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O movimento associativo das enfermeiras diplomadas brasileiras na 1ª metade do século 20

The association of trained nurses in Brazil in the first half of the twentieth century

El movimiento asociativo de las enfermeras diplomadas brasileñas en la 1ª mitad del siglo 20

Resumos

Trata-se de uma pesquisa histórico-social. Nela discute-se o processo de organização das enfermeiras diplomadas brasileiras em grupos concorrentes e suas lutas pela imposição de certas visões de mundo às diretrizes da vida associativa. O estudo abrange o período que vai da fundação da atual Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), em 1926, até o meio do século. Apesar das divergências político-doutrinárias, que orientavam as estratégias de ocupação do campo da enfermagem, a articulação dos grupos rivais em torno de objetivos profissionais comuns permitiu avanços significativos no processo de institucionalização da enfermagem e contribuiu para redefinir a identidade da enfermeira brasileira.

história da enfermagem; profissão de enfermagem; Brasil


The present study is a socio-historical research. It discusses the association of trained nurses in Brazil, which was represented by opponent groups, and the struggle of these groups in introducing their positions and viewpoints in the professional organizations. The investigation focuses the period of time between the foundation of the Brazilian Association of Nursing (ABEn), in 1926, until the first half of the twentieth century. Despite the political and doctrinal levels, which guided nursing strategies to fortify their positions in this environment. the articulation of opponent groups in the achievement of common professional objectives promoted the regulation and redefinition of the nursing profession.

nursing history; nursing profession; Brazil


Se trata de una investigación histórico-social, donde se discute el proceso de organización de las enfermeras diplomadas brasileñas en grupos competidores y sus luchas por la imposición de ciertas visiones de mundo a las directrices de la vida asociativa. El estudio abarca el período desde la fundación de la actual Asociación Brasileña de Enfermería (Aben), en 1926, hasta la mitad del siglo. A pesar de las divergencias politicas y doctrinarias, que orientaban las estrategias de ocupación del campo de enfermería, la articulación de los grupos rivales con objetivos profesionales comunes permitió avances significativos en la institucionalización de la enfermería y contribuyó a la nueva definición de la identidad de la enfermera brasileña.

historia de la enfermería; profesión de enfermería; Brasil


O movimento associativo das enfermeiras diplomadas brasileiras na 1ª metade do século 20* * Trabalho solicitado pelo Editor da Revista Brasileira de Enfermagem ao Núcleo de Pesquisa de História da Enfermagem Brasileira (Nuphebras) do Departamento de Enfermagem Fundamental da Escola de Enfermagem Anna Nery (DEF/EEAN), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

The association of trained nurses in Brazil in the first half of the twentieth century

El movimiento asociativo de las enfermeras diplomadas brasileñas en la 1ª mitad del siglo 20

Ieda de Alencar BarreiraI; Jussara SauthierII; Suely de Souza BaptistaIII

IProf. Titular DEF/EEAN. Presidente da ABEn (1976-1980). Líder do grupo de pesquisa 'A prática profissional e a formação da identidade da enfermeira brasileira", apoiado pelo CNPq

IIProf Adjunta aposentada DEF. Fundadora e organizadora do Centro de Documentação da EEAN.

IIIProfessora Titular de História da Enfermagem/DEF. Coordenadora das linhas de pesquisa: "A enfermagem e os movimentos sociais" e "Escolas de enfermagem na sociedade brasileira", apoiadas pelo CNPq

RESUMO

Trata-se de uma pesquisa histórico-social. Nela discute-se o processo de organização das enfermeiras diplomadas brasileiras em grupos concorrentes e suas lutas pela imposição de certas visões de mundo às diretrizes da vida associativa. O estudo abrange o período que vai da fundação da atual Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn), em 1926, até o meio do século. Apesar das divergências político-doutrinárias, que orientavam as estratégias de ocupação do campo da enfermagem, a articulação dos grupos rivais em torno de objetivos profissionais comuns permitiu avanços significativos no processo de institucionalização da enfermagem e contribuiu para redefinir a identidade da enfermeira brasileira.

