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Vislumbrando a iniciação científica a partir das orientadoras de bolsistas da Enfermagem

Vislumbrando la iniciación científica a partir de los orientadores de becarios de Enfermería

Glimpsing undergaduate research from the view of the advisors of Nursing scholarships

Resumos

Este estudo teve por objetivo compreender o significado da iniciação científica para os orientadores de bolsistas de Enfermagem de uma universidade do Sul do Brasil. Tratou-se de pesquisa qualitativa do tipo Teoria Fundamentada em Dados. Os dados foram coletados por meio de entrevistas com sete orientadoras de bolsistas de iniciação científica constituindo-se em dois grupos amostrais. O fenômeno "vislumbrando nas atividades de iniciação científica dos grupos de pesquisa, coordenadas pelo orientador pesquisador, as bases da formação de competências em pesquisa do ser bolsista iniciação científica da enfermagem" emergiu da inter-relação de seis categorias. Ser orientador pesquisador formador de recursos humanos em pesquisa desde a iniciação científica requer competências pedagógicas, instrumentais, gerenciais e políticas de investigação em enfermagem e saúde.

Enfermagem; Pesquisa em enfermagem; Atividades científicas e tecnológicas


Este estudio objetivó comprender el significado de la iniciación científica para los orientadores de becarios de Enfermería de una universidad del Sur de Brasil. Se ha utilizado la Grounded theory como referencial metodológico, mediante entrevistas con siete orientadoras de becarios de iniciación científica constituyéndose así dos grupos de muestras. El fenómeno "Vislumbrando en las actividades de la iniciación científica de los grupos de pesquisa, coordinadas por el orientador investigador, las bases de la formación de competencias en pesquisa del ser becario de iniciación científica de la enfermería" ha surgido de la interrelación de seis categorías. Ser orientador investigador formador de recursos humanos en pesquisa desde la iniciación científica requiere competencias pedagógicas, instrumentales, gerenciales y políticas de investigación en enfermería y salud.

Enfermería; Investigación en enfermería; Actividades científicas y tecnológicas


This research aimed at understanding the meaning of undergraduate reseach for supervisors of Nursing scholarship students in a university in the South of Brazil. The methodological reference used was the Grounded Theory, by the means of interviews with seven undergraduate research scholarsship advisors forming two sample groups. The phenomenon "glimpsing undergraduate research activities of research groups coordinated by nursing advisors, the basis of competency formation in research of the scholarships" emerged form the interrelation of six categories. To be a advisor and researcher of human resources in research form undergratuation requires pedagogical, instrumental, and managerial competencies associated to research policies of nursing and health.

Nursing; Nursing research; Scientific and technical activities


PESQUISA

Vislumbrando a iniciação científica a partir das orientadoras de bolsistas da Enfermagem

Glimpsing undergaduate research from the view of the advisors of Nursing scholarships

Vislumbrando la iniciación científica a partir de los orientadores de becarios de Enfermería

Alacoque Lorenzini Erdmann; Joséte Luzia Leite; Keyla Cristiane do Nascimento; Gabriela Marcellino de Melo Lanzoni

Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-graduação em Enfermagem, Grupo de Estudos e Pesquisas em Administração e Gerência do Cuidado de Enfermagem e Saúde, Florianópolis, SC

Autor correspondente Autor correspondente: Gabriela Marcellino de Melo Lanzoni Universidade Federal de Santa Catarina Campus Universitário Reitor João David Ferreira Trindade CEP 88040-970. Florianópolis, SC E-mail: gabimrc@yahioo.com.br

RESUMO

Este estudo teve por objetivo compreender o significado da iniciação científica para os orientadores de bolsistas de Enfermagem de uma universidade do Sul do Brasil. Tratou-se de pesquisa qualitativa do tipo Teoria Fundamentada em Dados. Os dados foram coletados por meio de entrevistas com sete orientadoras de bolsistas de iniciação científica constituindo-se em dois grupos amostrais. O fenômeno "vislumbrando nas atividades de iniciação científica dos grupos de pesquisa, coordenadas pelo orientador pesquisador, as bases da formação de competências em pesquisa do ser bolsista iniciação científica da enfermagem" emergiu da inter-relação de seis categorias. Ser orientador pesquisador formador de recursos humanos em pesquisa desde a iniciação científica requer competências pedagógicas, instrumentais, gerenciais e políticas de investigação em enfermagem e saúde.

Descritores: Enfermagem; Pesquisa em enfermagem; Atividades científicas e tecnológicas.

