápice do labro igual a 0,8 vezes o comprimento do lobo ocular inferior. Distância entre os lobos oculares inferiores igual a 0,25 vezes a largura de um lobo. Antenas ultrapassam o ápice elitral aproximadamente no terço basal do antenômero XI; pedicelo quase tão longo quanto a metade do comprimento do antenômero III; clava antenal um pouco mais distinta a partir do antenômero IX, não notavelmente alargada; antenômeros IX‑X nitidamente mais longos do que largos.

Élitros atingem o ápice do urosternito II, deiscentes no quarto apical; ápice largamente truncado. Metafêmures atingem o ápice do urosternito IV. Metatarsômero I quase tão longo quanto o comprimento dos metatarsômeros II‑V reunidos.

Fêmea (Fig. 19): As principais diferenças são: comprimento da área entre a base dos lobos oculares inferiores e o ápice do labro igual a 1,1 vezes o comprimento do lobo ocular inferior; distância entre os lobos oculares inferiores igual a 0,85 vezes a largura de um lobo; antenas quase atingem o ápice elitral; pedúnculo dos fêmures e clava dos pro- e mesofêmures uniformemente acastanhados (apenas o extremo apical dos mesofêmures é castanho-escuro).

Dimensões em mm (♂/♀): Comprimento total, 7,6/7,6; comprimento do protórax, 1,3/1,4; largura anterior do protórax, 1,0/1,0; largura posterior do protórax, 1,0/1,1; largura umeral, 1,2/1,3; comprimento elitral, 3,3/3,3.

Comentário: Ecliptoides hogani apresenta aspecto geral muito semelhante a Eclipta lateralis (Fisher, 1952), também descrita e conhecida apenas do Brasil (Santa Catarina), mas difere, principalmente pelo ápice elitral distintamente truncado. Esse mesmo caráter indica que Eclipta lateralis não pertence ao gênero Eclipta.

Material-tipo: Holótipo ♂, BRASIL, Santa Catarina: Anita Garibaldi, XI.1950, Dirings (MZUSP). Parátipo ♀, BRASIL, Santa Catarina: Seara (Nova Teutônia), XI.1941, [sem nome do coletor] (MZUSP).

Ecliptoides vicinus (Melzer, 1927), comb. nov. (Fig. 22)

Ommata (Eclipta) vicina Melzer, 1927: 564; Blackwelder, 1946: 576 (checklist); Monné, 1993: 27 (cat.); Monné & Giesbert, 1994: 97 (checklist); Monné, 2005: 492 (cat.); Monné & Hovore, 2005: 122 (checklist); 2006: 122 (checklist).

Diagnose: Assemelha-se a E. eunomia, da qual difere, principalmente, pelos élitros com pelos longos no terço basal e com pubescência mais esparsa. Em E. eunomia não há pelos longos no terço basal dos élitros que são distintamente pubescentes em toda extensão.

Macho (Fig. 22): Tegumento castanho-escuro quase preto; extremo basal do antenômero V, terço basal do antenômero VI, metade basal dos antenômeros VII‑X, terço basal do antenômero XI, profêmures (exceto região dorsal das clavas) e face ventral das protíbias castanho-amarelados; pedúnculo dos meso- e metafêmures amarelados; élitros com macha longitudinal, castanho-avermelhada, ligeiramente obliqua, não bem delimitada, estreita, que não atinge a margem anterior e apenas ultrapassa o meio.

Pilosidade geral amarelada e pubescência esbranquiçada; antenômeros e pernas médias e posteriores com cerdas castanho-escuras ou acastanhadas. Face dorsal da cabeça com pelos curtos, moderadamente esparsos, entremeados por pelos longos na região da fronte próxima do clípeo; área ventral com pelos mais longos e esparsos. Pronoto com pelos longos, moderadamente esparsos e pubescentes (a pubescência, às vezes, é pouco conspícua). Élitros com pelos longos e eretos no terço basal, moderadamente abundantes; entre estes pelos longos e nas demais áreas, pelos curtos, decumbentes e não abundantes (mais distintos e abundantes nas regiões sem pelos longos).

Fronte e vértice com pontuação densa e confluente, principalmente na região entre os lobos oculares superiores e o protórax; área entre os lobos oculares inferiores quase lisa. Pontuação do pronoto não notavelmente grossa; disco com dois sulcos longitudinais, curvados próximo da constrição basal, que não atingem a margem anterior. Pontuação elitral grossa, rasa e esparsa no terço em torno do escutelo, mais densa e profunda nas demais regiões, principalmente lateralmente. Urosternitos sem pontos grossos e profundos.

Comprimento da área entre a base dos lobos oculares inferiores e o ápice do labro igual a 0,7 vezes o comprimento do lobo ocular inferior. Distância entre os lobos oculares inferiores igual a 0,15 vezes a largura de um lobo. Antenas ultrapassam o ápice elitral aproximadamente no ápice do antenômero IX; clava antenal mais distinta a partir do antenômero IX, não notavelmente alargada.

Élitros ultrapassam um pouco o meio do urosternito II, deiscentes no quarto apical; ápice largamente truncado. Metafêmures atingem o ápice abdominal. Metatarsômero I tão longo quanto 1,1 vezes o comprimento dos metatarsômeros II‑V reunidos.

