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O gênero Agrilus Curtis, 1829 nas coleções do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (Coleoptera: Buprestidae)

Resumos

É apresentado a lista de espécies do gênero Agrilus, preservadas no Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. Foram identificadas 84 espécies, das quais 15 novas para a ciência, aqui descritas: A. aegrotus sp. nov., A. anceps sp. nov., A. vanini sp. nov., A. casarii sp. nov., A. crux sp. nov., A. dubiosus sp. nov., A. femina sp. nov., A. fusicauda sp. nov., A. geminus sp. nov., A. giannii sp. nov., A. globulus sp. nov., A. ribeiroi sp. nov., A. timorosus sp. nov., A. martinsi sp. nov., A. yeti sp. nov. A. comizon Obenberger, 1935 foi classificado como subespécie de A. chrysostictus Klug, 1825 e vem proposto o novo status de Agriloides agoretus (Obenberger, 1935) e Autarcontes posticalis (Gory & Laporte, 1835) ambos descritos como Agrilus. São propostos 9 sinónimos novos: A. fasciatellus Thomson, 1878 (= A. fucatus Obenberger, 1935 syn. nov. = A. laelius Obenberger, 1935 syn. nov. = A. subfasciatellus Obenberger, 1936 syn. nov.); A. lucens Kerremans, 1897 (= A. auriceps Kerremans, 1889 syn. nov. = A. barrandei Obenberger, 1897 syn. nov.); A. violacellus Thomson, 1879 (= A. bathyllus Obenberger, 1933 syn. nov.); A. chrysostictus Klug, 1825 (= A. lucullus Obenberger, 1935 syn. nov. = A. korsakovi Obenberger, 1935 syn. nov.); A. piscis Gory, 1841 (= Agriloides bipunctatus Cobos, 1967 syn. nov.). Além da lista de Agrilus, foram assinaladas também duas espécies de Agriloides Kerremans, 1903 e um do Autarcontes Waterhouse, 1887.

Coleoptera; Agrilus; MZUSP; Checklist; Novas espécies; Novo sinônimos; Novas combinações


A checklist of the Agrilus species from the Museu de Zoologia da Universidade São Paulo is proposed. Eighty-four species are identified, of which fifteen are new and hereby described: A. aegrotus sp. nov., A. anceps sp. nov., A. vanini sp. nov., A. casarii sp. nov., A. crux sp. nov., A. dubiosus sp. nov., A. femina sp. nov., A. fusicauda sp. nov., A. geminus sp. nov., A. giannii sp. nov., A. globulus sp. nov., A. ribeiroi sp. nov., A. timorosus sp. nov., A. martinsi sp. nov., A. yeti sp. nov. Agrilus comizon Obenberger, 1935 is proposed as subspecies of A. chrysostictus Klug, 1825 together with the new state of Agriloides agoretus (Obenberger, 1935) e and Autarcontes posticalis (Gory & Laporte, 1835), both described as Agrilus. Nine new synonymies are proposed: A. fasciatellus Thomson, 1878 (= A. fucatus Obenberger, 1935 syn. nov. = A. laelius Obenberger, 1935 syn. nov. = A. subfasciatellus Obenberger, 1936 syn. nov.); A. lucens Kerremans, 1897 (= A. auriceps Kerremans, 1889 syn. nov. = A. barrandei Obenberger, 1897 syn. nov.); A. violacellus Thomson, 1879 (= A. bathyllus Obenberger, 1933 syn. nov.); A. chrysostictus Klug, 1825 (= A. lucullus Obenberger, 1935 syn. nov. = A. korsakovi Obenberger, 1935 syn. nov.); A. piscis Gory, 1841 (= Agriloides bipunctatus Cobos, 1967 syn. nov.). The list also includes one species of Agriloides Kerremans, 1903 and one of Autarcontes Waterhouse, 1887.

Coleoptera; Agrilus; São Paulo Museum; Checklist; New species; New synonymies; New combinations


O gênero Agrilus Curtis, 1829 nas coleções do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (Coleoptera: Buprestidae)

Gianfranco CurlettiI; Letizia MiglioreII

IMuseo Civico di Storia Naturale, Via S. Fr. di Sales 188, 10022 Carmagnola, Italy. E-mail: gianfranco.curletti@yahoo.it

IIMuseu de Zoologia, Universidade de São Paulo. Caixa Postal 42.494, 04218-970, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: letizia_jm@hotmail.com

RESUMO

É apresentado a lista de espécies do gênero Agrilus, preservadas no Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo. Foram identificadas 84 espécies, das quais 15 novas para a ciência, aqui descritas: A. aegrotus sp. nov., A. anceps sp. nov., A. vanini sp. nov., A. casarii sp. nov., A. crux sp. nov., A. dubiosus sp. nov., A. femina sp. nov., A. fusicauda sp. nov., A. geminus sp. nov., A. giannii sp. nov., A. globulus sp. nov., A. ribeiroi sp. nov., A. timorosus sp. nov., A. martinsi sp. nov., A. yeti sp. nov. A. comizon Obenberger, 1935 foi classificado como subespécie de A. chrysostictus Klug, 1825 e vem proposto o novo status de Agriloides agoretus (Obenberger, 1935) e Autarcontes posticalis (Gory & Laporte, 1835) ambos descritos como Agrilus. São propostos 9 sinónimos novos: A. fasciatellus Thomson, 1878 (= A. fucatus Obenberger, 1935 syn. nov. = A. laelius Obenberger, 1935 syn. nov. = A. subfasciatellus Obenberger, 1936 syn. nov.); A. lucens Kerremans, 1897 (= A. auriceps Kerremans, 1889 syn. nov. = A. barrandei Obenberger, 1897 syn. nov.); A. violacellus Thomson, 1879 (= A. bathyllus Obenberger, 1933 syn. nov.); A. chrysostictus Klug, 1825 (= A. lucullus Obenberger, 1935 syn. nov. = A. korsakovi Obenberger, 1935 syn. nov.); A. piscis Gory, 1841 (= Agriloides bipunctatus Cobos, 1967 syn. nov.). Além da lista de Agrilus, foram assinaladas também duas espécies de Agriloides Kerremans, 1903 e um do Autarcontes Waterhouse, 1887.

Palavras-chave: Coleoptera; Agrilus; MZUSP; Checklist; Novas espécies; Novo sinônimos; Novas combinações.

ABSTRACT

A checklist of the Agrilus species from the Museu de Zoologia da Universidade São Paulo is proposed. Eighty-four species are identified, of which fifteen are new and hereby described: A. aegrotus sp. nov., A. anceps sp. nov., A. vanini sp. nov., A. casarii sp. nov., A. crux sp. nov., A. dubiosus sp. nov., A. femina sp. nov., A. fusicauda sp. nov., A. geminus sp. nov., A. giannii sp. nov., A. globulus sp. nov., A. ribeiroi sp. nov., A. timorosus sp. nov., A. martinsi sp. nov., A. yeti sp. nov. Agrilus comizon Obenberger, 1935 is proposed as subspecies of A. chrysostictus Klug, 1825 together with the new state of Agriloides agoretus (Obenberger, 1935) e and Autarcontes posticalis (Gory & Laporte, 1835), both described as Agrilus. Nine new synonymies are proposed: A. fasciatellus Thomson, 1878 (= A. fucatus Obenberger, 1935 syn. nov. = A. laelius Obenberger, 1935 syn. nov. = A. subfasciatellus Obenberger, 1936 syn. nov.); A. lucens Kerremans, 1897 (= A. auriceps Kerremans, 1889 syn. nov. = A. barrandei Obenberger, 1897 syn. nov.); A. violacellus Thomson, 1879 (= A. bathyllus Obenberger, 1933 syn. nov.); A. chrysostictus Klug, 1825 (= A. lucullus Obenberger, 1935 syn. nov. = A. korsakovi Obenberger, 1935 syn. nov.); A. piscis Gory, 1841 (= Agriloides bipunctatus Cobos, 1967 syn. nov.). The list also includes one species of Agriloides Kerremans, 1903 and one of Autarcontes Waterhouse, 1887.

Key-words: Coleoptera; Agrilus; São Paulo Museum; Checklist; New species; New synonymies; New combinations.

INTRODUÇÃO

No decorrer do estudo do gênero Agrilus Curtis, 1825 da fauna neotropical, tivemos ocasião de consultar as coleções do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (MZUSP). Graças ao interesse dos curadores Sônia Casari e Sérgio Antonio Vanin, nos foi concedida a oportunidade de estudar os exemplares indeterminados pertencentes ao gênero Agrilus Curtis 1825. Trata-se de algumas centenas de exemplares coletados principalmente no início do século passado, a maioria proveniente de algumas coleções particulares. Um considerável número de locais históricos de coleta, especialmente aqueles situados ao longo da costa oriental brasileira na Mata Atlântica desapareceu, substituídos pelas atividades antrópicas residenciais, turísticas, agrícolas ou industriais. Por esse motivo o material do Museu é uma importante testemunha e não se deve excluir a possibilidade de que algumas das espécies descritas a seguir tenham se extinguido juntamente com o biótipo que as hospedava.

Um percentual de exemplares, provavelmente atribuíveis a novas entidades, resta a ser identificada, mas não foi possível tirar conclusões devido ao parco material, na maioria das vezes, representado por apenas um indivíduo.

Como confirmado no estudo dos Buprestidae de outros países sulamericanos (Curletti, 2010a; Curletti, 2010b; Curletti & Brûlé, 2011), a agrilofauna do Brasil está entre as mais estudadas dentre os países da América do Sul. Seu conhecimento, entretanto, praticamente estacionau no ínicio do século passado com as contribuiçãoes de Kerremans (1896, 1897, 1899, 1900, 1903), Obenberger (1922, 1924, 1932, 1933a,b, 1935, 1936), Cobos (1959), Pochon (1971) e Bílý (1975).

Todavia, a fauna brasileira é extremamente rica, contando mais de 480 espécies descritas. Isso devido, além das dimensões do país, sobretudo à extrema diversificação dos ambientes (Mata Atlântica, Floresta Amazônica, Caatinga, Campos, etc.), com a presença de vastas florestas pluviais, zonas áridas, vegetação de montanha e cerrado. Do estudo do material do MZUSP, percebe-se que a zona mais explorada e conhecida, em relação à agrilofauna, é sem dúvida a Mata Atlântica, seguida em menor quantidade a Floresta Amazônica. Tal fato confirma os dados históricos, quando a maioria das espécies foi descrita das regiões atlânticas, principalmente das florestas dos estados de São Paulo e de Minas Gerais. Ao contrário do afirmado, o estudo da agrilofauna da Guiana Francesa, na Floresta Amazônica, revelou um número extraordinariamente elevado de espécies desconhecidas para a ciência (Curletti & Brûlé, 2011).

