Acessibilidade / Reportar erro

Modalidade de fomento à pesquisa na área assistencial

Resumos

O trabalho apresenta a Organização do Comitê de Pesquisa Operacional em Enfermagem implantado no Departamento do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo em 1993, com o objetivo de estimular, orientar e oferecer apoio logístico aos Enfermeiros assistenciais, no desenvolvimento de pesquisas e trabalhos científicos. Relata, ainda, as estratégias adotadas para fomentara pesquisa entre os enfermeiros e garantir o êxitos da proposta.

Pesquisa; Pesquisa Operacional; Hospitais Universitários


This paper deals withthe organization of the Operational Research Committee implemented at the University Hospital of the University of São Paulo in 1993 with the objective of giving logistic support to nurses in the development of their scientific work. It shows the strategies adopted to encourage research among nurses to reach the success of the proposal.

Research-Operational; Research-Hospitals; university


ARTIGOS

Modalidade de fomento à pesquisa na área assistencial* * Trabalho apresentado como Tema Livre no 46º Congresso Brasileiro de Enfermagem. Prêmio Laís Neto dos Reys, 1º lugar. Porto Alegre, 30 de outubro a 4 de novembro de 1994.

Rosa Áurea Quintella FernandesI; Sandra Honorato da SilvaII

IDoutora em Enfermagem pela Escola Enfermagem da Universidade de São Paulo

IICoordenadora do Comitê de Pesquisa Operacional do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo. Doutoranda em Enfermagem pela Escola Enfermagem da Universidade de São Paulo. Professora assistente da EEUSP Diretora do Departamento de Enfermagem da Universidade de São Paulo

RESUMO

O trabalho apresenta a Organização do Comitê de Pesquisa Operacional em Enfermagem implantado no Departamento do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo em 1993, com o objetivo de estimular, orientar e oferecer apoio logístico aos Enfermeiros assistenciais, no desenvolvimento de pesquisas e trabalhos científicos. Relata, ainda, as estratégias adotadas para fomentara pesquisa entre os enfermeiros e garantir o êxitos da proposta.

Unitermos: Pesquisa - Pesquisa Operacional - Hospitais Universitários

ABSTRACT

This paper deals withthe organization of the Operational Research Committee implemented at the University Hospital of the University of São Paulo in 1993 with the objective of giving logistic support to nurses in the development of their scientific work. It shows the strategies adopted to encourage research among nurses to reach the success of the proposal.

Keywords: Research-Operational Research-Hospitals, university.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

Recebido para publicação em 4/11/94.

Aprovado para publicação em 4/2/95.

REGIMENTO INTERNO DO COMITÊ DE PESQUISA OPERACIONAL EM ENFERMAGEM (C.P.O.E)

CAPÍTULO I DAS FINALIDADES

Art. 1º - O Comitê de Pesquisa Operacional em Enfermagem (C.P.O.E)tem por finalidade:

I- Contribuir para o crescimento e consolidação da ciência enfermagem.

II- Estabelecer juntamente com a Diretoria do Departamento de Enfermagem, suas linhas de pesquisa.

III-Estimulara produção científicados Enfermeiros do Departamentode Enfermagem (D.E.).

IV- Orientar os trabalhos científicos, elaborados pelos enfermeiros do Departamento de Enfermagem.

V- Coordenar a participação dos enfermeiros do Departamento de Enfermagem em Congressos, Jornadas, Palestras e outros, quando houver apresentação de trabalho.

VI- Promover e coordenar cursos pertinentes à área.

VII - Oferecer infra-estrutura e apoio logístico para a elaboração de trabalhos.

CAPÍTULO II DA SUBORDINAÇÃO

Art2º.- O Comitê de Pesquisa Operacional em Enfermagem, está diretamente subordinado ao Departamento de Enfermagem.

CAPÍTULO III DA DIREÇÃO

Art 3º. - O Comitê de Pesquisa Operacional em Enfermagem, será coordenado por um enfemieiro, com título mínimo de doutor.

CAPÍTULO IV DA COMPOSIÇÃO

Art 4º. - O Comitê de Pesquisa Operacional em Enfermagem será composto por:

I - Um Coordenador

II-Orientadores

III-Secretária

Parágrafo 1º - Os orientadores de trabalhos científicos deverão ter o título mínimo de mestre.