Fêmea: As principais diferenças são: protórax castanho-avermelhado, com áreas castanho-escuras, não bem delimitadas, exceto nas margens dorsais anterior e posterior, e larga faixa ventral entre a cabeça e as cavidades coxais anteriores; apenas a base dos antenômeros VI‑VII com anel castanho-avermelhado; distância entre os lobos oculares inferiores igual a aproximadamente 0,7 vezes a largura de um lobo.

Variação: Macho – antenômero V e XI totalmente escuros; clava dos profêmures quase totalmente acastanhada; mancha castanho-avermelhada dos élitros pode atingir a base, ultrapassar nitidamente o meio dos élitros e ser notavelmente larga; élitros deiscentes na metade apical. Fêmea – antenas totalmente escuras.

Dimensões em mm (♂/♀): Comprimento total, 5,1‑7,2/5,9‑7,1; comprimento do protórax, 0,9‑1,2/1,1‑1,2; largura anterior do protórax, 0,7‑1,0/0,9‑1,0; largura posterior do protórax, 0,7‑0,9/0,8‑1,0; largura umeral, 0,9‑1,1/1,0‑1,2; comprimento elitral, 2,3‑3,0/2,7‑3,1. Comprimento do lectótipo, 6,2.

Dimensões na descrição original: "Long. 5 1/2‑6 1/2 mm".

Tipos, localidade-tipo: Melzer (1927) afirmou que havia treze exemplares, dez machos e três fêmeas, mas não designou nenhum deles como holótipo. Encontramos onze espécimes rotulados como "typus" na coleção MZUSP (oito machos, três fêmeas), todos com etiquetas iguais e com as mesmas informações, exceto as datas de coleta.

Em função da discrepância no número de tipos localizados e por todos terem a mesma indicação de "typus", designamos como lectótipo o macho (Fig. 22) que possuí as seguintes etiquetas:

1. Vermelha (impressa): typus;

2. Branca (manuscrita): Typus;

3. Branca (impressa/manuscrita): Minas Gerais (Brazil) (frente, impresso) / Passa Quatro (frente, impresso) / X.16 (frente, manuscrito) / 27.Out.1916 (verso, manuscrito) / Jaeger (manuscrito);

4. Branca (manuscrita): Ommata (Eclipta) vicina Melz.

5. Vermelha (impressa): Lectótipo

Distribuição geográfica: Descrita e conhecida apenas do Brasil (Minas Gerais).

Material examinado: BRASIL, Minas Gerais: Passa Quatro, lectótipo ♂, 27.X.1916, Jaeger col. (MZUSP). Paralectótipos como os mesmos dados, exceto as datas de coleta: 1 ♀, 27.X.1916; 6 ♂♂, 29.X.1916; 1 ♂, 1 ♀, 01.XI.1916; 1 ♀, 14.XI.1916.

Ecliptoides julietae Clarke, 2009

Ecliptoides julietae Clarke, 2009: 567.

Comentário: A descrição original de Ecliptoides julietae Clarke, 2009 está disponível gratuitamente na Internet (www.scielo.br).

Ecliptoides pusillus (Gounelle, 1911), comb. nov. (Figs. 23, 24)

Odontocera pusilla Gounelle, 1911: 38; Blackwelder, 1946: 576 (checklist); Monné, 1993: 37 (cat.); Monné & Giesbert, 1994: 94 (checklist); Monné, 2005: 477 (cat.); Monné & Hovore, 2005: 119 (checklist); 2006: 119 (checklist).

Ommata (Eclipta) collarti Fuchs, 1959: 1; Damoiseau & Cools, 1987: 8 (type); Monné, 1993: 22 (cat.); Monné & Giesbert, 1994: 96 (checklist); Monné, 2005: 486 (cat.); Monné & Hovore, 2005: 121 (checklist); 2006: 121 (checklist). syn. nov.

Gounelle (1911: 38): "♂ caput in modum rostra subbreviter productum, clypeo subtilissime punctulato, oculorum lobis inferioribus fere contiguis, sulco frontali tantummodo separatis, vertice grosse punctate-scabroso prosterno leviter ruguloso, argênteo-villoso elytra abdominis segmentum secundum haud superantia metasternum subtilissime punctulatum, argenteo-sericeum; abdomen angustum, cylindricum, sparsim punctatum et hirsutum, nitidum, segmento ultimo transverso, in medio depresso, apice emearginato"; "♀ thoracis latera punctato-reticulata, subglabra; addomen amplius, oblongo-obconicum, rufum, segmento ultimo triangulari, apice rotundato".

Fuchs (1959: 1): "♂ Stirn zwischen den Augen äusserst schmal Sterna und Abdomen grau anliegend behaart und ausserdem mit abstechendem Haaren besetzt"; "♀. Unterscheidt sich vom male durch den rotbraunem Hinterleib; die Stirn zwischen den Augen ist doppelt so breit wie die Basis des Scapus und grob punktiert; nur einige der fühlerglieder vier bis acht sind gelb geringelt".

Dimensões nas descrições originais: Gounelle (1911) – ♂, "Long.: 5‑7 mill.", ♀, "Long.: 6,5‑8 mill."; Fuchs (1959): "Länge: 6‑8 mm".

