Definição operacional da qualidade da assistência de enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva de um Hospital-Escola

Dreyer, Elisabeth

doi:10.1590/S0034-71671997000200008

Resumos

A finalidade deste estudo foi a elaboração de normas e critérios válidos de qualidade da assistência de enfermagem em unidade de terapia intensiva (UTI), com base na estratégia de avaliação de Donabedian. 18 normas e 219 critérios foram redigidos por um grupo de enfermeiras assistenciais da UTI de um hospital-escola, seguindo um protocolo estabelecido. Ato. contínuo, foram avaliados por quatorze enfermeiras experts em JJTI de outros cinco centros paulistas, através de um questionário escrito. Os resultados evidenciaram uma boa aceitação dos critérios, sendo que somente um foi rejeitado. Isso mostrou que as enfermeiras da UTI e as experts dos diversos centros implicados têm concepções semelhantes da qualidade da assistência de enfermagem em UTI. A definição operacional obtida constitui uma base para um instrumento de medida da qualidade. A participação das enfermeiras assistências a todo o processo é recomendada.

Qualidade da assistência de enfermagem; Critérios de qualidade; Unidade de terapia intensiva; Enfermeiras assistenciais

The purpose of this study is the development of valid standards and criteria of nursing care quality for intensive care units (ICUs) based on Donabedian's approach to quality access. Eighteen standards and 219 criteria have been formulated by ICU staff nurses at a school-hospital, according to a protocol. These standards/criteria have then been evaluated by 14 experts in ICU Nursing from 5 other hospitals by means of a written questionnaire. The results indicated a high acceptance thereof and only one criterion was rejected. This showed that staff nurses and the experts involved had similar concepts about quality of ICU practice. The developed operational definition may be a basis to quality access tool. Staff nurses participation in this process is recommended.

Nursing care quality; Quality standards/criteria; Intensive care unit; Staff nurses

ARTIGOS

Definição operacional da qualidade da assistência de enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva de um Hospital-Escola¹ 1 Resumo de dissertação de mestrado apresentada em setembro de 1995 na " Faculté des sciences infirmières" da Universidade de Montreal, Canadá; Orientador: Raymond Grenier, PhD.

Operational definition of nursing care quality at an ICU of a School-Hospital

Elisabeth Dreyer

Mestre em Ciências (Enfermagem), Enfermeira da Unidade Respiratória do Hospital das Clínicas, Unicamp, Campinas, S.P

RESUMO

A finalidade deste estudo foi a elaboração de normas e critérios válidos de qualidade da assistência de enfermagem em unidade de terapia intensiva (UTI), com base na estratégia de avaliação de Donabedian. 18 normas e 219 critérios foram redigidos por um grupo de enfermeiras assistenciais da UTI de um hospital-escola, seguindo um protocolo estabelecido. Ato. contínuo, foram avaliados por quatorze enfermeiras experts em JJTI de outros cinco centros paulistas, através de um questionário escrito. Os resultados evidenciaram uma boa aceitação dos critérios, sendo que somente um foi rejeitado. Isso mostrou que as enfermeiras da UTI e as experts dos diversos centros implicados têm concepções semelhantes da qualidade da assistência de enfermagem em UTI. A definição operacional obtida constitui uma base para um instrumento de medida da qualidade. A participação das enfermeiras assistências a todo o processo é recomendada.

Unitermos: Qualidade da assistência de enfermagem - Critérios de qualidade - Unidade de terapia intensiva - Enfermeiras assistenciais.

ABSTRACT

The purpose of this study is the development of valid standards and criteria of nursing care quality for intensive care units (ICUs) based on Donabedian's approach to quality access. Eighteen standards and 219 criteria have been formulated by ICU staff nurses at a school-hospital, according to a protocol. These standards/criteria have then been evaluated by 14 experts in ICU Nursing from 5 other hospitals by means of a written questionnaire. The results indicated a high acceptance thereof and only one criterion was rejected. This showed that staff nurses and the experts involved had similar concepts about quality of ICU practice. The developed operational definition may be a basis to quality access tool. Staff nurses participation in this process is recommended.

Keywords: Nursing care quality - Quality standards/criteria - Intensive care unit-Staff nurses.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

