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Estudo das Doenças Crônicas (Edoc): aspectos metodológicos

RESUMO

OBJETIVO:

Descrever o desenho amostral e os demais aspectos metodológicos do Estudo das Doenças Crônicas (Edoc).

MÉTODOS:

O Edoc compreende duas pesquisas domiciliares com populações distintas, uma com adultos de 18 a 59 anos (Edoc-A) e outra com idosos de 60 anos ou mais (Edoc-I), residentes em Rio Branco, Acre. A seleção dos participantes usou amostras complexas por conglomerados em dois estágios de seleção, setor censitário e domicílio. No primeiro estágio, comum às duas pesquisas, foram selecionados 40 setores censitários com probabilidade proporcional ao tamanho, e no segundo estágio, independente para cada pesquisa, foram selecionados os domicílios com equiprobabilidade, sendo todos os residentes elegíveis para cada pesquisa selecionados. Os pesos amostrais foram calculados pelo inverso do produto das probabilidades de inclusão em cada estágio e posteriormente calibrados para produzir inferências populacionais. Foram realizadas entrevistas com questionários sobre condições socioeconômicas e demográficas, hábitos de vida e condições de saúde. Mensurações antropométricas centraram-se em medidas de estatura, massa e perímetros corporais, enquanto os sinais vitais analisados foram pressão sanguínea, frequência cardíaca e frequência respiratória. Amostras de sangue e urina foram coletadas para análise em laboratório especializado.

RESULTADOS:

O Edoc compreendeu 1.701 participantes, 685 do Edoc-A e 1.016 do Edoc-I. Considerando a perda de informação pontual de alguns participantes e a necessidade do estudo de temas específicos com produção de inferências populacionais, foram realizadas 16 subamostras de informações completas por tema de análise, sendo duas exclusivas do Edoc-I.

CONCLUSÕES:

O Edoc tem como desdobramentos importantes as análises do perfil epidemiológico da população da capital do estado do Acre, contribuindo para a produção de conhecimentos em saúde coletiva com informações úteis para decisões em políticas públicas de saúde.

DESCRITORES:
Adulto; Idoso; Doença Crônica; Epidemiologia; Inquéritos Epidemiológicos; Métodos

ABSTRACT

OBJECTIVE:

Describe the sampling design and other methodological aspects of the Study of Chronic Diseases (Edoc).

METHODS:

Edoc comprises two household surveys with distinct populations, one with adults aged 18 to 59 years (Edoc-A) and another with older adults aged 60 years or more (Edoc-I), living in Rio Branco, Acre. The selection of the participants used complex samples by clusters in two stages of selection, census enumeration areas (CEA) and household. In the first stage, common to both surveys, 40 CEAs were selected with probability proportional to size, and in the second stage, independent for each survey, households were selected with equal probability, and all the residents eligible for each survey were selected. Sampling weights were estimated by the inverse of the product of inclusion probabilities at each stage and then calibrated to produce unbiased population estimates. Interviews were held with questionnaires about socioeconomic and demographic conditions, life habits and health conditions. Anthropometric measures focused on measures of body height, girths and mass, while the vital signs analyzed were blood pressure, heart rate and respiratory rate. Blood and urine samples were collected for analysis.

RESULTS:

The Edoc comprised 1,701 participants, 685 of Edoc-A and 1,016 of Edoc-I. Considering the loss of information of some participants and the need of studying specific themes with production of population inferences, 16 subsamples of complete information by theme were generated and two subsamples were exclusive of Edoc-I.

CONCLUSIONS:

The Edoc has as important developments the analyses of epidemiological profile of the population from the capital of the state of Acre, contributing to the production of knowledge in public health with useful information for decisions in public health policies.

DESCRIPTORS:
Adult; Aged; Chronic Disease; Epidemiology; Health Surveys; Methods

INTRODUÇÃO

Este artigo se propõe a documentar os métodos aplicados no Estudo das Doenças Crônicas (Edoc) em Rio Branco, Acre. Esse estudo é composto por duas pesquisas domiciliares: uma com adultos, denominada Edoc-A, e outra com idosos, a Edoc-I.