Tipos, localidades-tipo: Odontocera pusilla – Descrita através de machos (seis exemplares) e fêmeas (cinco exemplares) procedentes do Brasil (Goiás, Jataí; Bahia, Candeúba). Os síntipos estão depositados no MNHN. Ommata (Eclipta) collarti – Descrita com base em quatro machos e oito fêmeas, provenientes do Brasil (Goiás, Rio Verde). Fuchs (1959) não afirmou se todos os tipos encontram-se depositados no IRSN e não estabeleceu holótipo. Alain Drumont (IRSN) informou que há três espécimes depositados no IRSN: holótipo, alótipo e parátipo. No entanto, conforme visto acima, Fuchs (1959) não estabeleceu holótipo para a espécie. Herbert Schmid (com. pes.) afirmou que há três parátipos na ex-coleção Fuchs.

Designamos como lectótipo o espécime macho (Fig. 23) pertencente à Coleção do IRSN, que possui as seguintes etiquetas (Fig. 24):

1. Branca (manuscrita / impressa): Ommata (Eclipta) collarti / ♂ / mihi / typus / E. Fuchs det., 1958;

2. Vermelha (manuscrita / impressa): Typus / ♂;

3. Branca (manuscrita): Y. Bull. I. R. Sc. Nat. Belg. T. 35, Nº 35 / 1959. p 1 et 2;

4. Roxa (manuscrita / impressa): Coll. R. I. Sc. N. B. / Bresil / Goyaz / Rio Verde / Don Br. A. Lheureux

Distribuição geográfica: Panamá (Monné & Giesbert, 1994), Brasil [Goiás (Gounelle, 1911), Bahia (Gounelle, 1911), Rio de Janeiro (Zajciw, 1972). Observações: Monné (1993) registrou da Bahia ao Rio de Janeiro, além de Goiás; desconhecemos a fonte utilizada por Monné & Giesbert (1994), para registrar a espécie para o Panamá.

Discussão: Embora não tenhamos examinado espécimes dessa espécie, o exame das descrições originais de Odontocera pusilla e Ommata (Eclipta) collarti, ambas descritas do Brasil (Goiás), associadas às fotografias dos tipos, permitiu concluir que as duas espécies são sinônimas.

Gounelle (1911), ao descrever Odontocera pusilla, registrou sobre a área clara dos élitros: "vittaque cuneata, flavo-vitrea, nitida, disperse punctulata, a basi ad tertiam partem posteriorem decurrente singulatim decorata". Essa descrição sugere que a espécie pertence ao gênero Odontocera Audinet-Serville, 1833, caracterizado, principalmente, pela presença de área vítrea nos élitros. No entanto, o estudo de fotografia de um dos sintipos indica que a espécie não pertence a Odontocera, porque a faixa clara dos élitros não é verdadeiramente vítrea, mas sim, apenas translúcida. Varias espécies de Rhinotragini apresentam esse tipo de mancha elitral que, inclusive, pode variar dentro da espécie desde ligeiramente translúcida até total ou parcialmente opaca. Essa diferença do tipo de mancha elitral pode ser mais bem compreendida examinando-se a espécie-tipo de Odontocera, O. vitrea Audinet-Serville, 1833 (= O. fasciata Olivier, 1795), na qual os élitros apresentam verdadeira área vítrea, isto é, área que permite a visualização clara das estruturas que ficam sob ela.

Por sua vez, Fuchs (1959), na descrição de Ommata (Eclipta) collarti, escreveu sobre a macha elitral: "auf jeder Flügeldecke ein von der Basis bis zum letzten Drittel der Länge reichender, hinten zugespitzter, neben der Naht liegender, gelbbrauner Fleck". Assim, Fuchs (1959) não comentou nada sobre a transparência dessa área, o que claramente indica que ela não é vítrea.

Dessa forma, a alocação da espécie feita por Fuchs (1959) em Ommata sensu auctorum, foi mais coerente do que aquela de Gounelle (1911).

No aspecto geral, E. pusillus é muito semelhante a E. schmidi sp. nov., mas um caráter permite a separação fácil entre elas: a forma dos últimos segmentos das antenas. Gounelle (1911) registrou: "antennae apicem elytrorum paulo superantes, basi subtus longe, laxissime autem ciliatae, scapo supra punctato, art. 3‑6 linearibus, 7‑11 sensim incrassatis, plus minus obconicis, haud serratis". Por sua vez, Fuchs (1959) indicou: " das erste Fühlerglied gegen das Ende zur verdickt, punktiert, das zweite Glied kurz, das vierte kürzer als das dritte oder fünfte, Glied drei bis sechs zylindrisch, Glied sieben bis elf nach und nach dicker werdend, das elfte sugespitzt". Essas descrições, novamente associadas com as fotos dos tipos, permitem verificar que os segmentos antenais são pouco e gradualmente alargados e obcônicos, o que não ocorre em E. schmidi sp. nov., na qual esses antenômeros são notavelmente alargados e muito sutilmente obcônicos.

Ecliptoides plaumanni (Fuchs, 1961), revalidada, comb. nov. (Figs. 25‑27)

Ommata (Eclipta) plaumanni Fuchs, 1961: 13; Monné & Giesbert, 1992: 250 (syn.).

