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Implantação da Rede Amamenta Brasil e prevalência de aleitamento materno exclusivo

Implantación de la Red Amamanta Brasil y prevalencia de lactancia materna exclusivo

Resumos

OBJETIVO

: Analisar a associação entre grau de implantação da Rede Amamenta Brasil e prevalência de aleitamento materno exclusivo.

MÉTODOS

: Estudo transversal, com amostra representativa de 916 crianças < 6 meses em Ribeirão Preto, SP, em 2011. Foram coletados dados sobre aleitamento materno, local de acompanhamento ambulatorial e demais características, durante a Campanha Nacional de Vacinação. O fator de estudo correspondeu ao local de acompanhamento ambulatorial: Privado; Público não Rede; Público com Oficina da Rede; e Público certificado na Rede. O efeito individualizado do fator de estudo sobre o desfecho foi avaliado mediante análise de regressão de Poisson com variância robusta.

RESULTADOS

: A comparação entre os locais privados (categoria de referência) e os demais mostrou relação dose-resposta significativa com elevação progressiva da prevalência de aleitamento materno exclusivo em locais públicos não Rede, em locais públicos com Oficina da Rede e em locais públicos certificados na Rede (p = 0,047). A Razão de Prevalência para amamentação exclusiva foi igual a 1,47 (IC95% 1,00;2,17) para o estrato das Unidades Básicas de Saúde certificadas na Rede, após ajuste pelas variáveis de confusão.

CONCLUSÕES

: A prevalência de aleitamento materno exclusivo em < 6 meses foi maior nos locais certificados na Rede, evidenciando a relevância de investir na certificação de Unidades Básicas de Saúde nessa ação.

Aleitamento Materno; Nutrição do Lactente; Centros de Saúde Materno-Infantil; Atenção Primária à Saúde; Estudos Transversais


OBJETIVO

: Analizar la asociación entre grado de implantación de la Red Amamanta Brasil y prevalencia de lactancia materna exclusiva.

MÉTODOS

: Estudio transversal, con muestra representativa de 916 niños < 6 meses en Ribeirão Preto, SP, en 2011. Se colectaron datos sobre lactancia materna, lugar ambulatorio de acompañamiento y demás características, durante la Campaña Nacional de Vacunación. El factor de estudio correspondió con el lugar ambulatorio de acompañamiento: Privado; Público no-Red Pública con Oficina de la Red; y Público certificado en la Red. El efecto individualizado del factor de estudio sobre el resultado fue evaluado mediante análisis de regresión de Poisson con varianza robusta.

RESULTADOS

: La comparación entre los lugares privados (categoría de referencia) y los demás mostró relación dosis-respuesta significativa con elevación progresiva de la prevalencia de lactancia materna exclusiva en lugares públicos no-Red, en lugares públicos con Oficina de la Red, y en lugares públicos certificados en la Red (p= 0,047). El Cociente de Prevalencia para lactancia exclusiva fue igual a 1,47 (IC95% 1,00;2,17) para el estrato de las Unidades Básicas de Salud certificadas en la Red, posterior al ajuste por las variables de confusión.

CONCLUSIONES

: La prevalencia de lactancia materna exclusiva en < 6 mese fue mayor en los lugares certificados en la Red. Es relevante invertir en la certificación de ésta acción en las Unidades Básicas de Salud.

Lactancia Materna; Nutrición del Lactante; Centros de Salud Materno-Infantil; Atención Primaria de Salud; Estudios Transversales


OBJECTIVE

: To evaluate the association between the level of implementation of the Brazilian Breastfeeding Network and the prevalence of exclusive breastfeeding.

METHODS

: Cross-sectional study of a representative sample of 916 infants < 6 months, in Ribeirao Preto, SP, Southeastern Brazil, in 2011. Data on breastfeeding, place of outpatient care and other characteristics were collected during the National Vaccination Campaign. The factor studied is where outpatient care took place: Private; Non-Network Public; Public with Network Workshop; and Public certified by Network. The individualized effect of the factor studied on the outcome was analyzed using Poisson regression with robust variance.