Apesar de distintas e independentes, essas duas pesquisas compartilharam parte dos objetivos e dos métodos. O objetivo dessas pesquisas foi analisar prevalências e fatores associados a problemas de saúde em adultos e idosos de Rio Branco, Acre. Para tanto, em ambas foram levantados dados sobre características do domicílio, condições socioeconômicas e demográficas, exposição a substâncias e metais pesados, hábitos alimentares e de vida, condições de saúde. Realizou-se também antropometria e coleta de material biológico. No caso específico do Edoc-I, foram levantados ainda dados sobre autonomia funcional e depressão. As amostras foram conglomeradas e selecionadas em dois estágios (setor e domicílio), sendo o primeiro estágio de seleção comum às duas pesquisas.

Outro ponto importante é que as duas pesquisas têm populações distintas e mutuamente exclusivas, o que permite estimar dados para a união das populações e modelar os dados de ambas de forma integrada.

Este estudo descreve as populações, plano de amostragem, instrumentos utilizados, treinamento e teste piloto, procedimento de coleta de dados, entrada de dados e crítica de consistência das informações, além da montagem do banco de dados e dos arquivos por tema.

O projeto referente às duas pesquisas foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Acre, sob o Certificado de Apresentação para Apreciação Ética (CAAE) 17543013.0.0000.5010, tendo todos os participantes assinado o termo de consentimento livre e esclarecido.

População de Pesquisa

O município de Rio Branco é cortado pelo rio Acre, que dá nome ao estado e o divide em dois distritos. Tinha, em 31 de julho de 2010, uma população de 336.038 habitantes, 96.276 domicílios e 338 setores, que foram definidos pelo IBGE para a realização do Censo Demográfico 2010 (CD2010). Rio Branco era a sexta cidade mais populosa da região Norte11. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Sinopse do Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE; 2011 [cited 2011 Dec 12]. Available from: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv49230.pdf
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.

A população de pesquisa do Edoc-A foi constituída pelos residentes de 18 a 59 anos completos de idade, enquanto a do Edoc-I foi composta pelos residentes de 60 anos completos ou mais. De acordo com o CD2010, Rio Branco tinha 204.094 habitantes adultos e 14.480 idosos. Foram excluídas de ambas as populações de pesquisa os indivíduos com comprometimentos que inviabilizassem a comunicação ou o entendimento das perguntas, assim como mulheres grávidas.

Dessa forma, a união de ambas define a população de pesquisa total do Edoc, ou seja, o conjunto de residentes de 18 anos ou mais no município de Rio Branco.

Plano Amostral

As duas pesquisas usaram plano amostral conglomerado em dois estágios. No primeiro, foram selecionados setores com probabilidade proporcional ao número de domicílios observado no CD2010. No segundo estágio foram selecionados os domicílios de forma independente para cada pesquisa, usando seleção sistemática com equiprobabilidade.

Conforme Cochran22. Cochran WG. Sampling techniques. 3.ed. New York: John Wiley & Sons; 1977. e supondo amostragem aleatória simples sem reposição (AAS), o tamanho de amostra necessário para estimar uma prevalência P com erro absoluto d em nível de confiança 1-α é dado por:

n AAS = Z α / 2 2 P ( 1 P) d 2

No entanto, as pesquisas não usaram AAS, mas o plano amostral descrito anteriormente. Para considerar os efeitos deste plano amostral no dimensionamento, Pessoa e Silva33. Pessoa DGC, Silva PLN. Análise de dados amostrais complexos. São Paulo: Associação Brasileira de Estatística; 1998. recomendam multiplicar o tamanho amostral obtido pela expressão acima por uma estimativa do efeito do plano amostral (EPA) referente à variável de dimensionamento.

