RESUMOS /ABSTRACTS
Diogo Pupo Nogueira
GRUPO DE ESTUDO SÔBRE CAPACITACIÓN DE ESPECIALISTAS EN MEDICINA FÍSICA Y REHABILITACIÓN; Santiago, Chile, 1969. Washington, D.C., Organização Panamericana de la Salud, 1970 (Publicación Científica, 213).
O Grupo de Estudos sôbre a Formação de Especialistas em Medicina Física e Reabilitação, abordou quatro grandes temas: Formação de especialistas em Medicina Física e Reabilitação; ensino da Medicina Física e da Reabilitação em Escolas de Medicina; necessidades presentes e futuras em Reabilitação; facilidades docentes. O primeiro compreendeu, primeiramente, o estudo das matérias que devem ser estudadas, o número de horas de aulas teóricas e práticas que devem ser atribuídas aos diversos aspectos da reabilitação, em programas de residência destinados a formar especialistas no campo dessa especialidade. Estabelece, para tanto, quais devam ser os requisitos mínimos de pessoal técnico, de docência e de movimento assistencial que são necessários para que um Departamento de Medicina Física e Reabilitação possa oferecer residências. Foi ainda abordada a questão do ensino da Medicina Física e/ou Reabilitação também a alunos de Medicina, dando-lhes conhecimentos mínimos sôbre essas matérias. Finalmente foi discutido o treinamento em nível mais elevado de especialistas, especialmenmente através de bôlsas de estudo em nível internacional. No segundo tema, o ensino da especialidade a alunos de escolas médicas, já destacado no decorrer da discussão do primeiro tema, aqui mereceu atenção especial, tendo sido estudado o que deveria ser ensinado a tais alunos e como deveriam distribuir-se os assuntos ao longo do currículo escolar médico. Foi proposta a criação de cátedras ou de departamentos independentes destinados a propiciar ensinamentos sôbre Medicina Física e Reabilitação. No decorrer do estudo do terceiro tema, procurou-se estimar as necessidades das populações dos países latino-americanos quanto a serviços de reabilitação, assim como do número de médicos que seriam necessários para atender tais necessidades. O papel das instituições nacionais e internacionais mereceu destaque especial. Finalmente, o quarto tema procurou estabelecer programas para facilitar o intercâmbio do ensino audiovisual, visitas de peritos, bôlsas de estudo, tradução e publicação da literatura especializada no campo da Medicina Física e da Reabilitação, para permitir um maior aperfeiçoamento do pessoal docente que já se dedica ao ensino da especialidade. A reunião terminou com a apresentação de numerosas recomendações que permitam por em prática as conclusões a que chegou o Grupo de Estudo. A publicação, em excelente impressão e com material muito bem distribuído, deve merecer a especial atenção de todos aquêles interessados em problemas de reabilitação em geral.
Ernestine Bastian
JOLITF, J. Y. Compreender o homem. Introdução a uma antropologia filosófica. São Paulo, Editôra Herder e Editôra da Univ. São Paulo, 1970.
O leitor do livro "Compreender o Homem" não se deve deixar levar pela promessa contida nêste título. O subtítulo "Introdução a uma Antropologia Filosófica" expressa melhor o objetivo e enfoque deste estudo.
O autor inicialmente define têrmos e analisa conceitos filosóficos, expondo os significados que êstes tomarão dentro do contexto de sua pesquisa. Nela a filosofia é apresentada não como uma posse, mas como uma procura perene, Referente ao seu caráter, o autor se coloca numa posição intermediária entre Platão e Aristóteles, em que afirma sua transcendência ao mesmo tempo que vê sua base no real concreto. Chegando ao homem, acompanha Nietzche que postula o pensamento refletivo como essência do homem.
A segunda parte do livro trata da antropologia filosófica. São examinadas suas relações com as ciências positivas. Pontos problemáticos das ciências humanas são abordados, um dêles, a polêmica sôbre a continuidade no tempo versus a discontinuidade, ou, realidade histórica versus realidade social. Desafios como êstes levam o autor a elaborar seu instrumento teórico, as categorias fundamentais da antropologia filosófica, pontos de referência para a comprensão da ação, isto é, das experiências da vida prática. A mais operante destas categorias, a dialética, é aqui entendida de modo mais amplo, livre da rigidês que a carateriza em Hegel e seus sucessores diretos.
O livro é útil por desfazer a idéia de que a filosofia é um empreendimento teórico, desligado dos problemas da vida prática. Deixa claro que a filosofia, parte do homem, tem o homem como objeto e fim. É de interêsse também para o cientista social por mostrar que tôdas as atividades humanas, para serem posíveis de compreender, necessitam de um esquema de referência que transcende o imediato empírico e por apontar um caminho para êste fim.
Oswaldo Paulo Forattini
HARRISON, G. A.; WEINER, J. S.; TANNER, J. N. & BARNICOT, N. A. Biologia humana: introdução à evolução, variação e crescimento humanos; tradução de Antônio Netto Cestari, Silvio Almeida Toledo Filho e João Miguel Pinto de Albuquerque. São Paulo, Companhia Editôra Nacional e Editôra da Univ. São Paulo, 1971.
Tradução do original inglês, editado em 1964, destina-se à iniciação ao estudo da biologia humana, fornecendo amplo aspecto do assunto. O texto é dividido em cinco partes. A primeira ocupa-se dos aspectos evolutivos correlacionando o homem e primatas, finalizando com noções de antropogenese. Na segunda, o livro ocupa-se com a genética humana. As populações, em suas variações biológicas, e os aspectos de crescimento e constituição são assuntos abordados na terceira e quarta partes. Finalmente, os problemas de ecologia humana constituem assunto do final desta obra. Dada a vastidão do tema, o livro encerra numerosas noções e informações, as quais, se bem que em grande parte especulativas, permitem ao leitor iniciação eficiente no estudo dessas várias questões. Nesse sentido, sua leitura torna-se bastante útil para os que necessitam de adquirir noções genéricas. Trata-se pois de tradução bastante oportuna, sendo a edição bem cuidada no que concerne à apresentação e ilustrações.
Maria Teresinha Dias de Andrade
ASSOCIAÇÃO PAULISTA DE BIBLIOTECÁRIOS. Grupo de Bibliotecários Biomédicos. Referências bibliográficas em ciências biomédicas. São Paulo, Divisão de Biblioteca e Documentação da Univ. São Paulo, 1971.
Trabalho elaborado com a finalidade de atender às constantes solicitações dos usuários das bibliotecas biomédicas no que se refere à simplificação das Normas da ABNT (PNB-66) para elaboração de referências bibliográficas em trabalhos científicos, teses, etc. O trabalho foi baseado no PNB-66 acima mencionado e no de autoria da bibliotecária Elza Pacheco e Silva "Referências bibliográficas normalizadas em trabalhos de biomedicina". Objetivando essencialmente o usuário, foram enfocados todos os casos mais comumente encontrados na literatura biomédica e fartamente ilustrado. O "Grupo GBB" considera o documento ainda em estudo e solicita sugestões e críticas dos bibliotecários e usuários das bibliotecas biomédicas.
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
14 Set 2006 -
Data do Fascículo
Dez 1971