Palavras-chave: história da enfermagem, profissão de enfermagem, Brasil

ABSTRACT

The present study is a socio-historical research. It discusses the association of trained nurses in Brazil, which was represented by opponent groups, and the struggle of these groups in introducing their positions and viewpoints in the professional organizations. The investigation focuses the period of time between the foundation of the Brazilian Association of Nursing (ABEn), in 1926, until the first half of the twentieth century. Despite the political and doctrinal levels, which guided nursing strategies to fortify their positions in this environment. the articulation of opponent groups in the achievement of common professional objectives promoted the regulation and redefinition of the nursing profession.

Keywords: nursing history, nursing profession, Brazil.

RESUMEN

Se trata de una investigación histórico-social, donde se discute el proceso de organización de las enfermeras diplomadas brasileñas en grupos competidores y sus luchas por la imposición de ciertas visiones de mundo a las directrices de la vida asociativa. El estudio abarca el período desde la fundación de la actual Asociación Brasileña de Enfermería (Aben), en 1926, hasta la mitad del siglo. A pesar de las divergencias politicas y doctrinarias, que orientaban las estrategias de ocupación del campo de enfermería, la articulación de los grupos rivales con objetivos profesionales comunes permitió avances significativos en la institucionalización de la enfermería y contribuyó a la nueva definición de la identidad de la enfermera brasileña.

Palavras clave: historia de la enfermería, profesión de enfermería, Brasil

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VIEIRA, Therezinha Teixeira. Catálogo Analítico: Nexos EEAN/ABEn (1925-1975), 1995 (cópia no CD/EEAN - não publicado).

NOTAS

1 12 de agosto de 1926 - Associação Nacional de Enfermeiras Diplomadas (Aned); 1 de junho de 1929 - Associação Nacional de Enfermeiras Diplomadas Brasileiras (Anedb); 7 de agosto de 1944 - Associação Brasileira de Enfermeiras Diplomadas (Abed): 21 de agosto de 1954 - Associação Brasileira de Enfermagem.

2 A primeira diretoria da Agia foi composta por: Luiza de Barros Thenn (presidente), Olga Campos Salinas (secretária) e Lals Netto dos Reys (tesoureira) (Coelho, 1997, p. 196).

3 Estatuto da Agia, de 5 de maio de 1927. CD/EEAN, cx 12, doc 75.

4 carta da diretora da EAN, Bertha Pullen, de 20/7/28, à presidente da Agia. CD/EEAN, cx 13, doc. 25.

5 "Those ofthe ciass of 1925 who are sti/lin Rio de Janeiro are organizing a alumnae association " CD/EEAN, Relatório diretoras (1923-1927), p. 23 a (1925).cx2t doc 6.

6 cinco das diplomadas de cada uma das duas primeiras turmas foram contempladas com bolsas da FR para fazer estudos pós-graduados nos EUA. CD/EEAN, série Relatórios Diretoras, 1923-1927.

7 jornal "O Globo", de 8 e 9/2/30: "As alunas da Escola Anna Nery e as chefes americanas", Enfermeiras de Saúde Pública" e "O serviço de Enfermeiras da Saúde Pública: um apelo ao dr Getuiio Vargas".

8 Estatuto da Anedb, de 1929. Original no Arquivo Histórico da Aben. Cópia no CD/EEAN, cx 21, doc 189.

9 EP elaborou o ante-projeto que deu origem ao Dec. 20109/31. o qual instituiu a EAN como oficial padrão para criação e reconhecimento de outras escolas de enfermagem no Brasil. CD/EEAN, cx 30, doe. 19.

10 em 1933, foi inaugurada a primeira EE de orientação católica, a EE Carlos Chagas, em Belo Horizonte.

11 depoimento de Bertha Pullen, em 4 de setembro de 1976. CD/EEAN, série diretoras, cx Pullen, doc. 16 documento produzido durante sua vinda para o 28º Congresso Brasileiro de Enfermagem.

