Levantamento planorbídico do Estado de São Paulo: 8ª Região Administrativa (grande área de São José do Rio Preto)

Vaz, Jorge Faria; Elmor, Maísa Rose Domenico; Gonçalves, Léa Maria Cappelletti

doi:10.1590/S0036-46651992000600006

Resumos

Para reconhecer a distribuição dos planorbídeos na 8ª Região Administrativa do Estado de São Paulo, 286 lotes de caramujos procedentes dos 85 municípios que a constituem foram examinados e identificados no Laboratório de Malacologia da SUCEN. Biomphalaria straminea, que ocorre em quatro criadouros - um em Altair e três em S. José do Rio Preto, foi a única espécie identificada capaz de vir a comportar-se naturalmente como hospedeira intermediária de S.mansoni. Isto demonstra que são mínimas as probabilidades da esquistossomose vir a instalar-se na área estudada.

Planorbídeos (Distribuição); Esquistossomose; Epidemiologia

In order to know the distributional patterns of Basommatophoran snails in the State of São Paulo (Brazil), 85 "counties" in the area of S. José do Rio Preto were worked out during seven months (1982). Snails from 286 breeding places were collected and identified. Biomphalaria straminea, an intermediate host of S. mansoni, was found in four little ponds, in the neighbourhood of Altair and S. José do Rio Preto. It was concluded that schistosomiasis has little chance to spread out in the studied area.

EPIDEMIOLOGIA

Levantamento planorbídico do Estado de São Paulo: 8ª Região Administrativa (grande área de São José do Rio Preto)⁽¹ (1 ) Trabalho enviado em 1983, a uma revista que, por motivos econômicos financeiros, não chegou a ser editada. Como o texto conserva plena atualidade é agora submetido à apreciação dos interessados. ⁾

Planorbidic survey of the State of São Paulo, Brazil: 8th Administrative Region (great area of São José do Rio Preto)

Jorge Faria Vaz; Maísa Rose Domenico Elmor; Léa Maria Cappelletti Gonçalves

Laboratório de Malacologia da Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN); São Paulo, SP, Brasil

^{Endereço para correspondência} Endereço para correspondência: Alameda Lorena 1919 01424-002 São Paulo, S.P., Brasil

RESUMO

Para reconhecer a distribuição dos planorbídeos na 8ª Região Administrativa do Estado de São Paulo, 286 lotes de caramujos procedentes dos 85 municípios que a constituem foram examinados e identificados no Laboratório de Malacologia da SUCEN. Biomphalaria straminea, que ocorre em quatro criadouros - um em Altair e três em S. José do Rio Preto, foi a única espécie identificada capaz de vir a comportar-se naturalmente como hospedeira intermediária de S.mansoni. Isto demonstra que são mínimas as probabilidades da esquistossomose vir a instalar-se na área estudada.

Unitermos: Planorbídeos (Distribuição); Esquistossomose; Epidemiologia.

SUMMARY

In order to know the distributional patterns of Basommatophoran snails in the State of São Paulo (Brazil), 85 "counties" in the area of S. José do Rio Preto were worked out during seven months (1982). Snails from 286 breeding places were collected and identified. Biomphalaria straminea, an intermediate host of S. mansoni, was found in four little ponds, in the neighbourhood of Altair and S. José do Rio Preto. It was concluded that schistosomiasis has little chance to spread out in the studied area.

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Recebido para publicação em 01/11/1991

Aceito para publicação em 15/10/1992

1. ANSARI, N. - Epidemiology and control of Schistosomiasis (Bilharziasis). Basel, S. Karger, 1973.
²
CETESB - Qualidade das águas interiores do Estado de São Paulo. Governo do Estado de São Paulo - Secretaria de Obras e do Meio Ambiente. Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, 1978.
³
CETESB - Qualidade das águas interiores do Estado de São Paulo. Governo do Estado de São Paulo - Secretaria de Obras e do Meio Ambiente. Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, 1980.
4. CODA, D.; FALCI, N. & MENDES, F.A.T. -Contribuiçăo para o estudo e a profilaxia da esquistossomose mansônica no Estado de Săo Paulo. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 19: 25-68, 1959.
5. CORRĘA, L. L.; CORRĘA, M.O.A.; VAZ, J.F.; SILVA, M.I.P.G.; SILVA, R.M. & YAMANAKA, M.T. -Importância das plantas ornamentais de aquários como veículos de propagaçăo de vetores de Schistosoma tnansoni. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 40: 89-96,1980.
6. CORRĘA, R.R.; PIZA, J.T.; RAMOS, A.S. & CAMARGO, L.V. - Planorbídeos do Estado de Săo Paulo - Sua relaçăo com a esquistossomose (Pulmonata-Planorbidae). Arq. Hig. Saúde públ., 27 (92): 139-159, 1962.
7. CORRĘA, R.R.; MURGEL, J.M.T.; PIZA, J.T.; DIAS, L.C.S.; MORAES, L.V.C. & ROSÁRIO, F.F. - Dispersăo de Biomphalaria straminea, hospedeira intermediária de Schistosoma mansoni através da distribuiçăo de peixes. Rev. Saúde públ. (S.Paulo), 4: 117-127,1970.
8. I.B.G.E. Censo Industrial - 2ş - Săo Paulo. Fundaçăo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1975.
9. KELLER, E.C.S. - Populaçăo. In: Geografia do Brasil -Regiăo Sudeste. Rio de Janeiro, Fundaçăo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, SERGRAF, 1977.V.3.
10. PARAENSE, W.L. - Biomphalaria oligoza n.n. for Tropicorbis philippianus (Dunker) sensu Lucena. Rev. bras. Biol., 34: 379-386,1974.
11. PARAENSE, W.L. - Biomphalaria orbigny sp. n. from Argentina. Rev. bras. Biol., 35: 211-222,1975.
12. PARAENSE, W.L. - A natural population of Helisoma duryi in Brasil. Malacologia,15: 369-379,1976.
13. PARAENSE, W.L. - Biomphalaria occidentalis sp. n. from South America (Mollusca Basommatophora Pulmonata). Mem. Inst. Oswal do Cruz, 76: 119-211, 1981.
14. PIZA, J.T.; RAMOS, A.S.; MORAES, L.V.C.; CORRĘA, R.R.; TAKAKU, L.L. & PINTO, A.C.M. - Carta planorbídica do Estado de Săo Paulo - Governo do Estado de Săo Paulo - Secretaria de Estado da Saúde. Campanha de Combate ŕ Esquistossomose, 1972.
¹⁵
SECRETARIA DE ECONOMIA E PLANEJAMENTO-Diagnóstico - 8ª. Região Administrativa. Governo do Estado de São Paulo, 1972.
16. VAZ, J. F.; ELMOR, M.R.D.; GONÇALVES, L.M.C. & ISHIHATA, G.K. - Resultados do levantamento planorbídico da área de Presidente Prudente - Estado de Săo Paulo. Rev. Inst. Med. trop. S.Paulo, 25: 120-126, 1983.

