Acessibilidade / Reportar erro

Mecanismos de interiorização dos custos ambientais na indústria: rumo a mudanças de comportamento

Resumos

A fim de motivar mudanças no comportamento da indústria em relação ao meio ambiente, estão sendo implementados, especialmente nos países desenvolvidos, mecanismos de interiorização de custos ambientais. Dentre os mecanismos até então disponíveis, podem-se destacar, mais especificamente, as abordagens de comando e controle, os instrumentos econômicos e a auto-regulação, que são aqui apresentados e amparados por prós e eontras, assim como as vantagens e desvantagens sob o ponto de vista do empresariado, pois há uma intensa polêmica em torno da eficiência e eficácia de cada um deles para produzir as respostas desejadas por parte das empresas industriais.

meio ambiente; indústria; mecanismos de interiorização de custos ambientais; autoregulação; ISO 14000


In order to motivate changes in the behaviour of the industry regarding environment, interiorization mechanisms of environment costs have been developed, special/y in developed countries. Among the available mechanisms, we can emphasize more specifical/y the approaches of command and control, the economic instruments, and the auto-regulation. There is an intensive controversy related to efficiency and effectiveness of each mechanism to produce the desirable answers from industrial enterprises, and they are here presented and supported by pros and cons, as wel/ as advantages and disadvantages under the point of view of management.

environment; industry; interiorization mechanisms of environment costs; auto-regulation; ISO 14000


ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Mecanismos de interiorização dos custos ambientais na indústria: rumo a mudanças de comportamento

Carmem Silvia Sanches

Mestre e doutoranda em Administração de Empresas pela EAESP/FGV. E-mail: 6941011@eaesp.fgvsp.br

RESUMO

A fim de motivar mudanças no comportamento da indústria em relação ao meio ambiente, estão sendo implementados, especialmente nos países desenvolvidos, mecanismos de interiorização de custos ambientais. Dentre os mecanismos até então disponíveis, podem-se destacar, mais especificamente, as abordagens de comando e controle, os instrumentos econômicos e a auto-regulação, que são aqui apresentados e amparados por prós e eontras, assim como as vantagens e desvantagens sob o ponto de vista do empresariado, pois há uma intensa polêmica em torno da eficiência e eficácia de cada um deles para produzir as respostas desejadas por parte das empresas industriais.

Palavras-chave: meio ambiente, indústria, mecanismos de interiorização de custos ambientais, autoregulação, ISO 14000.

ABSTRACT

In order to motivate changes in the behaviour of the industry regarding environment, interiorization mechanisms of environment costs have been developed, special/y in developed countries. Among the available mechanisms, we can emphasize more specifical/y the approaches of command and control, the economic instruments, and the auto-regulation. There is an intensive controversy related to efficiency and effectiveness of each mechanism to produce the desirable answers from industrial enterprises, and they are here presented and supported by pros and cons, as wel/ as advantages and disadvantages under the point of view of management.

Key words: environment, industry, interiorization mechanisms of environment costs, auto-regulation, ISO 14000.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

1. VIGEVANI, Tulio. Meio Ambiente e relações internacionais: a questão dos financiamentos. São Paulo, IEAlUSP (Coleção Documentos, Série Assuntos Internacionais, 31 l, 1994, p. 11-13.

2. COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO (CMMAD). Nosso Futuro Comum. 2 ed., Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1994.

3. UNCEO. Agenda 21. Rio de Janeiro: United Nations Conference on Environment and DeveJopment (UNGED), 1992.

4. BUCHHOLZ, Rogene A.; MARCUS, Alfred A.; POST, James E. Managing Environmental Issues: a Casebook. Englewood Cliffs, N.J.: Prentice-Hall, 1992, p. xi-xii.

5. FISHER, S.; DORNBUSH, R. Introduction to Microeconomics. New Vork, McGraw Hill, 1983. Citado por COMUNE, Antonio E. Meio Ambiente, Economia e Economistas: uma breve discussão, p. 50. In MAV, P. H.; MOnA, R. S. (Orgs.). Valorando a Natureza -Análise Econômica Para o Desenvolvimento Sustentável. Rio de Janeiro: Campus, 1994, p. 45-59.

6. COMUNE, Antonio E. Meio Ambiente, Economia e Economistas: uma breve discussão. In MAY, P. H.; MOTTA, R. S. (Orgs.). Valorando a Natureza - Análise Econômica Para o Desenvolvimento Sustentá vel. Rio de Janeiro: Campus, 1994, p. 45-59.

7. SCHMIDHEINY, Stephan. Mudando o rumo: uma perspectiva empresarial global sobre o desenvolvimento e meio ambiente. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1992, p. 19.