^{ANEXO I - Clique para ampliar} ANEXO I - Clique para ampliar

^{ANEXO II - Clique para ampliar} ANEXO II - Clique para ampliar

1. BENKO, M.A., CASTILHO, V. Operacionalização de um sistema de assistência de enfermagem. In: Maria C. Campedelli (ed) Processo de enfermagem na prática. São Paulo: Ática, 1989. P. 89-111.
2. BLAKE, B.L.K. Quality assurance: an ethical responsibility. Supervisor Nurse, v. 12, n. 2, p. 32-38, 1981.
3. BOND, S., THOMAS, L.H. Issues in measuring outcomes of nursing. Journal of Advanced Nursing, v. 16, p. 1492-1502, 1991.
4. CHAGNON, M., LANGE-SONDACK, P., ARLOT-TOVEL, D. M.A.Q.S.I., méthode d'appréciation de la qualité des soins infirmiers, relatório de pesquisa, Montreal, Ordre des infirmières et infirmiers du Québec, 1982. v. 1
5. Conselho Federal de Enfermagem. COFEn. Código de ética dos profissionais de enfermagem. Rio de Janeiro: Conselho Federal de Enfermagem, 1993.
6. DONABEDIAN, A. Definition of quality and approaches to its assessment., Michigan: Health administration, 1980. v. 1
7. DONABEDIAN, A. Criteria and standards for quality assessment and monitoring. Quality Review Bulletin, v. 12, n. 3, p. 99-108, 1986.
8. DONABEDIAN, A. Quality assessment and assurance: unity of purpose, diversity of means. Inquiry, v. 25 n. 1, p. 173-192, 1988.
9. FELISBINO, J E. Processo de enfermagem na UTI, uma proposta metodológica. São Paulo: EPU, 1994.
10. GRENIER, R., DRAPEAU, J., DESAUTELS J. Normes et critères de qualité des soins infirmiers. Montreal: Décarie, 1989.
11. GRENIER, R. Approches en évaluation de la qualité des soins infirmiers. Gés¡qualité, v. 8, n. 2, p. 1-4, 1990.
12. GRENIER, R. Optimiser les retombées de l'évaluation de la qualité des soins infirmiers.Gésiqualité, v. 10, n. 4, p. 1-3, 1992.
13. GRENIER, R. Une terminologie à apprivoiser. Gésiqualité, v. 11, n. 3, p. 1-7, 1993
14. HINSHAW, A. The image of nursing research; issues and strategies, Western Journal of Nursing Research, v. 5, n. 3, p. 1-13, 1983.
15. HORTA, W.A. Processo de enfermagem. São Paulo. EPU/EDUSP, 1979.
16. JACQUERYE, A. Guide de l'évaluation de la qualité des soins infirmiers, Paris Le Centurion, 1983
17. KITSON, A. Raising the standards. Nursing Times, v. 84, n. 25, p. 29-32, 1988.
18. KITSON, A., HARVEY, G. HYNDMANN S. YERREL, P. A comparison of expert- and practitioner- derived criteria for postoperative pain management. Journal of Advanced Nursing, v. 18, p. 218-232, 1980.
19. LANG, N.M. Issues in quality assurance in nursing. In American Nurses' Association, Issues In: evaluation research. (ANA no G-1242M9/76), 1975. p. 44-56.
20. LARSON, S.A., LIESKE, A.M. Standards, the basis of a quality assurance program. In: Claire G. Meisenheimer (ed) Improving quality, a guide to effective programs, Gaithersburg: Aspen Publishers, 1992. p. 45-60
21. LAURIN, J. Qualité des soins infirmiers, concepts e évaluation. 3. ed. Montreal: Les presses de l'université de Montréal, 1993
22. Mc HUGH, M.K. Does the nursing process reflect quality care? Holistic Nursing Practice, v. 5, n. 3, p. 22-28, 1991.
23. MEISENHEIMER, C.G. Improving quality, a guide to effective programs. Gaithersburg: Aspen Publishers, 1992.
24. OUELLET, F. L'utilisation du groupe nominal dans l'analyse des besoins. In: J.P. Deslauriers (ed), La recherche qualitative, résurgences et convergences. Chicoutimi: Groupe de recherche et d'intervention régionale, Université du Québec à Chicoutimi, 1985. p. 89-107
25. PETERS, D. Measuring quality, inspection or opportunity? Holistic Nursing Practice, v. 5, n. 3, p. 1-7, 1991.
26. PHANEUF, M., WANDELT, M. Quality assurance in nursing. Nursing Forum, v. 13, n. 4, p. 328-365, 1974.
27. SCHMADL, J.C. Quality assurance, examination of the concept. Nursing Outlook, v. 27, n. 7, p. 462-465, 1979.
28. SHIBER, S. LARSON, E. Evaluating the quality of caring: process and outcome. Holistrc Nursing Practice, v. 5, n. 3, p. 57-66, 1991.

ANEXO I - Clique para ampliar

ANEXO II - Clique para ampliar

1

Resumo de dissertação de mestrado apresentada em setembro de 1995 na "

Faculté des sciences infirmières" da Universidade de Montreal, Canadá; Orientador: Raymond Grenier, PhD.

Datas de Publicação

Publicação nesta coleção
11 Dez 2014
Data do Fascículo
Jun 1997

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

[1] 1. BENKO, M.A., CASTILHO, V. Operacionalização de um sistema de assistência de enfermagem. In: Maria C. Campedelli (ed) Processo de enfermagem na prática. São Paulo: Ática, 1989. P. 89-111.

