Acessibilidade / Reportar erro

Uso da abordagem lateral para introdução de máscara laríngea durante craniotomia em paciente acordado: relato de caso

Uso del abordaje lateral para la introducción de máscara laríngea durante craniotomía en paciente despierto: relato de caso

Resumos

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Durante uma craniotomia em que se realiza o teste de Afasia de Aachen com o paciente acordado e cooperativo, é necessário o uso da técnica anestésica "dormindo-acordado-dormindo". O objetivo deste relato de caso foi descrever a técnica anestésica utilizada em paciente com sinais de via aérea difícil. RELATO DO CASO: Descreveu-se o caso de um paciente submetido à ressecção de um tumor no lobo temporal esquerdo, no giro de Wernicke, com sinais clínicos de via aérea difícil. Foi utilizada a técnica "dormindo-acordado-dormindo", com infusão contínua de propofol e remifentanil. A via aérea foi mantida com o uso da máscara laríngea, por abordagem lateral. CONCLUSÕES: A técnica utilizada foi eficaz para a obtenção de um paciente acordado e cooperativo no intra-operatório, tendo sido assegurada permeabilidade da via aérea com o uso da máscara laríngea. A inserção desse dispositivo por abordagem lateral é de especial interesse por se tratar de um paciente com possível dificuldade de acesso à via aérea, em procedimento cirúrgico em que era necessário evitar deslocamento do paciente e contaminação do campo cirúrgico.

ANESTÉSICOS, Venoso; ANESTÉSICOS, Venoso; ANESTÉSICOS, Venoso; ANESTÉSICOS, Venoso; CIRURGIA, Neurocirurgia; EQUIPAMENTOS, Máscara laríngea


JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Durante una craniotomía en que se realiza la prueba de Afasia de Aachen con el paciente despierto y cooperativo, se necesita el uso de la técnica anestésica "durmiendo-despierto-durmiendo". El objetivo de este relato de caso fue el de describir la técnica anestésica utilizada en paciente con señales de vía aérea difícil. RELATO DEL CASO: Se ha descrito el caso de un paciente sometido a la resección de un tumor en el lobo temporal izquierdo, en el giro de Wernicke, con señales clínicos de vía aérea difícil. Fue utilizada la técnica "durmiendo-despierto-durmiendo", con infusión continua de propofol y remifentanil. La vía aérea se mantuvo con el uso de la máscara laríngea, a través de abordaje lateral. CONCLUSIONES: La técnica utilizada fue eficaz para la obtención de un paciente despierto y cooperativo en el intraoperatorio, habiendo sido asegurada la permeabilidad de la vía aérea con el uso de la máscara laríngea. La inserción de ese dispositivo a través del abordaje lateral es de especial interés por tratarse de un paciente con una posible dificultad de acceso a la vía aérea, en procedimiento quirúrgico en que era necesario evitar desplazamiento del paciente y contaminación del campo quirúrgico.


BACKGROUND AND OBJECTIVES: During an awake craniotomy in which the Aachen Aphasia test is performed, it is necessary to use the "asleep-awake-asleep" anesthetic technique. The objective of this case report was to describe the anesthetic technique used in a patient with signs of difficult airway. CASE REPORT: The case of a patient who underwent resection of a tumor in the left temporal lobe, in the Wernicke gyrus, with clinical signs of difficult airway is reported. The "asleep-awake-asleep" anesthetic technique, with continuous infusion of propofol and remifentanil, was used. A laryngeal mask, inserted by the lateral approach, was used to keep the airways patency. CONCLUSIONS: The technique used was effective in obtaining an intraoperative awake and cooperative patient, and the airways were maintained patent with a laryngeal mask. Insertion of this device by the lateral approach is especially interesting since this was a patient who presented difficult airway and underwent a surgical procedure in which in which the patient must remain immobile and the surgical field cannot be contaminated.

ANESTHETICHS, Intravenous; ANESTHETICHS, Intravenous; ANESTHETICHS, Intravenous; ANESTHETICHS, Intravenous; EQUIPMENT; SURGERY, Neurosurgery


INFORMAÇÃO CLÍNICA

Uso da abordagem lateral para introdução de máscara laríngea durante craniotomia em paciente acordado. Relato de caso* * Recebido do Departamento de Anestesiologia do Hospital Lifecenter, Belo Horizonte, MG

Uso del abordaje lateral para la introducción de máscara laríngea durante craniotomía en paciente despierto. Relato de caso

Mirna Bastos MarquesI; Carlos Henrique Vianna de Castro, TSAII; Dener Augusto Diniz, TSAI; Ana Tereza Moreira Dantas de Andrade Pinto, TSAI; Marcello Penholate FariaIII

IAnestesiologista do Hospital Lifecenter

IIDiretor Clínico e Anestesiologista do Hospital Lifecenter

IIINeurocirurgião do Hospital Lifecenter

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Dra. Mirna Bastos Marques Rua Santa Rita Durão, 865/1303 - Savassi 30140-111 Belo Horizonte, MG E-mail: mirna.marques@uol.com.br

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Durante uma craniotomia em que se realiza o teste de Afasia de Aachen com o paciente acordado e cooperativo, é necessário o uso da técnica anestésica "dormindo-acordado-dormindo". O objetivo deste relato de caso foi descrever a técnica anestésica utilizada em paciente com sinais de via aérea difícil.