12 do inglês seniority, que significa respeitabilidade, em termos de posição social, como origem familiar, relações sociais, fortuna, etc.

13 no primeiro mandato de Bertha Pullen na direção da EAN, sendo LNR chefe do serviço de enfermagem do hospital São Sebastião (DNSP) (Sauthier & Barreira, 1999, p. 146) e em seu segundo mandato. estando LNR comissionada para organizar a EE Carlos Chagas (Barreira, 1999, p. 133-134).

14 tal providência foi considerada como de grande alcance pela diretora da EAN pois, ao entregar alunas religiosas aos cuidados de uma escola leiga, a Igreja dava prova de grande confiança na Escola,. CD/EEAN, Relatório da diretora, junho de 1939, p.8.

15 CD/EEAN, Relatório da diretora, fevereiro de 1940, p.5.

16 que havia estudado na EE do hospital Samaritano e complementado seu curso na EAN, onde recebera o diploma de enfermeira, trabalhando então no hospital São Francisco de Assis, como enfermeira da ciasse F, foi designada para servir na 6ª região, em São Paulo em outubro de 1939 (Base de dados Quem é quem na História da Enfermagem Brasileira. Nuphebras/EEAN).

17 Em 1941, o Serviço de Obras Sociais (SOS) e, a partir de 1943, vários endereços, na av. Rio Branco e na presidente Vargas.

18 A perda de poder e prestígio de EMF foi passageira pois, em janeiro de 1940, el a fora posta á disposição do governo do estado de São Paulo e seguira para os EUA, com bolsa da FR, a fim de se preparar para dirigir a futura EE da USP (Carvalho, 1980, p.29-30).

19 Decreto-lei n º 4321, de 21/5/42.

20 Arquivo Histórico da Aben. Livro de Atas nº 2. reunião de 12/3/43 (VIEIRA, Therezinha Teixeira. Catálogo Analítico: Nexos EEAN/ABEn (1925-1975), 1995. Cópia no CD/EEAN. Não publicado.

21 Sinal dos tempos era o fato de que agora no "edificio de refeições" do Internato, havia clausura e capela para as alunas religiosas, local antes ocupado pelas integrantes da missão da FR. CD/EEAN. Relatório da diretora, setembro de 1939, p. 10. (Teixeira, 1998, p. 52: Barreira, 1999, p. 138-139).

22 Discurso de CLK na reunião de chefes do dia 30/6/42. CD/EEAN. série diretoras. cx Kieninger.

23 Resumo da reunião das chefes do dia 15/2/43. CD/EEAN, cx 75, doc. 9.

24 dois anos após o início do projeto. em junho de 44, o laia/Sesp avaliou negativamente o intercâmbio com a Anna Nery School,"a maior e melhor EE do Brasil"; sendo esse fracasso atribuído ao antagonismo de sua diretora, foi decidido que deveriam ser abertos outros canais de intercâmbio e cooperação, com outras instituições e lideranças (Barreira, 2001, p. 15).

25 Saudação pronunciada, e m 19 de maio de 1943, pelo organizador do hospital S. Francisco de Assis à época em que CLK, como diretora da EAN. organizou-o como campo de estágio da Escola. CD/EEAN. cx 75, doc 5.

26 Carta do padre Álvaro Negromonte à CLK. Belo Horizonte, 20/8/43. CD/EEAN, cx 85, doc. 10.

27 Cartas de CLK à LNR, de 25/5/43 e de LNR ao Reitor da UB, de 27/5/43. CD/EEAN, cx 75, doc. 6 e 7, 1943.

28 Relatório de ZCV: atividades no Sesp, em Vitória do Espírito Santo. CD/EEAN, cx 75, doc. 8, 1943.

29 Também integravam a comissão vários médicos, diretores e chefes de serviços.

30 Portaria nº 11, de 24/3/44 do Secretário Geral de Saúde e Assistência da PDF.

31 Criada peto decreto-lei nº 6275, de 16/2/44, depois EE Rachel Haddock Lobo.

32 Legião Brasileira de Assistência, criada em 1944, para prestar assistência às famílias dos soldados convocados para a guerra e que se tornou o principal órgão de assistência social do governo (Cyrtynowicz, 2000, p. 80).