8. COMUNE, Antonio E. Op. cit,

9. GUIMARÃES, Paulo C. V.; DEMAJOROVIC, Jacques; OLIVEIRA, Roberto G. Estratégias Empresariais e Instrumentos Econômicos de Gestão. São Paulo, Anais do III Encontro Nacional de Gestão Empresarial e Meio Ambiente, v. I, p. 17-29, 1995.

10. GUIMARÃES, Paulo C. V.; DEMAJOROVIC, Jacques: OLIVEIRA, Roberto G. Op. cit.

11. GUIMARÃES, Paulo C. V.; DEMAJOROVIC, Jacques: OLIVEIRA, Roberto G. Op. cit.

12. SCHMIDHEINY, Stephan. Op. cit., p. 24; GUIMARÃES, Paulo C. V. Instrumentos Econômicos para Gerenciamento Ambiental: a cobrança pelo uso da água no Estado de São Paulo. Revista de Administração de Empresas, v. 33, n. 5, p. 88-97, Set/Out 1993; SHRIVASTAVA, Paul. Greening Business: Profiting the Corporation and the Environment. Cincinnati, Ohio: Thompson Executive Press, 1996, p. 149-158.

13. GUIMARÃES, Paulo C. V.; DEMAJOROVIC, Jacques; OLIVEIRA, Roberto G. Op, cit.

14. BARDE, Jean-Philippe. The Economic Approach to the Environment. The OECD Observer, n. 158, p. 12-15, Jun/Jul 1989.

15. BARDE, Jean-Philippe; OPSCHOOR, Johanes B. From Stick to Carrot in the Environment. The OECD Observer, n. 186, p. 23-27, Feb/Mar 1994; GUIMARÃES, Paulo C. V.; DEMAJOROVIC, Jacques; OLIVEIRA, Roberto G. Op. cit.

16. GRUBB, Michael. Licenças Negociáveis. In COMISSÃO SOBRE GOVERNANÇA GLOBAL. Nossa Comunidade Global. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1996, p.162.

17. LAFFDNT, Jean-Jacques; TIROLE, Jean. Environmental Policy, Compliance and Innovation. European Economic Review, v. 38, n. 3, 4, p. 555-562, Apr 1994.

18. SCHMIDHEINY, Stephan. Op. cit., p. 21-22.

19. BARDE, Jean-Philippe; OPSCHOOR, Johanes B. Op. cit.

20. BARDE, Jean-Philippe; OWENS, Jeffrey. lhe Evolution of Eco-taxes. The OECD Observer. n. 198, p. 11-16, Feb/ Mar 1996.

21. POTlER, Michel. Agreement on the Environment. The OECD Observer, n. 189. p. 8-11. Aug/Sep 1994.

22. SHRIVASTAVA, Paul. Op. cit., p. 41, 49.

23. SHRIVASTAVA, Paul. Op. cit., p. 176.

24. ELKINGTON, John. Towards lhe Sustainable Corporation. Win-Win-Win Business Strategies for Sustainable Development. California Management Review, v. 36, n. 2, p. 90-113, Winter 1994.

25. ELKINGTON, John. Op. cit.; SHRIVASTAVA, Paul. Op. cit., p. 54.

26. LOUREIRO, Maria R. Gestão Ambiental no Brasil: Aspectos Políticos e Sociais. São Paulo: Núcleo de Pesquisas e Publicações/EAESP/FGV (Série Textos Didaticos, n. 13), 1992, p. 25.

27. NAHUZ, Márcio A. R. O Sistema ISO 14000 e a certificação ambiental. Revista de Administração de Empresas, v. 35, n. 6, p. 55-66, Nov/Dez 1995; REIS, Mauricio J. L. ISO 14000: gerenciamento ambienlal: um novo desafio para a sua competitividade. Rio de Janeiro: Qualitymark Ed., 1995, p. 4.

28. SCHMIDHEINY, Stephan. Op. cit., p. 20-21.

29. AVILA, Joseph A.; WHITEHEAD, Bradley W. Whal is Environmenlal Strategy? McKinsey Quarterly, n. 4, p. 53-68, 1993.

30. SCHMIDHEINY, Stephan, Op. cit., p. 20-21.

31. LONG, Bill L. Cleaner Production in OECD Countries. Paris, Industry and Environment, v. 17, n. 4, p. 23-26, Oct-Dec 1994.

