Formação e práxis do enfermeiro à luz das teorias de enfermagem

RESUMO

Objetivo:

relatar a experiência da construção do conhecimento de enfermagem a partir das teorias de enfermagem e dos pontos de tangência com a práxis do enfermeiro.

Método:

relato de experiência sobre as reflexões a partir de conteúdos abordados na disciplina oferecida em Programa de Pós-Graduação de Enfermagem stricto sensu de uma universidade pública estadual. Foram apresentados seminários pelos alunos trazendo as principais teorias de enfermagem, gerando ampla discussão correlacionando-as à prática do enfermeiro. Revisão e reflexão dos conteúdos abordados.

Resultado:

definiram-se dois temas: a formação do aluno de graduação de enfermagem e a construção do conhecimento em relação aos conceitos das teorias de enfermagem; e modelos assistenciais e o raciocínio crítico do enfermeiro acerca da aplicabilidade das teorias de enfermagem.

Considerações Finais:

as reflexões produzidas permearam a construção e apreensão do conhecimento e dos significados representativos da prática assistencial a partir dos pressupostos e constructos das teorias.

Descritores:
Teoria de Enfermagem; Educação em Enfermagem; Educação de Pós-Graduação em Enfermagem; Estudantes de Enfermagem; Processo de Enfermagem

ABSTRACT

Objective:

to report the experience of the development of nursing knowledge from nursing theories and points of contact with the nurse’s praxis.

Method:

case report on the reflections on contents addressed in the discipline offered in the Graduate Program in Nursing in a federal public university. The students presented seminars approaching the main nursing theories, generating extensive discussion and correlating them with the nurse’s practice. Review and reflection on the contents addressed.

Result:

two themes were defined: the training of nursing undergraduate students and the development of knowledge in relation to the concepts of nursing theories; and care models and nurses’ critical reasoning about the applicability of nursing theories.

Final Consideration:

the reflections produced permeated the development and acquisition of knowledge and of representative meanings of healthcare practice from the assumptions and constructs of the theories.

Descriptors:
Nursing theory; Education in Nursing; Postgraduate Education in Nursing; Nursing Students; Nursing Process

RESUMEN

Objetivo:

exponer la experiencia de construcción del conocimiento en enfermería desde las teorías de enfermería y los puntos de tangencia con la praxis del enfermero.

Método:

reporte de experiencia con reflexiones de los contenidos abordados en la disciplina ofertada en el Programa de Posgrado stricto sensu en Enfermería de una universidad pública estatal. Los estudiantes presentaron seminarios en que se plantearon las principales teorías de enfermería, generando una amplia discusión, correlacionándolas con la práctica del enfermero. Revisión y reflexión de los contenidos planteados.

Resultado:

se definieron dos temas: la formación del estudiante de grado de enfermería y construcción del conocimiento con relación a los conceptos teóricos del área; y los modelos asistenciales y el raciocinio crítico del enfermero acerca de la práctica de las teorías de enfermería.

Consideraciones Finales:

las reflexiones posibilitaron la construcción y aprehensión del conocimiento, así como los significados representativos de la práctica asistencial desde las premisas y las concepciones teóricas.

Descriptores:
Teoría de Enfermería; Educación en Enfermería; Educación de Posgrado en Enfermería; Estudiantes de Enfermería; Proceso de Enfermería

INTRODUÇÃO

Este relato de experiência versa sobre o desenvolvimento das atividades didáticas realizadas durante as aulas presenciais na disciplina optativa denominada “teorias de enfermagem: da construção do conhecimento às taxonomias NANDA, NIC e NOC”. A disciplina é oferecida pelos Programas de Pós-Graduação de Enfermagem de mestrado e doutorado acadêmico e de mestrado profissional do Departamento de Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Os seis mestrandos e dois doutorandos são alunos regularmente matriculados na disciplina.

As discussões emergentes dos semanários convergiam nos aspectos da formação do aluno de graduação de enfermagem e do enfermeiro no cenário de prática, ensino, assistência e pesquisa, de modo que a perspectiva das reflexões relacionou-se à aplicabilidade no processo de trabalho.