Outro resultado em destaque é a diversificação faunística condicionada pela diversidade fitogenética entre o Domínio Equatorial Amazônico (Floresta Amazônica) e o Domínio Tropical Atlântico (Mata Atlântica). Salvo alguns casos esporádicos, existe uma acentuada diferenciação entre as espécies presentes nas duas forestas, fato que confirma também para a agrilofauna, um isolamento provávelmente causado pela presença intermediária da Caatinga e do Cerrado, os quais dividem as duas forestas, como se visualiza no mapa dos domínios morfoclimáticos e fitogeográficos no trabalho de Galileo et al. (2008), o qual resume as teses de autores como Hueck (1972), Ab'Sáber (1977) e Morrone (2001, 2004).

MATERIAL E MÉTODOS

Espécies foram descritas com base em material coletado pessoalmente na companhia de colegas brasileiros da Universidade de Ouro Preto, Minas Gerais. Neste caso, os holótipos também foram depositados nas coleções do MZUSP.

As abreviaturas citadas no texto correspondem a: MCCI = Museo Civico di Storia Naturale, Carmagnola, Itália; MNHN = Muséum National d'Histoire Naturelle, Paris, França; NHML = The Natural History Museum, London, Reino Unido; NMPC = Narodní Muzeum, Praga, República Checa; MZUSP = Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.

RESULTADOS

Lista de espécies

Agrilus aebii Pochon, 1971

Agrilus aebii Pochon, 1971: 248.

Material examinado: BRASIL, Minas Gerais, Catas Altas (Serra do Caraça), 2 exs., 27.XI a 05.XII.1972, Expedição do Museu de Zoologia leg.

Agrilus aegrotus sp. nov.

(Fig. 1)




Etimologia: latim, aegrotus = doente: o holótipo possui o élitro direito quebrado.

Comprimento 4,3 mm. Vértice vermelho. Fronte verde-esmeralda, glabra, com escultura de aspecto seríceo. Clípeo da mesma cor, liso, sem carena transversal. Olhos grandes ocupam 1/3 da cabeça. Antenas denticuladas a partir do antenômero IV; lobos medianos e distais globosos e arredondados. Mentoneira com margem anterior inteira. Processo prosternal com espessa pubescência branca e com lados paralelos. Carenas pré-umerais interrompidas, com 1/3 do comprimento do pronoto. Carenas marginais subparalelas, distantes entre si desde a base. Pronoto fortemente deprimido nos lados. Lado ventral do corpo bronzeado, praticamente glabro. Parte mediana do urosternito I com sulco longitudinal raso, apenas visível. Ápice do urosternito V inteiro. Pernas bronzeadas, da mesma cor que os urosternitos. Metatarso mais longo do que a metatíbia; fórmula tarsal I = II + III + IV. Unhas anteriores bífidas, medianas e posteriores denticuladas. Edeago com os lados dos parâmetros fusiformes; ápice do lobo médio acuminado (Fig. 16).




Descrição do parátipo: Comprimento 4,2 mm. A fêmea possui vértice preto e fronte vermelho. Processo prosternal glabro. Ausência de sulco mediano no urosternito I, todas as unhas denticuladas.

Material tipo: Holótipo ♂: BRASIL, São Paulo, São Paulo, XII.1974, V.N. Alin leg. (MZUSP). Parátipo ♀, idem (MCCI).

Discussão: A. aegrotus sp. nov. também pertence ao grupo de A. timorosus sp. nov. Todavia, devido às suas pequenas dimensões (menos de 5 mm) na fauna brasileira pode ser comparado a A. villosulus Kerremans, 1897 descrito de Pernambuco e a A. ignavus Kerremans, 1897 de Goiás. O primeiro diferencia-se por possuir o pronoto mais alongado com os lados regularmente arredondados, o segundo por possuir a carena pré-umeral inteira.

Agrilus amazonicus Kerremans, 1897

Agrilus amazonicus Kerremans, 1897: 101.

Material examinado: BOLÍVIA, Santa Cruz, Província del Sara, Nueva Moka 2 exs., I.1963, A. Martinez leg.

Agrilus anceps sp. nov.

(Fig. 2)

Etimologia: anceps, latim, "com duas faces", devido aos élitros verdes anteriormente e acobreados posteriormente.

Comprimento 7,9 mm. Fronte glabra, levemente sulcada longitudinalmente, escultura grosseira, cor que passa gradualmente do verde do vértice para o vermelho-cobre na base. Clípeo nitidamente em relevo em relação à linha frontal. Genas pequenas com pubescência branca. Antenas curtas, bronzeadas; antenômeros pequenos lobados a partir do artículo IV. Mentoneira pouco expandida, com margem anterior arredondada e inteira. Processo prosternal com parte apical fortemente expandida. Pronoto com carena pré-umeral inteira. Carenas marginais com a mesma origem na base. Laterotergitos revestidos por pubescência amarela uniforme. Lado ventral do corpo brônzeo-escuro, glabro, com exceção dos metepisternos e das metacoxas onde a pubescência é mais visível. O urosternito V visível com margem apical inteira e arredondada. Pernas acobreadas como o ventre; unhas bífidas com dente interno mais curto que o dente externo. Metatarso curto, com metarsômero basal menos longo do que a soma dos três seguintes I < II + III + IV.

Material tipo: Holótipo ♀: BRASIL, Espirito Santo, Linhares (Parque Sooretama), 17-27.X.1962, F.S. Pereira leg. (MZUSP).

Discussão: O conjunto de caracteres, incluindo o ápice fortemente denticulado, a presença de única mancha pubescente nos 3/4 do élitro, a cor verde esmeralda da metade anterior e a cor vermelha da metade posterior do élitro são únicas dentre as espécies sul-americanas.

Agrilus anguinus Dejean, 1833 (nomen nudum)

Agrilus anguinus Dejean, 1833: 82.

Material examinado: BRASIL, Minas Gerais, Catas Altas (Serra do Caraça), 1 ex., 27.XI a 05.XII.1972, Expedição do Museu de Zoologia leg.

O nome Agrilus anguinus, para esta espécie, aparece nos catálogos de Dejean de 1833 e 1837 (p. 93), mas aparentemente sem descrição; por esta razão, a espécie não pode ser considerada válida (art. 12.1 do CINZ).

Agrilus apellos Pochon, 1971

Agrilus apellos Pochon, 1971: 245.

Material examinado: 6 exs., BRASIL, Santa Catarina, Anita Garibaldi, XI.1948, Dirings leg.; Nova Teutônia, IX.1966, F. Plaumann leg.; Espírito Santo, Linhares (Parque Sooretama),17-27.X.1962, F.S. Pereira leg.

Agrilus auritus Chevrolat, 1838

Agrilus auritus Chevrolat, 1838: 93.

Material examinado: BRASIL, São Paulo, São Paulo (Jabaquara), 1 ex., XII.1953, ex-Museu Dirings.

Agrilus aurocephalus Gory, 1841

Agrilus aurocephalus Gory, 1841: 218.

Material examinado: 7 exs., BRASIL, Santa Catarina, Anita Garibaldi, XII.1950, Dirings leg.; Nova Teutônia, XI.1966, F. Plaumann leg.; Paraná, Caviuna (atual Rolândia), XI.1956, Dirings leg.; São Paulo (Cantareira), XII.1950, Dirings leg.

Agrilus balaenoides Waterhouse, 1889

Agrilus balaenoides Waterhouse, 1889: 66.

Material examinado: MÉXICO, Morelos, Morelia (Parque Nacional Morelos), 2 exs., 04-05.X.1963, Halffter & Reyes legg.

Agrilus bergrothi Obenberger, 1923

Agrilus bergrothi Obenberger, 1923b: 17.

Material examinado: 3 exs., BRASIL, Bahia, Maracas, 28.XI.1990, S.T.P. Amarante leg.; Mucuge (3 km S), XII.1990, Amarante leg.

Agrilus carinus carinus Obenberger, 1932

Agrilus carinus carinus Obenberger, 1932: 255.

Material examinado: 2 exs., BRASIL, Santa Catarina, Joinville, (Rio Braçinho), Dirings leg.; São Bento do Sul (Rio Vermelho), X.1952, Dirings leg.

Agrilus cariosus Kerremans, 1899

Agrilus cariosus Kerremans, 1899: 346.

Material examinado: 3 exs., BRASIL, Santa Catarina, São Bento do Sul (Rio Vermelho), XII.[19]48, Dirings leg.; idem, XI.1958; Blumenau, XI.1968, Dirings leg.

Agrilus cartesias Obenberger, 1933

Agrilus cartesias Obenberger, 1933b: 76.

Material examinado: BRASIL, Roraima, Surumu, 20 exs., IX.1966, Alvarenga & Oliveira legg.

Agrilus casarii sp. nov.

(Fig. 3)

Etimologia: A espécie é dedicada à Sônia Casari, responsável pelas coleções entomológicas do MZUSP.

Comprimento 7,6 mm. Fronte verde, sulcada longitudinalmente; o sulco revestido por pubescência ocrácea na metade inferior, duas protuberâncias arredonadadas, pouco salientes, no lado do sulco e na parte mediana da fronte. Antenas pubescentes com reflexos vermelho-cobre na base, lobadas a partir do antenômero IV. Carena pré-umeral inteira, longa, com menos que a metade do pronoto. Carenas marginais progressivamente divergentes na parte anterior, com a mesma origem na base. Mentoneira com margem anterior arredondada; processo prosternal com pubescência densa branca, com margens laterais paralelas. Laterotergitos com pubescência branca. Lado ventral do corpo preto com pubescência branca no mesosterno. Urosternito I com linha longitudinal de pubescência na área médio-basal e uma transversal situada nos lados abaixo do metafêmur; os outros três urosternitos com mancha arredondada de pubescência lateral branca, tal mancha é substituída no urosternito I por um relevo arredondado de cor vermelho-cobre. Pernas pretas com todas as unhas bífidas. Metatarso curto com artículo I mais curto do que a soma dos três seguintes. I < II + III + IV. Edeago estreito e alongado com margem lateral dos parameros subparalelos; lobo mediano com ápice acuminado (Fig. 17).