ABSTRACT

This research aimed at understanding the meaning of undergraduate reseach for supervisors of Nursing scholarship students in a university in the South of Brazil. The methodological reference used was the Grounded Theory, by the means of interviews with seven undergraduate research scholarsship advisors forming two sample groups. The phenomenon "glimpsing undergraduate research activities of research groups coordinated by nursing advisors, the basis of competency formation in research of the scholarships" emerged form the interrelation of six categories. To be a advisor and researcher of human resources in research form undergratuation requires pedagogical, instrumental, and managerial competencies associated to research policies of nursing and health.

Key words: Nursing; Nursing research; Scientific and technical activities.

RESUMEN

Este estudio objetivó comprender el significado de la iniciación científica para los orientadores de becarios de Enfermería de una universidad del Sur de Brasil. Se ha utilizado la Grounded theory como referencial metodológico, mediante entrevistas con siete orientadoras de becarios de iniciación científica constituyéndose así dos grupos de muestras. El fenómeno "Vislumbrando en las actividades de la iniciación científica de los grupos de pesquisa, coordinadas por el orientador investigador, las bases de la formación de competencias en pesquisa del ser becario de iniciación científica de la enfermería" ha surgido de la interrelación de seis categorías. Ser orientador investigador formador de recursos humanos en pesquisa desde la iniciación científica requiere competencias pedagógicas, instrumentales, gerenciales y políticas de investigación en enfermería y salud.

Descriptores: Enfermería; Investigación en enfermería; Actividades científicas y tecnológicas.

INTRODUÇÃO

A pesquisa na Enfermagem, como nas demais áreas, é fundamental para absorver, produzir, aperfeiçoar e reproduzir conhecimento, visando melhoria da qualidade de vida das pessoas e desenvolvimento científico e tecnológico nacional.

No Brasil, desde a década de 1990, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência pública que promove a Ciência, Tecnologia e Inovação na constituição e aperfeiçoamento de recursos humanos e direciona financiamentos aos projetos de pesquisa(1), vem fomentando uma modalidade de formação e incentivo à pesquisa na graduação, a Iniciação Científica (IC). Esta tem como finalidade introduzir o estudante no mundo da pesquisa científica, estimular novos talentos potenciais entre estudantes de graduação, e, contribuir para reduzir o tempo médio de titulação de mestres e doutores(1).

O CNPq ao estabelecer parcerias com instituições de ensino superior e demais locais onde se realiza pesquisa criou o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica (PIBIC). As duas modalidades, IC e PIBIC, têm intenções semelhantes, no entanto, parte do gerenciamento desta última passa a ser de responsabilidade da instituição conveniada(2).

Assim, mediante a participação de bolsistas em projetos de pesquisa orientados por pesquisador qualificado, almeja-se prepará-los para o ingresso na pós-graduação e a formação de profissionais mais bem preparados para o mercado de trabalho. A área da Enfermagem concentrou no ano de 2008, 1.514 estudantes de graduação(3) que vem incrementando sua formação e preparando-se para o exercício profissional responsável e de qualidade. Sendo, ainda, oportunizada aos bolsistas IC a demonstração prática da relevância e benefícios de se apropriar da pesquisa como um caminho para aprimoramento da sua atuação, sustentada pela incessante busca de novos conhecimentos.

Muito embora, o investimento seja feito sobre o estudante de graduação, o CNPq não seleciona diretamente o candidato à bolsa, transferindo tal responsabilidade ao orientador-pesquisador responsável pelo projeto de pesquisa. Com destaque, os pesquisadores considerados adequados para esta atividade possuem titulação e produção científica elevada(4). Logo, o mérito do orientador inicia-se já quando selecionado para desempenhar a orientação de bolsistas de Iniciação Científica; estende-se durante toda a caminhada junto ao estudante direcionando e descobrindo a pesquisa científica, geralmente, do zero; e, alcança seu ápice quando se divulgam as publicações resultantes do projeto de pesquisa e percebe-se o bolsista integrado à dinâmica da pós-graduação.

Assim, a fim de que o orientador execute sua tarefa com êxito e que o objetivo do Programa seja alcançado é válido destacar que além do título de doutor e publicações na área, o mesmo precisa possuir/desenvolver habilidades e competências, não mensuráveis através de dados objetivos, como: comprometimento com o estudante IC(2), saber aproveitar oportunidades nas quais o bolsista possa ser envolvido, respeitar limites e as atribuições do bolsista em uma relação de troca e crescimento mútuo(5).

