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Jardineiros sem flores: o cuidar-cuidado com o adolescente não cidadão na perspectiva da cidadania

RESUMOS DE TESES

Jardineiros sem flores - o cuidar-cuidado com o adolescente não cidadão na perspectiva da cidadania* * Salvador, 1995, 150p. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia.

Marisa Correia Hirata

Orientador: Prof. Dr. Antônio Dias

Este trabalho relata uma práxis de enfermagem com um grupo de adolescentes não cidadãos que já vivenciaram as ruas da cidade de Salvador, Bahia, como moradia e espaço de luta para a sobrevivência, e que, no momento, participam como bolsistas de um projeto de mútua cooperação entre a UFBa e o Projeto Axé. Apresenta como objetivo o cuidar-cuidado com esses adolescentes na perspectiva da cidadania buscando a operacionalização através de uma visão qualitativa e dialética. Teve como ponto de partida pressupostos da autora fundamentados em idéias de muitos outros pesquisadores, e baseou-se num processo de interação com o uso de técnica específica para este grupo - a paquera pedagógica - estendida posteriormente como pesquisa participante. Neste caminhar, desenvolveram-se atividades a nível individual e de grupo com discussões e ações quanto ao processo de saúde com aderência dos componentes do conceito do cuidado. A cidadania foi discutida nos aspectos civis, políticos e sociais, desnudando o eufemismo das leis e incorporando as subjetividades do Ser ao lado das buscas objetivas e coletivas. Interrelaciona práticas tradicionais de enfermagem e terapêuticas alternativas como as essências florais de Bach e técnicas de relaxamento na perspectiva do autoconhecimento como apoio ao equilíbrio de sentimentos e emoções para a transformação no percurso do adolescer numa sociedade excludente. A avaliação foi encaminhada enquanto processo, perpassando todo o estudo, que captou na fala dos jovens, seus desejos de mudanças e de profissionalização, e que, no entanto, não encontraram no convênio UFBa/Axé apoio suficiente de atividades educativas-transformadoras, e sim a repetição de um modelo de trabalho explorador. Pontua, finalmente, aspectos que indicam o potencial de transformação e emancipação do adolescente não cidadão através da práxis construída ao longo do trabalho.

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    Salvador, 1995, 150p. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      06 Fev 2015
    • Data do Fascículo
      Set 1995
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