RESULTS

: The comparison between private (reference category) and other outpatient care showed significant dose-response relationship with a progressive increase in the prevalence of exclusive breastfeeding in public non-Network, public with Network Workshop and public accredited by Network outpatient care (p = 0.047). As regards the Basic Health Units accredited by Network category, the Prevalence Ratio of exclusive breastfeeding was equal to 1.47 (95%CI 1.00;2.17), after adjustment for confounding variables.

CONCLUSIONS

: The prevalence of exclusive breastfeeding for infants < 6 months was higher in places accredited by the Brazilian Breastfeeding Network, which evinces the importance of investing in accreditation of Basic Units of Health by this strategy.

Breast Feeding; Infant Nutrition; Maternal-Child Health Centers; Primary Health Care; Cross-Sectional Studies


INTRODUÇÃO

O aleitamento materno oferece inúmeros benefícios para a saúde da criança e é a melhor maneira de promover seu desenvolvimento integral. 1212 . Organização Mundial da Saúde. Evidências científicas dos dez passos para o sucesso no aleitamento materno. Brasília (DF); 2001. , 1515 . World Health Organization. The optimal duration of exclusive breastfeeding: a systematic review. Geneva; 2002. Nenhum outro alimento ou leite industrializado modificado é capaz de oferecer ao lactente o que há no leite materno. Somente esse alimento apresenta composição específica que se ajusta às necessidades nutricionais e limitações metabólicas e fisiológicas dos lactentes. 1515 . World Health Organization. The optimal duration of exclusive breastfeeding: a systematic review. Geneva; 2002.

A prática do aleitamento materno no Brasil está aquém da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), de que o aleitamento materno deve ser exclusivo até os seis meses e complementado com outros alimentos até os dois anos ou mais da criança. 1515 . World Health Organization. The optimal duration of exclusive breastfeeding: a systematic review. Geneva; 2002. A prevalência de amamentação exclusiva das crianças brasileiras menores de seis meses foi de 41,0%, em 2008, de acordo com a II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e Distrito Federal. a a Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Pesquisa de prevalência de aleitamento materno nas capitais brasileiras e Distrito Federal. Brasília (DF); 2009. O quadro foi semelhante em São Paulo, SP (39,1%). Tais valores são considerados “razoáveis” de acordo com a OMS. 1616 . World Health Organization. Global strategy for infant and young child feeding. Geneva; 2003.