[2] 2. BLAKE, B.L.K. Quality assurance: an ethical responsibility. Supervisor Nurse, v. 12, n. 2, p. 32-38, 1981.

[3] 3. BOND, S., THOMAS, L.H. Issues in measuring outcomes of nursing. Journal of Advanced Nursing, v. 16, p. 1492-1502, 1991.

[4] 4. CHAGNON, M., LANGE-SONDACK, P., ARLOT-TOVEL, D. M.A.Q.S.I., méthode d'appréciation de la qualité des soins infirmiers, relatório de pesquisa, Montreal, Ordre des infirmières et infirmiers du Québec, 1982. v. 1

[5] 5. Conselho Federal de Enfermagem. COFEn. Código de ética dos profissionais de enfermagem. Rio de Janeiro: Conselho Federal de Enfermagem, 1993.

[6] 6. DONABEDIAN, A. Definition of quality and approaches to its assessment., Michigan: Health administration, 1980. v. 1

[7] 7. DONABEDIAN, A. Criteria and standards for quality assessment and monitoring. Quality Review Bulletin, v. 12, n. 3, p. 99-108, 1986.

[8] 8. DONABEDIAN, A. Quality assessment and assurance: unity of purpose, diversity of means. Inquiry, v. 25 n. 1, p. 173-192, 1988.

[9] 9. FELISBINO, J E. Processo de enfermagem na UTI, uma proposta metodológica. São Paulo: EPU, 1994.

[10] 10. GRENIER, R., DRAPEAU, J., DESAUTELS J. Normes et critères de qualité des soins infirmiers. Montreal: Décarie, 1989.

[11] 11. GRENIER, R. Approches en évaluation de la qualité des soins infirmiers. Gés¡qualité, v. 8, n. 2, p. 1-4, 1990.

[12] 12. GRENIER, R. Optimiser les retombées de l'évaluation de la qualité des soins infirmiers.Gésiqualité, v. 10, n. 4, p. 1-3, 1992.

[13] 13. GRENIER, R. Une terminologie à apprivoiser. Gésiqualité, v. 11, n. 3, p. 1-7, 1993

[14] 14. HINSHAW, A. The image of nursing research; issues and strategies, Western Journal of Nursing Research, v. 5, n. 3, p. 1-13, 1983.

[15] 15. HORTA, W.A. Processo de enfermagem. São Paulo. EPU/EDUSP, 1979.

[16] 16. JACQUERYE, A. Guide de l'évaluation de la qualité des soins infirmiers, Paris Le Centurion, 1983

[17] 17. KITSON, A. Raising the standards. Nursing Times, v. 84, n. 25, p. 29-32, 1988.

[18] 18. KITSON, A., HARVEY, G. HYNDMANN S. YERREL, P. A comparison of expert- and practitioner- derived criteria for postoperative pain management. Journal of Advanced Nursing, v. 18, p. 218-232, 1980.

[19] 19. LANG, N.M. Issues in quality assurance in nursing. In American Nurses' Association, Issues In: evaluation research. (ANA no G-1242M9/76), 1975. p. 44-56.

[20] 20. LARSON, S.A., LIESKE, A.M. Standards, the basis of a quality assurance program. In: Claire G. Meisenheimer (ed) Improving quality, a guide to effective programs, Gaithersburg: Aspen Publishers, 1992. p. 45-60

[21] 21. LAURIN, J. Qualité des soins infirmiers, concepts e évaluation. 3. ed. Montreal: Les presses de l'université de Montréal, 1993

[22] 22. Mc HUGH, M.K. Does the nursing process reflect quality care? Holistic Nursing Practice, v. 5, n. 3, p. 22-28, 1991.

[23] 23. MEISENHEIMER, C.G. Improving quality, a guide to effective programs. Gaithersburg: Aspen Publishers, 1992.

[24] 24. OUELLET, F. L'utilisation du groupe nominal dans l'analyse des besoins. In: J.P. Deslauriers (ed), La recherche qualitative, résurgences et convergences. Chicoutimi: Groupe de recherche et d'intervention régionale, Université du Québec à Chicoutimi, 1985. p. 89-107

[25] 25. PETERS, D. Measuring quality, inspection or opportunity? Holistic Nursing Practice, v. 5, n. 3, p. 1-7, 1991.

[26] 26. PHANEUF, M., WANDELT, M. Quality assurance in nursing. Nursing Forum, v. 13, n. 4, p. 328-365, 1974.

[27] 27. SCHMADL, J.C. Quality assurance, examination of the concept. Nursing Outlook, v. 27, n. 7, p. 462-465, 1979.

[28] 28. SHIBER, S. LARSON, E. Evaluating the quality of caring: process and outcome. Holistrc Nursing Practice, v. 5, n. 3, p. 57-66, 1991.

Brasil