Diante das considerações apresentadas, levantam-se alguns questionamentos em relação aos orientadores de bolsistas de IC. Dentre eles, como o orientador de IC atua/executa sua função? Como é sua relação com o bolsista e sua produtividade? Qual a importância dos grupos de pesquisa e seus membros para a formação do bolsista? Como o orientador percebe o ser bolsista de iniciação científica?

Necessitamos de estudos que mostrem o conhecimento sobre as potencialidades, limitações e fragilidades do processo formação dos bolsistas IC. Desta forma, compreender o significado da IC para os orientadores de bolsistas PIBIC/IC (CNPq) pode muito nos auxiliar para o fortalecimento do processo de iniciação científica de graduandos com maior aproveitamento dos envolvidos nesta dinâmica.

MÉTODOS

O presente estudo é fruto de um projeto ampliado de pesquisa realizado pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Administração e Gerência do Cuidado de Enfermagem e Saúde GEPADES, cujo primeiro produto foi uma investigação realizada junto aos bolsistas de IC de uma universidade do sul do país(6). No presente estudo, o objetivo foi compreender o processo e a importância da iniciação científica para o pesquisador.

Assim, para alcançar o objetivo proposto optamos pela Teoria Fundamentada em Dados (TFD), como método de pesquisa. Tratou-se de uma metodologia originalmente desenvolvida por sociólogos americanos, que intentaram construir uma teoria assentada nos dados a partir da exploração do fenômeno na realidade em que o mesmo se insere, sendo que a construção teórica explica a ação no contexto social(7).

Pela TFD é possível acrescentar novas perspectivas e novos significados ao fenômeno, nessa pesquisa a iniciação científica, a fim de gerar um conhecimento complexo, consolidado e fundamentado essencialmente nos dados(8).

O projeto denominado inicialmente como "A iniciação científica como formação para o pesquisador na enfermagem", teve parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da UFSC, registrado sob o número 094/07. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semi-estruturadas e uma pergunta inicial: Qual o significado da iniciação científica para você? O encaminhamento das demais questões foi direcionado pelas pesquisadoras, a partir das respostas das entrevistadas, levando-os a refletirem sobre suas vivências e o desenvolvimento do seu "fazer" na experiência de orientadores de bolsistas de iniciação científica.

Optamos em realizar a pesquisa com orientadores de bolsistas de iniciação científica do curso de enfermagem de uma universidade da Região Sul do Brasil com experiência de no mínimo um ano nesta atividade. Desse modo, o primeiro grupo amostral foi composto por quatro orientadoras de IC, que se dispuseram a integrar o grupo.

Para formar o segundo grupo amostral, composto por três orientadoras de IC, foram consideradas as sugestões, idéias e dúvidas que emergiram dos dados codificados e analisados a partir do primeiro grupo. A validação do Modelo Teórico, propriamente dito, foi efetivada com uma enfermeira orientadora de IC e com uma pesquisadora expertise em Teoria Fundamentada nos Dados e que vem desenvolvendo estudos sobre a iniciação científica.

Os dados foram coletados no período compreendido entre maio e dezembro de 2007, os quais foram gravados e posteriormente transcritos, conforme prevê a metodologia adotada. Assim que iniciada a coleta de dados, procedeu-se a análise substantiva dos dados realizada através de três etapas que ocorrem de forma concomitante: codificação aberta, codificação axial e codificação seletiva.

Na fase de codificação aberta, é realizada a conceituação dos dados, que são separados em partes distintas, sendo rigorosamente examinados linha à linha (micro análise) e comparados em busca de similaridades e de diferenças. A codificação axial é o momento de reagrupar os dados que foram divididos na codificação aberta e relacionar categorias às suas subcategorias. A última etapa é denominada de codificação seletiva, ou seja, é o processo de integrar e refinar as categorias, desvelando a categoria central para que os resultados da pesquisa assumam a forma de teoria. Em seguida, chega o momento de rever o esquema teórico, na busca por consistência interna e validar o esquema teórico(7).

Para classificar e organizar conexões emergentes entre as categorias foi utilizado um esquema organizacional, denominado por Strauss e Corbin(7) como "paradigma", no qual os dados foram vislumbrados conforme condições causais, intervenientes, contextual, estratégia e consequências.

A codificação e análise dos dados conduziram à identificação do tema ou categoria central constituído pelo fenômeno: "Vislumbrando nas atividades de iniciação científica dos grupos de pesquisa, coordenadas pelo orientador pesquisador, as bases da formação de competências em pesquisa do ser bolsista IC da enfermagem". A compreensão deste fenômeno foi construída por conceitos organizados em categorias que se apresentam intimamente relacionados.