Cuidados prestados às mulheres e às crianças estão entre os fatores que podem contribuir para o sucesso da amamentação. 8. Lamounier JA, Bouzada MCF, Janneu AMS, Maranhão AGK, Araújo MFM, Vieira GO, et al. Iniciativa Hospital Amigo da Criança, mais de uma década no Brasil: repensando o futuro. Rev Paul Pediatr. 2008;26(2):161-9. DOI:10.1590/S0103-05822008000200012
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Desde a década de 1980, muitas ações e políticas públicas vêm sendo desenvolvidas para incentivar a prática do aleitamento materno no Brasil. b b Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno. Rede Amamenta Brasil: os primeiros passos (2007-2010). Brasília (DF); 2011. Em 1991, a OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) implementaram a Iniciativa Hospital Amigo da Criança, c c Ministério da Saúde. Iniciativa Hospital Amigo da Criança. Brasília (DF); 2011. que sensibiliza e mobiliza profissionais de saúde na área hospitalar no incentivo ao ato de amamentar. Entretanto, o alcance das medidas adotadas em hospitais torna-se questionável sem apoio efetivo dos locais onde as crianças realizam o acompanhamento ambulatorial, como as Unidades Básicas de Saúde (UBS). 2. Caldeira AP, Fagundes GC, Aguiar GN. Intervenção educacional em equipes do Programa de Saúde da Família para promoção da amamentação. Rev Saude Publica. 2008;42(6):1027-33. DOI:10.1590/S0034-89102008005000057
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O trabalho desempenhado por esses locais, iniciado durante o pré-natal e continuado logo após a alta hospitalar, constitui oportunidade para identificar os riscos para o desmame precoce e estabelecer medidas de intervenção. 8. Lamounier JA, Bouzada MCF, Janneu AMS, Maranhão AGK, Araújo MFM, Vieira GO, et al. Iniciativa Hospital Amigo da Criança, mais de uma década no Brasil: repensando o futuro. Rev Paul Pediatr. 2008;26(2):161-9. DOI:10.1590/S0103-05822008000200012
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Informar sobre as vantagens do aleitamento materno pode influenciar mães que não decidiram sobre a alimentação de seus filhos. 1212 . Organização Mundial da Saúde. Evidências científicas dos dez passos para o sucesso no aleitamento materno. Brasília (DF); 2001. Muitas dificuldades em relação à manutenção da amamentação surgem nos primeiros meses de vida da criança, 9. Oliveira MIC, Camacho LAB. Impacto das Unidades Básicas de Saúde na duração do aleitamento materno exclusivo. Rev Bras Epidemiol. 2002;5(1):41-51. DOI:10.1590/S1415-790X2002000100006
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e a atenção básica constitui um ambiente incentivador dessa prática. 1010 . Oliveira MIC, Camacho LAB, Tedstone AE. A method for the evaluation of primary health care units’ practice in the promotion, protection and support of breastfeeding: results from the State of Rio de Janeiro, Brazil. J Hum Lact. 2003;19(4):365-73. DOI:10.1177/0890334403258138
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Algumas ações foram lançadas visando incentivar o aleitamento materno no âmbito da atenção primária em saúde no Brasil, incluindo a Iniciativa Unidade Básica Amiga da Criança (no Paraná) e a Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação (no Rio de Janeiro). b b Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno. Rede Amamenta Brasil: os primeiros passos (2007-2010). Brasília (DF); 2011.

Considerando o potencial de promoção do aleitamento materno de tais unidades, 2. Caldeira AP, Fagundes GC, Aguiar GN. Intervenção educacional em equipes do Programa de Saúde da Família para promoção da amamentação. Rev Saude Publica. 2008;42(6):1027-33. DOI:10.1590/S0034-89102008005000057
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a necessidade de que profissionais e sociedade compreendessem a amamentação como um processo biológico, social e cultural, e a importância de se estabelecer uma estratégia nacional para promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno na atenção básica, o Ministério da Saúde instituiu a Rede Amamenta Brasil (Rede) em 2008. A Rede abrangeu UBS, postos de saúde, centros de saúde e unidades de saúde da família como locais para incentivo à amamentação no âmbito do Sistema Único de Saúde. b b Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno. Rede Amamenta Brasil: os primeiros passos (2007-2010). Brasília (DF); 2011. , d d Ministério da Saúde. Portaria MS/GM nº 2799 de 18 de novembro de 2008. Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS –, a Rede Amamenta Brasil. Diario Oficial Uniao. 19 nov 2008; Seção 1:124.

A Rede é considerada uma estratégia facilitadora e inovadora. Adota como referencial teórico a educação crítico-reflexiva, que considera o processo de aprendizado de maneira integrada e qualitativa. A equipe discute seu processo de trabalho para incentivar o aleitamento materno durante a realização da Oficina de Trabalho e, ao expor suas dificuldades e acertos, ela própria busca soluções a partir de sua realidade. Essa metodologia de trabalho concorda com a proposta de educação permanente em saúde, um grande diferencial dessa ação. b b Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno. Rede Amamenta Brasil: os primeiros passos (2007-2010). Brasília (DF); 2011.