O tamanho da amostra do Edoc-A foi determinado pressupondo-se uma prevalência de alteração na função renal de 15% entre adultos (18 a 59 anos)44. Cueto-Manzano AM, Cortés-Sanabria L, Martínez-Ramírez HR, Rojas-Campos E, Gómez-Navarro B, Castillero-Manzano M. Prevalence of chronic kidney disease in an adult population. Arch Med Res. 2014;45(6):507-13. https://doi.org/10.1016/j.arcmed.2014.06.007
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, com grau de confiança de 95% e erro absoluto de 3%. A aplicação desses parâmetros conduziu a um tamanho de AAS de 278 adultos. No entanto, não há dados de EPA para alteração na função renal em pesquisas anteriores. Como era preferível fixar um valor arbitrário de EPA a não fazer qualquer ajuste do tamanho amostral para os efeitos de conglomeração, decidiu-se pelo valor de 1,95%, o que resultou em uma amostra de 543 adultos.

O tamanho da amostra do Edoc-I foi calculado usando uma prevalência de alteração na função renal de 40% em idosos55. Stevens LA, Li S, Wang C, Huang C, Becker BN, Bomback AS, et al. Prevalence of CKD and comorbid illness in elderly patients in the United States: results from the Kidney Early Evaluation Program (KEEP). Am J Kidney Dis. 2010;55(3 Suppl 2):S23-33. https://doi.org/10.1053/j.ajkd.2009.09.035
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, mantendo os demais parâmetros, o que resultou em uma amostra de 1.020 idosos.

Antes de determinar o número de domicílios e de setores a serem selecionados, decidiu-se ampliar o tamanho das amostras para compensar possíveis não respostas, usando uma previsão de perda de 20% para adultos e de 12,5% para idosos, visto que estes são mais facilmente encontrados nos domicílios e tendem a se recusar a participar menos que os adultos. Com isso, as amostras de adultos e idosos passaram a ser de 652 e 1.148, respectivamente, totalizando 1.800 pessoas a serem entrevistadas nas duas pesquisas.

Em seguida, usando a média de adultos por domicílio (1,482) e de idosos por domicílio (0,394) na cidade, constatou-se que era necessário selecionar 440 e 2.914 domicílios para alcançar os tamanhos de amostra de adultos e idosos, respectivamente. Fixados tais números, definiu-se a seleção de 40 setores, os mesmos para ambas as pesquisas.

A seleção de setores foi feita com probabilidade proporcional ao tamanho (PPT), para lidar com diferença nos tamanhos dos conglomerados. Em cada setor foram selecionados, por amostragem sistemática, 11 domicílios para o Edoc-A e 73 domicílios para o Edoc-I, de forma independente, com intervalos de seleção respectivamente iguais a Domi / 11 e Domi / 73, onde Domi é o número de domicílios do setor i. Assim, apesar de as seleções de domicílios serem independentes, um mesmo domicílio podia ser selecionado para as duas pesquisas. Nos domicílios selecionados foram entrevistados todos os moradores elegíveis. Portanto, não houve seleção de moradores nos domicílios. Os esquemas probabilísticos das amostras das duas pesquisas constam da Figura.

Figura
Esquema probabilístico das amostras do Edoc-A e Edoc-I.

Edoc-A: Estudo das Doenças Crônicas versão com adultos; Edoc-I: versão com idosos


Na Figura pode-se observar que a amostra de cada pesquisa é autoponderada (isto é, tem peso constante), visto que o peso natural do domicílio é constante em cada pesquisa, ou seja, corresponde a 96.276 / (11 × 40) = 218,809090909091 para Edoc-A e a 96.276 / (73 × 40) = 32,9712328767123 para Edoc-I.

No entanto, como ocorre em todas as pesquisas domiciliares, há não respostas e vieses nas distribuições da população por sexo e idade. A solução usualmente adotada tem sido a calibração dos pesos amostrais66. Silva PLN. Calibration estimation: when and why, how much and how. Rio de Janeiro: IBGE; 2004 [cited 2017 Jan 29). (Textos para Discussão. Diretoria de Pesquisas, 15). Available from: http://biblioteca.ibge.gov.br/biblioteca-catalogo?id=281040&view=detalhes
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. Essa solução tornou-se popular, pois o estimador que resulta do uso de pesos calibrados é equivalente ao estimador de regressão generalizado que considera como variáveis explicativas as mesmas variáveis usadas na calibração. Isso implica que a calibração tira proveito de um modelo que relaciona as variáveis de interesse com o conjunto de variáveis auxiliares consideradas na calibração. Por meio desse modelo, busca-se reduzir a variância do estimador e, em casos em que ocorre não resposta diferencial, reduzir também um eventual vício decorrente dela.