33 depoimento de Aurora de Affonso Costa, 1ª diretora dessa EE. de 4/10/87. Série História Oral, dep. nº3, CD/EEAN.

34 instituído pelo decreto 20 109/31 e designado pelo ministro da educação em 1942, "para resolver o caso das equiparações e com a faculdade de estudar problemas de enfermagem". Livro de atas do Congresso para o estudo dos problemas nacionais de enfermagem. Ata da 1ª reunião. de 20/11/43. CD/EEAN.

35 Presentes quatro das fundadoras dessa associação: LNR, Maria de Castro Pamphiro, Olga Lacorte e Maria do Carmo Prado.

36 Livro de atas do Congresso para o estudo dos problemas nacionais de enfermagem. CD/EEAN. 1943.

37 Talvez devido a tão profundas divergências é que LNR viesse a declarar que "o aumento de capacidade da EAN era matéria de defesa nacional. Relatório da diretora, out./1943. CD/EEAN.

38 carta da diretora da EAN ao ministro da educação, datada de 14/2/44. CD/EEAN, série As Pioneiras: cx 5, doe. 1, ano 1944. Livro de Atas da 2ª Reunião de Diretoras para o Estudo dos Problemas Nacionais de Enfermagem, 11 a 18 de fevereiro de 1944.

39 Em 1943. o laia/Sesp, ofereceu à Anedb uma sala alugada. Como as enfermeiras americanas, pelo estatuto em vigor não poderiam ser sócias contribuintes, foi aprovada a proposta de que elas fossem consideradas sócias honorárias. No entanto, em reunião extraordinária, LNR reabriu a discussão do assunto, opinando que a Associação não deveria aceitar tal oferecimento. mas sua proposta foi rejeitada. Reunião ordinária de out/43, presidida por ZCV (Arquivo Histórico da Aben. Livro de Atas nº 2. 1941).

40 denominação que prevaleceria até 1954.

41 Anais de Enfermagem, v.4, n º 3, jul, 1951, p. 268 (Notícias e comentários) e Reben, ano 26, nº 6, out./dez., 1973, p. 532-533. In memoriam (Amália Correia de Carvalho).

42 Nome religioso de Jeanne Josephine Roquet, da congregação das Irs Franciscanas Missionárias de Maria, que fez curso de enfermagem no Comitê Nacional de Defesa Contra a Tuberculose. em Paris, veio atuar no Brasil em 1935 e teve seu diploma revalidado em 1939, pela EAN. sendo diretora LNR. CD/EEAN, Livro de Registro de Revalidação de Diplomas.

43 fundado em 1928 e que realizara seu primeiro congresso na França, em 1933 (Carvalho, 1976, p.416), na cidade Lourdes, centro de peregrinação dos católicos.

44 Em 1946 a sede da Ureb foi transferida para São Paulo (Carvalho, 1976, p.417).

45 As confissões evangélicas reagiram ao avanço das escolas católicas, abrindo em 1933 uma EE em Anápolis, contrapondo ao nome de Anna Nery o de Florence Nightingale; e em 1937, foi criada uma segunda EE de orientação evangélica, a EE Cruzeiro do Sul (Sesp, 1957. anexo).

46 presidente em exercício da Abed, em substituição a ZCV.

47 das 700 diplomadas então existentes, 200 eram sócias da Abed (28%). Carvalho, 1976. p.409.

48 Anais de Enfermagem, v.15. nº 21. out./dez. 1946, p. 35. Editorial. Segundo Anayde Corrêa de Carvalho este Estatuto não chegou a ser registrado em cartório.