Essa ação foi integrada à Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (que corresponde à união da Rede Amamenta Brasil à Estratégia Nacional de Promoção da Alimentação Complementar Saudável), no início de 2012. Por ter sido lançada recentemente, está em fase de implantação. e e Ministério da Saúde. Lançada nova Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil. Brasília (DF); 2012 [citado 2012 set 17]. Disponível em: http://dab.saude.gov.br/noticia/noticia_ret_detalhe.php?cod=1528

As primeiras UBS foram certificadas na Rede no final de 2010. b b Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno. Rede Amamenta Brasil: os primeiros passos (2007-2010). Brasília (DF); 2011. Inexistem estudos que avaliaram a influência dessa Rede sobre as prevalências de aleitamento materno. Os cuidados desempenhados pelas UBS com caráter pró-amamentação têm impacto positivo na duração da amamentação exclusiva. 9. Oliveira MIC, Camacho LAB. Impacto das Unidades Básicas de Saúde na duração do aleitamento materno exclusivo. Rev Bras Epidemiol. 2002;5(1):41-51. DOI:10.1590/S1415-790X2002000100006
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, 1010 . Oliveira MIC, Camacho LAB, Tedstone AE. A method for the evaluation of primary health care units’ practice in the promotion, protection and support of breastfeeding: results from the State of Rio de Janeiro, Brazil. J Hum Lact. 2003;19(4):365-73. DOI:10.1177/0890334403258138
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Os benefícios do aleitamento materno exclusivo até os seis meses e a importância do papel atribuído aos profissionais e aos locais que realizam o acompanhamento de rotina dessa população são fundamentais para promover, proteger e apoiar o aleitamento materno.

O objetivo deste estudo foi analisar a associação entre grau de implantação da Rede Amamenta Brasil e prevalência de aleitamento materno exclusivo em menores de seis meses.

MÉTODOS

Estudo transversal com 916 crianças < 6 meses em Ribeirão Preto, SP, em agosto de 2011. Os dados foram obtidos do Projeto Amamentação e Municípios (AMAMUNIC), que, desde 1998, coleta anualmente informações sobre práticas de alimentação infantil de menores de um ano no dia da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite. a a Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Pesquisa de prevalência de aleitamento materno nas capitais brasileiras e Distrito Federal. Brasília (DF); 2009. Tais informações incluem perguntas fechadas sobre consumo de leite materno, de outros leites e alimentos, referentes ao dia anterior à pesquisa. 1414 . Venâncio SI, Saldiva SRDM, Castro ALS, Gouveia AGC, Santana AC, Pinto JCC, et al. Projeto Amamentação e Municípios: a trajetória de implantação de uma estratégia para a avaliação e monitoramento das práticas de alimentação infantil no Estado de São Paulo, no período de 1998-2008. Bol Epidemiol Paulista. 2010;7(83):4-15. O AMAMUNIC utiliza o current status por ser recomendado para descrever práticas de alimentação infantil para minimizar possíveis vieses resultantes da memória do informante. 1717 . World Health Organization. Indicators for assessing infant and young child feeding practices: conclusions of a consensus meeting held 6–8 November 2007. Washington (DC); 2008. São obtidas características das crianças e de suas mães, incluindo locais de consultas de rotina das crianças.

O tamanho amostral foi estipulado em 1.000 crianças menores de um ano do AMAMUNIC, que permitiu estimar a prevalência de diferentes eventos relacionados à saúde infantil, com 95% de certeza, dentro de intervalos de confiança de no máximo ± 3,0%; tal precisão era esperada para eventos com prevalência de 50,0%. 4. Colton T. Statistics in medicine. Boston: Little,Brown and Company; 1974. A amostra foi obtida por meio de sorteio sistemático em dois estágios: foram sorteados os postos de vacinação (conglomerados), seguido do sorteio das crianças em cada posto. Como todas as crianças possuíam a mesma probabilidade de pertencer à amostra sorteada, esta foi considerada equiprobabilística: postos maiores apresentaram maior probabilidade de serem sorteados no primeiro estágio, e crianças dos postos menores apresentaram maior probabilidade de serem sorteadas no segundo. 1414 . Venâncio SI, Saldiva SRDM, Castro ALS, Gouveia AGC, Santana AC, Pinto JCC, et al. Projeto Amamentação e Municípios: a trajetória de implantação de uma estratégia para a avaliação e monitoramento das práticas de alimentação infantil no Estado de São Paulo, no período de 1998-2008. Bol Epidemiol Paulista. 2010;7(83):4-15.