Descrição dos parátipos: Comprimento de 7,9 e 9,3 mm. As diferenças encontradas são de caráter sexual: as duas fêmeas possuem a fronte preta, unhas denteadas e ausência de pubescência na apófise prosternal e na base do urosternito I.

Material tipo: Holótipo ♂: BRASIL, Santa Catarina, Rio Vermelho, III.1960, Dirings leg. (MZUSP). Parátipo 1 ♀, idem, XII.1950 (MCCI); 1 ♀, Minas Gerais, Vila Monte Verde, 16.III.1966, Halik leg. (MZUSP).

Discussão: Duas outras espécies sul-americanas apresentam um desenho elitral semelhante A. casarii sp. nov. são: A. aurocephalus Gory, 1841 e A. hieroglyphicus Kerremans, 1899 ambas do Brasil. A espécie descrita por Kerremans diferencia-se imediatamente pelo ápice elitral arredondado e microdenticulado, enquanto a espécie descrita por Gory, é muito mais semelhante, tanto que poderia ser confundida. Em seguida são mostradas as diferenças mais perceptíveis.

A. casarii sp. nov.

— Cor dorsal preta.

— Fronte sulcada longitudinalmente, com pubescência basal.

— ♀ cabeça preta.

— Pronoto profundamente sulcado.

— Estrias do pronoto fortes, profundas e menos numerosas.

— Pubescência elitrale branca.

— Urosternito I glabro, com protuberância lateral vermelho-cobre.

A. aurocephalus Gory

— Cor dorsal verde escuro.

— Fronte depressa, glabra.

— ♀ cabeça vermelho-cobre.

— Pronoto menos profundamente sulcado.

— Estrias do pronoto mais superficiais e numerosas.

— Pubescência elitral amarela.

— Urosternito I sem protuberância, com mancha de pubescência lateral como os seguintes.

Ficou-se muito tempo na indecisão se a espécie deveria ser descrita como subespécie endêmica da Mata Atlântica, como é o caso do Agrilus chrysostictus comizon, mas a falta de dados corológicos relativos à A. aurocephalus e as notávies diferenças morfológicas, principalmente na parte ventral, fizeram-nos optar para a separação a nível específico.

Agrilus chrysifrons Kerremans, 1896

Agrilus chrysifrons Kerremans, 1896: 162.

Material examinado: BRASIL, Pará, Itacoatiara, 2 exs., XII.1965, Dirings leg.

Agrilus chrysostictoides Obenberger, 1935

Agrilus chrysostictoides Obenberger, 1935: 123.

Material examinado: BRASIL, Santa Catarina, Joinville, 7 exs., Dirings leg.; São Bento do Sul (Rio Vermelho), XII.1950, Dirings leg.; Paraná, Bocaiuva, XII.1963, Plaumann leg.; Ponta Grossa, X.1942, ex-Museu Dirings; São Paulo, Botucatu, XII.1964, Dirings leg.; São Bernardo do Campo (Represa Rio Grande), XI.1952, Dirings leg.

Agrilus chrysostictus comizon Obenberger, 1935 stat. nov.

Material examinado: BRASIL, Santa Catarina, São Bento do Sul (Rio Vermelho), 13 exs., III.1950, IX.1952, III.1961, Dirings leg.; São Bento do Sul, I.1950 e XII.1950, Dirings leg.; Timbó, X.1958, Dirings leg.; São Paulo, Bertioga, (Praia Branca – ilha), 10.IV.1976, L.R. Fontes leg.; Rio de Janeiro, Nova Friburgo (Mury), 01-31.I.1965, Gred & Guimarães leg.

Discussão: Agrilus c. chrysostictus Klug, 1825 foi descrito da Argentina. A esta espécie, após prévio exame dos tipos, deverá congregar três táxons: A. comizon Obenberger, 1935 do Brasil (localidade-tipo, Itaiaya, Rio de Janeiro, holótipo no NMPC); A. lucullus Obenberger, 1935 do Brasil (localidade-tipo: Goiás, Jataí, 2 síntipos no NMPC) e A. korsakovi Obenberger, 1935, descrito da Argentina, Paraguai e Brasil. Desta espécie visualizamos quatro síntipos, dos quais três estão conservados no NMPC e um no NHML, todos provenientes do Paraguai sem maior precisão de localidade. Não foi possível encontrar os tipos assinalados como provenientes do Brasil (São Paulo) e da Argentina, os quais poderiam, talvez, pertencer a outras formas. Por este motivo, para evitar possíveis confusões, torna-se necessária a criação do lectótipo aqui designado: Agrilus korsakovi Obenberger, 1935, Lectotypus ♂, Paraguay, J.F. Zikán leg. (NMPC).

O exame da genitalia masculina dos tipos examinados de A. lucullus e A. korsakovi (figs. 27 e 28), mostrou que não apresentam diferenças com A. c. chrysostictus Klug, 1825 (fig. 29), portanto, proponamos os seguintes sinônimos:




Agrilus c. chrysostictus Klug, 1825 (= Agrilus lucullus Obenberger, 1935 syn. nov.).

Agrilus c. chrysostictus Klug, 1825 (= Agrilus korsakovi Obenberger, 1935 syn. nov.).

Em relação à terceira espécie citada, A. comizon, o holótipo é de sexo feminino, mas graças aos exemplares provenientes de uma série de localidades dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina, conservados no MZUSP, chegou-se à conclusão de que se trata de uma subespécie de A. chrysostictus, diferenciável exclusivamente pela forma do lobo mediano do edeago mais estreito e menos ponteagudo (fig. 30). É provável que A. chrysostictus comizon ssp. nov. seja endêmico da Mata Atlântica, faunisticamente bem separada, como já afirmado na introdução, das remanescentes florestas brasileiras. De fato o tipo de A. lucullus provém do interior do território brasileiro.

Agrilus clazon Obenberger, 1933

Agrilus clazon Obenberger, 1933b: 80.

Material examinado: BRASIL, Santa Catarina, São Bento do Sul (Rio Vermelho), 1 ex., III.1960, Dirings leg.

Agrilus consularis Kerremans, 1897

Agrilus consularis Kerremans, 1897: 105.

Material examinado: BRASIL, São Paulo, São Paulo (Santo Amaro), 1 ex., XI.1951, Dirings leg.

Agrilus copraeus Obenberger, 1932

Agrilus copraeus Obenberger, 1932: 242.

Material examinado: BRASIL, Amazonas, Benjamin Constant (Rio Javari), 1 ex., XI.1963, Dirings leg.

Determinação duvidosa, à espera de uma eventual verificação.

Agrilus crapulellus Thomson, 1879

Agrilus crapulellus Thomson, 1879: 71.

Material examinado: MÉXICO, Guerrero, Acapulco, 1 ex., 08.X.961, Pereira & Halffter legg.; BRASIL, Pará, Itaituba (Rio Tapajós), 6 exs., V.1964, Dirings leg.; São Paulo, Itápolis (Fazenda Palmeiras), 2 exs., X.1945, F. Lane leg.

Agrilus crux sp. nov.

(Fig. 4)

Etimologia: do latim crux = cruz, devido ao desenho elitral mediano.

Comprimento 4,6 mm. Vértice largo com 1/3 da margem anterior do pronoto. Fronte verde-brilhante; clípeo sem carena transversal. Olhos grandes, ovais. Genas pequenas, formam um alojamento côncavo onde se posicionam as antenas em repouso. Antenas longas, pretas, lobadas no artículo IV. Pronoto fortemente deprimido nos lados, forma logo após a metade da largura, duas carenas longitudinas, agregando às duas carenas pré-umerais. Carenas marginais próximas na frente, fechadas posteriormente um pouco antes da base. Mentoneira com margem anterior sinuosa e incisa. Processo prosternal mais largo no ápice. Élitros não completamente pretos, mas com quatro (duas + duas) manchas bronzeas respectivamente no nível do úmero e no meio. Laterotergitos basais com uma mancha pubescente branca no meio. Lado ventral do corpo preto, mesosterno com pubescência branca uniforme. Mancha pubescente branca nos lados do urosternito II, em correspondência com faixa pubescente pré-ápical dos élitros. Ápice do último urosternito visível, regularmente arredondado. Todas as unhas denticuladas. Edeago como na (fig. 18).

Material tipo: Holótipo ♂: BRASIL, Minas Gerais, Serra do Caraça, 27.XI-05.XII.1972, Expedição do Museu de Zoologia da USP (MZUSP).

Discussão: A. crux sp. nov. pertence à um grupo de espécies bem definido, caracterizado pela cor preta, desenho elitral constituído por pubescência branca, que geralmente forma um X ou com forma semelhante, na parte mediana. Curletti & Brülé, na fauna da Guiana Francesa (2011) lembram com número 07. O grupo está difundido em toda a área neotropical, mas no momento, está melhor representado na América Central, com pouco mais que uma dezena de espécies. Em relação à América do Sul, são conhecidas somente duas espécies, uma brasileira, A. dolatus Kerremans, 1897 e uma guianense, A. figuratus Curletti & Brülé, 2011, mas algumas espécies provenientes deste último país estejam em processo de descrição (Curletti & Brülé, no prelo). As duas espécies sul-americanas diferem por possuirem o pronoto regularmente convexo, enquanto A. crux sp. nov. apresenta o pronto diferente e possui quatro carenas, caráter que torna a espécie inconfundível para a fauna sul-americana.

Agrilus depressifrons Kerremans, 1900

Agrilus depressifrons Kerremans, 1900: 326.

Material examinado: 2 exs., BRASIL, São Paulo, Botucatu, XI.1963, Dirings leg.; Pirassununga (Campo Cerrado), 26.IX.1945, Schubart leg.

Agrilus dioscorides Obenberger, 1935

Agrilus dioscorides Obenberger, 1935: 128.

Material examinado: BRASIL, Minas Gerais, Lambari, 15 exs., XI.1926, J. Halik leg.; Pouso Alegre, XII.1966, Pereira leg.

Agrilus dubiosus sp. nov.

(Fig. 5)

Etimologia: latim, dubiosus = duvidoso (ver notas comparativas).