Diagnose: Ecliptoides plaumanni difere de E. eunomia: protórax dos machos lateralmente preto e com mancha longitudinal alaranjada (Fig. 25); élitros com pelos longos na metade basal; pubescência elitral distintamente menos conspícua. Em E. eunomia o protórax dos machos é literalmente alaranjado ou, quando parcialmente preto, não há mancha alaranjada, os élitros não possuem pelos longos e conspícuos na metade basal e a pubescência elitral é muito distinta.

Macho (Fig. 26): Tegumento preto; fronte, área entre os lobos oculares inferiores e tubérculos anteníferos castanho-avermelhados; face ventral da cabeça castanho-avermelhada; extremo basal do antenômero IV, terço basal do V, metade basal do VI e VII alaranjados, com o restante da superfície preta; antenômeros VII‑IX quase inteiramente alaranjados, com o ápice acastanhado; antenômeros X‑XI dorsalmente acastanhados, com a face ventral parcialmente alaranjada; protórax preto dorsalmente e lateralmente (nessa última, a mancha preta é largamente arredondada e apresenta área alongada castanho-avermelhada); face ventral do protórax e partes das laterais (região que circunda a área negra) castanho-avermelhadas; mesosterno preto; pedúnculo dos fêmures castanho-avermelhados; extremo apical da clava dos mesofêmures enegrecida; clava dos metafêmures preta, exceto na base que é castanho-avermelhada; urosternito I castanho-avermelhado na região central e enegrecido lateralmente; face dorsal das protíbias castanhas, com a base castanho-avermelhada; meso- e metatíbias pretas, com o extremo basal castanho-avermelhado; metatarsômero I preto e II‑III castanhos.

Pilosidade geral amarelada e pubescência acinzentada; antenômeros e pernas posteriores com cerdas castanho-escuras ou acastanhadas. Fronte com pelos curtos, moderadamente abundantes e alguns pelos longos; área dorsal da cabeça entre os olhos e o protórax com pelos curtos entremeados por pelos longos; área entre os lobos oculares inferiores com franja de pelos curtos a cada lado. Pronoto com pubescência (mais distinta na base) entremeada por pelos longos. Laterais e face ventral (exceto uma larga faixa na margem anterior, que é glabra) do protórax pubescentes. Élitros com pelos curtos em toda extensão, entremeada por pelos longos, eretos e moderadamente abundantes na metade basal (principalmente no terço basal).

Fronte e vértice com pontuação densa e confluente (pouco evidente na fronte). Pontuação do pronoto não notavelmente grossa; disco com três calosidades longitudinais, bem marcadas, que não atingem as margens. Pontuação elitral grossa, bem marcada e abundante em toda extensão. Urosternitos sem pontos grossos e profundos.

Comprimento da área entre a base dos lobos oculares inferiores e o ápice do labro igual a 0,8 vezes o comprimento do lobo ocular inferior. Distância entre os lobos oculares inferiores igual a 0,3 vezes a largura de um lobo. Antenas ultrapassam o ápice elitral aproximadamente no terço basal do antenômero XI; pedicelo com aproximadamente um terço do comprimento do antenômero III; clava antenal um pouco mais distinta a partir do antenômero IX, não notavelmente alargada; antenômeros IX‑X nitidamente mais longos do que largos.

Élitros atingem o ápice do urosternito II, deiscentes no quarto apical; ápice largamente truncado. Metafêmures atingem o ápice do urosternito IV. Metatarsômero I tão longo quanto o comprimento dos metatarsômeros II‑V reunidos.

Fêmea (Fig. 27): As principais diferenças são: comprimento da área entre a base dos lobos oculares inferiores e o ápice do labro igual a 0,9 vezes o comprimento do lobo ocular inferior; distância entre os lobos oculares inferiores igual a 0,8 vezes a largura de um lobo; antenas quase atingem o ápice elitral.

Variação: Macho – tubérculos anteníferos castanho-escuros; área escura dos antenômeros de acastanhada até preta e área mais clara de alaranjada até castanha; élitros com mancha longitudinal castanho-alaranjada, da base até aproximadamente o meio, afilada no ápice; mancha clara dos élitros pode atingir a base do terço apical; parte basal dos pedúnculos dos fêmures amarelada; mesosterno total ou parcialmente castanho-avermelhado; urosternito I quase inteiramente castanho-avermelhado, ou com a parte média castanha; comprimento da área entre a base dos lobos oculares inferiores e o ápice do labro de 0,8 vezes até 1,0 vezes o comprimento do lobo ocular inferior; distância entre os lobos oculares inferiores de 0,3 a 0,4 vezes a largura de um lobo; élitros podem não atingir o ápice do urosternito II ou ultrapassá-lo um pouco; élitros deiscentes na metade apical. Fêmea – comprimento da área entre a base dos lobos oculares inferiores e o ápice do labro de 0,9 a 1,1 vezes o comprimento do lobo ocular inferior; distância entre os lobos oculares inferiores de 0,8 a 1,0 vezes a largura de um lobo.

Dimensões em mm (♂/♀): Comprimento total, 6,4‑7,4/6,4‑7,8; comprimento do protórax, 1,2‑1,3/1,2‑1,6; largura anterior do protórax, 0,8‑0,9/0,9‑1,1; largura posterior do protórax, 0,9‑1,0/0,9‑1,1; largura umeral, 1,1‑1,2/1,1‑1,4; comprimento elitral, 3,1‑3,3/3,0‑3,8.