Parágrafo 2º.- Os orientadores deverão ser enfermeiros vinculados ao Hospital Universitário ou docentes da Escola de Enfermagem da USP.

Inciso Único: - Excepcionalmente outros enfermeiros titulados poderão orientar trabalhos realizadospor enfermeiros do Hospital Universitário, desde que autorizados pelo Departamento de Enfermagem e Comitê de Pesquisa Operacional em Enfermagem.

CAPÍTULO V DOS TRABALHOS

Art. 5º. - Os trabalhos de pesquisa em enfermagem serão desenvolvidos pelos enfermeiros lotados no Departamento de Enfermagem.

Páragrafo 1º - Todo enfermeiro poderá e deverá desenvolver trabalho de pesquisa.

Páragrafo 2.º - Nenhum enfermeiro poderá desenvolver e/ou apresentartrabalhos científicos realizados no Hospital Universitário, sem observaras normas estabelecidas.

Páraarafo 3º. - Nenhum trabalho poderá ser desenvolvido sem a apresentação prévia do plano de pesquisa, ao Comitê de Pesquisa Operacional em Enfermagem.

Inciso Único - Os trabalhos por docente da EEUSP deverão ter o plano de pesquisa encaminhado ao C.P.O.E., assim como o trabalho final, objetivando registro e arquivo, não competindo ao C.P.O.E. análise e acompanhamento dos mesmos.

CAPÍTULO VI DA COMPETÊNCIA

Art.6º. - Compete ao Coordenador do Comitê de Pesquisa Operacional em enfermagem:

I - Coordenar todos os trabalhos ligados á pesquisa, realizados por enfermeiros docentes ou assistenciais, no âmbito do Hospital Universitário.

II - Coordenaras reuniões científicas do Comitê.

III - Manter entrosamento e encaminhar à CEP os projetos de pesquisa a serem desenvolvidos por enfermeiros.

IV - Apresentar a Diretoria do Departamento de enfermagem, mensalmente, relatório de atividades e produção científica do Comitê de Pesquisa Operacional em Enfermagem;

V- Manter entrosamento com Biblioteca e Centro de processamento de Dados do Hospital Universitários e outras instituições.

VI - Orientar trabalhos de pesquisa.

VII - realizar Projetos Interligados de Pesquisa.

VIII - Captar recursos junto a órgãos financiadores de pesquisa.

IX - Manter entrosamento com demais orientadores e acompanhar desenvolvimento dos trabalhos não orientados por docentes.

Art 7º. - Compete aos orientadores:

I - Orientares enfermeiros assistenciais na elaboração dos planos e no desenvolvimento de trabalhos de pesquisa.

II - Encaminhar os planos de pesquisa ao C.P.O.E.

III - Estabelecer juntamente com o Coordenador do Comitê de Pesquisa Operacional em Enfermagem, o cronograma dostrabalhos em andamento, excetuando-se os orientados por docente.

IV - Colaborar no desenvolvimento de cursos e reuniões científicas ligadas a área.

CAPÍTULO VII DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Artº 8º. - Nenhum trabalho científico poderá ser realizado por enfermeiro no âmbito do Hospital Universitário, sem o conhecimento do Comitê de Pesquisa Operacional em Enfennagem.

Art 9º. - Nenhum trabalho científico poderá ser apresentado em Congresso, Jornada e outros, por enfermeiro do Hospital Universitário, sem a aprovação do Comitê de Pesquisa Operacional em Enfermagem, exceto os vinculados aos programas de pós-graduação da EEUSP.

Art. 10º. - O Comitê de Pesquisa Operacional em Enfermagem ficará responsável pela divulgação e publicação dostrabalhos em periódicos.