Comprimento 6,6 mm. Fronte verde, microesculturada e glabra. Clípeo separado da fronte por uma fina carena transversal. Antenas verdes, denteadas a partir do antenômero IV. Olhos grandes, globosos, ocupam 4/5 da cabeça. Pronoto com carena pré-umeral inteira, unida à carena marginal antes do meio do pronoto. No lado interno da parte anterior da carena pré-umeral, uma linha de pubescência amarela, como as do élitro. Carenas marginais divididas também na base, com a submarginal levemente curva para baixo na parte posterior. Mentoneira com margem anterior não sinuada e pouco convexa. Processo prosternal com bordas laterais paralelas, espessas e em relevo. Laterotegitos com uma mancha pubescente no segmento basal. Lado ventral do corpo preto, com pubescência branca nos metepiternos e nas metacoxas. A mesma pubescência, mas no formato de manchas nos lados dos urosternitos II, III, e IV. O urosternito I apresenta linha pubescente longitudinal mediana com pouco mais do que a metade do mesmo. Pernas brônzeo-esverdeadas. Unhas anteriores bífidas. Metatarso mais longo que a metatíbia. Artículo I longo quanto a soma dos três seguintes (I = II + III + IV). Edeago fusiforme, com lobo mediano acuminado (Fig. 19).




Descrição dos parátipos: Comprimento 5,9-6,3 mm. Dois exemplares possuem élitros pretos ao invés de verde-escuro.

Material tipo: Holótipo ♂: BRASIL, Amazonas, Itacoatiara, I.1963, Dirings leg. (MZUSP). Parátipo 7 ♂♂: idem, (MZUSP & MCCI).

Discussão: A. laetabilis Kerremans, 1897, descrito de Minas Gerais, apresenta as mesmas características morfológicas que A. dubiosus e tivemos dúvida em atribuír os exemplares citados acima à uma nova espécie.

A dúvida aumenta pelo fato de A. laetabilis ter sido descrito em base à apenas um exemplar de sexo feminino, enquanto a série típica de A. dubiosus é composta apenas por machos, por isso as pequenas diferenças podem ser atribuídas a dimorfismo sexual. Todavia, a nítida diferenciação zoogeográfica (Itaituba encontra-se no coração da Amazônia) levou-nos à descrição, na esperança de que seja encontrado um macho da espécie do Kerremans e a comparação entre os respectivos edeagos possa resolver o problema definitivamente.

Os principais caracteres de diferenciação podem ser resumidos como segue:

A. dubiosus sp. nov.

— Élitros menos alongados posteriormente.

— Margem anterior do pronoto menos proeminente.

— Manchas elitrais pubescentes maiores e menos alongadas.

— Urosternito I com mancha pubescente mediana.

— Pronoto vermelho.

— Pubescência branca.

A. laetabilis Kerremans

— Élitros mais alongados.

— Margem anterior do pronoto mais projetada entre os olhos.

— Manchas elitrais pubescentes menores e mais alongadas.

— Urosternito I aparentemente glabro.

— Pronoto verde.

— Pubescência amarela.

Agrilus dysauxes Obenberger, 1933

Agrilus dysauxes Obenberger, 1933b: 67.

Material examinado: BRASIL, São Paulo, Campos do Jordão, 1 ex., 28.XII.1944, F. Lane leg.

Agrilus eversor Kerremans, 1903

Agrilus eversor Kerremans, 1903: 268.

Material examinado: 30 exs., BRASIL, Santa Catarina, Nova Teutônia, XI.1965, F. Plaumann leg.; idem, XII.1966; Anita Garibaldi, XI.1948, Dirings leg.

Agrilus fasciatellus Thomson, 1878

Agrilus fasciatellus Thomson, 1878: 87 (typus MNHN).

syn. Agrilus subfasciatus Gory, 1841: 231 (typus MNHN).

Agrilus fucatus Obenberger, 1935 syn. nov. (2 sintypi NMPC, 1 sintypus NHML).

Agrilus laelius Obenberger, 1935 syn. nov. (typus NMPC).

Agrilus subfasciatellus Obenberger, 1936 syn. nov. (typus NMPC).

Material examinado: 1 ex., Brasil, Santa Catarina, Nova Teutônia, XI.1966, F. Plaumann leg.

Agrilus femina sp. nov.

(Fig. 6)

Etimologia: latim, femina, para indicar o sexo do holótipo.

Comprimento, 9,3 mm. Pubescência, quando presente, branco-acinzentada. Fronte bronzeada, amplamente sulcada longitudinalmente como o vértice, com pubescência no sulco, na base e ao longo do clípeo, que está em relevo com relação à linha frontal e separado por uma carena transversal. Gênas revestidas pela mesma pubescência. Antenas bronzeadas, lobadas no antenômero IV (lobo pouco acentuado). Carena pré-umeral inteira, junto à margem no ângulo anterior do pronoto. Carenas marginais fortemente distanciadas na frente, unidas posteriormente antes da base. Esclerito gular com margem anterior levemente incisa na parte mediana. Processo prosternal alargado no ápice. Ápice elitral com espinho situado no prolongamento da margem elitral externa. Látero-tergitos com pubescência uniforme. Lado ventral com pubescência uniforme nas metacoxas e no metepisterno. Urosternito I com linha longitudinal de pubescência mediana basal; II e III com mancha pubescênte lateral; V glabro. Pernas bronzeadas. Metatarso mais curto que a metatíbia: metatarsômero I tão longo quanto II + III + IV.

Material tipo: Holótipo ♀: BRASIL, São Paulo, Juquitiba (Juquiá, 23º58'20"S, 47º01'24"W, 729 m), 27.XI.2010, G. Curletti leg. (MZUSP).

Discussão: As quatro duplas de manchas pubescentes elitrais e a conformação do espinho apical caracterizam a espécie. Duas outras espécies brasileiras aproximam-se morfologicamente a A. femina sp. nov.: A. inflatus Kerremans, 1897 do Amazonas e A. unicus Kerremans de Pernambuco. A. femina sp. nov. separa-se de A. inflatus pela diferente ditribuição da pubescência elitral; da segunda principalmente pela disposição diferente do espinho apical, na metade e não na margem externa.

Agrilus flaveolus Gory & Laporte, 1837

Agrilus flaveolus Gory & Laporte, 1837: 25.

Material examinado: BRASIL, São Paulo, Luiz Antonio, (Estação Ecológica de Jataí). 1 ex.

O exemplar está identificado como Agrilus octopuntatos Gory (nomen nudum); identificação de Nascimento & Del-Claro (2007).

O tipo de A. octopunctatus está na coleção Gory, mas na realidade nunca foi descrito.

Agrilus furcatipennis Gory & Laporte, 1837

Agrilus furcatipennis Gory & Laporte, 1837: 9.

Material examinado: BRASIL, Ceará, Corquejo, 1 ex., III.19... (ilegível), Dirings leg.

Agrilus fusicauda sp. nov.

(Fig. 7)




Etimologia: latim, fusus = fuso (instrumento alongado utilizado para trabalhar tecidos) e cauda = cauda, lembrando o ápice elitral fusiforme.

Comprimento 8,9 mm. Fronte ampla verde-esmeralda, glabra, largamente deprimida longitudinalmente. Clípeo complanar com a fronte, sem carena tranversal. Olhos colocados inferiormente, pouco visíveis do dorso. Antenas brônzeadas, pequenas e curtas, lobadas a partir do antenômero IV. Pronoto com largas estrias transversais alternadas e fossas ovais profundas. Carenas pré-umerais incompletas, terminadas além do terço do comprimento do pronoto. Carenas marginais soldadas antes da base. Mentoneira com margem anterior inteira, pouco arredondada na frente. Processo prosternal com espessa pubescência branco-marfim e com margens laterais paralelas. Lado ventral do corpo e laterotergitos brônzeo-escuro, praticamente glabro ou com pubescência muito curta e uniforme, com exceção do urosternito I percorrido por duas linhas longitudinais medianas e paralelas de longa pubescência amarelo-marfim. Ápice do urosternito IV, arredondado. Todas as unhas bífidas; artículo interno levemente mais curto do que o externo. Metatarso mais curto que a metatíbia, metatarsômero I mais curto do que a soma dos três seguintes (I < II + III + IV). Edeago claviforme com o ápice do lobo mediano acuminado (Fig. 20).

Descrição dos parátipos: Comprimento de 7,5-9,7 mm. Alguns exemplares são azulados na parte anterior, outros possuem o pronoto com reflexos verdes, outros uniformente bronzeados; em alguns a esparsa pubescência branca apical não é visível. As fêmeas diferem pela fronte bronzeada, por não possuirem as linhas pubescentes no urosternito I e pelo dente interno das unhas mais curto.

Material tipo: Holótipo ♂: BRASIL, São Paulo, Juquitiba, (23º58'20"S, 47º01'24"W, 723 m), 08-15.XI.2007, Curletti & P. Migliore col. sobre Senna bijuga (Fabaceae-Caesalpinioideae) (MZUSP). Parátipos: 25 exs., ♂♂ e ♀♀, idem (MZUSP, MCCI).

Discussão: A. fusicauda sp. nov. é semelhante a A. hansi Obenberger, 1933 com o qual é simpátrico, além das menores dimensões, a espécie de Obenberger difere facilmente pois não possui a carena pré-umeral no pronto.

Agrilus geminus sp. nov.

(Fig. 8)

Etimologia: geminus = gêmeo, pela semelhança e a simpatria com A. eversor.

Comprimento 7,7 mm. Fronte acentuadamente sulcada com dois lobos arredondados na parte superior, ao longo da margem interna dos olhos; pubescência amarela em volta dos lobos, na base da fronte e no clípeo. Clípeo sem carena transversal. Antenas bronzeadas, lobadas a partir do antenômero IV. Genas grandes, revestidas por pubescência branca. Carena pré-umeral interrompida nos 2/3. Carenas marginais soldadas antes do ângulo posterior. Mentoneira com margem anterior amplamente sinuada. Processo prosternal romboidal, dilatado no ápice. Laterotegitos com pubescência amarelada. Lado inferior do corpo preto com reflexos bronzeados; urosternitos com linha contínua de pubescência mediana. Pernas concolores; unhas anteriores bífidas, medianas e posteriores denticuladas. Metatarso tão longo quanto a metatíbia (I > II + III + IV). Edeago fino, com perfil ligeiramente sinuado no meio. Lobo mediano acuminado (Fig. 21).

Descrição dos parátipos: Comprimento 6,7-8 mm. Os machos possuem a fronte verde, as fêmeas pretas. Um parátipo ♂ possui o metatarso mais curto que a metatíbia, similar à ♀.

Material tipo: Holótipo ♂: BRASIL, Santa Catarina, Anita Garibaldi, I.1942, Dirings, (MZUSP). Parátipos: 5 ♂♂ e 1 ♀, idem, XI.1951, II.1952 (MZUSP & MCCI).