Dimensões na descrição original: "Länge: 6‑7 mm".

Tipos, localidade-tipo: Holótipo macho, alótipo fêmea, quatro parátipos machos e sete parátipos fêmeas, todos do Brasil (Santa Catarina, Seara, Nova Teutônia), depositados na CHSV (ex-coleção Fuchs).

Distribuição geográfica: Brasil [Santa Catarina (Fuchs, 1961); Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul (novos registros)].

Discussão: Monné & Giesbert (1992) sinonimizaram Ommata (Eclipta) plaumanni com O. (E.) eunomia. O exame das descrições originais, fotografias dos tipos e material depositado no MZUSP, demonstrou que essas espécies não são sinônimas (vide "Diagnose").

Material examinado: BRASIL, Minas Gerais: Catas Altas (Serra do Caraça; Engenho; 800 m), ♂, Kloss, Lenko, Martins & Silva col. (MZUSP); (Santa Bárbara), ♀, 23‑25.XI.1960, Araújo & Martins col. (MZUSP). São Paulo: Botucatu, ♂, 08.X.1964, Mantovani col. (MZUSP); ♀, 03.X.1976, A. Scivittaro col. (MZUSP). Santa Catarina: Seara (Nova Teutônia), ♂, [sem data e nome do coletor] (IRSN); ♂, II.1935, B. Pohl col. (MZUSP); ♀, XII.1940, B. Pohl col. (MZUSP); ♀, X.1972, F. Plaumann col. (MZUSP); ♂, IX.1975, F. Plaumann col. (MZUSP). Rio Grande do Sul: São Francisco de Paula, ♀, 11.XI.1999, M.S. Barbosa col. (MCNZ).

Ecliptoides hovorei (Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2003)

Ommata (Eclipta) hovorei Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2003: 303, figs. 20, 46a‑b; Monné, 2005: 488 (cat.).

Ommata (Ecliptoides) hovorei; Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2005: 37 (comb. nov.); Monné & Hovore, 2005: 122 (checklist); 2006: 122 (checklist); Monné, 2006: 177 (cat); Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2007: 99.

Ecliptoides hovorei; Clarke, 2009: 575 (chave; comb. nov.).

Tavakilian & Peñaherrera-Leiva (2003: 303): "Femelle Tégument orangé. Mandibules et scapes rembrunis à l'apex Élytres n'atteignant pas l'apex du premier ventrite Palpes et laciniae orangés, mufle moyen, mentum et submentum brillants peu profondément et transversalement ridés, à ponctuation éparse Saillie prosternale étroite, élargie à l'apex, non arquée (1/6ème de la longueur d'une procoxa). Une pente abrupte précède la saillie mésosternale qui est étroite (moins d' 1/5ème de la largeur d'une mésocoxa) Metasternum bombé, subbrillant, micro-sculpté Abdomen renflé en fuseau. Premier ventrite au centre avancé en grosse pointe, courbée au bout vers l'intérieur et finement rebordée. Dernier ventrite tronqué, presque droit, à bord irrégulier".

Dimensões na descrição original: "Longueur: 7,1 mm".

Tipos, localidade-tipo: Holótipo fêmea, coletado na Guiana Francesa ("Piste Maman Lézard, pk 6"), depositado no MNHN. Dois parátipos fêmeas, também provenientes da Guiana Francesa, ex-coleção Frank Hovore, atualmente depositados na coleção CASC.

Distribuição geográfica: Descrita e conhecida apenas da Guiana Francesa.

Comentário: Não examinamos espécimes dessa espécie. A alocação baseou-se na descrição original e fotografia do holótipo.

Ecliptoides azadi (Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2003)

Ommata (Eclipta) azadi Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2003: 299, figs. 22, 47; Monné, 2005: 485 (cat.).

Ommata (Ecliptoides) azadi; Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2005: 37 (comb. nov.); Monné & Hovore, 2005: 122 (checklist); 2006: 122 (checklist); Monné, 2006: 177 (cat); Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2007: 99.

Ecliptoides azadi; Clarke, 2009: 575 (chave; comb. nov.).

Tavakilian & Peñaherrera-Leiva (2003: 299): "Femelle Entièrement orangé Le dernier tergite abdominal visible, légèrement obscurci à l'apex comme le premier article des palpes labiaux et maxillaires; mandibules obscurcies à l'extrémité Mentum avec des stries en arc, submentum brillant ponctué sur les côtés. Dessus de la tête avec une ponctuation large confluente, peu profonde Saillie prosternale, étrotie (1/5ème de la longueur d'une procoxa) non arquée, très élargie à l'apex. Saillie mésosternale étroite (moins de l/4 de la longueur d'une mésocoxa) précédée d'une pente abrupte Élytres courts atteignant les 2/5ème antérieurs du 2nd ventrite, densément ponctués, surtout dans la partie sombre Métasternum bombé, micro-sculpté, à ponctuation éparse Abdomen sporadiquement ponctué, discrètement micro-sculpté, brillant, renflé en fuseau. Dernier tergite en lobe largement arrondi.".

Dimensões na descrição original: "Longueur: 6,75‑9 mm".