As variáveis usadas na calibração foram o sexo e a faixa etária (18 a 29 anos, 30 a 39 anos, 40 a 49 anos, 50 a 59 anos, 60 a 69 anos, 70 a 79 anos e 80 anos ou mais). Os totais populacionais usados na calibração dos pesos por sexo e faixa etária foram estimados para 1° de julho de 2014 (data central da coleta de dados), usando o método da tendência linear77. Madeira JL, Simões CCS. Estimativas preliminares da população urbana e rural segundo as unidades da federação, de 1960/1980 por uma nova metodologia. Rev Bras Estat. 1972;33:3-11., o mesmo que o IBGE usa em suas projeções populacionais. Todos os setores selecionados foram entrevistados no período de abril a setembro de 2014.

Os dados projetados constam da Tabela 1, assim como as estimativas obtidas com o emprego do peso inicial (inverso das probabilidades de inclusão) e do peso calibrado. Observa-se na tabela que as amostras efetivas ficaram com 685 adultos e 1.016 idosos, apesar das ocorrências de não resposta típicas das pesquisas domiciliares.

Tabela 1
População residente em 1° de julho de 2014 em Rio Branco, Acre, tamanho da amostra efetiva, estimativas e erro relativo, por tipo de peso amostral usado, segundo a pesquisa, o sexo e a faixa etária.

A comparação dos tamanhos previstos e realizados das duas amostras demonstra que a taxa de perda de 20% para a amostra da Edoc-A foi superestimada (obteve-se 685 entrevistas, contra uma previsão de 543), enquanto para a Edoc-I a taxa de perda foi bem estimada (obteve-se 1.016 entrevistas, contra uma previsão de 1.020). Adicionalmente, observa-se que o peso inicial conduz a uma subestimativa de 22,1% do tamanho da população, composta pela subestimativa de 29,3% para adultos e pela superestimativa de 43,1% para idosos. Além disso, a análise por sexo confirma o que é conhecido em amostragem como viés de disponibilidade: as mulheres costumam estar mais disponíveis em casa para serem entrevistadas, tanto entre adultos como entre idosos.

No entanto, nem sempre foi possível obter todas as informações sobre todas as pessoas. Assim, não respostas foram observadas em graus diferentes de acordo com o tema. Uma possibilidade para lidar com isso seria adotar um mecanismo de imputação probabilística, que geraria um arquivo com todas as informações. No entanto, considerando o tamanho da amostra e a dificuldade de imputar resultados de testes laboratoriais ou de avaliação física, optou-se por dar um tratamento similar ao adotado no Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (Erica), que elaborou bancos de dados diferentes com as variáveis necessárias para cada tema de análise pretendido e o conjunto de registros com a informação completa. Dessa forma, a calibração dos pesos em cada banco de dados temático foi usada para tratar a não resposta e corrigir possíveis vieses nas variáveis de calibração88. Vasconcellos MTL, Silva PLN, Szklo M, Kuschnir MCC, Klein CH, Abreu GA, et al. Sampling design for the Study of Cardiovascular Risks in Adolescents (ERICA). Cad Saude Publica. 2015;31(5):921-30. https://doi.org/10.1590/0102-311X00043214
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.

Dezessete bancos foram criados, sendo um para o conjunto das entrevistas (que inclui as não respostas pontuais) e 16 para as subamostras de informações completas sobre cada tema de análise. Para o Edoc-A foram criados 14 arquivos de subamostras completas, que receberam os seguintes nomes: albumina, álcool, circunferência da cintura, colesterol, creatinina, diabetes, dislipidemia, força de preensão manual, hemoglobina, hipertensão, obesidade, síndrome metabólica, tabagismo e triglicerídeos. No caso do Edoc-I, dois outros temas foram alvo de investigação exclusiva: autonomia funcional e depressão.