RELATO DO CASO: Descreveu-se o caso de um paciente submetido à ressecção de um tumor no lobo temporal esquerdo, no giro de Wernicke, com sinais clínicos de via aérea difícil. Foi utilizada a técnica "dormindo-acordado-dormindo", com infusão contínua de propofol e remifentanil. A via aérea foi mantida com o uso da máscara laríngea, por abordagem lateral.

CONCLUSÕES: A técnica utilizada foi eficaz para a obtenção de um paciente acordado e cooperativo no intra-operatório, tendo sido assegurada permeabilidade da via aérea com o uso da máscara laríngea. A inserção desse dispositivo por abordagem lateral é de especial interesse por se tratar de um paciente com possível dificuldade de acesso à via aérea, em procedimento cirúrgico em que era necessário evitar deslocamento do paciente e contaminação do campo cirúrgico.

Unitermos: ANESTÉSICOS, Venoso: propofol, remifentanil, Local: ropivacaína; CIRURGIA, Neurocirurgia: craniotomia acordado; EQUIPAMENTOS, Máscara laríngea.

RESUMEN

JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Durante una craniotomía en que se realiza la prueba de Afasia de Aachen con el paciente despierto y cooperativo, se necesita el uso de la técnica anestésica "durmiendo-despierto-durmiendo". El objetivo de este relato de caso fue el de describir la técnica anestésica utilizada en paciente con señales de vía aérea difícil.

RELATO DEL CASO: Se ha descrito el caso de un paciente sometido a la resección de un tumor en el lobo temporal izquierdo, en el giro de Wernicke, con señales clínicos de vía aérea difícil. Fue utilizada la técnica "durmiendo-despierto-durmiendo", con infusión continua de propofol y remifentanil. La vía aérea se mantuvo con el uso de la máscara laríngea, a través de abordaje lateral.

CONCLUSIONES: La técnica utilizada fue eficaz para la obtención de un paciente despierto y cooperativo en el intraoperatorio, habiendo sido asegurada la permeabilidad de la vía aérea con el uso de la máscara laríngea. La inserción de ese dispositivo a través del abordaje lateral es de especial interés por tratarse de un paciente con una posible dificultad de acceso a la vía aérea, en procedimiento quirúrgico en que era necesario evitar desplazamiento del paciente y contaminación del campo quirúrgico.

INTRODUÇÃO

O mapeamento intra-operatório com paciente acordado é o método mais eficaz de localização e preservação do córtex eloqüente durante ressecção cerebral, sobretudo de gliomas de baixo grau de diferenciação 1. Para procedimentos cirúrgicos sobre o hemisfério dominante, a técnica permite estender, com segurança, ressecções cerebrais próximas ao centro da linguagem, reduzindo o risco de lesões deste centro e conseqüentes distúrbios 2.

Durante o teste de Afasia de Aachen 3,4, no qual o paciente deve reconhecer e nomear figuras, é importante que ele esteja completamente alerta, tranqüilo e cooperativo.

O objetivo deste relato foi apresentar um caso de craniotomia com a técnica "dormindo-acordado-dormindo" 4 em que o paciente apresentava estigmas de via aérea difícil.

RELATO DO CASO

Paciente do sexo masculino, 56 anos, submetido à ressecção de tumor no lobo temporal esquerdo, no giro de Wernicke. Como comorbidade, apresentava hipertensão arterial (HAS) prévia em uso de enalapril (10 mg.dia-1) e atenolol (50 mg.dia-1), alergias ou vícios ausentes.

Ao exame físico, o paciente apresentava pressão arterial de 140 ´ 80 mmHg, sem alterações dos demais aparelhos. O exame de vias aéreas mostrou distância mento-tireóide < 6 cm, abertura da boca > 4 cm, mobilidade cervical > 2,5 cm, ausência de incisivos protrusos e prótese dentária e Mallampati III. Os exames complementares não apresentavam alteração sugestiva de lesão de órgãos-alvo secundária a HAS. Ao ecodopplercardiograma, o paciente apresentava disfunção diastólica leve. O paciente e sua família receberam informações detalhadas sobre o procedimento cirúrgico e anestésico, com ênfase na fase do despertar e no teste de reconhecimento de figuras.