Tipos, localidade-tipo: Holótipo fêmea, coletado na Guiana Francesa ("Piste Coralie, pk 11"), depositado no MNHN. Parátipo fêmea, também proveniente da Guiana Francesa, depositado na COGM.

Distribuição geográfica: Descrita e conhecida apenas da Guiana Francesa.

Comentário: Não examinamos espécimes dessa espécie. A alocação baseou-se na descrição original e fotografia do holótipo.

Ecliptoides lauraceae (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004), comb. nov. (Fig. 28)

Ommata (Eclipta) lauraceae Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004: 132, figs. 15, 16 , 25a‑g; Monné & Hovore, 2005: 122 (checklist); 2006: 121 (checklist); Monné, 2006: 176 (cat.); Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2007: 98.

Peñaherrera-Leiva & Tavakilian (2004: 132): " Ventrites III et IV assombris; le IV ayant une zone centrale, apicale, éclaircie Mâle. Submentum légèrement convexe, brillant, avec des stries et points plus abondants sur les côtés Saillie prosternale non arquée, étroite dans sa partie amincie (1/10ème de la longueur d'une procoxa) Mesocoxae aplaties sur le dessus. Une pente non abrupte précède la saillie mésosternale qui est étroite (1/8ème de la longueur d'une mésocoxa). Métasternum peu bombé et à sillon médian visible sur le milieu, sub-brillant, faiblement micro-sculpté, à pubescence soyeuse peu dense dressée vers l'arrière Premier arceau ventral à pointe fine rechaussée par rapport au reste du segment. Ventrites décroissants en longueur du I au V, micro-sculptés, avec de soies claires dressées vers l'arrière, confluentes au centre. Areceau IV brun foncé avec une dépression centrale adjacente à l'apex qui est brun jaune. Cette dépression plus densément ponctuée sur les côtés est ornée de soies dorées, plaquées, longues, confluentes vers le centre. Sur les côtés la pubescence est dirigée vers l'arrière. Dernier arceau entièrement jaune avec une dépression ronde, nette à l'apex qui est convexe Femelle Dessous du corps entièrement orangé. Premier arceau à pointe avant centrale recourbée vers l'intérieur à l'apex. Tous les arceaux orangés, le dernier ventrite en angle obtus. L'ultime tergite assombri à l'apex qui est à bord apical à peine échancré au milieu".

Dimensões na descrição original: "Longueur: 6‑6,15 mm".

Tipos, localidade-tipo: Holótipo macho e parátipo fêmea, provenientes da Guiana Francesa ["la Crique "Longi" (Bassin Du Sinnamary)"], depositados no MNHN.

Distribuição geográfica: Descrita e conhecida apenas da Guiana Francesa.

Comentário: Não examinamos espécimes dessa espécie. A alocação baseou-se na descrição original e fotografias dos tipos.

Ecliptoides bauhiniae (Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004), comb. nov. (Fig. 29)

Ischasia sp. 1399; Tavakilian et al. 1997: 329 (planta hosp.).

Ommata (Eclipta) bauhiniae Peñaherrera-Leiva & Tavakilian, 2004: 138, figs. 9, 35a‑d; Monné (2006): 175 (cat.); Tavakilian & Peñaherrera-Leiva, 2007: 97.

Diagnose: Aspecto geral semelhante a E. rouperti, E. hovorei, E. azadi e E. julietae. Difere pela ausência de mancha longitudinal escura no pronoto.

Fêmea (Fig. 29): Tegumento castanho-alaranjado; metade dorso-apical do escapo, pedicelo, cerca de 3/4 apicais do antenômero III, 2/3 apicais do antenômero IV, metade apical dos antenômeros V‑VIII, antenômeros IX e X, 2/3 basais do antenômero XI, faixa lateral dos élitros (dos úmeros ao ápice, exceto faixa longitudinal, curta, sob os úmeros), terço dorso e látero-apical da clava dos mesofêmures, terço apical dos metafêmures, 3/4 apicais das mesotíbias, 4/5 apicais das metatíbias, metatarsômero I, e tarsômeros V marrom-escuros; terço apical do antenômero XI, área dorsal e lateral das protíbias, mesotarsômero I, 2/3 apicais do metatarsômero II e metatarsômero III marrom-claros; áreas não escuras dos antenômeros III‑VIII, metade apical clara dos élitros, protarsômeros I‑III e metade basal do pedúnculo dos fêmures amareladas ou amarelo-acastanhadas.

Pilosidade e pubescência geral amarelada; antenômeros e pernas posteriores com cerdas castanho-escuras ou acastanhadas. Face dorsal da cabeça com pelos curtos, moderadamente abundantes, entremeados por pelos longos na região da fronte próxima do clípeo; área ventral com pelos mais longos e esparsos. Pronoto com pelos longos, moderadamente esparsos. Élitros com pelos longos e eretos no terço basal, moderadamente abundantes; entre estes pelos longos e nas demais áreas, pelos curtos, decumbentes e não abundantes (mais distintos e abundantes nas regiões sem pelos longos).

Fronte e vértice com pontuação densa e confluente; área entre os lobos oculares inferiores com pontos mais finos e esparsos. Pontuação do pronoto muito grossa, formando dentículos nas laterais. Pontuação elitral grossa, rasa e esparsa no terço basal claro, mais densa e profunda nas demais regiões, principalmente lateralmente. Urosternitos sem pontos grossos e profundos.