Ao final da disciplina, os atores envolvidos – discentes e docente – avaliaram o quanto foi significativo para o aprendizado o estudo das questões relacionadas à valorização dos conceitos trazidos pelas teorias e como essas ainda são pobremente utilizados na formação do enfermeiro. Dessa maneira, descreve-se a experiência considerando o potencial de significância para a área da enfermagem e a fundamentação teórica para o desenvolvimento do pensamento crítico na tomada de decisão.

CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA

O desenvolvimento das atividades da disciplina em questão dá importância para a utilização do corpo de conhecimentos das teorias de enfermagem e seus riquíssimos conceitos a partir do modo como esses “olhares” diferentes apreendem e podem explicar os fenômenos da prática do enfermeiro e da enfermagem.

Dessa maneira, à medida que os seminários foram apresentados, questionamentos e reflexões emergiram a respeito de como se configura o processo de construção do conhecimento de enfermagem a partir dos conceitos das teorias levantadas. Além disso, foram discutidos quais os pontos de tangência destas com a práxis do enfermeiro. Nomeou-se o problema: divergência entre o que pressupõem as teorias de enfermagem e a atual práxis da área.

Assim, para uma livre e imparcial reflexão sobre o problema delimitado, foi necessário que os discentes analisassem as suas práticas e modos de atuação. Progrediram-se para outros pontos de vistas, objetivamente centrados nos conceitos abordados advindos das teorias estudadas e que os relacionassem com a práxis do enfermeiro.

DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA

Totalizaram-se 12 encontros semanais em aula presencial, com oito alunos. Os objetivos específicos da disciplina foram: identificar os pressupostos de algumas teorias de enfermagem e correlacioná-los com a práxis do enfermeiro; refletir e caracterizar a respeito da inserção das teorias de enfermagem na prática do enfermeiro; analisar e utilizar os conceitos das teorias no processo de enfermagem; e a utilização das classificações de linguagens padronizadas de diagnósticos, intervenções e resultados de enfermagem.

A ementa da disciplina compreendia: a abordagem de algumas teorias de enfermagem e sua relação com a práxis da enfermagem no contexto do ensino, pesquisa e assistência; o processo de construção do corpo de conhecimento da ciência de enfermagem; e a condução de reflexões acerca da utilização dos pressupostos conceituais das teorias e das taxonomias de enfermagem, que corroboram para a manutenção da autonomia profissional do enfermeiro e do processo de enfermagem.

Delinearam-se os constructos teóricos das teorias de Dorothea Orem, Ida Jean Orlando, Wanda de Aguiar Horta, Madeleine Leininger e Hildegard Peplau. Cada discente responsabilizou-se por aprofundar os conceitos acerca dos fenômenos e atributos de cada teoria. Os conteúdos foram apresentados em forma de seminário pelos discentes de acordo com o cronograma.

Foram construídos mapas conceituais e diagramas contendo os principais conceitos e seus atributos com a finalidade de identificar os pontos de tangência entre as teorias de enfermagem estudadas e a práxis do enfermeiro.

A contextualização dos conceitos e de seus atributos foram analisadas e procurou-se aproximar os fenômenos da realidade profissional da enfermagem e a relação que estabelecem com a autonomia do enfermeiro.

A construção do conhecimento se deu a partir da aproximação dos conceitos das teorias com a realidade profissional de cada discente, o que representa aprendizagem significativa. A avaliação da aprendizagem na disciplina se deu a partir da devolutiva dos discentes a respeito dos dois temas apresentados neste relato.

LIÇÕES APREENDIDAS

Descrevem-se as lições aprendidas que surgiram com o embasamento filosófico e os dois temas como construção da aprendizagem na disciplina.

PRESSUPOSTOS REFLEXIVOS

A filosofia pressupõe conceitos que estruturam os processos de raciocínio, estabelecendo conhecimentos e revelando fundamentos⁽¹⁾ A enfermagem, como ciência, é estabelecida a partir de um conhecimento substancial que represente a sua natureza. A filosofia da ciência, na área, estabelece o significado da ciência pelo entendimento dos conceitos, teorias, leis e metas de atuação à medida que se relacionam com a prática. Como ciência, a enfermagem possui fenômenos descritíveis, identifica causalidades e relaciona-os esses processos criticamente com teorias, modelos e sistemas científicos⁽¹⁾.