As Tabelas 2 e 3 indicam que foram poucas as não respostas por tema. Mesmo assim, em todos esses arquivos, a não resposta recebeu o mesmo tratamento de calibração dos pesos descrito anteriormente para o conjunto de entrevistas. Portanto, todas as estimativas coincidem com os totais populacionais constantes da Tabela 1.

Tabela 2
Tamanho da amostra efetiva por subamostra para dados antropométricos, hábitos de vida e condições de saúde, segundo a pesquisa, o sexo e a faixa etária.
Tabela 3
Tamanho da amostra efetiva por subamostra para dados de resultados laboratoriais e morbidades avaliadas, segundo a pesquisa, o sexo e a faixa etária.

Instrumentos: Questionários e Protocolos de Medidas

Para as entrevistas foram utilizados três questionários semiestruturados: 1) domiciliar, contendo informações da família, moradia, saneamento e a Escala para Classificação Econômica99. Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa. Critério Brasil de Classificação Econômica. São Paulo: ABEP; 2013 [cited 2014 Jul 12]. Available from: http://www.abep.org/Servicos/Download.aspx?id=02
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; 2) individual, específico para adultos; e 3) individual, específico para idosos. Os dois últimos foram estruturados em módulos temáticos com informações socioeconômicas, demográficas e sobre exposições ocupacionais, hábitos de vida, saúde e qualidade de vida. O questionário para idosos tinha ainda módulos relativos à autonomia funcional e depressão.

As informações socioeconômicas e demográficas incluíram os dados sobre naturalidade, idade, sexo, cor da pele ou etnia, escolaridade, estado civil, trabalho e ocupação. Os dados sobre exposição ocupacional incluíam informações sobre agentes tóxicos, via e tempo de exposição.

Os dados sobre hábitos de vida, como tabagismo e etilismo, foram o relato de consumo diário, ocasional e realizado antes da pesquisa. Para coletar informações sobre a atividade física no deslocamento para o trabalho ou escola, durante o trabalho, no domicílio e no lazer, foram utilizadas as questões empregadas no estudo de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico em 20131010. Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção de Saúde. Vigitel Brasil 2012: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico. Brasília (DF); 2013 [cited 2014 Jul 12]. Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/vigitel_brasil_2012_vigilancia_risco.pdf
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, que versam sobre o tipo, a frequência e a duração dessas atividades.

Ainda no módulo das informações comportamentais, foi utilizado o Questionário Quantitativo de Frequência Alimentar, previamente validado1111. Teixeira JA, Baggio ML, Giuliano AR, Fisberg RM, Marchioni DML. Performance of the quantitative food frequency questionnaire used in the Brazilian center of the prospective study Natural History of Human Papillomavirus Infection in Men: The HIM Study. J Am Diet Assoc. 2011;111(7):1045-51. https://doi.org/10.1016/j.jada.2011.04.006
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, que é considerado importante instrumento de avaliação da ingestão dietética em estudos epidemiológicos1212. Slater B, Philippi ST, Marchioni DML, Fisberg RM. Validação de Questionários de Freqüência Alimentar - QFA: considerações metodológicas. Rev Bras Epidemiol. 2003;6(3):200-8. https://doi.org/10.1590/S1415-790X2003000300003
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No módulo sobre a saúde, as questões versam sobre antecedentes familiares de primeiro grau para morbidades cardiovasculares, renais e metabólicas. Também há questões sobre autoavaliação de saúde, sobre morbidades autorreferidas, dores e queixas do estado físico e sobre a percepção de estresse próprio. Também foram obtidas informações sobre o uso atual de medicação, dose e frequência, mediante apresentação de receita médica ou embalagem do produto, e sobre a utilização ao longo da vida, por período de um mês ou mais, de medicamentos anti-hipertensivos, insulina, hipoglicemiantes, antibióticos, anti-inflamatórios não esteroides, antidepressivos-ansiolíticos e imunossupressores. A utilização e avaliação dos serviços de saúde também foram investigadas.