Para preservar o anonimato, as contribuições dos participantes (orientadoras de bolsistas de IC) serão identificadas, ao longo do texto, com a letra "O" seguida de algarismos arábicos que representam a ordem dada às entrevistas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Assim, a categoria central Vislumbrando nas atividades de iniciação científica dos grupos de pesquisa, coordenadas pelo orientador pesquisador, as bases da formação de competências em pesquisa do ser bolsista IC da enfermagem, emergiu a partir dos agrupamentos e interpretação das mensagens que os participantes expressaram durante as entrevistas, as quais formaram as seguintes categorias:

Selecionando o candidato à bolsa e deixando que o outro consiga produzir

Estas duas categorias são consideradas como condições causais, pois representam um conjunto de fatos que desencadeiam o fenômeno encontrado nestes dados.

Na seleção do aspirante à bolsa IC o CNPq apenas direciona o perfil desejado do bolsista quando estabelece as normas e critérios para a concessão da mesma, que são: estar regularmente matriculado em curso de graduação; não ter vínculo empregatício; dedicar-se às atividades universitárias e de pesquisa; e, apresentar os resultados parciais e finais da pesquisa(9). Desta forma, é do orientador a responsabilidade de indicar a pessoa mais adequada dentre os candidatos.

Assim, além dos requisitos indicados pelo CNPq, outros determinantes objetivos também são observados pelas participantes na seleção do bolsista, como: ser um aluno de fase inicial, ter experiência em pesquisa, dispor de carga horária livre, possuir fluência em outros idiomas, frequentar eventos e cursos. A preocupação em selecionar estudantes com bom aproveitamento foi consenso entre os participantes, haja vista o despendimento teórico e investimento financeiro. Entretanto, duas orientadoras entrevistadas ressaltaram que embora também considerem o desempenho acadêmico como um indicador, nas suas experiências, não perceberam influência na desenvoltura do bolsista, como demonstrado a seguir:

Eu não acho que tenha que ser o melhor desempenho acadêmico, mas um médio. Porque às vezes aquele que tem um IA [Índice Acadêmico] mais elevado, ele não se sai tão bem na pesquisa que é mais prática. Ele se sai bem no teórico, aí quando chega no prático às vezes não, pelo menos eu já passei por isso. (O7)

Ainda, as entrevistadas revelaram possuir critérios subjetivos na escolha do bolsista, sendo que cada uma priorizava determinadas características, a saber: pró-atividade, responsabilidade, autonomia, empatia, comprometimento e interesse pela temática estudada, com a intenção aliar aos requisitos objetivos aos aspectos considerados positivos e adequados para a atividade.

Corroborando com os achados, estudos(10) apontam que devido ao baixo número de estudantes que atendessem aos critérios formais de seleção, estes foram selecionados a partir da manifestação do desejo e da disponibilidade em participar do grupo, bem como, pelo desempenho acadêmico, comprometimento, habilidade na comunicação e liderança demonstrados durante a entrevista. Assim, devido ao rigor da seleção, mesmo não sendo um processo padronizado, ao selecionar os alunos com melhor desempenho acadêmico, atribui-se ao estudante maior responsabilidade e o dever que responder as cobranças com uma atuação diferenciada (5).

Na categoria, Deixando que o outro consiga produzir, é sustentado pelas orientadoras que a prática da orientação deve permitir a construção do conhecimento pelo próprio bolsista, para que ele consiga crescer, sem que a orientadora subjugue a capacidade e o tempo necessário para o bolsista alcançar algumas metas acordadas entre os dois.

Para tanto, são citadas habilidades que a orientadora deve possuir e/ou desenvolver para atuar junto ao bolsista, como: paciência, perspicácia, compromisso, cobrança das atividades, flexibilidade no cronograma, saber negociar, dar o retorno das atividades, e instigar no bolsista a reflexão, como aponta a entrevistada na seguinte fala:

Observando a evolução, como ele está conseguindo dar conta, está crescendo. E ao mesmo tempo ter muito perspicácia e paciência para não se projetar muito em cima do outro, mas deixar que o outro consiga crescer e produzir. (O1)

Permitir o crescimento do estudante implica na manutenção de um contato próximo com orientador, uma vez que a necessidade de esclarecimento, indicação e diálogo são essenciais para auxiliar o estudante a perceber a direção do seu trabalho(11).

Contrapondo sentimentos em relação à orientação

A categoria Contrapondo sentimentos em relação à orientação é composta por duas subcategorias, Desvendando os desafios para a orientação e Indo além do visível que articuladas apresentam-se como interveniênciapara o alcance de melhores práticas e resultados na experiência da iniciação científica.

