Acessibilidade / Reportar erro

Edema pulmonar por pressão negativa após hipofisectomia transesfenoidal: relato de caso

Edema pulmonar por presión negativa después de la hipofisectomía transesfenoidal: relato de caso

Resumos

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O edema pulmonar por pressão negativa (EPPN) é uma complicação incomum que evolui rapidamente após quadro agudo ou crônico de obstrução de vias aéreas. O objetivo deste relato foi apresentar um caso de EPPN após obstrução de vias aéreas superiores em paciente com acromegalia que foi submetido à hipofisectomia transesfenoidal. RELATO DO CASO: Paciente do sexo masculino, 48 anos, 80 kg, estado físico ASA III, portador de tumor de hipófise, hipertensão arterial e acromegalia, foi submetido à hipofisectomia transesfenoidal sob anestesia geral balanceada. O procedimento cirúrgico evoluiu sem intercorrências. A extubação traqueal foi realizada com o paciente em plano anestésico superficial. Evoluiu com esforço ventilatório, retração da parede abdominal, hipoxemia grave (SpO2 30%), inconsciência e disritmia cardíaca (extra-sístole ventricular e bradicardia). A ventilação com pressão positiva sob máscara facial e cânula orofaríngea foi ineficaz. O paciente foi intubado e, nesse momento, havia estertores pulmonares bilaterais com a presença de secreção rósea aerada dentro da cânula traqueal compatível com quadro de EPPN. O paciente foi encaminhado ao CTI, onde permaneceu sob ventilação mecânica por 96 horas. Recebeu alta para a enfermaria no quinto dia pós-operatório sem seqüela neurológica. CONCLUSÃO: O EPPN pode ocorrer no período pós-anestésico imediato de hipofisectomia transesfenoidal. O diagnóstico e tratamento rápidos são essenciais para uma resolução precoce e diminuição da morbidade.

ANESTESIA; CIRURGIA; CIRURGIA; COMPLICAÇÕES; DOENÇAS


JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: El edema pulmonar por presión negativa (EPPN) es una complicación poco común que evoluciona rápidamente después de un cuadro agudo o crónico de obstrucción de las vías aéreas. El objetivo de este relato fue presentar un caso de EPPN después de la obstrucción de las vías aéreas superiores en paciente con acromegalia que fue sometido a la hipofisectomía transesfenoidal. RELATO DEL CASO: Paciente del sexo masculino, 48 años, 80 kg, estado físico ASA III, portador de tumor de hipófisis, hipertensión arterial y acromegalia, fue sometido a la hipofisectomía transesfenoidal bajo anestesia general balanceada. El procedimiento quirúrgico evoluciona sin intercurrencias. La extubación traqueal fue realizada con el paciente en plano anestésico superficial. Evoluciona con esfuerzo ventilatorio, retracción de la pared abdominal, hipoxemia grave (SpO2 30%), inconsciencia y arritmia cardíaca (extrasístolis ventricular y bradicardia). La ventilación con presión positiva bajo máscara facial y cánula orofaríngea fue ineficaz. El paciente fue intubado y en ese momento, había estertores pulmonares bilaterales con la presencia de secreción rósea ventilada dentro de la cánula traqueal compatible con el cuadro de EPPN. El paciente fue llevado al CTI, donde permaneció bajo ventilación mecánica por 96 horas. Recibió alta para enfermaría en el quinto día del postoperatorio sin secuela neurológica. CONCLUSIÓN: El EPPN puede ocurrir en el período postanestésico inmediato de hipofisectomía transesfenoidal. El diagnóstico y tratamiento rápidos son esenciales para una resolución precoz y para la disminución de la morbidez.


BACKGROUND AND OBJECTIVES: Negative-pressure pulmonary edema (NPPE) is a rare complication that evolves rapidly after acute or chronic obstruction of the airways. The objective of this report was to present a case of NPPE after upper airways obstruction in a patient with acromegaly who underwent transsphenoidal hypophysectomy. CASE REPORT: A 48 years old male patient, weighing 80 kg, physical status ASA III, with a tumor in the hypophysis, hypertension, and acromegaly, underwent transsphenoidal hypophysectomy under general balanced anesthesia. The surgery proceeded without intercurrences. The patient was extubated while in a superficial anesthetic plane. He developed difficulty breathing, retraction of the abdominal wall, severe hypoxemia (SpO2 30%), unconsciousness, and cardiac arrhythmia (PVCs and bradycardia). Positive-pressure ventilation with a face mask and oropharyngeal cannula was ineffective. The patient was intubated and, at this moment, there were bilateral pulmonary rales and frothy pinkish secretion inside the tracheal tube, compatible with NPPE. The patient was transferred to the ICU and remained on mechanical ventilation for 96 hours. He was discharged to the regular ward on the 5th postoperative day without neurological sequelae. CONCLUSION: Negative-pressure pulmonary edema may occur in the immediate postoperative period of transsphenoidal hypophysectomy. Immediate diagnosis and treatment are essential for early resolution of the process and to decrease morbidity.

