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Avanços logísticos no varejo nacional: o caso das redes de farmácias

Resumos

O artigo descreve as conquistas realizadas na logística do varejo farmacêutico nacional nos últimos anos. As farmácias organizaram-se em redes; melhoraram seu aspecto visual; muitas operam 24 horas; usam fórmulas sofisticadas, teoricamente corretas, na gestão de estoques; dispõem de softwares avançados; operam depósitos racionalizados, por vezes automatizados; as entregas às lojas são diárias; o código de barras facilita o controle dos produtos. Subsistem problemas que impedem a obtenção de autêntico just in time e de falta-zero: dificuldade de prever a demanda; limitação da capacidade dos bancos de dados para registrar dados relativos a 5.000 apresentações em 100 lojas; entrosamento precário entre os setores de vendas e compras na empresa; freqüência e rapidez ainda insuficientes de reposição dos produtos no depósito e nas lojas; existência de numerosos medicamentos de baixo giro. Recomendações são apresentadas para a remoção desses entraves e o advento do sonhado Supply Chain Management.

logística; distribuição de medicamentos; varejo farmacêutico nacional; cadeia de suprimentos; redes de farmácias; Supply Chain Management


This paper describes recent logistics developments observed in retail operations of pharmaceutical products in Brazil. Most pharmacies restructured themselves in chains. They improved their physical appearance. Some operate full-time. They rely upon advanced software and use refined formulas, based upon the best theory, to manage inventories. The central storage areas are well administered; a couple of them are automated; deliveries to stores are made daily; bar coding helps controlling product flow. A score of problems still hampers the obtainment of an authentic just in time result and a real zero-shortage situation: data bases lack capacity to register all the necessary information concerning 5,000 different items in 100 outlets; barriers persist between sales and purchasing departments; deliveries by suppliers to the central store are not as frequent and quick as desirable, so are deliveries to retail stores; harmful to efficiency is the presence of quite a number of low turnover, slow moving medicaments. Recommendations are offered in order to foster the still remote implementation of the dreamed Supply Chain Management.

logistics; distribution of pharmaceutical products; Brazilian drug retailing; drugstore chains; Supply Chain Management


ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Avanços logísticos no varejo nacional: o caso das redes de farmácias* * Este trabalho foi apresentado no I SIMPOI – Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações Industriais, realizado na EAESP/FGV, em setembro de 1998. 1. BALLOU, Ronald H. Logística empresarial, transporte, administração de materiais, distribuição física. Traduzido por Hugo T. Y. Yoshizaki da 2 a ed. de Basic business logistics, 1987. São Paulo: Atlas, 1993. p.17. 2. NOVAES, Antônio Galvão N., ALVARENGA, Antônio Carlos. Logística aplicada, suprimento e distribuição. São Paulo: Pioneira, 1994. p.64. 3. COOPER, Martha C., LAMBERT, Douglas M., PAGH, Janus D. Supply Chain Management: mais do que um novo nome para a Logística, Parte I. Traduzido do The International Journal of Logistics Management, Logística Moderna, n.54, jan.-fev. 1998, p.17-20. 4. Idem, ibidem. 5. JOHNSON, G., SCHOLES, K. Exploring corporate strategy: text and cases. 3.ed. Englewood Cliffs, N. J.: Prentice-Hall, 1993. p.30. 6. SAUNDERS, Malcolm. Strategic Purchasing and Supply Chain Management. London: Pitman Publishing, 1994. p.107. 7. ECR: os primeiros resultados, Logistiques Magazine, maio 1997. Reproduzido em Logística Moderna, n.17, jan.-fev. 1998, p.6-12. 8. HADLEY, G., WHITIN, T. M. Analysis of inventory systems. Englewood Cliffs, N. J.: Prentice-Hall, 1963. p.152-3; BUFFA, Elwood S., MILLER, Jeffrey G. Production: inventory systems, planning and control. 3.ed. Homewood, Ill.: Richard D. Irwin, 1979. p.135; MONKS, Joseph G. Administração da Produção. São Paulo: McGraw-Hill, 1987. p.299, traduzido por Lauro Santos Blandy de Theory and Problems of Operations Management, 1985. 9. Exame, n.13, jun. 1998.

Claude MachlineI; José Bento C. Amaral JúniorII

IProfessor Titular do Departamento de Administração da Produção e de Operações Industriais da EAESP/FGV e Professor Emérito da EAESP/FGV

IIProfessor Titular do Departamento de Administração da Produção e de Operações Industriais da EAESP/FGV e Consultor de Empresas pelo GVconsult/EAESP/FGV

RESUMO

O artigo descreve as conquistas realizadas na logística do varejo farmacêutico nacional nos últimos anos. As farmácias organizaram-se em redes; melhoraram seu aspecto visual; muitas operam 24 horas; usam fórmulas sofisticadas, teoricamente corretas, na gestão de estoques; dispõem de softwares avançados; operam depósitos racionalizados, por vezes automatizados; as entregas às lojas são diárias; o código de barras facilita o controle dos produtos. Subsistem problemas que impedem a obtenção de autêntico just in time e de falta-zero: dificuldade de

prever a demanda; limitação da capacidade dos bancos de dados para registrar dados relativos a 5.000 apresentações em 100 lojas; entrosamento precário entre os setores de vendas e compras na empresa; freqüência e rapidez ainda insuficientes de reposição dos produtos no depósito e nas lojas; existência de numerosos medicamentos de baixo giro. Recomendações são apresentadas para a remoção desses entraves e o advento do sonhado Supply Chain Management.