Área entre a base dos lobos oculares inferiores e o ápice do labro, aproximadamente tão longa quanto o comprimento do lobo ocular inferior. Distância entre os lobos oculares inferiores igual a 0,6 vezes a largura de um lobo. Antenas ultrapassam o ápice elitral aproximadamente na base do antenômero XI; clava antenal mais distinta a partir do antenômero VIII, não notavelmente alargada.

Élitros atingem aproximadamente o meio do urosternito II, deiscentes no terço apical; ápice largamente truncado. Metafêmures atingem o ápice abdominal. Metatarsômero I tão longo quanto 1,2 vezes o comprimento dos metatarsômeros II‑V reunidos.

Dimensões em mm (♀): Comprimento total, 5,6; comprimento do protórax, 1,2; largura anterior do protórax, 0,8; largura posterior do protórax, 0,8; largura umeral, 0,9; comprimento elitral, 2,4.

Dimensões na descrição original: "Longueur: 5,5‑6,5 mm".

Tipos, localidade-tipo: Holótipo fêmea e oito parátipos fêmeas procedentes da Guiana Francesa ["la Crique "Longi" (Bassin Du Sinnamary)"], depositados no MNHN e MZUSP (um parátipo fêmea originalmente depositado no MNHN).

Distribuição geográfica: E. bauhiniae foi descrita e permanece conhecida apenas da Guiana Francesa.

Discussão: Peñaherrera-Leiva & Tavakilian (2004) já haviam indicado que E. bauhiniae pertencia ao mesmo grupo que viria a constituir o gênero Ecliptoides: "Appartient au groupe des Ommata (Eclipta) à élytres tronques comme Ommata (Eclipta) azadi Tavakilian & Peñaherrera, 2003 et Ommata (Eclipta) hovorei Peñaherrera & Tavakilian, 2003. S'en distingue par le thorax unicolore".

Material examinado: GUIANA FRANCESA: "Montagne Longi (Sinnamary)", parátipo ♀, 19.III.1994, G.L. Tavakilian col. (MZUSP).

Ecliptoides titoi Clarke, 2009

Ecliptoides titoi Clarke, 2009: 570.

Comentário: A descrição original de Ecliptoides titoi Clarke, 2009 está disponível gratuitamente na Internet (www.scielo.br).

Ecliptoides vargasi Clarke, 2009

Ecliptoides vargasi Clarke, 2009: 569.

Comentário: A descrição original de Ecliptoides vargasi Clarke, 2009 está disponível gratuitamente na Internet (www.scielo.br).

Ecliptoides monostigma (Bates, 1869), comb. nov. (Fig. 30)

Agaone monostigma Bates, 1869: 384.

Ommata monostigma; Gemminger & Harold, 1872: 2890 (cat.).

Ommata (Eclipta) monostigma; Bates, 1873: 31.

Odontocera monostigma; Bates, 1873: 38; 1880: 43, pl. 5, fig. 6; Blackwelder, 1946: 576 (checklist); Monné, 1993: 35 (cat.); Monné & Giesbert, 1994: 94 (checklist); Monné, 2005: 476 (cat.); Monné & Hovore, 2005: 119 (checklist); 2006: 119 (checklist).

Fêmea (Fig. 30): Redescrição baseada na fêmea examinada – Tegumento castanho-avermelhado; cabeça acastanhada entre os olhos; mandíbulas castanhas na base, gradualmente enegrecidas para o ápice; palpômero IV dos palpos maxilares castanho-escuros; antenas castanho-escuras, com o extremo basal dos antenômeros IV‑VII alaranjados; pronoto com área acastanhada, quase inconspícua, na região centro-basal; metepimeros e metasterno castanho-escuros; élitros castanho-escuros com uma mancha longitudinal amarelo-esbranquiçada, triangular, da base até aproximadamente o meio, que não atinge a sutura; pedúnculo dos fêmures amarelados, gradualmente acastanhados próximo da clava; dois terços apicais da clava dos profêmures castanhos na face dorsal e nas laterais do extremo apical; metade apical da clava dos mesofêmures castanha na face dorsal e em toda a circunferência do extremo apical; metade apical da clava dos metafêmures castanha em toda a circunferência; pro- e mesotíbias castanho-escuras; metatíbias castanho-avermelhadas no extremo basal e castanho-escuras no restante; tarsômeros I castanho-escuros; tarsômeros II‑IV castanhos; tarsômeros V castanhos na base e gradualmente escurecidos para o ápice; urosternitos I‑IV castanhos com o extremo distal castanho-escuro; urosternito V castanho-escuro, principalmente na metade distal.

Pilosidade geral amarelada e pubescência amarelo-esbranquiçada; antenômeros e pernas com cerdas castanho-escuras ou acastanhadas (inclusive nos tarsômeros). Fronte, área entre os olhos e vértice com pelos curtos e esparsos, entremeados por alguns pelos longos na fronte. Pronoto com pelos longos, moderadamente abundantes. Prosterno pubescente em área transversal na metade próxima das procoxas e quase glabro no restante. Metepisternos e laterais do metasterno pubescentes; demais regiões do metasterno com pelos longos e esparsos. Élitros pubescentes, com pelos longos na metade basal (mais longos no terço basal). Urosternitos I‑IV pubescentes nas laterais e com pelos moderadamente longos e esparsos no restante; urosternito V com pelos curtos nas laterais e longos no restante.