ANESTHESIA; COMPLICATIONS; DISEASES; SURGERY; SURGERY


INFORMAÇÃO CLÍNICA

Edema pulmonar por pressão negativa após hipofisectomia transesfenoidal. Relato de caso* * Trabalho realizado no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC/UFMG), Belo Horizonte, MG

Edema pulmonar por presión negativa después de la hipofisectomía transesfenoidal. Relato de caso

Viviane Ferreira Albergaria, TSAI; Carla Márcia Soares, TSAII; Rodolfo de Moraes AraújoIII; Washington Luiz de MendonçaIII

IAnestesiologista do Corpo Clínico do Biocor Instituto; Instrutora do CET do HC/UFMG

IIAnestesiologista do Corpo Clínico do Hospital Infantil São Camilo; Anestesiologista do Corpo Clínico do HC/UFMG

IIIME2 em Anestesiologia no CET/SBA do HC/UFMG

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Dra. Viviane Ferreira Albergaria Praça Clemente de Faria, 80 - Prado 30410-490 Belo Horizonte, MG E-mail: vivialbergaria@yahoo.com.br

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: O edema pulmonar por pressão negativa (EPPN) é uma complicação incomum que evolui rapidamente após quadro agudo ou crônico de obstrução de vias aéreas. O objetivo deste relato foi apresentar um caso de EPPN após obstrução de vias aéreas superiores em paciente com acromegalia que foi submetido à hipofisectomia transesfenoidal.

RELATO DO CASO: Paciente do sexo masculino, 48 anos, 80 kg, estado físico ASA III, portador de tumor de hipófise, hipertensão arterial e acromegalia, foi submetido à hipofisectomia transesfenoidal sob anestesia geral balanceada. O procedimento cirúrgico evoluiu sem intercorrências. A extubação traqueal foi realizada com o paciente em plano anestésico superficial. Evoluiu com esforço ventilatório, retração da parede abdominal, hipoxemia grave (SpO2 30%), inconsciência e disritmia cardíaca (extra-sístole ventricular e bradicardia). A ventilação com pressão positiva sob máscara facial e cânula orofaríngea foi ineficaz. O paciente foi intubado e, nesse momento, havia estertores pulmonares bilaterais com a presença de secreção rósea aerada dentro da cânula traqueal compatível com quadro de EPPN. O paciente foi encaminhado ao CTI, onde permaneceu sob ventilação mecânica por 96 horas. Recebeu alta para a enfermaria no quinto dia pós-operatório sem seqüela neurológica.

CONCLUSÃO: O EPPN pode ocorrer no período pós-anestésico imediato de hipofisectomia transesfenoidal. O diagnóstico e tratamento rápidos são essenciais para uma resolução precoce e diminuição da morbidade.

Unitermos: ANESTESIA: geral; CIRURGIA: Neurocirurgia: tumor de hipófise; COMPLICAÇÕES: edema pulmonar por pressão negativa; DOENÇAS: acromegalia.

RESUMEN

JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: El edema pulmonar por presión negativa (EPPN) es una complicación poco común que evoluciona rápidamente después de un cuadro agudo o crónico de obstrucción de las vías aéreas. El objetivo de este relato fue presentar un caso de EPPN después de la obstrucción de las vías aéreas superiores en paciente con acromegalia que fue sometido a la hipofisectomía transesfenoidal.

RELATO DEL CASO: Paciente del sexo masculino, 48 años, 80 kg, estado físico ASA III, portador de tumor de hipófisis, hipertensión arterial y acromegalia, fue sometido a la hipofisectomía transesfenoidal bajo anestesia general balanceada. El procedimiento quirúrgico evoluciona sin intercurrencias. La extubación traqueal fue realizada con el paciente en plano anestésico superficial. Evoluciona con esfuerzo ventilatorio, retracción de la pared abdominal, hipoxemia grave (SpO2 30%), inconsciencia y arritmia cardíaca (extrasístolis ventricular y bradicardia). La ventilación con presión positiva bajo máscara facial y cánula orofaríngea fue ineficaz. El paciente fue intubado y en ese momento, había estertores pulmonares bilaterales con la presencia de secreción rósea ventilada dentro de la cánula traqueal compatible con el cuadro de EPPN. El paciente fue llevado al CTI, donde permaneció bajo ventilación mecánica por 96 horas. Recibió alta para enfermaría en el quinto día del postoperatorio sin secuela neurológica.