49 Anais de Enfermagem, v.2, n. 1, jan.49, p. 5-9.

50 presidentes de sub-comissões: Corina Berlink (HC/USP). Glete de Alcântara, Ruth Borges Teixeira, Zilda Almeida Carvalho (Hughes), da EE da USP.

51 A carta, datada de 28/3/47, foi entregue pessoalmente no escritório de Clara Curtis que a respondeu somente no dia 10/5/47. sugerindo que a reclamação fosse encaminhada à Abed. promotora do evento. Nenhum nome é citado na carta de Clara Curtis. Em 12/6/47, WP volta a escrever, declarando sua estranheza e discordância do tratamento dado à sua comunicação. CD/EEAN. cx 88 doc nº 2, 3 e 4 Waieska Paixão, 1947.

52 Realizado de 4 a 17 de maio de 1947. com um atraso de seis anos, devido à guerra. O Brasil se fez representar no Grande Conselho do ICN, realizado em Washington, de 5 a 9 de maio, por EMF (representando a presidente da Abed: pela presidente da seção S.Paulo e a da divisão de educação da Abed), por Dinah A.Coelho (também da seção São Paulo) e EH, do Sesp. Relatório de ZCV. Anais de Enfermagem, v.1, n º 1, jan., 1948, p. 41-49.

53 iniciada durante a guerra, no I Congresso Panamericano de Enfermagem (Santiago do Chile. 1942). onde CLK representou o IA IA e as irmãs Haydée e Raddiff Dourado representaram o Brasil, apresentando o trabalho "Organização das EE no Brasil" (Carvalho, 1976, p. 48).

54 Na conferência de Estocolmo, estando a Abed representada por EMF, presidente e EH, secretária executiva. Também esteve presente a este congresso a professora Olga Salinas Lacorte, da turma pioneira da EAN (Carvalho, 1976, p. 410).

55 Art. 6º da Declaração Universal dos Direitos Humanos: "Ninguém será submetido contra sua vontade, a qualquer forma de mutilação física ou experiência científica ou médica". Emenda proposta pela ABED: "Ninguém será submetido contra sua vontade â mutilação física ou experiência médica ou científica não requerida por seu estado de saúde tanto física como mental".

56 principalmente por WP e LNR, a qual sugeriu que a ABED se desligasse do ICN (Carvalho, 1976; p. 286).

57 depoimento de ex-aluna da EAN, gravado em 13/8/87 por Ieda de Alencar Barreira. CD/EEAN.

58 ex-integrante da Missão Parsons (1922-1928), naquele momento consultora do laia na Colômbia. Anais de Enfermagem, v.1, nº 4, out., 1948. p. 158. Editorial.

59 ex-aluna da EE Carlos Chagas e portanto discípula de LNR: diretora da EE Hermantina Beraldo: 1946-1966 (Bases de dados do Nuphebras: Trajetória das escolas de enfermagem brasileiras).

60 Os críticos do programa denunciavam o não aproveitamento dos técnicos brasileiros e as exigências descabidas relativas ao controle fiscal. ao acesso a informações e documentos, bem como os financiamentos condicionados à compra de material norte-americano (Abreu & Fiaksman in: FGV/Cepedoc. Dicionário histórico-biográfico brasileiro: 1930-1983, v.4).

61 da qual eram membros: LNR, irmã Mathilde Nina, Aurora de Affonso Costa, ZCV e Maria Rosa Souza Pinheiro: esta comissão era assessorada por EH. Também participaram deste estudo, EMF e irmã Helena Maria Villac.

62 Dec. nº 27426, de 14/11/1949.

63 Esta questão foi amplamente discutida durante anos e remediada pela seguinte legislação: projetos de lei: 2640/52: 3082/57: 114/59; 3803/62 e parecer 303/63 do CFE.

64 depoimento escrito da professora Anna Jaguaribe Nava. In: Coelho, 1997, p. 59.

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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      15 Ago 2014
    • Data do Fascículo
      Jun 2001
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