Resumos
Este artigo analisa algumas das mudanças que vêm ocorrendo no ambiente socioorganizacional e as respostas que as grandes empresas têm dado a elas, especialmente desenvolvendo um imaginário próprio que busca a sua legitimação como ator social central.
Ambiente organizacional; cultura organizacional; imaginário organizacional
This article analyzes some changes happened in the social-organizational environment and the answers given them by big businesses, mainly ones related to a specific imaginary created in order to legitimate them as a central social actor.
Organizational environment; organizational culture; organizational imaginary
ORGANIZAÇÃO, RECURSOS HUMANOS E PLANEJAMENTO
Contexto social e imaginário organizacional moderno
Maria Ester de Freitas
Professora do Departamento de Administração e Recursos Humanos da EAESP/FGV, Pesquisadora Visitante na Universidade de Paris VII e Autora do livro Cultura organizacional: formação, tipologias e impactos. E-mail: mfreitas@fgvsp.br
RESUMO
Este artigo analisa algumas das mudanças que vêm ocorrendo no ambiente socioorganizacional e as respostas que as grandes empresas têm dado a elas, especialmente desenvolvendo um imaginário próprio que busca a sua legitimação como ator social central.
Palavras-chave: Ambiente organizacional, cultura organizacional, imaginário organizacional.
ABSTRACT
This article analyzes some changes happened in the social-organizational environment and the answers given them by big businesses, mainly ones related to a specific imaginary created in order to legitimate them as a central social actor.
Key words: Organizational environment, organizational culture, organizational imaginary.
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NOTAS
Este artigo baseia-se em pesquisa financiada pelo Núcleo de Pesquisas e Publicações (NPP) da EAESP/FGV intitulada "A questão do imaginário e a fronteira entre a cultura organizacional e a psicanálise".
1. Em seu número 55, a revista Connexions, da editora Érès, lançou, em 1990, um debate sobre o tema "Malestar na identificação", que reuniu especialistas e intelectuais diversos.
2. Podemos identificar, neste artigo, um argumento que vai na mesma direção do exposto por Anatrella, já citado, sobre a "sociedade adolescentrique".
3. O termo "tribo" tem sido usado por Michel Maffesoli para dar conta dos vários tipos de grupos que surgem nas sociedades contemporâneas. "Grupalismo" ou "neotribalismo" são também termos utilizados. Ver: O tempo das tribos. Rio de Janeiro : Forense, 1987.
4. No sentido analisado por Eugène Enriquez em L'entreprise comme lieu social: un colosse au pied d'argile. In: SAINSAULIEU, R. (Dir). L'entreprise: une affaire de société. Paris : Fonds National de Science Politique, 1990. p. 203-28.
5. Ver a análise feita por Max Pagès et al. em L'emprise de l'organisation. Paris : PUF, 1979 e também ENRIQUEZ, Eugène. L'organisation en analyse. Paris : PUF, 1992.
6. Ver HALLIDAY, Tereza Lúcia. A retórica das multinacionais. Rio de Janeiro : Summus, 1987. A autora desenvolve um estudo sobre multinacionais no Brasil, Estados Unidos e França, levanta as principais acusações sofridas por elas e a maneira como desenvolvem estratégias de legitimação, que passam, necessariamente, pela utilização da palavra e da criação de imagens que dêem sustentação ao seu discurso.
7. Alguns autores têm se referido a esse movimento como de "reabilitação". Ver, por exemplo: D. Segrestin em tese intitulada "La reabilitation de l'entreprise: un vue sociologique", defendida em 1988, no Instituto de Estudos Políticos de Paris. Outras referências podem ser encontradas em SAINSAULIEU, R. (Dir). L'entreprise: une affaire de société. Paris : Fonds National de Science Politique, 1990. p. 203-28.
8. A revista Autrement, n. 86, de janeiro de 1987, lançou um belo e rico debate sobre o tema "Excelência: um valor pervertido".
9. Ver artigo de Alain Ehrenberg na revista Autrement, n. 86, de janeiro de 1987, e seu livro Le culte de la performance. Paris : Calmann-Lévy, 1991.
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Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
23 Set 2011 -
Data do Fascículo
Jun 2000