As orientadoras entrevistadas relataram que já tiveram experiências boas e ruins, e essa qualificação está intimamente relacionada com os resultados alcançados durante todo o período em que se relacionou com o bolsista. Com destaque, as participantes sentiram prazer ou alegria ao perceberem a evolução do bolsista ao final do projeto, ao expressar uma perspectiva crítica e sabendo pesquisar, como elucida o depoimento a seguir:

E o maior prazer, pelo menos para mim como orientadora é pegar uma pessoa com muitas limitações e lá no final é outra pessoa. (O1)

Eu fico satisfeita por isso, eu tenho satisfação por isso, porque eu sempre observo que os alunos saem com uma experiência, com um olhar, pelo menos sabendo o que é o mundo da pesquisa. (O3)

Assim, os docentes experimentam satisfação quando os bolsistas se interessam em sua área de pesquisa, percebem que seu conhecimento está sendo disseminado e verificam que o estudante evoluiu cientificamente e amadureceu como pessoa, ao finalizarem seus trabalhos e ao publicarem, e acima de tudo, os docentes sentem-se satisfeitos quando os bolsistas continuam na carreira acadêmica(11).

Como claramente o nome já diz, a iniciação científica almeja despertar a vocação científica e inserir o graduando na dinâmica da pesquisa. Dar início a este trabalho com um jovem que muitas vezes não possui experiência prévia em investigação é descrito pelas orientadoras como um dos desafios para a orientação, tendo em vista o despreparo do bolsista e a dificuldade no começo das atividades com novos bolsistas. Algumas das experiências menos produtivas estavam vinculadas ao não encaminhamento ou atraso das atividades propostas, bem como, aos períodos em que a própria orientadora, sobrecarregada com suas outras atividades, não conseguia dar muita atenção ao bolsista e desenvolver um trabalho de qualidade. As falas a seguir explicitam esses sentimentos:

Tem momentos que a gente sente prazer, alegria e as coisas vão para frente. Mas, tem outros dias que, não sei se porque estamos mais cansados, tem dias que as coisas ficam empacadas. (O1)

As piores experiências estavam relacionadas a questões relativas a mim mesma, por estar numa fase muito complicada, com muita demanda, com muito trabalho administrativo, e não poder estar dando tanta atenção e disponibilizando para o aluno. (O3)

O que a gente percebe, que do ponto de vista do preparo, [...] quando é um bolsista novo, ele dá muito mais trabalho. (O6)

Além disso, uma das orientadoras destacou que na área da Enfermagem quem faz pesquisa é o professor universitário, e, portanto, percebe-se sem tempo para orientar bolsistas IC, justamente por não ser destinada uma carga horária regulamentada para mais esta atribuição. Assim, executa diversas atividades concomitantemente, e considera que orienta o bolsista fora do seu horário de trabalho, como elucida a orientadora na seguinte fala:

Porque eu tenho outras obrigações no departamento e lá no plano do professor para mestrado e doutorado você pode alocar duas horas semanais para orientação do mestrado e doutorado, mas para a iniciação científica você não aloca duas horas, você não aloca, não tem. Então você dá, teoricamente, fora do seu horário, né. Você se desdobra para fazer no horário de expediente, mas eu carrego trabalho para corrigir em casa, ler teses e dissertações, e preparar o material todo lá em casa. (O5)

Esses aspectos identificados contribuem para sustentar que, como frustração para bolsistas, a falta de tempo e o excesso de atividades dos professores-orientadores, também são geradores de insatisfação para as participantes. Sendo importante o emprego de novas metodologias de trabalho envolvendo os pós-graduandos, a fim de suprir esta carência(11).

Já na subcategoria Indo além do visível é enfatizada pelas orientadoras sua preocupação com o bolsista. Lidar com momentos de crise, afastamentos ou dificuldades do bolsista exige da orientadora uma postura humana e profissional, na qual sentimentos e ações se integram à dinâmica teia da vida, na qual os elementos estão interconectados e exercem influência um sobre os outros. Assim, é valorizado o respeito às atividades do bolsista como estudante de graduação, e a sensibilidade da orientadora para enfrentar períodos difíceis com serenidade e livre de julgamentos. Tais situações são exemplificadas no seguinte depoimento:

Nessa caminhada tem aqueles que se bloqueiam nesse transcurso, tem os que ficam doentes, enfim, existem as intercorrências. E nesse momento é muito importante que o orientador perceba qual a real situação, consiga realmente ver qual a real situação para que possa ajudar. Nunca pensar a priori sem investigar o comportamento do outro [...] e nunca dizer que não dá para apostar no outro, porque se podem descobrir verdadeiras pérolas. (O1)

As características apresentadas pelas orientadoras vão ao encontro de estudos(12) que investigaram a relação docente e estudante de graduação no processo ensino aprendizagem, os quais revelam que para alguns docentes lidar com as adversidades relacionais impostas pelo ambiente tem sido um desafio que exige um olhar sensível as características individuais, bem como, respeito ao ser humano.