Para avaliar a qualidade de vida, aplicou-se o questionário de qualidade de vida da Organização Mundial da Saúde (OMS), o WHOQOL-Bref1313. Fleck MP, Louzada S, Xavier M, Chachamovich E, Vieira G, Santos L, et al. Aplicação da versão em português do instrumento abreviado de avaliação da qualidade de vida “WHOQOL-bref”. Rev Saude Publica. 2000;34(2):178-83. https://doi.org/10.1590/S0034-89102000000200012
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.

Adicionalmente, para investigar a autonomia funcional, entre os idosos, foi empregada a escala de Atividades da Vida Diária (AVD) modificada por Katz1414. Katz S, Akpom CA. A measure of primary sociobiological functions. Int J Health Serv. 1976;6(3):493-508. https://doi.org/10.2190/UURL-2RYU-WRYD-EY3K
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, adaptada para a língua portuguesa do Brasil1515. Lino VTS, Pereira SRM, Camacho LAB, Ribeiro Filho ST, Buksman S. Adaptação transcultural da Escala de Independência em Atividades da Vida Diária (Escala de Katz). Cad Saude Publica. 2008;24(1):103-12. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2008000100010
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, e a escala de Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD)1616. Lawton MP, Brody EM. Assessment of older people: self-maintaining and instrumental activities of daily living. Gerontologist. 1969;9(3 Part 1):179-86. https://doi.org/10.1093/geront/9.3_Part_1.179
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. Para triagem da presença de depressão em idosos foi empregada a Escala de Depressão Geriátrica (EDG-15)1717. Almeida OP, Almeida SA. Short versions of the geriatric depression scale: a study of their validity for the diagnosis of a major depressive episode according to ICD-10 and DSM-IV. Int J Geriatr Psychiatry. 1999;14(10):858-65. https://doi.org/10.1002/(SICI)1099-1166(199910)14:10<858::AID-GPS35>3.0.CO;2-8
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Os dados antropométricos incluíram a medição do peso, altura e circunferências da cintura, quadril, braço e panturrilha, seguindo os protocolos preconizados pelo American College of Sports Medicine (ACSM)1818. American College of Sports Medicine. Manual do ACSM para avaliação da aptidão física relacionada à saúde. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2006., todas em duplicata; foram consideradas as médias das aferições.

Foi calculado o índice de massa corporal (IMC) pela divisão do peso (kg) pelo quadrado da altura (m²), posteriormente categorizado, assim como a circunferência da cintura, segundo critérios da OMS1919. World Health Organization. Obesity: preventing and managing the global epidemic: report of a WHO Consultation. Geneva: WHO; 2000 [cited 2015 Apr 8]. (WHO Technical Report Series, 894). Available from: http://www.who.int/nutrition/publications/obesity/WHO_TRS_894/en/
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. Também foi considerada a relação cintura-quadril (RCQ), levando em conta pontos de cortes do ACSM (2006)1818. American College of Sports Medicine. Manual do ACSM para avaliação da aptidão física relacionada à saúde. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2006.. A Força de Preensão Manual (FPM), em kgf, foi mensurada por meio de um dinamômetro hidráulico de mão, seguindo os procedimentos adotados pela Sociedade Americana de Terapeutas de Mãos2020. Fess EE. Documentation: essential elements of an upper extremity assessment battery. In: Mackin E, Hunter JM, Callahan AD, editors, et al. Rehabilitation of the hand and upper extremity. 5.ed St Louis: CV Mosby; 2002. p. 263-84..

Os dados de sinais vitais consistiram na aferição da frequência cardíaca e respiratória e da pressão arterial (PA), determinada de acordo com o protocolo recomendado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia2121. Sociedade Brasileira de Cardiologia; Sociedade Brasileira de Hipertensão; Sociedade Brasileira de Nefrologia. VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Arq Bras Cardiol. 2010;95 Supl 1:1-51.. O valor considerado da PA foi a média entre a segunda e a terceira medidas.