Discussão: A. geminus sp. nov. pode ser facilmente confundido com A. eversor Kerremans, 1903, do qual é simpátrico. Todavia, a fronte de A. eversor é lisa, pouco sulcada e desprovida dos lobos arredondados. Dorsalmente difere pelo ápice elitral arredondado e microdenticulado, enquanto em A. eversor o ápice possui sempre um dente proeminente pequeno. Ventralmente os urosternitos de A. eversor possuem uma pubescência branca dos lados do segundo e a faixa mediana termina no primeiro, enquanto a processo prosternal tem lados paralelos. Em relação aos órgãos genitais, o lobo mediano do edeago de A. geminus é mais acuminado.

Também A. subinflatus Kerremans, 1899 da Argentina (Gran Chaco) é muito semelhante, apresenta o pronoto mais largo na base do que no ápice, com margens laterais retas, não sinuaosas nos ângulos posteriores.

Agrilus giannii sp. nov.

(Fig. 9)

Etimologia: a espécie é dedicada ao amigo e colega ictiólogo Giovanni Delmastro conhecido como Gianni.

Comprimento 6,9 mm. Fronte deprimida superiormente, formando uma carena sútil, paralela à linha ocular interna. Pubescência amarelada difusa, longa e desordenada. Cor preta com reflexos verdes. Clípeo pequeno, transverso unido à base da fronte. Antenas curtas e compactas, lobadas a aprtir do antenômero IV; lobos arredondados e globosos. Pronoto sem carena pré-umeral. Carenas marginais soldadas na base. Mentoneira com margem anterior sinuada. Processo prosternal com lados paralelos. Meio dos laterotergitos basais com mancha de pubescência amarelada, igual àquela dorsal. Lado ventral do corpo preto; metacoxas e parcialmente no metaepisterno com pubescência amarelada. Mancha pubescente amarela nos lados do urosternito II. Além disso, na base do urosternito I com área de pubesência branca, curta e apenas perceptível. Ápice do último urosternito visível arredonadado. Pernas amareladas; unhas anteriores bífidas, medianas e posteriores denticuladas. Metatarso mais curto que a metatíbia: artículo I mais curto que a soma dos três seguintes (I < II + III + IV). Edeago curto e compacto, lobo mediano acuminado (Fig. 22).

Material tipo: Holótipo ♂: BRASIL, São Paulo, São Paulo (Jabaquara), XI.1951, ex-Museu Dirings (MZUSP).

Discussão: A. giannii sp. nov. é inconfundível no âmbito da fauna neotropical. Todavia, o pronto marcado por duas nítidas depressões centrais e a composição da pubescência elitral o tornam próximo à A. bifoveicollis Kerremans, 1897, do qual difere notavelmente pelas menores dimensões, pelo formato e a distribuição da pubescência dorsal.

Agrilus globulus sp. nov.

(Fig. 10)

Etimologia: latim, "globulus" pelo ápice do lobo mediano do edeago arredondado.

Comprimento 5,3 mm. Fronte plana também em vista dorsal, verde-esmeralda, glabra. Clípeo na mesma linha frontal, sem carena divisória. Olhos pequenos, pouco alongados inferiormente, genas grandes revestidas por pubescência branca brilhante. Antenas curtas, verde-bronzeadas, com os artículos I e II globosos e maiores que os restantes. Pronoto com escultura composta por estrias superficiais, intercaladas por interestrias mais superficiais e estreitas, alternadas em pontos profundos e alongados. Carenas pré-umerais inteiras. Carenas marginais soldadas antes da base. Mentoneira com margem anterior levemente sinuada. Processo prosternal grande, com pubescência branca e margens laterais subparalelas. Microdenticulação apical dos élitros pouco evidente e desorganizada. Laterotergitos com pubescência branca uniforme, breve e pouco evidente. Mesma pubescência no metepisternos e nas metacoxas. Urosternitos glabros, exceto por uma linha de pubescência branca longitudinal na parte mediana do urosternito I. Unhas com dente interno levemente mais curto e mais engrossado que o externo. Metatarso tão longo quanto a metatíbia: metatarsômero I mais longo que a soma dos dois seguintes (I > II + III). Edeago com ápice do lobo mediano largamente arredondado (Fig. 23.)

Descrição dos parátipos: Comprimento 4,8-5,5 mm. Alguns exemplares apresentam o vértice e a parte anterior do pronoto azul. As fêmeas se diferenciam pela fronte bronzeada; metatarsômero mais curto que a metatíbia; ausência de pubescência no urosternito I e na apófise prosternal.

Material tipo: Holótipo ♂: BRASIL, São Paulo, Juquitiba, (723 m, 23º58'20"S, 47º01'24"W), 03.XI.2007, Curletti & P. Migliore col. on Senna bijuga (Fabaceae-Caesalpinioideae) (MZUSP). Parátipos: 60 exs., ♂♂ e ♀♀, idem (MZUSP, MCCI).

Discussão: A. globulus sp. nov. pertence ao grupo de espécies mais difundidas nas zonas temperadas do sul do neotrópico. A espécie que mais se aproxima é A. kaszabi Pochon, 1967 descrito da Argentina. Esta última espécie, porém, apresenta apenas um par de manchas pubescentes elitrais, o escapo arredondado e o pronto mais globoso.

Agrilus goryi Saunders, 1871

Agrilus goryi Saunders, 1871: 114.

syn. Agrilus mucronatus Gory & Laporte, 1872 (nom. praeocc. Klug, 1825).

Material examinado: BRASIL, Amapá, Rio Amaperi, 1 ex., VIII.69, J. Lane leg.

Agrilus gravenhorsti Obenberger, 1935

Agrilus gravenhorsti Obenberger, 1935: 126.

Material examinado: 2 exs., BRASIL, São Paulo, Indiana, XII.1942, Dirings leg.; Goiás, Ribeirão Vãozinho, 12.II.1962, J. Bechiné leg.

Agrilus grilloi Obenberger, 1933

Agrilus gravenhorsti Obenberger, 1935b: 33.

Material examinado: 6 exs., BRASIL, Santa Catarina, Rio Vermelho, XII.1952, Dirings leg.; São Paulo, Campos do Jordão, 29.XII.1944, F. Lane leg.; Mairiporã, 04-13.I.1967, C. Costa leg.

Agrilus honorius Obenberger, 1933

Agrilus honorius Obenberger, 1933b: 52.

Material examinado: BRASIL, São Paulo, São Paulo (Morumbi), 1 ex., II.1955, Dirings leg.

Agrilus inachus Obenberger, 1935

Agrilus inachus Obenberger, 1935: 124.

Material examinado: BRASIL, São Paulo, São Paulo (Cantareira), 3 exs., XII.1950, Dirings leg.

Agrilus kormilevi Bílý, 1975

Agrilus kormilevi Bílý, 1975: 1.

Material examinado: 9 exs., BRASIL, Santa Catarina, Nova Teutônia, II.1966, F. Plaumann leg.; idem, X.1965; idem, XII.1965; idem, X.1966; idem, XI.1966; Anita Garibaldi, XII.1950, Dirings leg.; idem, XII.1951; Joinville, (Rio Braçinho), Dirings leg.

Agrilus languidus Chevrolat, 1838

Agrilus languidus Chevrolat, 1838: 92.

Material examinado: BRASIL, São Paulo, São Paulo (Jabaquara), 1 ex., X.1951, Dirings leg.

Agrilus lavoisieri Obenberger, 1933

Agrilus lavoisieri Obenberger, 1933a: 19.

Material examinado: BRASIL, Santa Catarina, Rio Vermelho, 1 ex., XII.1950, Dirings leg.

O exemplar foi atribuído com dúvida a esta espécie descrita de São Paulo.

Agrilus leucostictus (Klug, 1825)

Buprestis leucosticta, Klug, 1825: 427.

Material examinado: ARGENTINA, Buenos Aires, Departamento Puan (Felipe Sola) 1 ex., XI.1959, A. Martinez leg.

Agrilus linnei Obenberger, 1933

Agrilus linnei Obenberger, 1933a: 24.

Material examinado: BRASIL, Santa Catarina, Joinville, 1 ex., Dirings leg.; Nova Teutônia, 3 exs., XII.1936, B. Pohl leg.

Agrilus lucens Kerremans, 1897

Agrilus lucens Kerremans, 1897: 91 (typus NHML).

Agrilus auriceps Kerremans, 1889 syn. nov. (typus NHML).

Agrilus barrandei Obenberger, 1933 syn. nov. (holotypus NMPC).

Material examinado: BRASIL, Mato Grosso, Barra do Tapirapé, 1 ex., XII.1960, B. Malkin leg.

Agrilus luderwaldti Obenberger, 1933

Agrilus luderwaldti Obenberger, 1933a: 11.

Material examinado: 4 exs., BRASIL, Santa Catarina, Florianópolis, M. Tavares, XII.[18]97?, Lane leg.; Joinville, I.1943, Dirings leg.; idem, X.1943; Pará, Itaituba, Rio Tapajós, VI.1962, Dirings leg.

Agrilus major Waterhouse, 1889

Agrilus major Waterhouse, 1889: 90.

Material examinado: MÉXICO, Guerrero, Acapulco, 1 ex., 06-07.X.961, Pereira & Halffter legg.

Agrilus mansuetus Thomson, 1879

Agrilus mansuetus Thomson, 1879: 59.

Material examinado: 2 exs., BRASIL, Goiás, Leopoldo Bulhões, XII.1950, Dirings leg.; Mato Grosso do Sul, Três Lagoas, (Fazenda Beija-flor), 15-30.V.1964, Expedição do Departamento de Zoologia leg.

Agrilus martinsi sp. nov.

(Fig. 11)

Etimologia: a espécie é dedicada com estima ao Professor Ubirajara Martins de Souza de São Paulo, coletor da espécie.

Comprimento 5,2 mm. Fronte dourada, glabra. Clípeo sem carena transversal. Antenas curtas, azul-metálicas, lobadas a partir do IV antenômero. Pronoto com pubescência branco-prateada e brilhante na base. Carena pré-umeral ausente. Carenas marginais unidas anterior e posteriormente, mais distânciadas no meio. Esclerite gular com margem anterior inteira. Processo prosternal com lados paralelos. Lado ventral do corpo preto. Mesosterno regularmente pubescente de branco. Urosternito I com pubescência branca na parte médio-anterior, II e III com mancha de pubescência lateral. Pernas pretas. Unhas simplismente denticuladas. Metatarso mais curto que a metatíbia, com artículo I mais longo do que II + III + IV.