Valorizando o Grupo de Pesquisa, um espaço de relações, trocas e trabalho

Esta categoria é considerada o contexto no qual o fenômeno encontrado ocorre, sendo complementada por uma subcategoria denominada Trabalhando coletivamente em pesquisa, que conjuntamente reconhecem os grupos de pesquisa como um espaço no qual se desenvolvem as ações que implicam na relação entre a orientadora, bolsista e os demais membros.

Haja visto o entendimento de que a pesquisa científica é uma atividade coletiva e cooperativa, é compreensível e até esperado que os grupos/núcleos/centros de pesquisa fossem concebidos como ambientes promotores de relações de crescimento, mais próximas e colaborativas por promoverem o encontro entre pesquisadores e estudantes com interesses em uma mesma linha de pesquisa.

É ressaltado pelas orientadoras que a relação estabelecida com o bolsista é diferenciada dos demais alunos de graduação, pois a partir das reuniões do grupo e o compartilhamento de tarefas é possível se estabelecer laços de afeto e carinho, como explicitado pelas participantes nas seguintes falas:

No projeto que tem mestrandos e doutorandos, os bolsistas participam igual [...] é um trabalho coletivo e cooperativo. (03)

Não digo eu, porque no meu grupo de pesquisa temos quatro doutores, e estes orientam mestrandos e doutorandos, cujo passado, passaram por iniciação científica, sabe? Então, criamos laços e eles voltaram. Então, a minha opinião é que a maioria das situações a relação é muito boa e que surte efeito futuro, publicações conjuntas e incluindo mestrado e doutorado. (O5)

Destaca-se, ainda, a articulação da orientadora com os demais membros do grupo de pesquisa no processo de formação do bolsista, tendo em vista a dificuldade em orientá-lo isoladamente, e evidenciando que o bolsista está vinculado às demandas do projeto e não somente à orientadora, a seguir as participantes expõe a sua experiência:

Isso é uma coisa que a gente não consegue fazer sozinha, e às vezes eu coloco os mestrandos e doutorandos na jogada, e eles também ajudam. Se tem um programa novo para aprender, então, tal doutoranda já sabe, ela vai sentar como bolsista e ele vai aprender. (O5)

Eu posso ter uma competência, até pela minha trajetória, pela minha formação, pela minha experiência, que um bolsista que chega não tem. Mas, ele certamente vai ter uma competência, também pela historia dele, pela trajetória, pelo aprendizado, que de repente eu não tenho e ele pode me ensinar, também. Então, essa troca eu acho que é bem interessante, também. [...] Então, por isso o trabalho de grupo é muito importante, porque se fosse um trabalho isolado do orientador seria muito mais difícil, com certeza. (O6)

Entende-se que participação de estudantes nos grupos de pesquisa amplia a visão sobre o processo de construção do conhecimento, pois este espaço permite a formação de vínculo e intimidade com a temática de estudo e com os professores pesquisadores e integrantes do grupo(10). Com o crescimento significativo dos grupos de pesquisa da área da Enfermagem no contexto nacional oportunizou-se o aumento da interação entre estudantes, pesquisadores e pessoal de apoio técnico por meio de produções coletivas(13). Esta integração entre os membros do grupo constitui como um fator facilitador e potencializador para o trabalho em pesquisa, já que oportuniza a orientação ao IC de forma compartilhada, permitindo que mestrandos e orientandos a exercitem(11), bem como, assimilando as contribuições criativas e sensatas dos bolsistas(14).

Atuando como coordenador das atividades e Trabalhando em todos os níveis para promover a ciência da enfermagem

Essas categorias serão analisadas em conjunto, uma vez que as participantes evidenciaram que a orientadora atua como um coordenador das atividades do bolsista e prepara um jovem pesquisador para a pós-graduação em Enfermagem, tanto como estratégia quanto consequência.