O material biológico utilizado compreendeu amostras de sangue e urina. As amostras de sangue foram obtidas por coleta de sangue periférico, com antissepsia prévia da fossa cubital dos participantes. Parte da amostra colhida, 4 ml, foi acondicionada em tubo de ensaio a vácuo sem anticoagulante e centrifugada a 1.500 rpm por 15 minutos. O soro extraído foi acondicionado para dosagem bioquímica de triglicérides, colesterol total e frações: lipoproteína de alta densidade (HDL), lipoproteína de baixa densidade (LDL) e lipoproteína de muito baixa densidade (VLDL).

O colesterol total foi dosado pelo método enzimático colorimétrico COD/PAD, da mesma forma que as frações (HDL, LDL e VLDL) e os triglicerídeos GPO/PAP (Labtest Diagnóstica). O LDL foi obtido do VLDL por hidrólise de diferentes enzimas lipolíticas.

Foram acondicionados 4 ml de sangue total em um tubo a vácuo contendo 2 mg/ml de ácido etilenodiaminotetracético (EDTA) para análise hematológica e de creatinina sérica. A creatinina sérica foi dosada pelo método enzimático rastreável de espectrometria de massa de diluição com isótopos (IDMS) em um analisador automático (Labmax 240 Premium).

O hemograma foi realizado mediante contagem eletrônica de células. A contagem diferencial dos leucócitos foi realizada por análise microscópica de 200 células em uma distensão sanguínea corada pelo método de Romanowsky.

Para a análise da glicemia sérica, foi utilizada amostra de 4 ml de sangue acondicionada em tubo a vácuo contendo 2 mg/ml de fluoreto de sódio, centrifugada antes das análises. A dosagem utilizou o método da glicose oxidase (Labtest Diagnóstica).

Para as amostras de urina, foram coletados aproximadamente 50 ml do jato médio da primeira urina da manhã de cada indivíduo. As amostras foram acondicionadas em frascos-padrão e transportadas do local de coleta até o laboratório para análise em temperatura controlada. Foram processadas por análise físico-química e microscópica do sedimento. Uma parte foi centrifugada, e o sobrenadante retirado para análise bioquímica das concentrações de albuminúria.

Para o exame de urina tipo I (EAS), foi realizada análise física, química e microscópica. A quantidade de albumina e creatinina urinária foi determinada por análise de turbidimetria POP Kit Labtest® (Labtest Diagnóstica), reagindo com um anticorpo específico.

As análises do material biológico foram realizadas num mesmo laboratório para garantir a padronização dos procedimentos.

Treinamento e Teste Piloto

Todos os procedimentos de coleta de dados foram realizados por pessoal habilitado, treinado e supervisionado pela coordenação do estudo. A equipe de entrevistadores foi composta por estudantes ou profissionais da área da saúde que participaram de um curso preparatório promovido pela coordenação para entender o papel, função e importância do entrevistador em pesquisas científicas, além da familiarização, compreensão e aplicação dos instrumentos. Para padronizar as entrevistas, foi elaborado um manual para estudo e embasamento das atividades.

A equipe responsável pela avaliação física, sinais vitais e coleta de amostras biológicas, denominada equipe de saúde, foi composta por profissionais da saúde: enfermeiros, profissional de educação física, técnicos de enfermagem e de laboratório. Todos foram previamente treinados para compreensão e padronização dos procedimentos adotados.

Um estudo piloto foi realizado em setor censitário não incluído na amostra. Durante o teste de mapeamento, foram corrigidas dificuldades de localização dos endereços, sendo acrescidas a descrição e apresentação visual do domicílio às informações de endereço e referências. Posteriormente foram iniciadas as entrevistas, nas quais foi solicitado aos participantes que comentassem sobre as dificuldades para o entendimento das perguntas e avaliassem o entrevistador e a equipe de saúde.