Foram avaliadas somente as crianças < 6 meses, nascidas em hospitais-maternidade do município de Ribeirão Preto, SP. As crianças sem informações sobre município e local de nascimento foram excluídas das análises. Participaram do AMAMUNIC 1.755 crianças menores de um ano, e 953 eram < 6 meses. Destas, 37 foram excluídas por não atenderem aos critérios de elegibilidade estabelecidos. Foram, assim, incluídas 916 crianças < 6 meses.

Ribeirão Preto, SP, é um município considerado de médio porte e está situado na região Nordeste do Estado de São Paulo, a 313 km da capital. f f Prefeitura da Cidade de Ribeirão Preto. Dados Geográficos: Ribeirão Preto; 2012 [citado 2012 set 28]. Disponível em: http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/crp/dados/local/i01localacesso.htm Em 2011, possuía aproximadamente 618 mil habitantes, taxa de mortalidade infantil de 9,8 e número de nascidos vivos de 11.790, sendo a quase totalidade (99,7%) de ocorrência hospitalar. g g Fundação SEADE. Perfil Municipal de Ribeirão Preto. São Paulo; 2012 [citado 2012 set 28]. Disponível em: http://www.seade.gov.br/produtos/perfil/perfil.php , h h Sistema de Informações de Nascidos Vivos. Nascidos Vivos - Ribeirão Preto (SP). Dados referentes a Nascidos Vivos no Município de Ribeirão Preto. Ribeirão Preto; 2012 [citado 2012 set 28]. Disponível em: http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/ssaude/vigilancia/vigep/tabnet/i16nascidos.php

A rede de Atenção Básica de Ribeirão Preto, SP, conta com 40 unidades de saúde, dentre elas 30 UBS e seis unidades de saúde da família. Quinze unidades realizaram a Oficina de Trabalho em Aleitamento Materno da Rede, em 2011, sendo que oito foram certificadas na ação.

Foram utilizados os seguintes critérios propostos pelo Ministério da Saúde para certificação da UBS na Rede: participação de pelo menos 80,0% de sua equipe da Oficina de Trabalho em Aleitamento Materno; monitoramento dos indicadores de aleitamento materno de sua área de abrangência (utilizando o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional); concretização de no mínimo uma ação pactuada ao final da citada Oficina; e construção e implantação do fluxograma de atendimento ao binômio mãe-filho no período de amamentação. Cada unidade da Rede possui um tutor responsável para acompanhar o desenvolvimento das ações do local em aleitamento materno e auxiliar a equipe em eventuais dificuldades. b b Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno. Rede Amamenta Brasil: os primeiros passos (2007-2010). Brasília (DF); 2011.

O desfecho do presente estudo foi Aleitamento Materno Exclusivo (AME), em que a criança recebe apenas leite materno e não recebe outros tipos de alimentos, líquidos ou sólidos. 1717 . World Health Organization. Indicators for assessing infant and young child feeding practices: conclusions of a consensus meeting held 6–8 November 2007. Washington (DC); 2008. As covariáveis corresponderam às características das crianças (idade em dias completos, sexo: masculino; feminino, peso ao nascer: < 2.500 g; 2.500 g e mais, tipo de parto: vaginal; cesárea); e das mães (faixa etária: < 20 anos; de 20 a 35 anos; 35 anos ou mais, paridade: primípara; multípara, situação de trabalho: trabalha fora; não trabalha fora; está sob licença maternidade, escolaridade em anos de estudo: ≤ 8; 9 a 11; e 12 ou mais).

O fator de estudo correspondeu ao local de acompanhamento ambulatorial. Realizou-se a seguinte estratificação desses locais, de modo que a rede pública foi dividida em categorias que expressam o grau de implantação da Rede: privado (locais privados); público não Rede (locais públicos que não realizaram a Oficina de Trabalho em Aleitamento Materno nem estavam certificados na Rede); público com Oficina da Rede (locais públicos que realizaram a Oficina de Trabalho em Aleitamento Materno, mas não estavam certificados na Rede); e público certificado na Rede (locais públicos certificados na Rede).