Material tipo: Holótipo ♀: BRASIL, São Paulo, Itu (Fazenda Pau d'Alho), IX.1959, U.R. Martins leg. (MZUSP).

Discussão: O conjunto do pronoto vermelho na parte anterior e o desenho da pubescência elitral fazem com que a espécie seja única na fauna neotropical.

Agrilus matho Obenberger, 1933

Agrilus matho Obenberger, 1933a: 18.

Material examinado: BRASIL, Santa Catarina, Rio Vermelho, 8 exs., XII.1950, Dirings leg.

Agrilus mrazi (Obenberger, 1933)

Paradomorphus mrazi Obenberger, 1933b: 152.

Material examinado: BRASIL, São Paulo, São Paulo (Cantareira), 1 ex., XI.1951, Dirings leg.

Agrilus multispinosus (Klug, 1827)

Buprestis multispinosa Klug, 1825: 476.

A estas espécies é atribuído com o benefício da dúvida um exemplar proveniente do Brasil, São Paulo, São Paulo (Jabaquara), XII.1953, Dirings leg.

Agrilus neuquensis Kerremans, 1903

Agrilus neuquensis Kerremans, 1903: 269.

Material examinado: ARGENTINA, Buenos Aires, Buenos Aires, 2 exs., Dirings leg.

Agrilus palilogus Obenberger, 1933

Agrilus palilogus Obenberger, 1933b: 56.

Material examinado: BRASIL, São Paulo, São Paulo (Jabaquara), 1 ex., XI.1956, Dirings leg.

Agrilus paradelphus Obenberger, 1933

Agrilus paradelphus Obenberger, 1933b: 3956.

Material examinado: BRASIL, Minas Gerais, Monte Verde, 1 ex., 23.XII.1970, Halik leg.

Agrilus paulensis Obenberger, nom nud.

Material examinado: BRASIL, São Paulo, Monte Alegre, (Fazenda Nossa Senhora da Incarnação), 1 ex., 14-27.X.1942, L. Travassos Filho & R.F. Almeida legg.

O exemplar em questão é atribuível a essa espécie, cujo tipo está conservado no NHML. É preferível adiar a descrição para conseguir mais material que permita uma melhor caracterização.

Agrilus piscis Gory, 1841

Agrilus piscis Gory 1841: 207 (typus MNHN).

Graças à examinação do holótipo de Agriloides bipunctatus Cobos preservado no MZUSP e do holótipo de A. piscis do MNHN foi possível estabelecer a perfeita identidade destes dois exemplares, portanto foi proposta a sinonimia seguinte:

Agrilus piscis Gory, 1841 (= Agriloides bipunctatus Cobos, 1967 syn. nov.)

Agrilus postulator Kerremans, 1897

Agrilus postulator Kerremans, 1897: 60.

Material examinado: BRASIL, Paraná, Caviúna (atual Rolândia), 1 ex., XI.1956, Dirings leg.

Agrilus profugellus Thomson, 1897

Agrilus profugellus Thomson, 1897: 68.

Material examinado: BRASIL, São Paulo, São Paulo (Morumbi), 1 ex., XII.1953, Dirings leg.

Agrilus prolixus Kerremans, 1897

Agrilus prolixus Kerremans, 1897: 68.

Material examinado: BRASIL, Santa Catarina, Nova Teutônia, 1 ex., X.1966, F. Plaumann leg.

Agrilus pseudosimilanus Obenberger, 1933

Agrilus pseudosimilanus Obenberger, 1933b: 79.

Material examinado: BRASIL, Pará, Belém (Marituba), 1 ex., VIII.1964, E. Dente leg.

Agrilus puniceus Kerremans, 1897

Agrilus puniceus Kerremans, 1897: 117.

Material examinado: BRASIL, Pará, Canindé (Rio Gurupì), 1 ex., XII.1964, B. Malkin leg.

Agrilus quattuordecimsignatus Obenberger, 1935

Agrilus quattuordecimsignatus Obenberger, 1935: 111.

Material examinado: BRASIL, São Paulo, São Paulo (Cantareira), 1 ex., XI.1951, Dirings leg.

Agrilus raphelisi Obenberger, 1923

Agrilus raphelisi Obenberger, 1923a: 78.

Material examinado: AUSTRÁLIA, New South Wales, 2 exs., 04.XI.1951.

Agrilus ribeiroi sp. nov.

(Fig. 12)

Etimologia: a espécie é dedicada ao amigo Prof. Sérvio Pontes Ribeiro da Universidade Federal de Ouro Preto, que participou com os autores de diversas coletas.

Comprimento 13,3 mm. Fronte fortemente sulacada, deprimida, com três linhas verticais de pubescência amarela, pruinosa, na base, uma mais longa no centro e duas mais curtas ao longo dos olhos. Genas pequenas, estreitas, revestidas pela mesma pubescência. Antenas compridas, lobadas no quarto artículo; antenômeros distais com lobo acuminado. Carena pré-umeral inteira. Carenas marginais fortemente sinuosas, pouco distânciadas entre si e unidas anteriormente na base. Mentoneira com margem anterior incisa e com um tufo de pelos longos, vermelho-tijolo, na base. Processo prosternal com margem em formato romboidal pouco acentuada. Élitros com uma marcada "goteira" perisutural. Além da dupla de manchas pré-apicais pubescentes nota-se outras duas duplas pequenas e pouco visíveis de pontos pubescentes brancos, respectivamente antes do meio e entre 3/4 do comprimento elitral. Ápice fortemente denticulado, com um dente maior e mais acuminado no centro e um levemente menor ao longo da linha sutural. Laterotergitos com pubescência amarela. Lado ventral brônzeo; uma linha larga de pubescência amarela está presente na parte mediana do metasterno e do urosternito I; uma mancha pubescente da mesma cor nos lados basais do urosternito II. Urosternito I com dois pequenos tubérculos na parte médio-posterior. Pernas de colaração bronze; unhas anteriores bífidas. Metatarso mais longo que a metatíbia: artículo I mais longo do que II + III + IV + V. Edeago com lobo mediano e ápice arredondado, mas terminando com uma apófise acuminada. (Fig. 24).

Material tipo: Holótipo ♂: BRASIL, São Paulo, Juquitiba (23º58'20"S, 47º01'24" W), 02.XI.2007, Curletti & P.L. Migliore leg., sobre Senna bijuga (Fabaceae) (MZUSP).

Discussão: A. ribeiroi sp. nov. é muito semelhante a A. gracchus Obenberger, 1935 assinalado para o Estado de Minas Gerais (Mar de Espanha) e por nós encontrado na Parque Estadual do Rio Doce (Minas Gerais), em XI.2010. A tabela abaixo permite separar as duas espécies:

Agrilus ribeiroi sp. nov.

— Cor bronzeada com pubescência amarela.

— Formato esbelto e alongado.

— Antenômeros apicais com lobo acuminado.

— Mentoneira levemente incisa.

— Laterotergitos pubescentes.

— Três pares de manchas elitrais das quias as duas anteriores são apenas perceptíveis.

— Unhas medianas e posteriores bífidas.

— Edeago com perfil mais estreito e alongado.

— Edeago claviforme.

— Pênis com ápice arredonadado com apófise apical acuminada.

Agrilus gracchus Obenberger

— Cor preta com pubescência branca.

— Forma compacta e curta.

— Antenômeros apicais com lobo arredondado.

— Mentoneira amplamente sinuada.

— Pubscência apenas no segundo laterotergito.

— Apenas dois pares de manchas elitrais pubescêntes aquele anterior maior.

— Todas as unhas bífidas.

— Pênis com ápice acuminado.

Agrilus rimosicollis Kerremans, 1897

Agrilus rimosicollis Kerremans, 1897: 111.

Material examinado: BRASIL, Goiás, Dianópolis, 1 ex., 11-14.I.1962, J. Bechyné leg.

Identificação duvidosa tratando-se de uma fêmea.

Agrilus sacer Kerremans, 1903

Agrilus sacer Kerremans, 1903: 332.

Material examinado: BRASIL, Goiás, Goituba, 3 exs., X.1943, Dirings leg.

Agrilus sainthilairei Obenberger, 1933

Agrilus sainthilairei Obenberger, 1933b: 39.

Material examinado: 7 exs., BRASIL, Santa Catarina, Rio Vermelho, III.69, Dirings leg.; Minas Gerais, Ouro Preto, (Topázios), 22.II.1962, J. Bechyné leg.

Agrilus similanus Obenberger, 1933

Agrilus similanus Obenberger, 1933b: 78.

Material examinado: BRASIL, Santa Catarina, Nova Teutônia, 1 ex., XII.1965, F. Plaumann leg.

Agrilus simplicellus Thomson, 1879

Agrilus simplicellus Thomson, 1879: 63.

Material examinado: BRASIL, Minas Gerais, Monte Verde, 1 ex. 19.II.1969, J. Halik leg.

Agrilus solemnis Obenberger, 1924

Agrilus solemnis Obenberger, 1924: 127.

Material examinado: AUSTRÁLIA, Queensland, Clump point, 1 ex., X.51.

Agrilus terraereginae Blackburn, 1892

Agrilus terraereginae Blackburn, 1892: 220.

Material examinado: AUSTRÁLIA, Queensland, Cairns 1 ex., 02.I.52.

Agrilus thoracicus Gory & Laporte, 1837

Agrilus thoracicus Gory & Laporte, 1837: 58.

Material examinado: 4 exs., CHILE, Coquimbo, Zapallar, 21.X.1958 Dirings leg.; Santiago, Pudahuel, 12.XI.1953, Dirings leg.

Agrilus timorosus sp. nov.

(Fig. 13)

Etimologia: Italiano, timoroso = temeroso, pela notával agilidade das espécies pertencentes deste gênero.

Comprimento 5,6 mm. Fronte levemente sulcada longitudinalmente, micro-pontuada, serícea, glabra e verde-esmeralda. Lados do clípeo em relevo, sem carena transversal. Antenas verdes lobadas a partir do antenômero V. Pronoto com carenas pré-umerais salientes, interrompidas no terço do comprimento do pronoto. Carenas marginais soldadas na base. Mentoneira muito pubescente, proeminente, com margem anterior arredondada. Processo prosternal romboidal, pubescente como a mentoneira: tal pubescência é composta por pelos longos e brancos que mascaram o teguments. Lado ventral do corpo bronzeado. Urosternito I com larga linha de pubescência branca, brilhante, que mascara o sulco longitudinal que é tão longo quanto o próprio urosternito. Urosternitos restantes praticamente glabros. Ápice do urosternito V arredondado. Pernas bronzeadas, com exceção do meso- e metafêmures que são verdes. Metarso tão longo quanto a metatíbia (I = II + III + IV). Unhas anteriores bífidas, medianas e posteriores denticuladas. Edeago fortemente quitinizado, estreito e alongado, com lobo mediano arredondado (Fig. 25).