A construção histórica do processo de pensamento científico da enfermagem se deu com Florence Nightingale, que, em sua trajetória, realizou a identificação do conhecimento e conteúdos necessários para a tomada de decisão da área. Delimitou padrões morais para o perfil de profissional e os relacionou com a doença e o ambiente na manutenção da saúde. O foco da época, denominada “enfermagem moderna”⁽²⁾, permeou o “o que fazer?”.

Entre 1920 e 1930, o conhecimento construído foi no sentido de “como fazer” e o método utilizado foi o estudo de caso, que alavancou a sistematização do pensamento. Neste período, o avanço das ciências física e química permitiu progresso tecnológico na medicina visando o tratamento de doenças. O número de hospitais aumentou e houve o encontro entre práticas médicas e de enfermagem no mesmo espaço, o que influenciou o modelo de assistência biomédico na prática de enfermagem⁽³⁾.

Entre os anos 1950 e 1960 surgiu a discussão voltada a conceituar a enfermagem como ciência. É neste contexto que as teorias de enfermagem construídas por algumas norte americanas delimitaram a atuação do enfermeiro em relação a outros profissionais⁽⁴⁾.

Teoria de enfermagem é definida como uma articulação organizada, coerente e sistemática de conceitos relacionados à disciplina. Tem como objetivo descrever os fenômenos, explicar as relações entre eles e predizer consequências ou prescrever o cuidado de enfermagem. Isso com a finalidade de refletir os interesses da comunidade científica e da sociedade⁽⁵⁾.

Dessa maneira, as teorias de enfermagem corroboram o planejamento da assistência de enfermagem por meio do arcabouço conceitual construído sobre os fenômenos do cuidado. Esta prática se consolida pelo processo de enfermagem.

O processo de enfermagem foi introduzido na década de 1970, nos Estados Unidos, com as seguintes fases: assessment, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação. Paralelamente, a padronização de linguagem dos diagnósticos de enfermagem foi introduzida pela North American Nursing Diagnosis Association⁽⁴⁾. Na década de 1980, no mesmo país, a construção das taxonomias de intervenções e resultados de enfermagem contribuíram para a identidade, visibilidade e autonomia do desenvolvimento da prática de enfermagem⁽⁴⁾.

No Brasil, o Conselho Federal de Enfermagem resolve que a sistematização da assistência de enfermagem (SAE) é atividade privativa do enfermeiro e deve ser implementada onde existe atendimento de enfermagem, com o emprego do método científico e embasamento nas teorias da área⁽⁶⁾.

Atualmente, a enfermagem busca reconhecer qual o seu saber próprio, pois se percebeu que os princípios científicos eram provenientes e dependentes de outras ciências. O corpo de conhecimentos da enfermagem deveria ser construído por meio de teorias específicas produzidas para a área, conferindo-lhe status de ciência⁽²⁾.

As teorias de enfermagem possibilitaram a reflexão e o desenvolvimento do pensamento crítico e clínico do enfermeiro visando o ser humano em suas necessidades biológicas, psicológicas, sociais e espirituais⁽²⁾. O arcabouço teórico instrumentaliza e contribui na formação do enfermeiro e na estruturação de seu raciocínio científico. Os conceitos de humanidade/individualidade, sociedade/ambiente, saúde e enfermagem constituem-se importantes referenciais para os modelos assistenciais de enfermagem e suas concepções filosóficas^(1,7).

Como resultado da necessidade de reconhecer o significado do mundo da enfermagem, as teorias propõem identificar, descrever e explicar os fenômenos da enfermagem, solidificando os conceitos que fundamentam a profissão.

Desta maneira, pretende-se refletir sobre dois temas principais: a formação do aluno de graduação em enfermagem e a construção do conhecimento em relação aos conceitos advindos das teorias de enfermagem e modelos assistenciais; e o raciocínio crítico do enfermeiro acerca da aplicabilidade das teorias de enfermagem.