As orientadoras compreendem que o ensinamento da orientação se desenvolve de forma concomitante ao trabalho, e que ao "fazer" pesquisa junto com o bolsista está compartilhando seus conhecimentos e experiências de forma mais prática e rica, permitindo que o bolsista desenvolva com a execução das atividades não somente habilidades metodológicas para a pesquisa, e sim, um olhar crítico e criativo sobre a realidade. Neste processo as entrevistadas se percebem como coordenadoras no processo de formação em pesquisa do bolsista ao negociar, estabelecer acordos, organizando as demandas e articulando as produções e os pesquisadores envolvidos, como demonstram os depoimentos a seguir:

Acho que é um papel mais de coordenação, estabelecer esses acordos, organizar o que cada um vai fazer, articular o seu trabalho, quando trabalhamos com mais de um. (O3)

Eu acho que a função do professor, do orientador numa bolsa de iniciação científica é a de compartilhar com o bolsista as experiências, os caminhos que você já conhece, em termos de realização do estudo. Ele poder fazer com que o bolsista cresça nas suas habilidades enquanto pesquisador. (O4)

Ser orientadora é desenvolver atividades que promovam a ciência da enfermagem. (O1)

Assim, atuando como um gestor de pessoas e do conhecimento, a orientadora promove a ciência na Enfermagem quando atua em todos os níveis ou prepara potenciais pesquisadores na sua formação inicial. As participantes do estudo indicaram que pelas competências e habilidades desenvolvidas durante a vigência da bolsa, o bolsista IC deve ser encaminhado a realizar o mestrado e doutorado, tendo em vista que possui os instrumentais básicos e uma relação mais próxima com o universo da pós-graduação do que outros estudantes que não passaram por esta experiência, como explicitam as seguintes falas:

Aquele aluno que vem de uma bolsa IC e pega uma bolsa de mestrado tem um desempenho muito superior em relação aquele aluno que vem da prática, ou que não tem essa experiência prévia. Porque ele já vem sabendo do que está se falando, já vem com os instrumentais básicos para a pesquisa. Isso acelera e muito a formação dele e melhora qualitativamente, também. (O6)

Para promover ciência na enfermagem necessariamente você tem que trabalhar em todos os níveis, tem que plantar a mudinha na graduação e colher no doutorado e pós-doutorado. (O1)

A analogia apresentada por um dos participantes sobre o bolsista IC ser uma mudinha plantada pela orientadora, que renderá frutos na pós-graduação, reflete o empenho dos orientadores a responderem as exigências do Programa de Bolsas de Iniciação Científica e as suas próprias expectativas. Pois em suas experiências já observaram que muitos bolsistas já ingressaram no mestrado e deram continuidade na sua formação com o doutorado, por construírem um currículo com os produtos da bolsa IC, e, além disso, acreditam que o bolsista seja um estudante mais bem preparado na pós-graduação, por apresentar um tempo reduzido na sua formação, bem como, trabalhos com maior qualidade.

Ainda, deve-se destacar o diferencial à favor do programa e da repercussão da iniciação científica no currículo dos estudantes, pois em alguns concursos para docentes, a disputa pelas vagas ficaram quase que, exclusivamente, com os ex-bolsistas, pois os demais não se sentiam tão preparados para competir(14). Fortalecendo, desta forma, um dos objetivos do programa de iniciação científica: acesso rápido ao programa de pós-graduação com titulação em prazo adequado visando à formação de jovens pesquisadores(15). Em seguida é apresentado um depoimento que expressa esta idéia:

Eu observo maturidade no sentido dele estar envolvido com a pesquisa, comprometido no grupo de pesquisa, ele estar buscando novos conhecimentos, ele estar na internet, não só na questão do computador e só de digitação, mas também de ir atrás do conhecimento em bases de dados, como ferramenta de aprendizagem. (O7)

Embora, uma das orientadoras concorde que a bolsa IC incentiva o gosto pela pesquisa, ela não atribui somente a experiência de ser bolsista ao interesse em ingressar na carreira acadêmica, ela destaca o contexto histórico atual e a competitividade do mercado de trabalho como fatores que contribuem para a vinculação da Iniciação Científica e a pós-graduação, como explicitado na fala a seguir:

Não é o fato de ser aluno de iniciação científica que faz com que ele queira ir para o mestrado ou doutorado, talvez ele crie curiosidade de fazer pesquisa [...] todos os alunos já tem essa consciência de fazer pós-graduação e não é por causa da universidade ou de nós estarmos incentivando. Estamos incentivando sim, o gosto pela pesquisa, para evoluir e galgar na carreira profissional. (O5)

Ainda que a bolsa de iniciação científica cumpra com seu objetivo, no que tange o encontro de novos talentos e o despertar para pesquisa, quando se trata do incentivo para formação de recursos humanos especializados em pesquisa acredita-se que é necessário um tempo maior e pesquisas posteriores(2).