  • 1. VIGEVANI, Tulio. Meio Ambiente e relações internacionais: a questão dos financiamentos São Paulo, IEAlUSP (Coleção Documentos, Série Assuntos Internacionais, 31 l, 1994, p. 11-13.
  • 2
    COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO (CMMAD). Nosso Futuro Comum 2 ed., Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1994.
  • 3. UNCEO. Agenda 21. Rio de Janeiro: United Nations Conference on Environment and DeveJopment (UNGED), 1992.
  • 4. BUCHHOLZ, Rogene A.; MARCUS, Alfred A.; POST, James E. Managing Environmental Issues: a Casebook. Englewood Cliffs, N.J.: Prentice-Hall, 1992, p. xi-xii.
  • 5. FISHER, S.; DORNBUSH, R. Introduction to Microeconomics. New Vork, McGraw Hill, 1983.
  • Citado por COMUNE, Antonio E. Meio Ambiente, Economia e Economistas: uma breve discussão, p. 50. In MAV, P. H.; MOnA, R. S. (Orgs.). Valorando a Natureza -Análise Econômica Para o Desenvolvimento Sustentável Rio de Janeiro: Campus, 1994, p. 45-59.
  • 6. COMUNE, Antonio E. Meio Ambiente, Economia e Economistas: uma breve discussão. In MAY, P. H.; MOTTA, R. S. (Orgs.). Valorando a Natureza - Análise Econômica Para o Desenvolvimento Sustentá vel. Rio de Janeiro: Campus, 1994, p. 45-59.
  • 7. SCHMIDHEINY, Stephan. Mudando o rumo: uma perspectiva empresarial global sobre o desenvolvimento e meio ambiente. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1992, p. 19.
  • 9. GUIMARÃES, Paulo C. V.; DEMAJOROVIC, Jacques; OLIVEIRA, Roberto G. Estratégias Empresariais e Instrumentos Econômicos de Gestão. São Paulo, Anais do III Encontro Nacional de Gestão Empresarial e Meio Ambiente, v. I, p. 17-29, 1995.
  • 12. SCHMIDHEINY, Stephan. Op. cit., p. 24; GUIMARÃES, Paulo C. V. Instrumentos Econômicos para Gerenciamento Ambiental: a cobrança pelo uso da água no Estado de São Paulo. Revista de Administração de Empresas, v. 33, n. 5, p. 88-97, Set/Out 1993;
  • SHRIVASTAVA, Paul. Greening Business: Profiting the Corporation and the Environment Cincinnati, Ohio: Thompson Executive Press, 1996, p. 149-158.
  • 14. BARDE, Jean-Philippe. The Economic Approach to the Environment. The OECD Observer, n. 158, p. 12-15, Jun/Jul 1989.
  • 15. BARDE, Jean-Philippe; OPSCHOOR, Johanes B. From Stick to Carrot in the Environment. The OECD Observer, n. 186, p. 23-27, Feb/Mar 1994;
  • 16. GRUBB, Michael. Licenças Negociáveis. In COMISSÃO SOBRE GOVERNANÇA GLOBAL. Nossa Comunidade Global. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1996, p.162.
  • 17. LAFFDNT, Jean-Jacques; TIROLE, Jean. Environmental Policy, Compliance and Innovation. European Economic Review, v. 38, n. 3, 4, p. 555-562, Apr 1994.
  • 20. BARDE, Jean-Philippe; OWENS, Jeffrey. lhe Evolution of Eco-taxes. The OECD Observer. n. 198, p. 11-16, Feb/ Mar 1996.
  • 21. POTlER, Michel. Agreement on the Environment. The OECD Observer, n. 189. p. 8-11. Aug/Sep 1994.
  • 24. ELKINGTON, John. Towards lhe Sustainable Corporation. Win-Win-Win Business Strategies for Sustainable Development. California Management Review, v. 36, n. 2, p. 90-113, Winter 1994.
  • 26. LOUREIRO, Maria R. Gestão Ambiental no Brasil: Aspectos Políticos e Sociais. São Paulo: Núcleo de Pesquisas e Publicações/EAESP/FGV (Série Textos Didaticos, n. 13), 1992, p. 25.
  • 27. NAHUZ, Márcio A. R. O Sistema ISO 14000 e a certificação ambiental. Revista de Administração de Empresas, v. 35, n. 6, p. 55-66, Nov/Dez 1995;
  • REIS, Mauricio J. L. ISO 14000: gerenciamento ambienlal: um novo desafio para a sua competitividade Rio de Janeiro: Qualitymark Ed., 1995, p. 4.
  • 29. AVILA, Joseph A.; WHITEHEAD, Bradley W. Whal is Environmenlal Strategy? McKinsey Quarterly, n. 4, p. 53-68, 1993.
  • 31. LONG, Bill L. Cleaner Production in OECD Countries. Paris, Industry and Environment, v. 17, n. 4, p. 23-26, Oct-Dec 1994.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    21 Out 2011
  • Data do Fascículo
    Jun 1997
Fundação Getulio Vargas, Escola de Administração de Empresas de S.Paulo Av 9 de Julho, 2029, 01313-902 S. Paulo - SP Brasil, Tel.: (55 11) 3799-7999, Fax: (55 11) 3799-7871 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: rae@fgv.br