Face dorsal da cabeça com pontos moderadamente grossos e abundantes, mais finos e esparsos entre os lobos oculares inferiores e com área sublisa na fronte. Pontuação do pronoto notavelmente grossa; disco com três calosidades longitudinais, pouco marcadas, principalmente a central, que não atingem as margens. Pontuação elitral grossa e abundante, pouco conspícua na área mais próxima da sutura. Laterais dos urosternitos I‑III com pontos moderadamente grossos e esparsos.

Comprimento da área entre a base dos lobos oculares inferiores e o ápice do labro igual a 0,8 vezes o comprimento do lobo ocular inferior. Distância entre os lobos oculares inferiores igual a 0,6 vezes a largura de um lobo. Antenas atingem aproximadamente o quinto apical dos élitros; pedicelo com aproximadamente 0,25 vezes o comprimento do antenômero III; clava antenal pouco alargada, um pouco mais distinta a partir do antenômero VIII; antenômeros IX‑X nitidamente mais longos do que largos.

Élitros atingem o meio do urosternito III, deiscentes na metade apical; ângulo apical externo saliente. Metafêmures atingem aproximadamente o meio do urosternito V. Metatarsômero I pouco mais curto do que II‑V reunidos.

Variação: a principal diferença observada no espécime examinado, em relação ao holótipo, é a ausência de faixa centro-longitudinal castanho-escura no pronoto.

Dimensões em mm (♀): Comprimento total, 6,9; comprimento do protórax, 1,4; largura anterior do protórax, 1,0; largura posterior do protórax, 1,1; largura umeral, 1,3; comprimento elitral, 3,4.

Dimensões na descrição original: "Long. 3 1/4 lin.".

Tipo, localidade-tipo: Holótipo fêmea, proveniente da Nicaraguá (Chontales), depositado no BMNH.

Distribuição geográfica: Nicarágua (Bates, 1869), Costa Rica (Monné, 2005) e Panamá (Monné, 2005).

Discussão: Bates (1869) descreveu a espécie como Agaone monostigma. Posteriormente, esta espécie aparece no mesmo trabalho de Bates (1873) em dois gêneros distintos: Ommata (Eclipta), na página 31; Odontocera (grupo com as antenas finas e longas), na página 38. Nas duas alocações, não existe nenhum comentário sobre as razões das transferências.

Gemminger & Harold (1872) alocaram E. monostigma em Ommata, apenas seguindo a sinonímia de Agaone Pascoe, 1859 com Ommata White, 1855, feita por Lacordaire (1868).

Curiosamente, Bates (1873) registrou sobre Odontocera: "I have nothing to add to the definition of this genus given by Lacordaire, except that I think it better to exclude every species which has not a vitreous surface to the elytra". No entanto, Ecliptoides monostigma não possui élitros com área vítrea. De acordo com a descrição original, que concorda perfeitamente com fotografia do holótipo: "elytris abdomine multo brevioribus, truncatis, vix nitidis, punctatis, punctis lateralibus grossioribus, ibique vitta marginali nigra". Como se pode ver, não há nenhuma menção a élitros vítreos na descrição original, o que é confirmado pela fotografia do holótipo. Seria possível inferir que a alocação em Odontocera, feita por Bates (1873: 38) foi um equivoco, mas, no entanto, essa alocação foi confirmada por Bates (1880). É interessante anotar que na legenda da estampa V em Bates (1880), E. monostigma aparece como Ommata monostigma, mas a correção aparece na página viii ("LIST OF PLATES"). Observar ainda, que a fêmea figurada em Bates (1880) também não tem a mancha longitudinal castanho-escura no centro do pronoto.

Material examinado: COSTA RICA, Alajuela: 20 km S Upala, ♀, 15‑18.VII.1990, F.D. Parker col. (LGBC).

Agradecimentos

A James Wappes (ACMT), Michael C. Thomas (FSCA), Dilma Solange Napp (DZUP), Maria Helena M. Galileo (MCNZ), Larry G. Bezark (LGBC), Alain Drumont (ISNB), Michael C. Thomas (FSCA), Augusto Henriques e José Albertino Rafael (INPA) e Miguel A. Monné (MNRJ) pelo empréstimo de material para estudo. A Noël Mal e Alain Drumont (IRSN) pelas fotografias do lectótipo de Ommata (Eclipta) collarti. A James E. Hogan pelas fotografias dos tipos depositados na coleção OXUM. A Gérard L. Tavakilian pelas fotografias e informações pessoais sobre alguns tipos depositados na coleção do MNHN. A Herbert Schmid (CHSV) pelas fotografias e informações pessoais sobre os tipos da ex-coleção Fuchs. A Gabriel Biffi (MZUSP) pelas fotografias da genitália dos machos e a Carlos Roberto Ferreira Brandão (MZUSP) pela permissão de uso do equipamento de automontagem para fotografias.

Aceito em: 05.10.2012

Publicado em: 20.12.2012

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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      26 Nov 2012
    • Data do Fascículo
      2012

    Histórico

    • Recebido
      05 Out 2012
    • Aceito
      20 Dez 2012
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