Endereço para correspondência:

Alameda Lorena 1919

01424-002 São Paulo, S.P., Brasil

(1

) Trabalho enviado em 1983, a uma revista que, por motivos econômicos financeiros, não chegou a ser editada. Como o texto conserva plena atualidade é agora submetido à apreciação dos interessados.

Datas de Publicação

Publicação nesta coleção
11 Set 2006
Data do Fascículo
Dez 1992

Histórico

Aceito
15 Out 1992
Recebido
01 Nov 1991

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[1] 1. ANSARI, N. - Epidemiology and control of Schistosomiasis (Bilharziasis). Basel, S. Karger, 1973.

[2] ²
CETESB - Qualidade das águas interiores do Estado de São Paulo. Governo do Estado de São Paulo - Secretaria de Obras e do Meio Ambiente. Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, 1978.

[3] ³
CETESB - Qualidade das águas interiores do Estado de São Paulo. Governo do Estado de São Paulo - Secretaria de Obras e do Meio Ambiente. Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, 1980.

[4] 4. CODA, D.; FALCI, N. & MENDES, F.A.T. -Contribuiçăo para o estudo e a profilaxia da esquistossomose mansônica no Estado de Săo Paulo. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 19: 25-68, 1959.

[5] 5. CORRĘA, L. L.; CORRĘA, M.O.A.; VAZ, J.F.; SILVA, M.I.P.G.; SILVA, R.M. & YAMANAKA, M.T. -Importância das plantas ornamentais de aquários como veículos de propagaçăo de vetores de Schistosoma tnansoni. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 40: 89-96,1980.

[6] 6. CORRĘA, R.R.; PIZA, J.T.; RAMOS, A.S. & CAMARGO, L.V. - Planorbídeos do Estado de Săo Paulo - Sua relaçăo com a esquistossomose (Pulmonata-Planorbidae). Arq. Hig. Saúde públ., 27 (92): 139-159, 1962.

[7] 7. CORRĘA, R.R.; MURGEL, J.M.T.; PIZA, J.T.; DIAS, L.C.S.; MORAES, L.V.C. & ROSÁRIO, F.F. - Dispersăo de Biomphalaria straminea, hospedeira intermediária de Schistosoma mansoni através da distribuiçăo de peixes. Rev. Saúde públ. (S.Paulo), 4: 117-127,1970.

[8] 8. I.B.G.E. Censo Industrial - 2ş - Săo Paulo. Fundaçăo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1975.

[9] 9. KELLER, E.C.S. - Populaçăo. In: Geografia do Brasil -Regiăo Sudeste. Rio de Janeiro, Fundaçăo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, SERGRAF, 1977.V.3.

[10] 10. PARAENSE, W.L. - Biomphalaria oligoza n.n. for Tropicorbis philippianus (Dunker) sensu Lucena. Rev. bras. Biol., 34: 379-386,1974.

[11] 11. PARAENSE, W.L. - Biomphalaria orbigny sp. n. from Argentina. Rev. bras. Biol., 35: 211-222,1975.

[12] 12. PARAENSE, W.L. - A natural population of Helisoma duryi in Brasil. Malacologia,15: 369-379,1976.

[13] 13. PARAENSE, W.L. - Biomphalaria occidentalis sp. n. from South America (Mollusca Basommatophora Pulmonata). Mem. Inst. Oswal do Cruz, 76: 119-211, 1981.

[14] 14. PIZA, J.T.; RAMOS, A.S.; MORAES, L.V.C.; CORRĘA, R.R.; TAKAKU, L.L. & PINTO, A.C.M. - Carta planorbídica do Estado de Săo Paulo - Governo do Estado de Săo Paulo - Secretaria de Estado da Saúde. Campanha de Combate ŕ Esquistossomose, 1972.

[15] ¹⁵
SECRETARIA DE ECONOMIA E PLANEJAMENTO-Diagnóstico - 8ª. Região Administrativa. Governo do Estado de São Paulo, 1972.

[16] 16. VAZ, J. F.; ELMOR, M.R.D.; GONÇALVES, L.M.C. & ISHIHATA, G.K. - Resultados do levantamento planorbídico da área de Presidente Prudente - Estado de Săo Paulo. Rev. Inst. Med. trop. S.Paulo, 25: 120-126, 1983.