Para o controle da qualidade das informações, foram refeitas as entrevistas e avaliações físicas nos 20 adultos e 30 idosos avaliados no estudo piloto.

Coleta de Dados

O mapeamento do setor censitário selecionado respeitou os limites geográficos de início e fim estabelecidos pelo IBGE, com a eleição dos domicílios se iniciando sempre pelo limite direito de cada setor. Com o total de domicílios de cada setor, era realizado o cálculo para definição do número de domicílios a serem saltados a partir do primeiro. Os domicílios elegíveis para entrevistar adultos, idosos ou ambos eram indicados por endereços detalhados e imagem na planilha utilizada pela equipe de entrevistadores.

A definição de domicílio adotada foi o local estruturalmente separado e independente que se destine a servir de habitação a uma ou mais pessoas ou que esteja sendo utilizado como tal. Foram selecionados apenas os domicílios particulares caracterizados como moradia em que o relacionamento era ditado por laços de parentesco, de dependência doméstica ou por normas de convivência, como casas, apartamentos e unidades domiciliares em casas de cômodos ou cortiços11. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Sinopse do Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE; 2011 [cited 2011 Dec 12]. Available from: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv49230.pdf
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De posse das listas de endereços, os entrevistadores treinados entrevistavam todas as pessoas elegíveis para o estudo que lá residiam. Em domicílios fechados ou na ausência de morador elegível, a equipe retornava até três vezes ao local, em turnos distintos, para coleta de dados; na permanência da condição, caracterizava-se a perda, não havendo substituição dos domicílios. Ao término da entrevista, era agendada a data para a coleta de sangue e urina e realização da avaliação física. Nesse momento, eram dadas orientações sobre os procedimentos para a coleta das amostras biológicas, assim como para a avaliação física: jejum de 12 horas para a coleta de sangue; coleta da primeira urina da manhã, desprezando o primeiro jato e após higiene íntima, no frasco individual disponibilizado e identificado pelos entrevistadores; e uso de roupas leves, preferencialmente short ou saia e camiseta, para a avaliação física.

A coleta de dados ocorreu de abril a setembro de 2014. Antes das avaliações, os profissionais da pesquisa tinham de se apresentar com documento de identidade oficial com foto. Na data e horário previamente definidos (de segunda a sábado, no período da manhã), a equipe previamente treinada realizava as avaliações físicas e coletava as amostras de sangue e urina.

Os resultados dos exames laboratoriais e avaliação física, após análise por profissional de saúde habilitado, eram entregues aos participantes. Em caso de alterações, a equipe de pesquisa realizava o agendamento para consulta com um profissional médico na unidade de saúde de referência para o bairro. Para o agendamento das consultas nas unidades de saúde pública, foram realizadas parcerias com as secretarias de saúde do estado do Acre e do município de Rio Branco.

Consistência das Informações

Os questionários e avaliações foram revisados e codificados simultaneamente à coleta de dados. As informações foram codificadas em destaque ao lado da questão original, para facilitar a digitação, sendo posteriormente realizada dupla digitação independente no programa Microsoft Office Access, com a adoção de filtros para evitar erros de digitação. A comparação e correção do banco foi realizada no programa EpiInfo®, versão 3.5.2.

As inconsistências observadas foram corrigidas mediante revisão dos instrumentos originais (questionários, avaliação física e resultados dos exames laboratoriais), não havendo imputação dos dados.

  • Financiamento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico [CNPq – Chamada MCTI/CNPQ/MS-SCTIE-DECIT 06/2013, para apoio a pesquisas estratégicas para o Sistema de Saúde pela Rede Brasileira de Avaliação de Tecnologias em Saúde (REBRATS), Processo 401081/2013-3]. Fundação de Amparo à Pesquisa do Acre [FAPAC – Chamada PPSUS 001/2013, do Programa de Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em saúde (MS/CNPq/FAPAC/SESACRE), Processo 6068-14-0000029].

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    31 Jan 2019
  • Data do Fascículo
    2019

Histórico

  • Recebido
    02 Abr 2018
  • Aceito
    10 Abr 2018
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