FORMAÇÃO DO ALUNO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM E A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO EM RELAÇÃO AOS CONCEITOS ADVINDOS DAS TEORIAS DE ENFERMAGEM

As teorias de enfermagem exercem um papel fundamental por apoiarem as práticas de enfermagem com suas bases conceituais, epistemológicas e descritivas do cuidado, conduzindo o “pensar” do graduando a partir da identificação dos problemas de enfermagem durante a experiência do cuidar. É preciso considerar a formação deste estudante e o direcionamento do seu raciocínio para compreender e identificar os fenômenos do cuidado na prática profissional.

Ao longo do tempo, o “saber” e o “ser” da enfermagem eram constituídos a partir dos modelos religiosos do cuidado que perduraram até o final do século XIX. Esses modelos eram baseados em procedimentos caseiros e executados por grupos voluntários de igrejas e mesmo escravos. O objeto do cuidado eram os mais necessitados.

A “enfermagem moderna”, surgida a partir do modelo de abordagem vocacional e disciplinar desenvolvido por Florence Nightingale – derivado de suas experiências na Guerra da Criméia – contribuiu para a iluminação científica acerca da formação do enfermeiro. Com o desenvolvimento industrial, em meados de 1940 até 1960, a enfermagem baseou-se nos saberes científicos que estavam em estruturação com a elaboração das teorias de enfermagem⁽²⁾. Esse apontamento histórico elucida a evolução da produção do saber na área e demonstra as concepções conceituais na formação do profissional.

As teorias de enfermagem proporcionam a oportunidade de reflexão para que o graduando faça relações entre as atividades reais do trabalho e os conceitos elaborados na área. Isso permite a atribuição de significado às ações e avaliação da prática. A compreensão do potencial de suporte teórico subsidiado pelas teorias gera oportunidades para que o aluno possa ressignificar o cenário didático e apreender dele um potencial transformador em suas ações do cuidado.

Contudo, não se observam resultados dessa formação na prática do enfermeiro, pois há uma lacuna na estruturação curricular e formativa desse profissional. As percepções do graduando com relação à práxis possuem um distanciamento em relação à forma como as teorias de enfermagem são aplicáveis e podem contribuir para a sua construção do conhecimento.

Acredita-se que os conteúdos referentes aos conceitos das teorias deveriam permear transversalmente as estruturas curriculares das escolas de formação do enfermeiro de modo que elas possam subsidiar a prática profissional futura desse estudante. A apropriação e internalização de um corpo de conhecimentos sobre as teorias de enfermagem propiciam a prática reflexiva pautada em princípios éticos, epistemológicos e ontológicos.

MODELOS ASSISTENCIAIS E O RACIOCÍNIO CRÍTICO DO ENFERMEIRO ACERCA DA APLICABILIDADE DAS TEORIAS DE ENFERMAGEM

As reflexões elaboradas no contexto deste tema foram direcionadas a partir de pressupostos teóricos comuns à todas as teoristas e de seus respectivos atributos conceituais.

A utilização do modelo teórico de enfermagem deverá refletir e contemplar a demanda do cenário. O que vai diferir entre os vários modelos é o modo como a base de dados será organizada, abrangendo as diferentes abordagens para o cuidado, pois os diferentes modelos de enfermagem conduzem a formas diversas de cuidado, que poderá ser mais humanizado e qualificado⁽³⁾.

Pelo fato de a enfermagem estar inserida em cenários caracterizados por assistência biomédica, hospitalocêntrica, fragmentada e tecnicista, podem ocorrer influência nos perfis de atuação dos enfermeiros com divergências de modelos conceituais da profissão que estruturam o raciocínio clínico do enfermeiro.

A prática assistencial de enfermagem e a ampliação da autonomia profissional dependem da consolidação do saber próprio da profissão. Esse “saber” relaciona-se com o “ser”, sustentado pelas teorias da área⁽⁸⁾.

Identifica-se desvinculação entre o currículo formal e a prática do enfermeiro, com tendência à adesão a práticas rotineiras do que à aplicação de práticas reflexivas por parte dos profissionais⁽⁹⁾.