Assim, a organização das interrelações das categorias encontradas neste estudam apontaram à conformação do fenômeno Vislumbrando nas atividades de iniciação científica dos grupos de pesquisa, coordenadas pelo orientador pesquisador, as bases da formação de competências em pesquisa do ser bolsista IC da Enfermagem, representado pela Figura 1.


A expectativa e o compromisso dos orientadores pesquisadores em promover o avanço da ciência da Enfermagem com o incremento de novos conhecimentos pertinentes, relevantes e contributivos e formação o mais qualificada possível de recursos humanos em pesquisa, demanda dele uma atuação centrada na coordenação das atividades de pesquisa. Estas atividades encontram no grupo de pesquisa o solo ou a estrutura organizativa de pessoas/equipe de pesquisadores e infra-estrutura física, material, de logística e de tecnologia de investigação a possibilidade de viabilizar a produção científica na execução de seus projetos de pesquisa. Dentre as pessoas ou equipe de trabalho encontram-se desde o aluno de graduação na modalidade de Iniciação Científica, seguindo os alunos de mestrado e de doutorado, os docentes pesquisadores e outros pesquisadores em estágio pós-doutoral. A iniciação científica é o primeiro passo para o desenvolvimento de competências em pesquisa, e deste modo, o estar selecionando o candidato à bolsa e deixá-lo que consiga produzir exige do orientador não só competência na busca do perfil requerido, mas como também, responsabilidade e acompanhamento devido para que o investimento alcance o retorno devido. A dinâmica de funcionamento dos grupos de pesquisa como espaço de relações, trocas e trabalho propicia ao jovem aluno o aprender a fazer pesquisa ou a ser pesquisador iniciante. O orientador experiencia sentimentos em relação à orientação ao desvendar os desafios para a orientação e ao mesmo tempo, necessita ir além do visível para o alcance de melhores práticas e melhores resultados na experiência da iniciação científica do aluno bolsista. Assim, Vislumbrando nas atividades de iniciação científica dos grupos de pesquisa, coordenadas pelo orientador pesquisador, as bases da formação de competências em pesquisa do ser bolsista de IC da Enfermagem se desvela como um fenômeno importante do trabalho do orientador pesquisador formador de recursos humanos em pesquisa

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A compreensão do significado da experiência de ser bolsista de iniciação científica para as orientadoras de enfermagem de uma universidade do sul do país possibilitou desvelar o fenômeno Vislumbrando nas atividades de iniciação científica dos grupos de pesquisa, coordenadas pelo orientador pesquisador, as bases da formação de competências em pesquisa do ser bolsista de IC da Enfermagem. Neste fenômeno o orientador pesquisador experiencia o (contexto) Valorizando o Grupo de Pesquisa, um espaço de relações, trocas e trabalho, em (interveniência) Contrapondo sentimentos em relação à orientação, mediante o estar (condições causais) Selecionando o candidato à bolsa e Deixando que o outro consiga produzir, e com isso, (estratégia e consequência) manter-se Atuando como coordenador das atividades e trabalhando em todos os níveis para promover a ciência da Enfermagem.

A experiência de ser orientador pesquisador formador de recursos humanos em pesquisa desde o IC é um desafio que requer competências no domínio do processo investigativo, da ciência de enfermagem e da gerência e políticas em pesquisa, promovendo o crescimento e fortalecimento do grupo de pesquisa num trabalho integrado e cooperado rumo ao avanço da ciência, tecnologia e inovação na enfermagem e saúde.

Submissão: 17/12/2009

Aprovação: 14/08/2010

  • 1. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. O CNPq. Brasília; 2009. [citado em 2008 Nov 24]. Disponível em: http://www.cnpq.br/cnpq/index.htm
  • 2. Reis LA. Programa institucional de bolsas de iniciação científica do IBAMA: uma política de pesquisa [dissertação]. Brasília: Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Católica de Brasília; 2007.
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  • Autor correspondente:
    Gabriela Marcellino de Melo Lanzoni
    Universidade Federal de Santa Catarina
    Campus Universitário Reitor João David Ferreira Trindade
    CEP 88040-970. Florianópolis, SC
    E-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      30 Jun 2011
    • Data do Fascículo
      Abr 2011

    Histórico

    • Recebido
      17 Dez 2009
    • Aceito
      14 Ago 2010
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