  • 1- ANGERAMI, E.L.S. O mister da investigação do enfermeiro. Rev.Lat.Am.Enf., Ribeirão Preto, v.1, n.1, p.11-22, jan. 1993.
  • 2- AUGUSTO, M.A. A importância da pesquisa em enfermagem. Rev. Acta Paul. Enf., São Paulo, v.3, p.103-5, set. 1990.
  • 3- BARREIRA, I. de A. A pesquisa em enfermagem no Brasil e sua posição em agência federal de fomento. Rev. Lat. Am. Enf. Ribeirão Preto, v.1, n.1, p.51-57, jan. 1993.
  • 4- BOEMER, M.R. et al. Proposta alternativa para a produção científica de enfermeiros assistenciais. Rev. Enf., USP, São Paulo, v.24, n.2, p.211-223, ago. 1990.
  • 5- BURLAMAQUE, C.S., BECKER, M.M.F., LUZ, A.N.H. Avaliação da produção científica dos enfermeiros do Rio Grande do Sul. Rev. Gaúcha Enf., Porto Alegre, v.7, n.2, p.157-179, jun. 1989.
  • 6. CAMARGO, A.P.S. et al. Situação da produção científica em enfermagem no estado de Santa Catarina. Rev. Gaúcha Enf. Porto Alegre v.7, n.2, p.180-198, jul. 1986.
  • 7- CARVÄLHO, A.C. Como utilizar a pesquisa para melhor orientar a ação da enfermagem. Rev. Esc. Enf. da USP., São Paulo, v.9, n.1, p.20-6, abr. 1975.
  • 8- CIANCIARULLO, T. I. & SALZANO, S.T. A enfermagem e a pesquisa no Brasil. Rev. Esc. Enf. USP., São Paulo, v.25, n.2, p.195-215, ago. 1991.
  • 9- FREITAS, D.M.V., RUFFINO, M.C., SAEKI, T. A produção científica do enfermeiro no Estado de São Paulo no triénio 1985-1988. Rev. Paul. Enf., São Paulo, v.11, n.3, p.123-129, set/dez. 1992.
  • 10- KIM, M.I. Nursing research: a wordwide picture. Rev. Esc. Enf USP., São Paulo, v.26, p. 7-22, out. 1992, número especial.
  • 11- LOPES, C.M. Pesquisar pra assistir. Rev. Esc. Enf USP., São Paulo, v.26, p.7-22, out. 1992, número especial.
  • 12- NOGUEIRA, M.J.C. A pesquisa em enfermagem no Brasil: retrospectiva histórica. Rev. Esc. Enf USP., São Paulo, v.16, n.1, p.7-26, abr. 1982.
  • 13- SILVA, C.M. da, et al. Pesquisa em enfermagem: importância e sua evolução no Brasil. Rev. Acta Paul. Enf., São Paulo, v.4, n.1, p. 34-38, mar. 1991.
  • 14- STYLES, M.M. Empowering nursing research and nursing Mresearchers. Rev. Esc. Enf USP., São Paulo, v. 26, p.23-32, outubro 1992, número especial.
  • 15- SOUZA. M.F. & GUTIERREZ, M.C.R. Pesquisa em enfermagem. Rev.Acta Paul. Enf., v.3, n.4, p.137-142, dez. 1990.
  • 16- STEFANELLI, M. Enfermeiras assistenciais e produção científica. Rev. Paul. Enf., São Paulo, v.9, n.3, set./dez. 1990.
  • 17- TREVISAN, M.A. & MENDES, I.A.C. Iniciação científica: modalidade de incentivo à pesquisa em enfermagem. Rev. Gaúcha de Enf. , Porto Alegre, v.12, n.2, p.3-38, jul. 1991.
  • *
    Trabalho apresentado como Tema Livre no 46º Congresso Brasileiro de Enfermagem. Prêmio Laís Neto dos Reys, 1º lugar. Porto Alegre, 30 de outubro a 4 de novembro de 1994.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      06 Fev 2015
    • Data do Fascículo
      Mar 1995

    Histórico

    • Aceito
      04 Fev 1995
    • Recebido
      04 Nov 1994
    Associação Brasileira de Enfermagem SGA Norte Quadra 603 Conj. "B" - Av. L2 Norte 70830-102 Brasília, DF, Brasil, Tel.: (55 61) 3226-0653, Fax: (55 61) 3225-4473 - Brasília - DF - Brazil
    E-mail: reben@abennacional.org.br