Descrição dos parátipos: Comprimento 5,4-5,9 mm. As fêmeas têm, semelhante ao macho, a fronte verde, mas com a parte basal e clípeo vermelhos. Antenas menores, curtas e menos lobadas; não possuem pubescência na mentoneira, no processo prosternal e no meio do urosternito I. Notam-se duas manchas pubescentes, pouco aparentes, nos lados dos dois urosternitos apicais. Os laterotergitos são uniformemente pubescentes, enquanto no holótipo ♂ são praticamente glabros. Metatarso menos longo do que a metatíbia. Um exemplar macho apresenta reflexos vagos, verdes, no pronoto.

Material tipo: Holótipo ♂: BRASIL, Santa Catarina, Nova Teutônia, X.1961, F. Plaumann leg. (MZUSP). Parátipos: 3 ♂♂ e 2 ♀♀ idem, X.1961, IX.1966 e XII.1966 (MZUSP & MCCI).

Discussão: A. timorosus sp. nov. pertence a um grupo difícil e muito difundido no neotrópico, caracterizado por três pares de manchas elitrais dispostas respectivamente, no úmero, antes do meio e no 3/4 elitrais, pares de manchas medianas alongadas e paralelas à sutura. A fauna brasileira compreende mais de vinte espécies, entre as quais, para citar as mais semelhantes: A. badius Kerremans 1897, A. barrandei Obenberger 1933, A. bellator Kerremans 1900, A. cartesias Obenberger 1933, A. clangedon Obenberger 1933, A. clazon Obenberger 1933, A. comptus Kerremans 1900, A. dysauxes Obenberger 1933, A. grouvellei Kerremans 1896, A. hansi Obenberger 1933, A. inornantus Kerremans 1896. A espécie que mais se assemelha à A. timorosus sp. nov. é A. copraeus Obenberger 1932. Esta espécie difere por possuir a carena pré-umeral inteira, base da fronte pubescente e as antenas denticuladas a partir do antenômero IV.

Agrilus tullius Obenberger, 1933

Agrilus tullius Obenberger, 1933b: 60.

Material examinado: 82 exs., BRASIL, Santa Catarina, Nova Teutônia, IX.1966, Plaumann leg.; idem, X.1966; Anita Garibaldi, IX.1950, Dirings leg.; Joinville, X.1944, Dirings leg.

Agrilus utens Kerremans, 1897

Agrilus utens Kerremans, 1897: 62.

Material examinado: BRASIL, São Paulo, São Paulo (Cantareira), 1 ex., 19.XI.1967, J. Halik leg.

Agrilus vanini sp. nov.

(Fig. 14)

Etimologia: a espécie é dedicada ao Prof. Sérgio Antonio Vanin da Universidade de São Paulo, em sinal de apreço e amizade.

Comprimento 6,1 mm. Fronte glabra, azul-escura como o pronoto e amplamente deprimida. Clípeo elevado em relação à linha frontal, separado dela por uma carena em forma de V aberto. Antenas curtas com reflexos bronzeados, denteadas a partir do antenômero V. Pronoto com carenas pré-umerais inteiras. Carenas marginais soladadas a 1/4 da base do pronoto. Mentoneira com margem anterior amplamemnte sinuada. Processo prosternal largo, com lados sinuosos no meio. Élitros com uma marcada carena pos-úmeral. Laterotergitos verdes brilhantes, glabros. Lado ventral do corpo glabro, com metasterno bronzeado e urosternitos preto-azulados. Pernas com todas as unhas simplesmente denticuladas. Metatarso mais curto do que a metatíbia; metatarsômero I tão longo quanto a soma dos dois seguintes (I = II + III).

Material tipo: Holótipo ♀: BRASIL, Minas Gerais, Parque Estadual do Rio Doce, (19º45'48"S, 42º37'54"W), 20.XI.2010, Curletti & L. Migliore col. (MZUSP).

Discussão: A presença das costas elirais sub-umerais coloca A. vanini sp. nov. em um grupo de espécies bem caracterizadas, que no Brasil compreende: A. mrazi Obenberger 1933, A. pictipennis Gory & Laporte 1837, A. vinitius Obenberger 1933. De todas essas espécies diferencia-se pelas menores dimensões, pela coloração e pelos élitros glabros.

Esse grupo poderia apresentar um dimorfismo sexual acetuado: o síntipo de A. mrazi, conservado no NHML é um macho e, ao contrário dos cinco síntipos fêmeas, presentes no NMPC, é caracterizado pelo pronoto azul e os élitros roxos; possui coloração semelhante a A. vanini sp. nov. com margem do pronoto e calo umeral verdes. Todavia, o macho da espécie de Obenberger diferencia-se pela pubescência em formato Y na metade basal dos élitros, pela carena pré-umeral inteira e pelos urosternitos uniformenete pubescentes.

Agrilus verutus Kerremans, 1897

Agrilus verutus Kerremans, 1897: 67.

Material examinado: BRASIL, Minas Gerais, Catas Altas (Serra do Caraça), 1 ex., 27.XI-05.XII.1972, Expedição do Museu de Zoologia leg.

Agrilus villus Curletti & Brûlé, 2011

Agrilus villus Curletti & Brûlé, 2011: 24.

Material examinado: BRASIL, Amapá, Rio Felício, 1 ex., 03.VIII.1969, J. Lane leg.

Agrilus vinitius Obenberger, 1933

Agrilus vinitius Obenberger, 1933a: 22.

Material examinado: BRASIL, São Paulo, São Bernardo do Campo (Represa Rio Grande), 1 ex., Museu Dirings.

Agrilus violacellus Thomson, 1879

Agrilus violacellus Thomson, 1879: 67 (holotypus MNHN).

Agrilus bathyllus Obenberger, 1933 syn. nov. (holotypus NMPC).

Material examinado: 13 exs., BRASIL, Santa Catarina, Rio Vermelho, XI.1950 Dirings leg.; idem, XII.1950; idem, I.1952; idem, XII.1952; idem XI.1958; Joinville, Dirings leg.; Timbó, IV.1956, Dirings leg.; São Bento do Sul, XII.1950, Dirings leg.; Paraná, Rolândia, I.1950, Dirings leg.

Agrilus vitellius Obenberger, 1935

Agrilus vitellius Obenberger, 1935: 139.

Material examinado: BRASIL, São Paulo, 1 ex.

Agrilus votus Kerremans, 1897

Agrilus votus Kerremans, 1897: 70.

Material examinado: 7 exs., BRASIL, Santa Catarina, Anita Garibaldi, I.1942, Dirings leg.; São Paulo, Assis, I.1942, Museu Dirings.

Agrilus xiphion Obenberger, 1933

Agrilus xiphion Obenberger, 1933b: 41.

Material examinado: BRASIL, Goiás, Dianópolis, 1 ex., 11-14.I.1962, Bechyné leg.

Agrilus yeti sp. nov.

(Fig. 15)

Etimologia: o corpo pubescênte lembra a imagem do "abominável homem das neves".

Comprimento 6,9 mm. Fronte larga, brônzeo-escura, sulcada na parte posterior e deprimida na anterior; duas placas lisas, medianas e margens internas dos olhos, revestidas por uma pubescência dourada. Clípeo com a mesma pubescência. Olhos grandes, com genas pequenas cobertas por pubescência branca. Carena pré-umeral arqueada, interrompida, com comprimento cerca de 1/3 do pronoto. Carenas marginais separadas na base. Mentoneira com margem anterior amplamente sinuada. Processo prosternal com pubescência branca intensa; lados paralelos. O ápice elitral acobreado, visto dorsalmente. Laterotergitos com pubescencia amarelo-ouro. Lado ventral do corpo preto com Mesosterno com pubescência branca uniforme. Manchas grandes da mesma pubescência nos lados dos urosternitos. Pernas pretas com reflexos brônzeo-metálicas; unhas anteriotes bífidas e posteriores denticuladas. Metatarso mais curto que a metatíbia: metarsômero I mais longo do que os três seguintes (I > II + III + IV), metarsômero V quase tão longo quanto o I (II + III + IV < V). Edeago estreito, com lados subparalelos e lobo mediano acuminado (Fig. 26).

Descrição dos parátipos: Comprimento 7,4-8 mm. Não foram encontradas diferenças dignas de descrição.

Material tipo: Holótipo ♂: BRASIL, Santa Catarina, Rio Vermelho, IX.1950, Dirings (MZUSP). Parátipos: ♂ BRASIL, Santa Catarina, Joinville, 1 ex., Dirings (MZUSP); ♂, São Bento do Sul, 1 ex., V.1949, Dirings leg. (MZUSP); ♂, Amazonas, Benjamin Constant (Rio Javari), 1 ex., XI.1961, Dirings (MCCI).

Discussão: As dimensões, juntamente com a distribuição e a cor da pubescência, tornam a espécie inconfundível para a fauna brasileira.

Espécie de ampla distribuição, sendo encontrada tanto na Amazônia quanto no sul da Mata Atlântica, fato este, que traz algumas dúvidas, tanto que a localidade amazônica deve ser confirmada.

Agriloides agoretus (Obenberger, 1935) comb. nov.

Agrilus agoretus Obenberger, 1935: 133

Material examinado: BRASIL, Goiás, Jataí (Faz. Cachoeirinha), 1 ex., X.1962, Exp. do Departamento de Zoologia.

Exame do typus (NMPC), mostrou que a espécie descrita como Agrilus na realidade pertence ao gênero Agriloides Kerremans, 1903.

Autarcontes posticalis (Gory & Laporte, 1835) comb. nov.

Agrilus posticalis Gory & Laporte, 1837: 6.

Material examinado: BRASIL, Santa Catarina, Joinville, 1 ex., XII.1942, Dirings leg.

A espécie descrita em Agrilus deve ser transferida ao gênero Autacontes Waterhouse, 1837.

Além das espécies acima, estão presentes na coleção, outras espécies já identificadas. Segue o elenco acrìtico:

Agrilus aculeatus Gory, 1841

Agrilus aculeatus Gory, 1841: 210.

Material examinado: Estac. R.d.S. – E.S.P. 1 ex., Kerremans det.