CONCLUSIÓN: El EPPN puede ocurrir en el período postanestésico inmediato de hipofisectomía transesfenoidal. El diagnóstico y tratamiento rápidos son esenciales para una resolución precoz y para la disminución de la morbidez.

INTRODUÇÃO

O edema pulmonar por pressão negativa (EPPN) é um evento incomum, bem documentado e pouco diagnosticado, que se classifica em dois tipos. O tipo I é decorrente da obstrução aguda das vias aéreas superiores e o tipo II ocorre após a correção cirúrgica de uma obstrução crônica das vias aéreas. A fisiopatologia que explica o quadro é a diminuição abrupta da pressão intersticial pericapilar pulmonar resultante de inspiração forçada1. O diagnóstico e manuseio eficazes são muito importantes para a boa recuperação do paciente e conseqüente diminuição da morbidade2.

O anestesiologista deve ter o conhecimento de que alguns pacientes neurocirúrgicos podem ter uma manipulação específica das vias aéreas, como, por exemplo, aqueles que vão ser submetidos à craniotomia acordados, intervenção cirúrgica da coluna cervical e hipofisectomia transesfenoidal para acromegalia3.

RELATO DO CASO

Paciente do sexo masculino, 48 anos, 80 kg, estado físico ASA III foi internado para intervenção cirúrgica de hipofisectomia transesfenoidal devido a tumor de hipófise. Apresentava acromegalia e hipertensão arterial leve com controle dietético e uso de captopril (12,5 mg) três vezes ao dia. O exame físico evidenciava macroglossia, pescoço curto, distância tireomentoniana menor que 6 cm e Mallampati 4. Exames laboratoriais sem alterações. A monitoração constou de oxímetro de pulso, eletrocardiograma com análise contínua do segmento ST, pressão arterial invasiva, capnógrafo, analisador de gases, índice bispectral (BIS), freqüência espectral média (SEF), taxa de supressão (SR), volume urinário, gasometria arterial, ionograma e glicemia seriados. A técnica proposta foi anestesia geral balanceada. Após punção venosa no membro superior direito com cateter 16G, foram administrados 5 mg de midazolam. O paciente foi posicionado com coxim occipital, cabeça hiperextendida e flexão cervical. Após 5 minutos de oxigenação sob máscara facial com oxigênio a 100%, foram administrados 50 mg de lidocaína a 1% sem adição de vasoconstritor, 30 mg de propofol, 0,1 mg de fentanil e sevoflurano a 4% e verificado se era possível manter ventilação adequada sob máscara. A anestesia foi induzida com dose adicional de 150 mg de propofol, 0,25 mg de fentanil, 40 mg de rocurônio e mantida com isoflurano para BIS entre 40 e 45. O ato operatório evoluiu sem intercorrências. Ao término do procedimento cirúrgico, a extubação traqueal foi realizada com valor BIS de 90, SEF de 21 Htz e SR de zero. Logo após, o paciente evolui com esforço ventilatório importante, retração da parede abdominal, hipoxemia grave (SpO2 30%), bradicardia, disritmia cardíaca (extra-sístoles ventriculares) e inconsciência. A ventilação sob pressão positiva com máscara facial e cânula orofaríngea foi ineficaz. Foram administrados 1 mg de adrenalina e 80 mg de succinilcolina por via venosa e foi realizada intubação traqueal de emergência com ventilação sob pressão positiva e concentração inspirada de oxigênio (FiO2) de 100%. Nesse momento, havia estertores pulmonares bilaterais e presença de secreção rósea aerada dentro da cânula traqueal, compatível com o quadro clínico de EPPN. Optou-se por administrar 10 mg de morfina, manter o paciente sob ventilação artificial e não foi administrado diurético. Houve estabilização do quadro e o paciente foi encaminhado ao centro de tratamento intensivo (CTI).

A radiografia simples de tórax (Figura 1) evidenciou infiltrado pulmonar bilateral principalmente na região central, sem alterações grosseiras na periferia pulmonar. No CTI, o paciente foi mantido em ventilação mecânica, com o uso de pressão positiva ao final da expiração (PEEP) de 10 cmH2O e FiO2 100%. Após 96 horas o paciente foi extubado. A radiografia simples de tórax realizada no quarto dia de pós-operatório mostrou resolução do processo (Figura 2). O paciente recebeu alta do CTI no quinto dia pós-operatório e foi encaminhado à enfermaria sem seqüela neurológica.



