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Sendo enfermeira no centro de terapia intensiva

Resumos

Encaminhando-me na perspectiva da fenomenologia, minha proposta é apreender, através dos depoimentos das enfermeiras que trabalham no CTI, os significados que as mesmas atribuem a essa vivência. Ao refletir sobre tais significados, aliando-os à minha experiência profissional, busco compreender o fenômeno ser enfermeira no CTI. Coletei depoimentos escritos das enfermeiras que atuavam no centro de terapia intensiva da Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina - Ribeirão Preto - USP, tendo como questão orientadora: o que significa para você ser enfermeira no CTI. Da análise desses depoimentos (MARTINS, 1992), emergiram as categorias temáticas, revelando que ser enfermeira no CTI é cuidar diretamente dos pacientes, é ter capacidade administrativa, é conviver com máquinas e equipamentos, exige muitos requisitos e o domínio de conhecimentos específicos, é desempenhar um trabalho importante, de responsabilidade e gratificante, bem como, conviver com situações limitantes e de estresse. A partir de uma reflexão compreensiva do modo de ser da enfermeira desse CTI, pretendo contribuir para busca de novas perspectivas do fazer, ampliando seu horizonte de possibilidades.

Enfermagem; Fenomenologia; Unidades de Terapia Intensiva


Considering the perspective of phenomenology, the author's proposal using testimonies of nurses working in the ITU (Intensive Therapy Unit) is to learn the meanings they attribute to this experience. Reflecting upon these meanings and allying them to her professional experience, the author searches to understand the phenomenon "being a nurse at an ITU". Written testimonies, from nurses working in the intensive therapy unit of the Emergency Unit of the "Hospital das Clínicas", College of Medicine of Ribeirão Preto, University of São Paulo, have been collected having as a guide question: "What does it mean to you to be a nurse in the ITU?" Analyzing those testimonies and according to MARTINS (1992), thematic categories emerged showing that being a nurse in the ITU isto care personally of the patients, have administrative capacity live together with machinery and equipment, master specific knowledge, perform important, gratifying and responsible functions, as well as to live with limiting and stressing situations. After a comprehensive reflection upon the mode of the being of the ITU nurses, the author's intention is to contribute to find new perspectives of "the doing", widening their horijons of possibilities.

Nurse; Nursing; Phenomenology; Intensive Care Units


ARTIGOS

Sendo enfermeira no centro de terapia intensiva1 1 Trabalho adaptado da dissertação de mestrado "Sendo Enfermeira no Centro de terapia Intensiva", orientada peia profa Dra. Elizabeth R.M. do Valle, apresentada à Área Enfermagem Fundamental do Programa de Pós-graduação da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto-Universidade de São Paulo, em abril de 1995. 2 As unidades significativas vêm acompanhadas com o número dos depoimentos que as originaram (D1 - Depoimento 1, D2 - Depoimento 2 e assim por diante). 3 Os destaques nos depoimentos são da autora. 4 A reflexão é aqui compreendida conforme o pensar de Merleau-Ponty, nas obras Fenomenologia da Percepção (1994) e Ciências do Homem e Fenomenologia (1973).

Adrina Katia Corrêa

Enfermeira, Mestre em Enfermagem Fundamental

RESUMO

Encaminhando-me na perspectiva da fenomenologia, minha proposta é apreender, através dos depoimentos das enfermeiras que trabalham no CTI, os significados que as mesmas atribuem a essa vivência. Ao refletir sobre tais significados, aliando-os à minha experiência profissional, busco compreender o fenômeno ser enfermeira no CTI. Coletei depoimentos escritos das enfermeiras que atuavam no centro de terapia intensiva da Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina - Ribeirão Preto - USP, tendo como questão orientadora: o que significa para você ser enfermeira no CTI. Da análise desses depoimentos (MARTINS, 1992), emergiram as categorias temáticas, revelando que ser enfermeira no CTI é cuidar diretamente dos pacientes, é ter capacidade administrativa, é conviver com máquinas e equipamentos, exige muitos requisitos e o domínio de conhecimentos específicos, é desempenhar um trabalho importante, de responsabilidade e gratificante, bem como, conviver com situações limitantes e de estresse. A partir de uma reflexão compreensiva do modo de ser da enfermeira desse CTI, pretendo contribuir para busca de novas perspectivas do fazer, ampliando seu horizonte de possibilidades.

Unitermos: Enfermagem - Fenomenologia - Unidades de Terapia Intensiva

ABSTRACT

Considering the perspective of phenomenology, the author's proposal using testimonies of nurses working in the ITU (Intensive Therapy Unit) is to learn the meanings they attribute to this experience. Reflecting upon these meanings and allying them to her professional experience, the author searches to understand the phenomenon "being a nurse at an ITU". Written testimonies, from nurses working in the intensive therapy unit of the Emergency Unit of the "Hospital das Clínicas", College of Medicine of Ribeirão Preto, University of São Paulo, have been collected having as a guide question: "What does it mean to you to be a nurse in the ITU?" Analyzing those testimonies and according to MARTINS (1992), thematic categories emerged showing that being a nurse in the ITU isto care personally of the patients, have administrative capacity live together with machinery and equipment, master specific knowledge, perform important, gratifying and responsible functions, as well as to live with limiting and stressing situations. After a comprehensive reflection upon the mode of the being of the ITU nurses, the author's intention is to contribute to find new perspectives of "the doing", widening their horijons of possibilities.

Keywords: Nurse - Nursing - Phenomenology - Intensive Care Units;

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  • - BOEMER, M.R. et al. A idéia de mote em unidade de terapia intensiva: análise de depoimentos. R. Gaúcha Enferm., v.10, n.2, p. 8-14, jul. 1989.
  • - LÓPEZ, M. Manual de tratamento intensivo. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1973. cap.1, p.2-13: Centro de tratamento intensivo.
  • - MARTINS, J. Um enfoque fenomenológico do currículo: educação como poesis. São Paulo: Cortez, 1992.
  • - MERLEAU-PONTY, M. Ciências do homem e fenomenologia. Trad. de Salma T. Muchail. São Paulo: Martins Fontes, 1973.
  • ______. Fenomenologia da percepção. Trad. de Carlos Alberto Ribeiro de Moura. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
  • - REZENDE, A.M. Concepção fenomenológica da educação. São Paulo: Cortez, 1990.
  • 1
    Trabalho adaptado da dissertação de mestrado "Sendo Enfermeira no Centro de terapia Intensiva", orientada peia profa Dra. Elizabeth R.M. do Valle, apresentada à Área Enfermagem Fundamental do Programa de Pós-graduação da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto-Universidade de São Paulo, em abril de 1995.
    2 As unidades significativas vêm acompanhadas com o número dos depoimentos que as originaram (D1 - Depoimento 1, D2 - Depoimento 2 e assim por diante).
    3 Os destaques nos depoimentos são da autora.
    4 A reflexão é aqui compreendida conforme o pensar de Merleau-Ponty, nas obras Fenomenologia da Percepção (1994) e Ciências do Homem e Fenomenologia (1973).
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      06 Fev 2015
    • Data do Fascículo
      Set 1995
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