Como medicação pré-anestésica, administrou-se, 12 horas antes do procedimento, bromazepam (3 mg) por via oral. Optou-se pela técnica "dormindo-acordado-dormindo", com anestesia geral com remifentanil, propofol e máscara laríngea.

Na sala cirúrgica o paciente foi confortavelmente posicionado de modo a evitar lesões de nervos periféricos. Os campos cirúrgicos foram ajustados para manter as vias aéreas e os olhos acessíveis com facilidade.

A monitorização constou de eletrocardiograma com análise contínua do segmento ST, oxímetro de pulso, pressão arterial por método invasivo, capnógrafo, analisador de gases, temperatura nasofaríngea, gasometria arterial, glicemia, débito urinário e ionograma. Administrou-se fenitoína (750 mg) por via venosa e foi realizada antibioticoterapia profilática.

Foram realizadas infusões venosa contínua de remifentanil (0,05 a 0,3 µg.kg-1.min-1) e alvo-controlada de propofol (1,5 a 3 µg-1.mL-1). O manuseio das vias aéreas foi realizado com máscara laríngea clássica número 4 e uso de lubrificante. O paciente foi mantido em normocapnia (PaCO2 de 32 a 36 mmHg) e normoglicemia (70 a 140 mg.dL-1). Foi realizado bloqueio de campo hemicraniano com ropivacaína a 0,5% (2,8 mg.kg-1). Foram observados estabilidade hemodinâmica, normotermia e débito urinário de 0,5 mL.kg-1.h-1. A dosagem de sódio sérico foi de 139 mEq.L-1.

Após abertura da dura-máter, suspendeu-se a infusão de remifentanil e propofol. O paciente despertou, atingindo a Escala de Ramsay 2, após 11 minutos. Retirou-se, então, a máscara laríngea observando-se ausência de tosse, laringoespasmo e movimentação do paciente. Quando questionado, o paciente relatou ausência absoluta de dor, através da escala analógica visual (VAS = 0). Realizou-se o teste de Afasia de Aachen durante eletroestimulação com estímulos de 2 a 6 µA para mapeamento da lesão.

Neste momento, houve elevação da freqüência cardíaca e da pressão arterial média, sendo necessária administração de 15 mg de metoprolol, por via venosa.

Ao final do mapeamento, realizou-se nova infusão de propofol e remifentanil, com a máscara laríngea reintroduzida por abordagem lateral ao paciente, com o uso do dedo polegar como guia.

Na segunda fase do procedimento cirúrgico, foram mantidos propofol e remifentanil contínuos, associando-se isoflurano a 0,8%. Foram usados também manitol (50 g) e furosemida (20 mg) por via venosa. O nível de potássio sérico mais baixo registrado foi de 3,7 mEq.L-1.

A duração da segunda fase da intervenção cirúrgica foi de 3 horas e 30 minutos com o paciente apresentando crise convulsiva focal no membro superior esquerdo, prontamente controlada com 10 mg de diazepam por via venosa.

Após o término do procedimento, retirou-se a máscara laríngea. O paciente recebeu alta do cti 16 horas após, sem intercorrências.

DISCUSSÃO

A infusão alvo-controlada de propofol e remifentanil para craniotomia em paciente acordado tem sido amplamente descrita 6,7. O período de tempo necessário para despertar, com essa técnica, foi compatível com os relatados na literatura 2. Houve estabilidade hemodinâmica durante a infusão de remifentanil e propofol. Após a sua suspensão foi necessário administrar metoprolol para controle da freqüência cardíaca. Excluídos hipercapnia, dor e hipertermia, atribuiu-se esse episódio de taquicardia a um provável efeito-rebote por uso irregular do antagonista beta-adrenérgico.

Sabe-se que dexmedetomidina associada à anestesia regional confere sedação, analgesia e estabilidade hemodinâmica sem depressão respiratória, permitindo avaliação neurológica em pacientes acordados submetidos a craniotomia 8-11 e endarterectomia carotídea 12. Entretanto, os efeitos da dexmedetomidina sobre o fluxo sangüíneo encefálico nestas duas populações necessitam ainda serem determinados.

O bloqueio de campo hemicraniano com ropivacaína a 0,5% até 2,8 mg.kg-1 é seguro, evitando-se que o nível plasmático exceda 4.300 ± 600 ng.mL-113. Deve-se recordar que a absorção de ropivacaína do escalpo ocorre rapidamente com T1/2 de três minutos e pico plasmático em 13 minutos após o início da infiltração. Apesar da ropivacaína ter propriedades vasoconstritoras intrínsecas, a adição de epinefrina (5 µg.mL-1) parece retardar sua absorção sistêmica, o que evitaria sintomas neurológicos 14.