DISCUSSÃO

No caso descrito o paciente, sem doença pulmonar ou cardíaca grave, apresentou quadro de EPPN devido à obstrução aguda das vias aéreas superiores após extubação. Além da macroglossia, outros fatores que podem ter contribuído para a ocorrência do quadro foram a manipulação das vias aéreas superiores durante o procedimento cirúrgico e a extubação em plano superficial de anestesia, o que favorece o esforço inspiratório, ocasionando altas pressões intratorácicas negativas quando há uma obstrução de via aérea.

O EPPN é uma complicação rara da obstrução aguda das vias aéreas, como, por exemplo, o laringoespasmo. Tipicamente, essa complicação se desenvolve em pacientes jovens, saudáveis e sem doenças associadas, pois são capazes de gerar grandes gradientes de pressão negativa4. A incidência do EPPN em pacientes anestesiados varia de 0,1%5 a 11% 6.

O EPPN se classifica em dois tipos1,7. O tipo I é decorrente da obstrução aguda das vias aéreas tendo como causas laringoespasmo pós-extubação traqueal, epiglotite, obstrução da cânula traqueal e paralisia pós-operatória das pregas vocais. No tipo II, a causa é o tratamento da obstrução crônica das vias aéreas, como, por exemplo, adenoidectomia e amigdalectomia, apnéia do sono, tumores e acromegalia4.

A fisiopatologia do EPPN inclui três mecanismos5: pressão intratorácica negativa, aumento da pressão hidrostática capilar sistêmica e pulmonar e estresse mecânico na membrana alveolocapilar. A pressão negativa intratorácica aumenta o retorno venoso devido à redução da pressão no átrio direito com o concomitante aumento nas pressões hidrostáticas de artéria pulmonar e capilar pulmonar, o que é complicado pela redução da pressão hidrostática perivascular intersticial. Isso causa aumento do gradiente de pressão transcapilar favorecendo a transudação de líquido para o espaço intersticial. Ocorre, ainda, um aumento da pressão venosa central que impede o fluxo sangüíneo nos vasos linfáticos. O aumento do volume sangüíneo pulmonar ocorre devido ao aumento da pressão arterial sistêmica secundária à liberação de norepinefrina em resposta à hipoxia, hipercapnia e agitação. O efeito é a distensão do ventrículo direito levando ao deslocamento do septo interventricular para a esquerda, resultando em diminuição do débito cardíaco. O aumento da resistência vascular sistêmica eleva a tensão da parede ventricular esquerda, o que contribui para reduzir a fração de ejeção do ventrículo esquerdo. Há, ainda, ruptura de capilares pulmonares com perda protéica, o que justifica a secreção serossangüínea ou rósea e espumosa. O terceiro mecanismo mostra que a perda da integridade capilar pode ser resultado do estresse mecânico da membrana alveolocapilar, resultando em edema alveolar e hemorragia. No caso relatado não foi possível explicar claramente a fisiopatologia do edema, pois não havia medidas das pressões nas câmaras cardíacas e no capilar pulmonar, o que dificultou o esclarecimento do mecanismo de formação do edema; no entanto, quaisquer dos mecanismos comentados, isolados ou associados, podem ter contribuído para a formação de edema pulmonar.

A radiografia simples de tórax mostra edema com padrão alveolointersticial difuso provavelmente bilateral, mais centralizado, com pedículo pulmonar alargado e área cardíaca normal8.

Tanto o edema cardiogênico quanto o não-cardiogênico mostram-se muito similares na diferença alvéolo-arterial de O2 e nas características radiológicas, dificultando muitas vezes o seu diagnóstico diferencial. Clinicamente, há estridor inspiratório, taquipnéia, hipoxia, hipercarbia, taquicardia, diminuição do volume corrente, respiração paradoxal ou padrões ventilatórios incoordenados. O edema pulmonar se apresenta com roncos e estertores bolhosos à ausculta, dispnéia, cianose e secreção rósea aerada na orofaringe4,8. O diagnóstico diferencial inclui aspiração de conteúdo gástrico, doença cardíaca oculta, sobrecarga hídrica e anafilaxia9.