Palavras-chave: logística, distribuição de medicamentos, varejo farmacêutico nacional, cadeia de suprimentos, redes de farmácias, Supply Chain Management.

ABSTRACT

This paper describes recent logistics developments observed in retail operations of pharmaceutical products in Brazil. Most pharmacies restructured themselves in chains. They improved their physical appearance. Some operate full-time. They rely upon advanced software and use refined formulas, based upon the best theory, to manage inventories. The central storage areas are well administered; a couple of them are automated; deliveries to stores are made daily; bar coding helps controlling product flow. A score of problems still hampers the obtainment of an authentic just in time result and a real zero-shortage situation: data bases lack capacity to register all the necessary information concerning 5,000 different items in 100 outlets; barriers persist between sales and purchasing departments; deliveries by suppliers to the central store are not as frequent and quick as desirable, so are deliveries to retail stores; harmful to efficiency is the presence of quite a number of low turnover, slow moving medicaments. Recommendations are offered in order to foster the still remote implementation of the dreamed Supply Chain Management.

Key words: logistics, distribution of pharmaceutical products, Brazilian drug retailing, drugstore chains, Supply Chain Management.

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  • 1. BALLOU, Ronald H. Logística empresarial, transporte, administração de materiais, distribuição física. Traduzido por Hugo T. Y. Yoshizaki da 2a ed. de Basic business logistics, 1987. São Paulo: Atlas, 1993. p.17.
  • 2. NOVAES, Antônio Galvão N., ALVARENGA, Antônio Carlos. Logística aplicada, suprimento e distribuição. São Paulo: Pioneira, 1994. p.64.
  • 3. COOPER, Martha C., LAMBERT, Douglas M., PAGH, Janus D. Supply Chain Management: mais do que um novo nome para a Logística, Parte I. Traduzido do The International Journal of Logistics Management, Logística Moderna, n.54, jan.-fev. 1998, p.17-20.
  • 5. JOHNSON, G., SCHOLES, K. Exploring corporate strategy: text and cases. 3.ed. Englewood Cliffs, N. J.: Prentice-Hall, 1993. p.30.
  • 6. SAUNDERS, Malcolm. Strategic Purchasing and Supply Chain Management. London: Pitman Publishing, 1994. p.107.
  • 7. ECR: os primeiros resultados, Logistiques Magazine, maio 1997.
  • Reproduzido em Logística Moderna, n.17, jan.-fev. 1998, p.6-12.
  • 8. HADLEY, G., WHITIN, T. M. Analysis of inventory systems. Englewood Cliffs, N. J.: Prentice-Hall, 1963. p.152-3;
  • BUFFA, Elwood S., MILLER, Jeffrey G. Production: inventory systems, planning and control. 3.ed. Homewood, Ill.: Richard D. Irwin, 1979. p.135;
  • MONKS, Joseph G. Administração da Produção. São Paulo: McGraw-Hill, 1987. p.299, traduzido por Lauro Santos Blandy de Theory and Problems of Operations Management, 1985.
  • *
    Este trabalho foi apresentado no I SIMPOI – Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações Industriais, realizado na EAESP/FGV, em setembro de 1998.
    1. BALLOU, Ronald H. Logística empresarial, transporte, administração de materiais, distribuição física. Traduzido por Hugo T. Y. Yoshizaki da 2
    a ed. de Basic business logistics, 1987. São Paulo: Atlas, 1993. p.17.
    2. NOVAES, Antônio Galvão N., ALVARENGA, Antônio Carlos. Logística aplicada, suprimento e distribuição. São Paulo: Pioneira, 1994. p.64.
    3. COOPER, Martha C., LAMBERT, Douglas M., PAGH, Janus D. Supply Chain Management: mais do que um novo nome para a Logística, Parte I. Traduzido do The International Journal of Logistics Management, Logística Moderna, n.54, jan.-fev. 1998, p.17-20.
    4. Idem, ibidem.
    5. JOHNSON, G., SCHOLES, K. Exploring corporate strategy: text and cases. 3.ed. Englewood Cliffs, N. J.: Prentice-Hall, 1993. p.30.
    6. SAUNDERS, Malcolm. Strategic Purchasing and Supply Chain Management. London: Pitman Publishing, 1994. p.107.
    7. ECR: os primeiros resultados, Logistiques Magazine, maio 1997. Reproduzido em Logística Moderna, n.17, jan.-fev. 1998, p.6-12.
    8. HADLEY, G., WHITIN, T. M. Analysis of inventory systems. Englewood Cliffs, N. J.: Prentice-Hall, 1963. p.152-3; BUFFA, Elwood S., MILLER, Jeffrey G. Production: inventory systems, planning and control. 3.ed. Homewood, Ill.: Richard D. Irwin, 1979. p.135; MONKS, Joseph G. Administração da Produção. São Paulo: McGraw-Hill, 1987. p.299, traduzido por Lauro Santos Blandy de Theory and Problems of Operations Management, 1985.
    9. Exame, n.13, jun. 1998.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      07 Dez 2011
    • Data do Fascículo
      Dez 1998
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