A associação entre as variáveis independentes e a variável resposta foi avaliada por análise bruta utilizando o teste de Qui-quadrado. O efeito individualizado do fator de estudo sobre o AME foi avaliado mediante análise de regressão de Poisson com variância robusta. Os valores de Razão de Prevalências (RP) brutos e seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) foram obtidos a partir dessa análise. A regressão de Poisson com variância robusta foi utilizada por estar entre as melhores alternativas para estudos transversais com desfechos binários e por produzir boas estimativas pontuais e intervalares de RP. 1. Barros AJD, Hirakata VN. Alternatives for logistic regression in cross-sectional studies: an empirical comparison of models that directly estimate the prevalence ratio. BMC Med Res Methodol. 2003;3:21. DOI:10.1186/1471-2288-3-21
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As covariáveis com p < 0,20 na análise bruta e que modificaram em mais de 10% a razão de prevalência do fator de estudo 7. Hosmer DM, Lemershow S. Applied logistic regression. New York: John Wiley & Sons; 1989. ao serem introduzidas no modelo múltiplo foram incluídas como variáveis de ajuste. As variáveis com mais de duas categorias foram introduzidas no modelo em formato dummy .

As variáveis que apresentam valores de RP entre 0 e 1 foram interpretadas como fatores que diminuem a prevalência de estar em AME, bem como as RP > 1 foram interpretadas como fatores que aumentam a prevalência do desfecho estudado.

A análise dos dados foi realizada no programa Stata/SE 11.1. A associação entre fator de estudo e desfecho foi considerada significante quando p < 0,05.

Este projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade de Saúde Pública (nº 435, ano: 2010) e pela Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto (nº 396991, ano: 2011). As mães deram seu consentimento verbal para a aplicação do questionário.

RESULTADOS

A prevalência de AME foi de 33,2% (IC95% 30,1;36,3). O percentual de crianças que receberam leite materno nas últimas 24 horas foi de 82,8% (dados não apresentados em tabelas).

O percentual de crianças que nasceram com baixo peso foi de 8,7%, e o peso médio ao nascer foi 3.140,2 g (DP 16,70) ( Tabela 1 ). A média de idade das crianças foi 94,6 dias (DP 1,63). A maior parte das mães (74,4%) tinha entre 20 e 35 anos, com média de idade de 27,3 anos (DP 0,22) (dados de média não apresentados na Tabela 1 ). A maioria das mulheres (54,6%) possuía entre nove e 11 anos de estudo; 55,5% das crianças realizavam acompanhamento ambulatorial na rede pública. As prevalências para AME não mostraram diferenças estatisticamente significantes entre os locais na análise bruta.

Tabela 1
. Proporção de crianças em amamentação exclusiva e respectivas razões de prevalência e intervalos de confiança segundo características das crianças, das mães e de acompanhamento ambulatorial. Ribeirão Preto, SP, 2011.

As covariáveis que atenderam ao critério estabelecido para entrada na análise múltipla foram idade da criança, faixa etária materna e escolaridade da mãe ( Tabela 2 ). A variável idade da criança apresentou associação negativa com o desfecho. As variáveis faixa etária materna e escolaridade da mãe apresentaram associação positiva com o desfecho. A comparação entre os locais privados (categoria de referência) e os demais locais mostrou relação do tipo dose-resposta significativa com elevação progressiva da prevalência de AME em locais públicos não Rede, em locais públicos com Oficina da Rede e em locais públicos certificados na Rede (p = 0,047). A RP para AME foi igual a 1,47 (IC95% 1,00;2,17) para o estrato das UBS certificadas na Rede.

Tabela 2
. Valores ajustados de razões de prevalência e respectivos intervalos de confiança para amamentação exclusiva segundo local de acompanhamento ambulatorial. Ribeirão Preto, SP, 2011.

DISCUSSÃO

A prevalência de AME apresentou relação do tipo doseresposta positiva em < 6 meses que realizavam acompanhamento ambulatorial em UBS públicas não Rede, em UBS públicas que participaram da Oficina da Rede e em UBS certificadas na Rede. Essa prevalência foi maior no estrato de crianças atendidas em UBS certificadas na Rede após controle pelas variáveis de confusão.