Agrilus argentinus Kerremans, 1903

Agrilus argentinus Kerremans, 1903: 271.

Material examinado: 1 ex., Cótipo.

Agrilus asiaticus Kerremans, 1898 (sub planefasciatus Obenberger, 1936)

Agrilus asiaticus Kerremans, 1898: 178.

syn. planefasciatus Obenberger, 1936: 115.

Material examinado: JAPÃO, Tokyo, Niffara ?, 1 ex., 17.VI.1962, N. Nakamura leg., Nakamura det.

Agrilus auricollis Kiesenwetter, 1857

Agrilus auricollis Kiesenwetter, 1857: 149.

Material examinado: ITÁLIA, Lazio, Roma dint. 1 ex.

Agrilus bonariensis Kerremans, 1903

Agrilus bonariensis Kerremans, 1903: 270.

Material examinado: 1 ex., Cótipo.

Agrilus bruchi Kerremans, 1903

Agrilus bruchi Kerremans, 1903: 270.

Material examinado: 1 ex., Cótipo.

Agrilus caroli Kerremans, 1903

Agrilus caroli Kerremans, 1903: 273.

Material examinado: 1 ex., Cótipo.

Agrilus deceptorosus Obenberger, 1933

Agrilus deceptorosus Obenberger, 1933b: 32.

Material examinado: BRASIL, Santa Catarina, Nova Teutônia, 1 ex., VIII.1936. B. Pohl leg.

Agrilus decoloratus ssp. alazon Lewis, 1893

Agrilus decoloratus ssp. alazon Lewis, 1893: 213.

Material examinado: JAPÃO, Kiushu, 1 ex.

Agrilus deliciosus Kerremans, 1897

Agrilus deliciosus Kerremans, 1897: 81.

Material examinado: BRASIL, Paraná, Curitiba, 1 ex., II.1938, Dirings leg. Nick. det.; São Paulo, São Paulo (Cantareira), 1 ex., III.1939, Dirings leg., Nick. det.

Agrilus derasofasciatus Lacordaire in Boisduval & Lacordaire, 1835

Agrilus derasofasciatus Lacordaire in Boisduval & Lacordaire, 1835: 613.

Europa largamente distribuída.

Agrilus diaguita Moore, 1985

Agrilus diaguita Moore, 1985: 122.

Material examinado: CHILE, Coquimbo, Elqui, 1 ex., 15.XII.1988, Castillo leg. L.E. Peña det. 1991.

Agrilus dilaticornis Kerremans, 1897

Agrilus dilaticornis Kerremans, 1897: 86.

Material examinado: BRASIL, Santa Catarina, Nova Teutônia, 1 ex., XII.1936, B. Pohl leg.

Agrilus discalis Saunders, 1873

Agrilus discalis Saunders, 1873: 514.

Material examinado: JAPÃO, Ongui, Houco, 1 ex., N. Inahara leg.

Agrilus flaveolus Laporte & Gory, 1837

Agrilus flaveolus Laporte & Gory, 1837: 25.

Material examinado: 3 exs., BRASIL, Minas Gerais, Araguari III.1930, R. Spitz leg.; 1 ex., 24.II.1930 R. Spitz leg. Apt. det.

Agrilus granulicollis Laporte & Gory, 1837

Agrilus granulicollis Laporte & Gory, 1837: 29.

Material examinado: BRASIL, Minas Gerais, Araguari, 1 ex., XII.1931, R. Spitz leg. Apt. det. 1934.

Agrilus korsakovi Obenberger, 1935

Agrilus korsakovi Obenberger, 1935: 122.

Material examinado: BRASIL, São Paulo, Campos do Jordão, 2 exs., XII.1955 J. Lane leg. A. Cobos det.

Agrilus lewisellus Kerremans, 1903

Agrilus lewisellus Kerremans, 1903: 287.

Material examinado: JAPÃO, Tokyo, Hihawa, 3 exs., 17.V.1960, N. Inahara leg. Inahara det.

Agrilus maculatus Laporte & Gory, 1837

Agrilus maculatus Laporte & Gory, 1837: 17.

Material examinado: BRASIL, Bahia, Vila Nova, 1 ex., 1908, E. Garbe leg.; 1 ex., São Paulo, Avanhadava, 1903, E. Garbe leg. Kerremans det. 1908.

Agrilus mansuetus Thomson, 1879

Agrilus mansuetus Thomson, 1879: 59.

Material examinado: BRASIL, São Paulo, Franca, 1 ex., X.1910, E. Garbe leg. Théry det.: Agrilus mansuetus var.?

Agrilus neuquensis Kerremans, 1903

Agrilus neuquensis Kerremans, 1903: 269.

Permuta com Museu de La Plata. 2 exs., Cótipos.

Agrilus oceanicus Cobos, 1959

Agrilus oceanicus Cobos, 1959: 465.

Material examinado: Parátipos, BRASIL, Pernanbuco, Ilha Fernando de Noronha, 9 exs., V.1954, M. Alvarenga leg.

Agrilus opimus Kerremans, 1897

Agrilus opimus Kerremans, 1897: 98.

Material examinado: BRASIL, Paraná, Curitiba, 1 ex., XII.1938 Claretianos leg., Cobos det. 1953.

Agrilus otiosus Say, 1833

Agrilus otiosus Say, 1833: 68.

Material examinado: BRASIL, Sertão da Diamantina (Fazenda das Melancias), 1 ex.

Notas: Se trata quase certamente de um error de determinação já que a espécie é Neartica.

Agrilus pabulator Obenberger, 1932

Agrilus pabulator Obenberger, 1932: 239.

Material examinado: BRASIL, Santa Catarina, Nova Teutônia, 2 exs., XI.1942, Plaumann leg. Dirings det.; 1 ex., São Paulo, Ribeirão Pires, I.1943, Dirings leg. et det.; 1 ex., São Paulo (Cantareira) III.1940, Dirings leg. et det.

Agrilus pauperculus Gory, 1841

Agrilus pauperculus Gory, 1841: 262.

Material examinado: BRASIL, Minas Gerais, Sertão de Diamantina (Fazenda das Melancias), 1 ex., X-XI.1902, E. Gounelle leg. (identificado por Kerremans como A. umbratus; identificado por Théry como Agrilus pauperculus).

Agrilus pilosovittatus Saunders, 1873

Agrilus pilosovittatus Saunders, 1873: 515.

Material examinado: JAPÃO, Tokyo, Niffara ?, 1 ex., 17.VII.1982 N. Inahara leg. N. Inahara det.

Agrilus posticalis Gory & Laporte, 1837

Agrilus posticalis Gory & Laporte, 1837: 6.

Material examinado: BRASIL, Minas Gerais, Pouso Alegre, 1 ex., I.1960, Pe. Pereira leg., Cobos det. 1963.

Agrilus profugellus Thomson, 1878 (sub dimidiatus Waterhouse, 1889)

Agrilus profugellus Thomson, 1878: 68.

Material examinado: BRASIL, Paraná, Curitiba, 5 exs.

Agrilus pyrosurus Gory & Laporte, 1837

Agrilus pyrosurus Gory & Laporte, 1837: 7.

Material examinado: BRASIL, Gôiania, Dianópolis, 1 ex.

Agrilus ruficollis (Fabricius, 1787)

Buprestis ruficollis Fabricius, 1787: 184.

Material examinado: BRASIL. São Paulo, São Paulo (Ipiranga), 1 ex., 17. XII.1907, Luederwaldt leg. Kerremans det.

Agrilus saltensis Kerremans, 1903

Agrilus saltensis Kerremans, 1903: 267.

Material examinado: Cótipo, Argentina, Tucuman, XII.1897, C. Bruch leg. Permuta com Museu de La Plata.

Agrilus siren Gory, 1841

Agrilus siren Gory, 1841: 211.

Material examinado: BRASIL, Minas Gerais, Mar de Espanha, 1 ex., 29.III.1908 J.F. Zikán leg.

Agrilus sospes Lewis, 1893

Agrilus sospes Lewis, 1893: 334.

Material examinado: JAPÃO, Tokyo, 4 exs.

Agrilus spinipennis Lewis, 1893

Agrilus spinipennis Lewis, 1893: 332.

Material examinado: JAPÃO, Tokyo, 6 exs.

Agrilus sulcatulus Chevrolat, 1835

Agrilus sulcatulus Chevrolat, 1835: 139.

Material examinado: MÉXICO, 3 exs.

Agrilus thoracicus Gory & Laporte, 1837

Agrilus thoracicus Gory & Laporte, 1837: 58.

Material examinado: CHILE, Santiago, Lampa, 31 exs., X.1979, L.E. Peña det. 1991

Agrilus viridis (Linnaeus, 1758)

Buprestis viridis Linnaeus, 1758: 410.

Material examinado: Europa: ITÁLIA, Belgique, 6 exs.

Agrilus xantholomus (Dalman, 1823)

Buprestis xantholomus Dalman, 1823: 55.

Material examinado: BRASIL, São Paulo, 1 ex.

Notas, novas combinações e descrição de novas espécies

Para as descrições foi adotado o procedimento recentemente proposto por Curletti (2010b, 2012 & in press) que permite, graças ao auxílio da técnica fotográfica, identificar de maneira apropriada e concreta os Agrilus, omitindo grande parte das descrições inúteis da morfologia geral sem importância subjetiva, e de ressaltar mais detalhamente os caracteres distintivos não detectáveis nas imagens.

AGRADECIMENTOS

Um profundo agradecimento ao Prof. Dr. Ubirajara R. Martins pela substancial ajuda na redação do texto em língua portuguesa; à Prof. Dra. Sônia Casari, e ao Prof. Dr. Sérgio Antonio Vanin pelo empréstimo do material, para estudo, conservado no Museu de Zoologia da USP (MZUSP); ao Prof. Sérvio Pontes Ribeiro pelo suporte e logística nos trabalhos de coleta no campo.

REFERÊNCIAS

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BOISDUVAL, J.B.A.D. DE & LACORDAIRE, J.T. 1835. Faune entomologique des environs de Paris, ou species général des insectis qui se trouvent dans un rayon de Quinze a Vingt lieues aux alentours de Paris. Paris, Méquignon-Marvis. v. 696 p., 3 plates.

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Aceito em: 22/08/2013

Publicado em: 30/06/2014

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    02 Jul 2014
  • Data do Fascículo
    2014

Histórico

  • Aceito
    30 Jun 2014
  • Recebido
    22 Ago 2013
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