O tratamento do EPPN é de suporte, com manutenção da via aérea pérvia e oxigenoterapia. Nem todos os pacientes precisam de ventilação mecânica e PEEP. Lang e col.11 mostraram que 80% dos EPPN se apresentaram nos primeiros minutos após a obstrução e 85% dos pacientes necessitaram de intubação traqueal, e 50% precisaram de ventilação mecânica e PEEP ou de pressão positiva contínua na via aérea (CPAP)11. O uso de diurético e corticóides não está indicado4,12,13. A adrenalina administrada nesse caso, devido à instabilidade hemodinâmica apresentada pelo paciente, pode ter agravado o quadro clínico; uma vez que a elevação da pressão arterial sistêmica implica aumento do retorno venoso e, em conseqüência, da pressão hidrostática capilar pulmonar.

O rápido diagnóstico e tratamento são necessários para uma evolução favorável e diminuição da morbidade. O prognóstico é bom, pois o evento adverso é autolimitado e os pacientes, em geral, são hígidos.

Acredita-se que a incidência de EPPN seja superior a encontrada na literatura devido ao fato de os casos serem pouco diagnosticados e, em muitos casos, confundidos com edema pulmonar por sobrecarga hídrica, pneumonite aspirativa e broncoespasmo.

Agradecimento:

Os autores agradecem ao Dr. Alexandre Varella Giannetti, neurocirurgião, pelo apoio e respeito dedicados aos anestesiologistas, o que serve de exemplo para melhorar cada vez mais o relacionamento entre cirurgiões e anestesiologistas.

Apresentado em 13 de abril de 2007

Aceito para publicação em 18 de março de 2008

  • 01. Padilla JJ, Salas Segura D, Sánchez Suen K - Edema pulmonar postobstructivo: reporte de 3 casos. Acta Méd Costarric, 2002;44:160-162.
  • 02. Ringold S, Klein EJ, Del Beccaro MA - Postobstructive pulmonary edema in children. Pediatr Emerg Care, 2004;20:391-395.
  • 03. Pasternack JJ, Lanier WL - Neuroanesthesiology Review-2004. J Neurosurg Anesthesiol, 2005;17:2-8
  • 04. Silva ES, Santos OBAF, Grando TA - Edema pulmonar por pressão negativa. Relato de casos. Rev Bras Anestesiol, 1999;49: 343-348.
  • 05. Dolinski SY, MacGregor DA, Scuderi PE - Pulmonary hemorrhage associated with negative-pressure pulmonary edema. Anesthesiology, 2000;93:888-890.
  • 06. Tarrac SE - Negative pressure pulmonary edema: a postanesthesia emergency. J PeriAnesth Nurs, 2003;18:317-323.
  • 07. Mehta VM, Har-El G, Goldstein NA - Postobstructive pulmonary edema after laryngospasm in the otolaryngology patient. Laryngoscope, 2006;116:1693-1696.
  • 08. Peixoto AJ - Edema pulmonar assimétrico por pressão negativa pós-obstrução de via aérea superior. Relato de caso. Rev Bras Anestesiol, 2002;52:335-343.
  • 09. McConkey PP - Postobstructive pulmonary oedema: a case series and review. Anaesth Intensive Care, 2000;28:72-76.
  • 10. Gerancher JC, Weeks DB - Nasal BiPAP treats hypoxia from postobstructive pulmonary edema. Anesth Analg, 1995;80:429-430.
  • 11. Lang SA, Duncan PG, Shephard DA et al. - Pulmonary oedema associated with airway obstruction. Can J Anesth, 1990; 37: 210-218.
  • 12. Deepika K, Kenaan CA, Barrocas AM et al. - Negative pressure pulmonary edema after acute upper airway obstruction. J Clin Anesth, 1997;9:403-408.
  • 13. Ho Li, Harn HJ, Lien TC et al. - Postextubation laryngeal edema in adults. Risk factor evaluation and prevention by hydrocortisone. Intensive Care Med, 1996;22:933-936.
  • Endereço para correspondência
    Dra. Viviane Ferreira Albergaria
    Praça Clemente de Faria, 80 - Prado
    30410-490 Belo Horizonte, MG
    E-mail:
  • *
    Trabalho realizado no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC/UFMG), Belo Horizonte, MG
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      14 Out 2011
    • Data do Fascículo
      Ago 2008

    Histórico

    • Aceito
      18 Mar 2008
    • Recebido
      13 Abr 2007
    Sociedade Brasileira de Anestesiologia R. Professor Alfredo Gomes, 36, 22251-080 Botafogo RJ Brasil, Tel: +55 21 2537-8100, Fax: +55 21 2537-8188 - Campinas - SP - Brazil
    E-mail: bjan@sbahq.org