Quando as UBS desempenham atividades pró-amamentação, como a realização de grupos de apoio ao aleitamento materno com gestantes e com nutrizes, a duração do aleitamento materno aumenta significativamente. 3. Cardoso LO, Vicente AST, Damião JJ, Rito RVVF. Impacto da implementação da Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação nas prevalências de aleitamento materno e nos motivos de consulta em uma unidade básica de saúde. J Pediatr (Rio J). 2008;84(2):147-53. DOI:10.2223/JPED.1774
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, 5. Faleiros JJ, Kalil G, Casarin DP, Laquê Jr PA, Santos IS. Avaliação do impacto de um programa de puericultura na promoção da amamentação exclusiva. Cad Saude Publica. 2005;21(2):482-9. DOI:10.1590/S0102-311X2005000200014
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, 9. Oliveira MIC, Camacho LAB. Impacto das Unidades Básicas de Saúde na duração do aleitamento materno exclusivo. Rev Bras Epidemiol. 2002;5(1):41-51. DOI:10.1590/S1415-790X2002000100006
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10 . Oliveira MIC, Camacho LAB, Tedstone AE. A method for the evaluation of primary health care units’ practice in the promotion, protection and support of breastfeeding: results from the State of Rio de Janeiro, Brazil. J Hum Lact. 2003;19(4):365-73. DOI:10.1177/0890334403258138
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- 1111 . Oliveira MIC, Camacho LAB, Souza IEO. Promoção, proteção e apoio à amamentação na atenção primária à saúde no Estado do Rio de Janeiro, Brasil: uma política de saúde pública baseada em evidência. Cad Saude Publica. 2005;21(6):1901-10. DOI:10.1590/S0102-311X2005000600040
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, 1313 . Pereira RSV, Oliveira MIC, Andrade CLT, Brito AS. Fatores associados ao aleitamento materno exclusivo: o papel do cuidado na atenção básica. Cad Saude Publica. 2010;26(12):2343-54. DOI:10.1590/S0102-311X2010001200013
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Estudo realizado no Rio de Janeiro, RJ, constatou que, após a implementação da Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação (estratégia que abrange apenas o Estado do Rio de Janeiro, b b Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno. Rede Amamenta Brasil: os primeiros passos (2007-2010). Brasília (DF); 2011. mas semelhante à Rede Amamenta Brasil), a prevalência de AME em < 6 meses foi significativamente maior: entre os < 4 meses, a prevalência de AME foi de 68,0% para 88,0%, e entre aqueles com quatro a 5,9 meses aumentou de 41,0% para 82,0%. 3. Cardoso LO, Vicente AST, Damião JJ, Rito RVVF. Impacto da implementação da Iniciativa Unidade Básica Amiga da Amamentação nas prevalências de aleitamento materno e nos motivos de consulta em uma unidade básica de saúde. J Pediatr (Rio J). 2008;84(2):147-53. DOI:10.2223/JPED.1774
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Estudo de intervenção realizado em Montes Claros, MG, com base no treinamento dessa iniciativa, constatou que a duração de AME foi significantemente maior nos locais onde a intervenção foi realizada: a duração evoluiu de 104 para 125 dias para o grupo de mães assistidas pelas equipes que participaram do treinamento. 2. Caldeira AP, Fagundes GC, Aguiar GN. Intervenção educacional em equipes do Programa de Saúde da Família para promoção da amamentação. Rev Saude Publica. 2008;42(6):1027-33. DOI:10.1590/S0034-89102008005000057
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Outro estudo buscou identificar fatores associados à prevalência de AME em < 6 meses em relação às ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno realizadas em UBS. Este estudo mostrou que os grupos de apoio à amamentação e as orientações sobre seu manejo elevaram essa prevalência de forma significativa: as RP de AME para esses fatores foram de 1,14 (IC95% 1,01;1,28) e de 1,20 (IC95% 1,08;1,33), respectivamente. 1313 . Pereira RSV, Oliveira MIC, Andrade CLT, Brito AS. Fatores associados ao aleitamento materno exclusivo: o papel do cuidado na atenção básica. Cad Saude Publica. 2010;26(12):2343-54. DOI:10.1590/S0102-311X2010001200013
