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EDITORIAL

Joel Rolim Mancia

Momento importante para a saúde do brasileiro, principalmente daquele que não tem como adquirir medicamento para se tratar. Foram colocados no mercado, este semestre, os medicamentos genéricos, ou melhor alguns, pois inicialmente a indústria farmacêutica produzirá apenas genéricos de produtos bastante consumidos, não de todos os medicamentos disponíveis no mercado.

Com a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVS) e com a edição de normas para registro de medicamentos genéricos, o governo adota medidas de regulação, semelhantes aquelas existentes nos países desenvolvidos. É atitude de quem está preocupado com a saúde da população. Segundo o ministro José Serra tais produtos serão comercializados com preços entre 30 e 40% abaixo do que se pratica para medicamentos de marcas conhecidas. Regras básicas foram estabelecidas como o atestado de autenticidade fornecido pelo Ministério da Saúde e a identificação somente pelo princípio ativo. A política de assistência farmacêutica que a ANVS deverá desenvolver, considera o medicamento como um bem de consumo social responsável por melhor saúde, trazendo benefícios diretos à população.

É preciso que a ANVS esteja atenta na vigilância quanto a qualidade destes produtos. O SUS é responsável pelo consumo de 20% da produção do mercado farmacêutico brasileiro e se utilizar genéricos fará uma economia de 40%. O compromisso da sociedade em cobrar das autoridades rigor no controle evitará que fatos como a produção de medicamentos falsos aconteça. Os farmacêuticos, os enfermeiros, os médicos, o Ministério da Saúde e todos os envolvidos com saúde têm a obrigação de garantir a qualidade de vida da população, porque com o advento dos genéricos, de custo mais baixo, haverá aumento na adesão ao tratamento pelos pacientes.

Este espaço tem sido usado para informar sobre as atividades da ABEn e da REBEn. Responder a todas às questões da enfermagem é o que se propõe nossa Associação.

A ABEn realizou em todo o país a 61ª Semana Brasileira de Enfermagem com o tema: Perspectivas do trabalho na enfermagem: como enfrentar o discurso neoliberal? Discussão oportuna em que todos os profissionais de enfermagem, enquanto trabalhadores do setor saúde, refletiram sobre questões como condições de trabalho, jornada, reajuste dos salários dos servidores federais, terceirização, contratos de trabalho, trabalho sem vínculo, perda de garantias trabalhistas, tidas hoje, na perspectiva neoliberal como privilégios e a desmobilização que atinge a classe trabalhadora em geral, tornando frágeis forças tão duramente forjadas.

Realizou, também, no final de abril, através da ABEn-CE o 4º Seminário Nacional de Diretrizes para a Educação em Enfermagem no Brasil. Evento que reuniu profissionais de todos os estados brasileiros, principalmente os ligados ao ensino de enfermagem. Foi produzido um documento e realizados encaminhamentos que dão continuidade a Carta de Florianópolis, construída durante a reunião de escolas no 51ºCBEn. As questões apresentadas no 4º SENADEn avançam e representam em seu conteúdo as discussões que vêm sendo aprofundadas desde o 1º SENADEn. Em maio realizou-se o 5º Simpósio Nacional de Diagnóstico em Enfermagem e 1º Simpósio Internacional onde o projeto CIPESC fase 1 e 2 apresentou os seus resultados. O 5º SINADEn foi organizado pela ABEn Paraíba e contou com a exposição de 200 trabalhos de todas as regiões do Brasil.

O projeto da revista temática abordando Saúde da Família em parceria com o Ministério da Saúde obteve a adesão da UNESCO como órgão financiador, o que vem corroborar a credibilidade da Associação também em nível internacional.

A ABEn, através do CEPEn, mantém convénio com a BIREME, sendo um dos centros colaboradores. Como membro participou do 1º Simpósio de Bibliotecas Universitárias da América Latina e do Caribe de centros colaboradores da BIREME, em Florianópolis. No IIIº Encontro Nacional de Diretores e Editores Científicos de Enfermagem no Brasil, a ser realizado durante o 52ºCBEn, será mostrado o relatório final da pesquisa "Situação das Publicações Periódicas de Enfermagem no Brasil" com o diagnóstico e propostas de incentivo para a publicação científica de enfermagem. Quem sabe aí se formará a sonhada rede de publicações, meta que se pretende atingir.

Como é possível perceber trabalhamos muito na ABEn e o Conselho Editorial da REBEn coloca este terceiro fascículo em circulação com 15 trabalhos, contemplando diversas especialidades da enfermagem e mantendo a proposta de publicar um maior número de artigos.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    19 Set 2014
  • Data do Fascículo
    Set 1999
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