Considerou-se de especial interesse nesse caso a inserção da máscara laríngea por abordagem lateral. Usou-se o dedo polegar como guia, comprimindo o tubo da máscara laríngea contra o palato, enquanto realizava-se a sua progressão com a outra mão. Nesse caso, evitou-se a contaminação do campo cirúrgico e a inserção foi bem-sucedida na primeira tentativa, embora seja considerada mais difícil do que a abordagem cefálica 15,16.

O uso da técnica "dormindo-acordado-dormindo", com infusão contínua de remifentanil e propofol nesse caso, proporcionou estabilidade hemodinâmica, despertar completo em tempo hábil, mantendo o paciente cooperativo para a realização do teste de afasia. A inserção da máscara laríngea por abordagem lateral evitou a contaminação do campo cirúrgico e assegurou o controle de vias aéreas em paciente com sinais sugestivos de via aérea difícil.

Apresentado em 28 de novembro de 2005

Aceito para publicação em 30 de agosto de 2006

  • 01. Vinas FC, Zamorano L, Mueller RA et al [150] PET and intraoperative brain mapping: a comparison in the localization of eloquent cortex. Neurol Res, 1997;19:601-608.
  • 02. Huber W, Poeck K, Willmes K The Aachen Aphasia Test. Adv Neurol, 1984;42:291-303.
  • 03. Reulen HJ, Schmid UD, Ilmberger J et al Tumor surgery of the speech cortex in local anesthesia. Neuropsychological and neurophysiological monitoring during operations in the dominant hemisphere. Nervenarzt, 1997;68:813-24
  • 04. Huncke K, Van de Wiele B, Fried I et al The asleep-awake-asleep anesthetic technique for intraoperative language mapping. Neurosurgery, 1998;42:1312-1317.
  • 05. Johnson KB, Egan TD Remifentanil and propofol combination for awake craniotomy: case report with pharmacokinetic stimulation. J Neurosurg Anesth, 1998;10:25-29.
  • 06. Hans P, Bonhomme V, Born JD et al Target-controlled infusion of propofol and remifentanil combined with bispectral index monitoring for awake craniotomy. Anaesthesia, 2000; 55:255-259.
  • 07. Keifer JC, Dentchev D, Little K et al A retrospective analysis of a remifentanil/propofol general anesthetic for craniotomy before awake functional brain mapping. Anesth Analg, 2005; 101:502-508.
  • 08. Ard JL Jr, Bekker AY, Doyle WK Dexmedetomidine in awake craniotomy: a technical note. Surg Neurol, 2005;63;114-117.
  • 09. Ard J , Doyle W, Bekker A Awake craniotomy with dexmedetomidine in pediatric patients. J Neurosurg Anaesthesiol, 2003; 15;263-266.
  • 10. Bekker AY, Kaufman B Samir H et al The use of dexmedetomidine infusion for awake craniotomy. Anesth Analg, 2001; 92;1251-1253.
  • 11. Mack PF, Perrine K, Kobylarz E et al Dexmedetomidine and neurocognitive testing in awake craniotomy. J Neurosurg Anesthesiol, 2004;16:20-25.
  • 12. Bekker AY, Basile J, Gold M et al Dexmedetomidine for awake carotid endarterectomy: efficacy, hemodynamic profile, and side effects. J Neurosurg Anesthesiol, 2004;16:126-135.
  • 13. Audu PB, Wilkerson C, Bartkowski R et al Plasma ropivacaine levels during awake intracranial surgery. J Neurosurg Anesthesiol, 2005;17:153-155.
  • 14. Costello TG, Cormack JR, Hoy C et al Plasma ropivacaine levels following scalp block for awake craniotomy. J Neurosurg Anesthesiol, 2004;16:147-150.
  • 15. Taylor S, Berry A Thumb insertion technique for resuscitation using the laryngeal mask airway. Emerg Med, 1998;10:78.
  • 16. Brimacombe JR Laryngeal Mask Anesthesia Principles and Practices, 2nd ed., Saunders 2005.
  • Endereço para correspondência:
    Dra. Mirna Bastos Marques
    Rua Santa Rita Durão, 865/1303 - Savassi
    30140-111 Belo Horizonte, MG
    E-mail:
  • *
    Recebido do Departamento de Anestesiologia do Hospital Lifecenter, Belo Horizonte, MG
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      27 Nov 2006
    • Data do Fascículo
      Dez 2006

    Histórico

    • Aceito
      30 Ago 2006
    • Recebido
      28 Nov 2005
    Sociedade Brasileira de Anestesiologia R. Professor Alfredo Gomes, 36, 22251-080 Botafogo RJ Brasil, Tel: +55 21 2537-8100, Fax: +55 21 2537-8188 - Campinas - SP - Brazil
    E-mail: bjan@sbahq.org