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No presente estudo, mais da metade das crianças realizava o acompanhamento ambulatorial pelos locais públicos. Esses locais são considerados os principais responsáveis pelo acompanhamento das crianças no primeiro ano de vida. Dão continuidade ao trabalho iniciado durante o pré-natal e àquele desempenhado pelas maternidades durante a internação hospitalar para realização do parto. Identificam eventuais dificuldades das mães em amamentar e estabelecem medidas de intervenção para fornecer a elas o apoio necessário. 9. Oliveira MIC, Camacho LAB. Impacto das Unidades Básicas de Saúde na duração do aleitamento materno exclusivo. Rev Bras Epidemiol. 2002;5(1):41-51. DOI:10.1590/S1415-790X2002000100006
https://doi.org/10.1590/S1415-790X200200...
, 1010 . Oliveira MIC, Camacho LAB, Tedstone AE. A method for the evaluation of primary health care units’ practice in the promotion, protection and support of breastfeeding: results from the State of Rio de Janeiro, Brazil. J Hum Lact. 2003;19(4):365-73. DOI:10.1177/0890334403258138
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O aleitamento materno pode ser incentivado nas UBS de forma sequencial: durante o pré-natal, no período pós-natal e em eventuais futuras gestações de uma mesma mulher. 5. Faleiros JJ, Kalil G, Casarin DP, Laquê Jr PA, Santos IS. Avaliação do impacto de um programa de puericultura na promoção da amamentação exclusiva. Cad Saude Publica. 2005;21(2):482-9. DOI:10.1590/S0102-311X2005000200014
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Ribeirão Preto desenvolve ações de promoção, proteção e apoio à amamentação em parceria com a universidade pública da cidade, desde 1988. Essas ações incluem a adesão de três das sete maternidades à Iniciativa Hospital Amigo da Criança, as comemorações realizadas na Semana Mundial de Aleitamento Materno – incluindo eventos com profissionais e autoridades de saúde, cartazes sobre amamentação em estabelecimentos de saúde e encontros com a população para incentivar o aleitamento materno – e o incentivo ao diagnóstico da situação de amamentação por meio de realizações periódicas do Inquérito AMAMUNIC. Entretanto, a Rede foi implantada pelo município um ano antes da coleta de dados do presente estudo; com isso, poucas crianças eram acompanhadas em locais públicos que realizaram a Oficina da Rede e em locais certificados na ação. São necessários novos estudos abrangendo amostra maior de municípios e com percentual mais elevado de crianças expostas à estratégia versus crianças atendidas na rede pública não expostas a ela.

Mesmo em um município onde são desenvolvidas ações para incentivar o aleitamento materno, a prevalência de AME em crianças < 6 meses tendeu a ser maior apenas com a realização da Oficina de Trabalho em Aleitamento Materno da Rede. Como a Oficina envolve no mínimo 80,0% dos funcionários de cada local, seria plausível supor que influenciasse positivamente a prevalência do desfecho estudado.

Este é o primeiro estudo a avaliar a associação entre o grau de implantação da Rede e a prevalência da AME. A utilização de inquéritos transversais para analisar a associação entre locais de acompanhamento ambulatorial e prevalências de aleitamento materno pode ser considerada uma maneira rápida e pouco onerosa de investigar tal associação. Isso porque possuem metodologia relativamente simples e podem se constituir em importantes ferramentas de avaliação para gestores de saúde, haja vista a escassez de estudos sobre cuidados prestados por esses locais e prevalências de amamentação.

Os locais de acompanhamento ambulatorial públicos e certificados na Rede mostraram-se associados à maior prevalência de AME em crianças < 6 meses. Faz-se relevante o investimento na certificação de UBS nessa ação.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Dez 2013

Histórico

  • Recebido
    1 Mar 2013
  • Aceito
    19 Ago 2013
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