Essa discrepância pode estar relacionada a alguns fatores, que foram objetos de reflexão durante as atividades da disciplina. Entre eles, destacam-se: redução de conteúdo ministrado acerca das teorias de enfermagem durante a graduação; falta de atribuição de significados e de sentidos dos conceitos teóricos para a prática profissional; e conteúdos curriculares centrados no modelo biomédico.

A práxis do enfermeiro deve envolver o seu conhecimento a respeito das transformações e inovações adaptadas às novas tendências do cuidado, buscando a promoção da saúde e bem-estar do ser humano⁽¹⁰⁾. Necessariamente, devido às mudanças sociais, políticas e econômicas, o corpo de conhecimento de enfermagem deve ser aprimorado para acompanhar e propor um cuidado avançado.

Dessa maneira, a construção da base do conhecimento científico da enfermagem originou-se na concepção das teorias de enfermagem e, atualmente, exige a incorporação de novos conhecimento para o desenvolvimento de tecnologias a nível de educação, investigação, assistência e gestão⁽¹⁰⁾.

A experiência, tendo essa disciplina como método e conteúdo, proporcionou momentos de reflexão entre docente e discentes, culminando na elaboração dos temas que constituíram as lições aprendidas. As reflexões oriundas das discussões em sala de aula foram indispensáveis para a construção e apreensão do conhecimento e dos significados representativos da prática assistencial do enfermeiro, partindo dos pressupostos e constructos das teorias de enfermagem abordadas.

Considerou-se indispensável a necessidade de implementação de esforços e aquisição de conhecimento pelo enfermeiro a respeito de como conceitos teóricos da área podem cooperar e guiar a assistência individualizada e humanizada.

Acredita-se que, com o uso das definições de termos contempladas pelas teorias de enfermagem, como homem, sociedade, saúde, enfermagem e enfermeiro, desde o primeiro ano de graduação do curso de enfermagem corroboraria o fortalecimento da utilização dos constructos teóricos na práxis.

Limitações do estudo

Em razão da limitação do tempo proposto para uma disciplina optativa, foram exploradas as teorias de: Dorothea Orem, Ida Jean Orlando, Wanda de Aguiar Horta, Madeleine Leininger e Hildegard Peplau, utilizadas em nível de ensino, pesquisa e assistência. O uso de apenas essas teorias limitou a abordagem de outras.

O tipo de estudo “relato de experiência” tem limitações em relação a sua reprodução devido ao fato de os atores envolvidos e o tema proposto serem condições específicas, podendo apresentar resultados diferentes se aplicado por outros.

Contribuições para a área da enfermagem

O desencadeamento das reflexões e os temas que emergiram durante as discussões em sala de aula demonstraram pontos de tangência entre os conceitos das teorias de enfermagem estudadas e a práxis do enfermeiro. São eles: as ações deliberadas se aproximam das intervenções e atividades de enfermagem preconizadas como linguagem padronizada; as necessidades de cuidado de enfermagem são denominadas pelos diagnósticos de enfermagem assim como pelos déficits de autocuidado; aproximam-se os conceitos “relacionamento terapêutico” e “cuidado humanizado e individualizado”, o que corrobora a integralidade do cuidado.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

É fundamental, para a formação do aluno de graduação em enfermagem, a compreensão da função e o papel social do enfermeiro para o pleno exercício legal, ético e moral da profissão. O enfermeiro que reconhece os significados conceituais das teorias de enfermagem desde a sua formação contribui para dar sentido à prática assistencial, podendo diferenciar-se na construção do raciocínio e do julgamento clínico, além de na escolha das melhores intervenções de enfermagem, na identificação dos fenômenos pelos quais é responsável. Dessa forma, poderá alcançar os melhores resultados. Recomenda-se que os conteúdos relacionados ao tema sejam obrigatoriamente inseridos nos currículos de graduação de enfermagem.

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Datas de Publicação

• Publicação nesta coleção
  18 Abr 2019
• Data do Fascículo
  Mar-Apr 2019

Histórico

• Recebido
  08 Jun 2018
• Aceito
  09 Set 2018